Uma sensação já experimentada antes me tomava conforme ia dormir, era sugado para longe, em uma situação incomum, desta vez um barco. O receptor dessa vez parecia ser alguém coberto de sangue, uma visão realmente estimulante, talvez dessa vez fosse ser algo mais divertido que a outra. No entanto logo a explicação daquele anfitrião me fazia perceber que a situação seria talvez pior ainda, aparentemente ele tinha o poder do desejo e por isso eu o via como uma pessoa ensanguentada, inclusive ele demonstrava como poderia também se tornar algo algo que não queríamos, momento no qual chamas escaparam pela lateral de minha boca, a forma que apareceu para mim foi a do padre que me atormentou quando mais novo.

Nervoso com a visão do padre e com o fato de que era impossível  matar alguém ali, me coloquei a andar até passar a frente de uma superfície reflexiva metálica, apesar da imagem borrada, era incrível a imagem a minha frente, as roupas de couro com um tom agressivo, o crânio humano de capacete e um efeito que parecia que minha cabeça estava em chamas, isso sim é a visão de um demônio, gostei.

De qualquer forma, não tinha muito o que conseguir naquele local, sabia bem como era, já que não era minha primeira vez sofrendo esses raptos noturnos.

Caminhei pelo grande local até chegar em uma praia onde um grupo de pessoas parecia conversar. Na realidade, via alguém que vi da última vez, se não me engano era a cabra que se fingiu de marinheiro.

Fui no bar da praia, peguei uma garrafa de pinga, um espeto de carne crua e uma cadeira de praia, fui até próximo ao grupo e abri a cadeira para me sentar, já que não posso matar ninguém, vou pelo menos observar e comer algo.

Fala cabra, trouxe nenhuma bala para eu roubar de ti dessa vez não?

Ele com certeza não tinha como reconhecer meu corpo, agora eu tinha três metros de altura e parecia realmente um demônio… No entanto ele podia lembrar de quem lhe roubou uma bala no outro rapto noturno.

Sentado na espreguiçadeira de forma confortável, largado e de pernas arqueadas como um rockstar, sopraria meu fogo azulado no vidro de cachaça para a deixar a geladinha e cuspiria fogo vermelho na carne para ela ficar cozida, em seguida daria um gole pinga e comeria um pedaço de minha carne bem mal passada.

Enquanto isso vi um cara apalpando os Pônei  de uma mulher bem ali na praia, entendo que o tema dessa noite é desejo, mas sinceramente... Cuspiria minhas chamas azuladas sobre a dupla para lhes trazer o frio e esfriar seus ânimos, enquanto gritaria para eles:

Vão pro quarto...

A cabra parecia ocupada com um polvo na água, não parecia prestar muita atenção em mim ou talvez estava sem tempo para me responder devido a briguinha sem sentido dele. Cuspiria então um raio na água perto deles para os acordar com um choque.
Hein.... infelizmente não da pra machucar ninguém aqui, apesar que eu consigo pensar em poucos coisas mais dolorosas do que assistir um polvo e uma cabra velha lutando jiujitsu na água.
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Após jogar um raio, obviamente sem ferir ninguém como era esperado, os dois brigões terminavam umas últimas trocações de golpes e se interessavam por mim, pareciam interessados em mim, aparência e habilidades pareciam os interessar, principalmente ao bode que parecia querer ver mais. Era de se esperar a surpresa ou espanto perante um demônio, mas se ele queria ver mais, quem seria eu para negar uma demonstração de poder bruto?

Eu sou Azazel, um demônio, quer ver outro raio? Mostrarei algo melhor…

Encaixava minha pinga na areia e engolia o resto da carne do espeto antes de me levantar da cadeira. Começava então a me curvar, enchendo o pulmão de ar e após encher bem os pulmões, rugiria soltando raio e fogo mirando a água.

Spoiler:

A cabra parecia extasiada com a visão, também parecia ser um capitão pirata, pois me chamou para seu bando.

HYAHAHAHAHAAHA… Escute cabra… Eu sou capitão de meu próprio bando… E acredite, não fosse esse lugar me impedir de agir… Me encontrar no mar seria uma ocasião… Bem menos divertida… Mas… Somos impedidos de nos ferir aqui… Um lugar bem tedioso esse, não?

Sentava todo solto na espreguiçadeira novamente, pegando minha pinga e cuspindo meu fogo azul nela para a gelar mais um pouco antes de beber mais um gole.



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