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Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 Os Monarcas - I Efeito Borboleta

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Kenshin
Desenvolvedor
Kenshin


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Créditos : 75

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MensagemAssunto: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySeg maio 10, 2021 10:03 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Os Monarcas - I Efeito Borboleta

Aqui ocorrerá a aventura dos(as) Civil Daisuke Ito, Saori Ito e Alexander Lancaster Cavendish III. A qual não possui narrador definido.

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AutorMensagem
Saori
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Saori


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySáb Jun 12, 2021 11:15 am

Let life do with you what primrose does with flowers
O estalo do chicote foi, provavelmente, a última coisa que Saori escutou com nitidez.

As chamas subiram por seus pés, desafiando os limites da dor que conhecia. Ela esteve tão concentrada em seus pensamentos, tão perdida nos seus traumas, que não se atentou à realidade. Quando se deu conta, já era tarde, suas pernas não tinham mais força para enfrentar o fogo, seus pulmões não conseguiam mais filtrar o pouco ar que havia sobrado sob fumaça. Saori pendeu para trás.

Naquele momento, todas as sensações foram abafadas, quase uma obra do destino. A visão embaçada enxergava apenas o brilho laranja das labaredas e o granulado acinzentado da fuligem, enquanto seu torso aproximava-se cada vez mais das chamas, em uma queda que transformava segundos em longas horas. Em seu olhar, o brilho incandescente era refletido pelas lágrimas que escorriam sobre as maçãs de seu rosto, demasiadamente vermelhas.

E, da sua boca, saiu seu último suspiro de força: — Maximus... — balbuciou, sem conseguir completar a frase. Mas ela desejava que sua vida tivesse valido a pena por ele. Então os olhos de esmeralda se fecharam.

Saori não encontrou o abraço do fogo, porém. Ela entreabriu as pálpebras e teve o vislumbre da face de seu irmão, estava muito próximo do seu rosto. Sua mente entrou em frenesi, por outro lado seu corpo não tinha energias para acompanhar.

M-ma... — ela quis gritar, só que não havia mais fôlego.

Então, de novo, seus olhos se fecharam.

❀ ❀ ❀

O patear de passos. As vozes distorcidas. O abrir vagaroso dos olhos verdes. O suspiro surpreso dos lábios rosados.

"Eu estou sonhando?", pensou, ainda recobrando os sentidos.

Demorou um pouco para que Saori começasse a entender o que estava acontecendo. Mas não era um sonho, tão pouco havia morrido. Quando tentou se levantar pela primeira vez, sentiu seu corpo pesado e, pela segunda vez, uma fisgada em seus pés. Sem conseguir sair do lugar, buscou com leves movimentos da cabeça entender onde estava.

Embora o empecilho das vistas turvas, Saori notou, de um em um, os vultos que estavam mais próximos. Então uma das figuras embaçadas se aproximou. Aos poucos a nitidez voltou e ela viu sua melhor amiga.

Haru... — Falou e em seguida tossiu. Seus pulmões provavelmente não tinham se recuperado ainda.

Ela esticou a mão, tentando alcançar as vestes da garota-coelho. Seu semblante estava abatido e preocupado. Ela queria entender o que aconteceu no porto. Foi ai que outra figura apareceu, dessa vez era o rapaz de longos cabelos prateados, Shinto. Saori sorriu ao vê-lo, um sorriso cheio de ternura.

Shinto, eu... — Ela se forçava a falar. Logo levou sua mão ao peito e, por dentro de suas vestes, buscou o brinco que havia ganho de presente. — Não tive tempo de colocá-lo... — A tosse seca interrompia novamente sua fala. — Queria usá-lo com uma roupa que combinasse.

Trilha Sonora:

Considerações:Ficha na assinatura.
Histórico:
Ganhos: Chicote (Clássico, +2 de destreza por nível).
Perdas: 250.000 ฿S.
Objetivos:
Conseguir um Chicote;
Obter a qualidade Precisão Temporal;
Aprender a proficiência Física.
476 palavras // tag: cheirinho de flores // outfit // local: ilha flevance

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O Taverneiro
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O Taverneiro


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySáb Jun 12, 2021 3:33 pm

Chamo de Terça-Feira


Felizmente a tática dava mais uma vez sucesso. Ryuu derrubava um dos marinheiros e o outro era finalizado pelas lâminas em minhas mãos.

