[FP] - Ajaw "Jack" K'iin

Dor, desespero e angustia, essas foram as experiências vividas pela criança Lunariana.

Ajaw vivia sem entender os perigos do mundo quando ainda era criança em uma pequena afastada doca em Alabasta juntamente de sua mãe. Foi com ela que Ajaw viveu pequena parte de sua vida, pois quando ainda era muito novo, presenciou a morte de sua mãe bem diante de seus olhos.

Ajaw tinha ciência de que sua raça era preciosa demais para alguns, e odiosa demais para outros, sua mãe fazia questão de enfatizar isso para o jovem rapaz. Naquele incidente, de alguma forma que nem ele sabe explicar, um grupo da marinha juntamente de uma pequena família de Tenryuubitos chegou até nossa localização e desencadeou semanas e meses de pura tortura. Estar preso naquele navio da marinha por tanto tempo, sofrendo abusos e agressões por parte daqueles que se denominavam os deuses deste mundo fora uma experiência aterrorizante, por vezes Ajaw pensou não poder sair nunca mais daquele lugar.

Em uma das noites em que viu sua mãe ser assediada bem na sua frente, em um momento de desespero, a mesma colocou a se reagir de alguma forma, deixando uma grande ferida no dragão celestial. Isso o irritou de tal forma que fez com que ele disparasse um tiro em cheio em seu rosto, levando a óbito. Ajaw não sabia como reagir a situação, sua expressão enrijeceu, seus punhos cerraram, mas as correntes eram pesadas demais, e o cansaço, fraqueza e fome eram demais para o rapaz reagir. Perto dali, como um cão de guarda, estava aquela que mais tarde lhe daria liberdade: Apollonia. Seu olhar de socorro pareceu por um instante ser recebido pela vice-almirante, porém não houve resposta naquela mesma hora.

Contudo, poucos segundos depois de Ajaw implorar para o Deus Sol lhe tirar dali, o navio estremeceu, criando surpresa e alerta para os presentes. Um segundo estremecer transpassou a parede do navio, revelando em seu buraco feito o ataque de uma pequena frota pirata. Um pequeno embate se sucedeu, e em meio a toda aquela invasão e batalha, quando estava prestes a ser morto por um dos piratas, Apollonia salvou o jovem Lunariano.

Aproveitando toda a bagunça que se desenrolava, a vice-almirante aprontou um bote e destruiu as correntes, fazendo com que Ajaw fugisse dali as escondidas. O Lunario tinha uma grande dívida com a marinheira, e o mesmo nunca esqueceria daquilo.

Após muito tempo em alto mar, Ajaw chegou em uma pequena ilha bem isolada e perdida no meio do mar, tão exausto que nem notou quando atracou. Quando seus olhos se abriram, notou estar em uma cama de laboratório, levantou assustado sem entender o que aquilo era, porém, não estava amarrado ou havia sofrido qualquer dano, pelo contrário, estava curado e cheio de faixas. Do fundo, eu velho senhor se pronunciava como Medabot, um cientista que havia se isolado do mundo e montado o seu próprio laboratório naquele lugar.

Os dias se passaram e Medabot conhecia muito bem a raça de Ajaw, porém, o velho nunca o infringiu qualquer mal, passando a ser um mentor para o rapaz, lhe ensinando o pouco que sabia e, depois de algum tempo, sugerindo certa mudança para o rapaz, de forma que o mesmo pudesse conviver em sociedade sem ser reconhecido tão facilmente, tornando-o assim o jovem Lunariano em um ciborgue. Mas para isso, Ajaw teria que abrir mão de suas asas, e assim o fez, alterando partes do seu corpo e as deixando como máquinas, e acoplando em seu interior um combustível do qual serviria para o funcionamento do mesmo.

No entanto, antes mesmo que Ajaw pudesse ter mecanismos mais avançados, a já avançada idade de Medabot o cobrou, e depois de anos convivendo, o velho cientista veio a falecer.

Ajaw decidiu então sair daquela ilha, buscar uma vida diferente e longe dali, e assim o fez. Já além de seus 20 anos, em uma de suas viagens, Ajaw decidiu voltar para Alabasta e lá, encontrou um cartaz de procurado onde o mesmo reconheceu aquela aparência. Aquela que fora sua salvadora anos atrás, agora era uma temida pirata. Não tinha ideia é claro de como aquilo havia acontecido, mas tinha ciência de que agora poderia retribuir aquilo que ela teria feito por ele. Sendo assim , Ajaw seguiu viagem em busca de Apollonia e, quando enfim a encontrou por mero acaso, ou talvez a dita força do destino, o jovem Lunariano enfim se juntou ao seu bando, oferecendo sua força e conhecimento em prol da Schichibukai que de certa forma o adotou como um discípulo, lhe ensinando a arte da espada, e os fundamentos de manipulação do Haki, sendo agora um membro de força e importância dentro de seu bando, por mais que o mesmo ainda não houvesse se mostrado ao mundo ainda e fosse apenas um pirata novato,  pois Ajaw ainda almejava coisas grandes, e de alguma forma usaria o poder e a influência de sua capitã para ir em busca de sua maior ambição: Populacionar a sua raça! Mesmo que ele tivesse que fazer isso de um jeito que fosse contra a ordem natural da vida.