Aria di Lut

Nascida em Pindorama durante uma missão de infiltração de Mao di Lut Ima pelo exército revolucionário, Aria nasceu em meio a um período turbulento e de bastante agitação na ilha.
A sua estadia, no entanto, não durou muito, visto que tão logo foi possível, Mao a entregou a uma comerciante que tirou a criança da ilha tropical e a levou para o arquipélago de Sabaody para ser cuidada pelos seus avós.

Gatsu Gokudera, o seu avô e ex-pirata que se estabeleceu como dono de um bar na ilha, assumiu a responsabilidade de criá-la durante a infância. Gokudera era um velho que pegava bastante pesado no treinamento da garota, mas ainda assim, era um avô bastante carinhoso, e sempre compartilhava suas histórias mais antigas com a criança.

Desde cedo, Aria demonstrou aptidão para a espionagem e o combate à distância. Sua mãe, em raras visitas, percebeu esse potencial e começou a treiná-la nas artes da espionagem, ensinando-a boa parte das técnicas que possuía para passar despercebida ou mesclar-se em contextos sociais.

Nas idas e vindas de sua mãe, Aria conheceu Morgana, uma criança que se transformava em dragão, e logo as duas viraram irmãs de criação. Gokudera desenvolveu ainda mais cabelos brancos cuidando das duas.

Com o tempo, Aria desenvolveu interesse pelas áreas de estudo de sua mãe, e por várias horas se fechava nos livros de história, aprendendo cada vez mais a respeito das ilhas da Grand Line e do resto do mundo, descobrindo diversos contos e fábulas que talvez nem sequer fossem verdadeiros. Ela não se via como uma grande combatente, pois apesar de ter uma mira tão boa quanto a de sua mãe, nunca foi muito ágil, sendo muito mais forte em seu aspecto intelectual, diferente de Morgana, que desde nova demonstrava uma determinação inabalável e uma capacidade física incrível.

No início de sua adolescência, aos 12 anos, a sua vivência com Gokudera se tornava cada vez mais impossível. Aria sentia uma enorme inquietação para sair e conhecer os mares e as histórias verdadeiras das coisas, queria conquistar algo que fosse dela e se inspirava nas histórias de seus familiares. O estopim aconteceu quando sua amiga, Morgana, se lançou ao mar com seus próprios objetivos. Aria foi logo atrás, levando alguns poucos suprimentos e partindo em viagem ao desconhecido.

Nesse período, conheceu diversas ilhas novas, várias inexploradas, onde conseguia encontrar resquícios de civilizações antigas que um dia já haviam habitado aqueles locais. E foi a partir do encontro com alguns escritos antigos que Aria começou a aprender a ler Poneglyphs. Sua vida mudou quando descobriu que o passado se comunicava com o presente através desses textos atemporais.

Em algum ponto, sua curiosidade a levou a conhecer outros estudiosos do passado e se juntar a grupos de estudos que eram extremamente discriminados e secretos. O motivo disso se tratava justamente da proibição imposta pelo Governo à prática desses estudos, algo que começou a acender algumas luzes sobre o trabalho que sua mãe fazia.

Ainda nova e junto ao seu novo grupo, Aria desembarcou em Wagon Island, uma ilha desértica que possuía diversos canais subterrâneos escavados por enormes criaturas feitas de carne e minério. Enquanto explorava os segredos da ilha, sofreu um acidente que encerrou prematuramente suas investigações: Um túnel desabou a partir da movimentação de um verme de areia, prendendo a garota por tempo o suficiente para que o verme abocanhasse quase metade de seu corpo.

As horas se passaram, a noite caiu, e o seu sangue derramou, manchando as areias de Wagon Island. Aria já tinha perdido a noção do tempo em que estava ali, aguardando o socorro. O seu olhar abstraído se perdia entre as incontáveis estrelas no céu, onde podia jurar que já estava morta.