”Esse não saberá o que faremos.”

Rapidamente coloco os rifles deles cruzando os ombros e busco sair do local com Ryuu por perto. Os outros ainda pareciam machucados. Mas afinal de contas porque entraram em uma briga com um cara que ninguém sabe quem é? Tudo bem, também imaginei ser Max com seu jeito imbecil de agir, mas até o nome daquele homem era diferente, Daisuke eu ouvi alguém gritar na multidão. Bem, ele também havia pago o preço e agora era mais um na conta do Rei.

O problema é que nossa amada Shiranai, o grande carrilhão de sinos na floresta a noite, tinha se envolvido em uma confusão da qual não havia como conseguir ajudar. Por mais que gostasse de evitar problemas, era constante em meu entorno.

Não demorou para que Alexander aparecesse junto ao escravo e a minha filha vendo o caos instaurado. Fogo, pessoas correndo, pessoas feridas. Era claro que não era o que desejava, porém o garoto em toda a sua vontade de proteger aos seus questiona a mim, já pedindo para não ser ácido.

”É bom que ele me conhece… Certo, como vou dizer que a mulher dele é uma doida sem dizer? E como digo que poderia ser pior? Já sei…

- Vossa majestade, acho melhor já nos encaminharmos para longe daqui. O resto da marinha logo vai vir para tentar entender a situação toda…

- Shiranai deve saber ser mais furtiva agora, teve um leve intensivo comigo. Porém isso não foi o bastante. Um rapaz muito parecido com o outro Ito apareceu entre alguns homens que não pareciam ser quaisquer. Ele conseguiu derrubar alguns e Saori correu acreditando que aquele era o seu irmão, Shira foi no encalço dela quando a luta começou. Bem, dois dos homens se deram mal, mas um deles devia ser bom de soco, pois se livrou do moleque e acabou sendo mais rápido que as meninas.

- A mim ficaram duas opções, enfrentar o homem junto aos dois que lutavam contra o homem, ou segurar a retaguarda da marinha que chegava com 5 homens. Eu e o príncipe Ryuu demos conta da armada branca. Poderia ser bem pior, vossa majestade. Entenda que meu trabalho é sempre feito da melhor forma possível, desde que tudo corra como a estratégia foi montada. Não gosto de improvisos, e quando tenho que fazer bem…
- Aponto os corpos no chão, fogo e as armas nas costas. - Isso acontece. Vamos Majestade. Já devem estar a procura do Mink caolho.

Olhando ao redor procuro alguém que necessitasse ajuda para poder sair logo dali e seguir viagem.

Aproximo-me de Haru que cuidava de Saori.

- Sua espada filha. Use-a com vontade, como te ensinei! Como ela está?

DetalhesFalas Kaplya
"Pensamento Kaplya"
*Histórico: POST 6
Ganhos:2 espadas profissionais - durabilidade: média (+60 em força ou destreza por nível)+ 2 Rifles + 1 Espada
Perdas: 800.000 + (arma da Haru) 250.000 = 1.050.000 ฿S
1 uso de fumo / Fósforo
Ferimentos: To benzão
*Objetivos:
- Comprar uma Espadinha
- Livros: Cartografia e Investigação
- Aprender as perícias Investigação e Cartografia
- Sair em uma aventura
- Me divertir


Kaplya Sveta
Nenhum caminho me assusta, nenhum desafio me impede.




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Shinto

Shinto


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySáb Jun 12, 2021 4:31 pm


Efeito Borboleta

Ascenção




Uma lança e uma katana formidável, sem duvida, paguei o valor que o homem pretendia, colocaria a lança nas costas e a katana seguraria com a mão direita. Haru socorria o meu ferimento, as marcas gloriosas, os furos latejantes que Balto me tinha oferecido. Como sempre, a senhora Haru é atenciosa no seu trabalho, poucas palavras trocamos durante esse momento, mas nenhuma foi desperdiçada.

Por momentos, ou instantes, não conseguiria diferenciar… o branco era eterno, um conforto que aquecia o meu espírito… O meu corpo? Sinto-me para além dele… Uma invocação, Oh! Espero que as doces palavras de minha mãe estejam a proporcionar este momento. Como me sinto grato, como o conforto me aconchega. Os desejos de Luminis seriam estes? Isto que me mostras, que me fazes sentir… é isto que devo procurar?

