[Ficha] Ishtar Stardust

Alabasta é visto por muitos como um lugar maravilhoso afinal, tem o grande cassino capaz de montar ou destruir sonhos, o reinado, é considerado pela população como um todo justo, uma vez que as desigualdades sociais não são debilitantes e apesar da monarquia, há espaço para os justos e também para aqueles que não são crescerem.

Em meio a este cenário, também há  vilarejos menores e mais afastados da grande cidade em Alabasta, em meio ao clima desértico,  em meio a Oasis, não é incomum que pessoas se juntem e construam uma pequena cidade, ou até mesmo um pequeno vilarejo e este é o caso do local de onde Ishtar tem suas primeiras lembranças.

Desde que se tem por gente, sempre fora criada por sua irmã Sylva Joestar e a primeira vista, muito clara se faz a relação de que não compartilham de laços de sangue ao ser capaz de enxergar. O local onde viviam, era humilde e Sylva trabalhou muito para que pudessem ter condições de vida dignas mesmo vivendo em um lugar considerado mais afastado de grandes rotas comerciais.

Por um lado, havia um charme na tranquilidade pois Ishtar foi uma criança muito criativa, demonstrando dons para a arte através de pinturas, do teatro e até mesmo no canto, talentos que foram muito incentivados por Sylva, que por outro lado confiava mais nos músculos para trazer o pão para casa e sinceramente?  Onde viviam a espada trazia muito mais retorno do que o pincel.

Suas aspirações? Eram completamente opostas, a Mink sonhava em se juntar a marinha, pois assim poderia viver junto a sua irmã em lugares diferentes, proporcionaria com isso também mais oportunidades e chances de que sua mente criativa alcançasse o mundo, muito mais jovem no entanto, em um primeiro momento apenas queria que houvessem cores novas, na próxima vez que a caravana mercante viesse ao seu vilarejo.

Sendo assim tão diferentes, existiu um  amor fraternal sincero e a coelha teria ensinado sobre seu estilo de luta, como em uma batalha, a honra era um luxo que apenas os fortes poderiam ter, aos fracos? A vitória era muito mais gostosa do que a honra afinal, o importante é quem voltava com a cabeça sobre os ombros no final.

Anos tranquilos se passavam, se perguntasse a Ishtar se tinha mais curiosidade em como acabaram juntas, provavelmente você não conhece a menina muito bem pois, o que tinha era muito.  A calmaria se deu lugar ao terror, quando a vila passou a receber ataques frequentes de piratas e Sylva, sendo a única capaz de lutar na vila, mal conseguira repelir investidas que eram feitas, pois muitas perdas ocorriam afinal, era uma só  e como ela mesmo dizia, não era exatamente  forte mas, sagaz em se manter viva.

Ishtar, presenciou com isso coisas que uma criança não deveria ver, o sangue espalhado na areia, o amontoado de corpos colocados em uma grande pilha, o horrível cheiro da carne humana em chamas, e até os detalhes de como e por quanto tempo aquilo durava até que nem mesmo ossos sobrassem.

Sylva, havia conseguido recuperar uma fruta espiralada ao qual  Ishtar acabou comendo sem saber  sobre que se tratava, até que não só pelo gosto mas, pelo que  se viu capaz de fazer logo descobriu que tratava-se de uma Akuma no mi.

A frequência com que  os ataques aconteciam, aos poucos mudou o interior da garota, a coragem, se encheu de medo e ainda que treinasse, sabia que não seria de ajuda de verdade, pois suas pernas não conseguiriam parar de tremer.

Do medo da morte, tornou-se refém e seu medo quase a impediu de agir quando tudo estava desmoronando até que um dia o pior aconteceu, corajosa até o fim, Sylva se sacrificou para que da vila, sua irmã fosse capaz de sair com vida ou ao menos fora este o seu plano mas,  não haviam tantos lugares para se esconder e encurralada, Ishtar com seu caderno de desenhos,  enquanto gritava com os olhos cheios de lágrima, usou o poder de sua fruta como nunca mais teria usado até tornar-se adulta, liberando uma tormenta de horripilantes desenhos que avançavam devorando tudo o que havia ao seu redor…

O episódio fora presenciado, por um “ dono de perfumaria” incomum enquanto perdeu a consciência e teria o seu maior pesadelo registrado pela pior pessoa que poderia ter visto, alguém que repassaria o desespero como um ato de poder incrível.

Se viu caída, sentindo-se vazia pelo que sentiu serem semanas mas, havia sido resgatada, seu incidente ficara conhecido como  “A Tormenta”, um titulo que a faria tremer dos pés a cabeça toda vez que alguém a  empurrou para o perigo após o eventual alistamento compulsório que ocorreu devido ao  seu “ Talento a cada   cem anos”, ao qual havia sido vendido, tornando-a apta ao programa secreto do governo Justice Operative Judge Order (Jojo), a tornado oficialmente por baixo dos panos o projeto Jojo-01, como o inicio do estudo da implantação de soldados mecanizados idealizados pelo brilhante cientista do governo e sua indústria Speedwagon.


O tempo lhe ajudou a se curar, não lhe deu coragem mas lhe deu experiências de como lidar com o seu medo, como assumir o manto ao qual nunca quis vestir e em meio a tantos sorrisos falsos, aprendeu mais sobre si mesma ao ver que cada vez que ela estendeu a mão para alguém em perigo,  era como salvar um pedaço de si, daquela pequena menina que um dia foi, dos tempos simples em que viveu.

Sua criatividade começou a vir de várias outras maneiras, pois em seu dia a dia tinha de lidar com muita coisa ao qual não estava preparada, aprendeu que muitas vezes, no humor havia um ótimo jeito de disfarçar o medo e às vezes quando você se colocava como assustadora e terrível,  as vezes até mesmo ela era capaz de acreditar e lutar, isso tornou as coisas mais fáceis? Não muito, pois quanto mais sucesso tinha, mais a colocavam  em situações assustadoras!

No Império Yuezhao no entanto, seu coração encontrou o coração de Kaori, como se os traços de seus destinos estivessem sempre fadados a se encontrar, o modo como se conectaram foi único e os dias passaram a ter mais cores, seus sonhos? Agora poderiam voltar a brilhar e em meio ao teatro  da vida, estava pronta para começar um novo ato, um que orgulharia a memória de sua irmã ao realizar o seu sonho, uma que alegraria sua  eu do passado ao se reconectar com a arte, e a Kaori?  Um caminho que poderia não ser tão bonito em seu trajeto mas, por linhas tortas se traçaria o caminho para a felicidade.