Finalmente, a salvação veio: Millie Judge, uma grande inventora da ilha, a encontrou enquanto retornava de suas escavações de minério. O que restou do corpo de Aria foi levado em um carrinho de mineração imediatamente à oficina da residência dos Judge. Lá, o último suspiro de Aria foi evitado a partir de algumas invenções que Millie estava desenvolvendo para as suas armas.

O lado direito do corpo de Aria foi completamente restaurado a partir de carcaças feitas com o titânio da ilha, e energizado à funcionalidade a partir de um núcleo de cobre e zinco. O renascimento de Aria foi bastante conturbado considerando que boa parte de sua movimentação tinha sido perdida, e o seu sistema nervoso ainda estava se acostumando com as novas próteses.

Com o passar dos anos em Wagon Island, Aria passou por um intenso processo fisioterápico, onde retornou ao movimento habitual de seu corpo. Para além disso, passou a cuidar muito mais de seu físico, e estudou junto aos estudiosos da família Judge maneiras de aprimorar os seus mecanismos principais. Esse marco também foi um ponto de virada de chave em sua vida, visto que tinha passado por um evento de quase-morte, e chegava até mesmo a duvidar se ainda estava mesmo viva, ou se a partir daquele ponto era apenas uma consciência morta sustentada por mecanismos elétricos. O ponto é que a resposta daquilo não era importante contanto que pudesse continuar seguindo os seus sonhos.

Ao partir da ilha, foi presenteada pelos Judge com uma de suas armas. Ao deixar o lugar, no entanto, foi perseguida por uma embarcação do Governo, que invadiu o seu barco e eliminou brutalmente todo o seu grupo de estudos. A garota também foi uma das vítimas dos assassinos, porém foi salva por um mecanismo de reanimação presente em seu sistema nervoso central. O seu corpo foi encontrado após o naufrágio de sua embarcação por um casal de pescadores em uma ilhota isolada.

A partir dessa vivência, Aria retomou os seus estudos. Ela carregava a vontade de seu grupo, e precisava chegar ao fim daquele mistério nem que isso custasse várias de suas vidas.

A partir desse ponto, aos 15 anos, Aria continuou sua jornada viajando sozinha, estudando tudo o que pudesse encontrar pelas ilhas que passava e obtendo informações sobre novos minérios que pudesse aproveitar para melhorar o seu corpo mecânico, visto que sua fonte de energia ainda era bastante rústica.

Em meio à sua jornada, ajudou o Exército Revolucionário em algumas de suas bases mais distantes, trabalhando com eles em troca de auxílio mútuo e de alguma informação a respeito do paradeiro de sua mãe, o que acabou não conseguindo, visto que Mao era uma importante espiã cuja localização era um dos grandes segredos da organização. Em um de seus trabalhos junto ao Exército Revolucionário, encontrou a Batto Batto no Mi, foi advertida pelos seus companheiros a respeito dos perigos, mas ainda assim a comeu, pois lembrava-se das habilidades que Morgana demonstrava com a sua fruta.

Conseguiu, em algum ponto, criar uma nova fonte de energia para as suas criações: a Vareta de Combustível Enriquecido, e a partir daí começou a criar inúmeros projetos que viriam a se tornar a base de suas invenções. Além disso, conseguiu aprimorar a sua reserva de energia, substituindo-a por uma Central de Resfriamento que recebia a V.C.E em seu abdômen e gerava energia a partir do resfriamento do núcleo térmico da V.C.E.

Em algum ponto mais recente em sua história, conseguiu informações do paradeiro de Morgana, e viajou até Amazon Lily apenas para descobrir que a ilha estava em uma situação de guerra com o Governo e a Marinha. Aproveitou o caos para estudar um pouco da história da ilha, e finalmente para se reaproximar de Morgana, auxiliando as milícias de amazonas com estratégias importantes para repelir os ataques dos marinheiros e trazer uma paz momentânea à ilha.