Subitamente, via-me de volta ao meu corpo, de volta à realidade, estaria a acompanhar o grupo que se movia a um passo acelerado, o que me traria de volta a este plano… as palavras de socorro da população, “gangue”. Mortos”, “marinha”, fiquei curioso, decidi abrandar o passo e abordar os dos civis que pareciam afastar-se do local. Teria umas respostas surpreendentes por parte dos mortais, os Yakuza e um jovem de cabelo rosa, um ato de solidariedade iluminou o local com umas belas chamas.

As minhas inquisições distanciar-me-iam do grupo do Rei um pouco e ao chegar ao local onde toda a ação teria decorrido, um sorriso exaltava, explodia da minha cara, a felicidade que sentia, como a compaixão, o altruísmo, pode criar uma visão tão divinal, as chamas, o sentimento que as gerou que lindo quadro que o meu cérebro rabisca ao ver este momento.

Observaria o vinho derramado, tentaria agarrar uma garrafa que ainda tenha sobrevivido, e aos poucos iria degustando o seu líquido. Aproximar-me-ia dos comerciantes e civis que tentariam apagar o fogo e levaria, contra a sua vontade ou não um pano e um balde de água comigo. Caminharia em direção às chamas, ao belo quadro que a minha mente esboçava, desejava sentir o seu calor, as suas chamas queimar a minha divina pele enquanto as atravessaria. Após cometer este pequeno ato egoísta, procurava por meu Rei e seus companheiros, poderia ouvir a sua voz caso seja possível.

O sorriso do meu rosto manter-se-ia firme, enquanto o meu coração tremia ao ver o estado da senhorita Saori. pousaria o balde com água e o pano perto da medica de da senhorita, beberia um pouco de vinho. – Senhorita Saori, o que acha de o usar esta noite, acompanhando-me num jantar? – Levaria a minha mão à sua face, acariciaria a sua fofa bochecha. Molharia o pano em um pouco de agua e arrefeceria a sua testa. – Deixa a senhora Haru tratar de si. – – Ouviria as preces de meu Rei e sem duvidar trar-lhe-ia a davida que pretendia. – Meu Rei, se tal sentimento existe, se os deuses nos permitem senti-lo, porque não devemos nós adora-lo. - Olharia para o jovem que carregaria a doce Saori, aproximar-me-ia dele. – A sua cara é me familiar, bem, aceite esta garrafa como prova da minha gratidão. Agora, entregue-me a senhorita Saori, para que o meu corpo possa concretizar os seus desejos. Eu a levarei para segurança. -





Local do Narrador <3:

@Die Dai

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DarkWoodsKeeper

DarkWoodsKeeper


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySáb Jun 12, 2021 10:40 pm

Badar Alluartie
Efeito Borboleta





As lâminas de lua crescente não pareciam muito resistentes, mas sua beleza foi o suficiente para eu querer comprá-las. Eu nunca tive dinheiro antes, muito menos tive pertences. Por isso, comprar uma flauta e lâminas no mesmo dia, coisas para chamar de minhas, foi uma experiência nova para mim. Mesmo não conseguindo comprar as adagas com as quais eu estava acostumado, me senti feliz, empoderado.


O trio que chegou depois era um tanto peculiar, mas isso só me fez gostar mais deles. O rei, Alexander Lancaster Cavendish III, confirmou minhas suspeitas ao se apresentar. Ele era um líder e disse que, para segui-lo, eu deveria obedecer suas ordens. Contudo, ele demonstrou gentileza e um tom acolhedor. Como eu já estava acostumado a seguir ordens de outros, aquilo não seria nada novo para mim, mas a gentileza dele foi algo que me faria ficar mais à vontade.


- Sem problemas, Clay... Alexander! - eu diria para o homem, envergonhado com o erro que cometi. Porém, eu logo esqueceria isso quando vi o rei se abaixar e interagir com Balto, que reagiu como de costume (com um olhar desconfiado e uma postura atenta), mas não se opôs à aproximação do homem e, o que mais me chocou, farejou sua mão com calma, sem rosnados. Balto não se submetia, mas parecia respeitar a coragem e a calma do homem. - Eu nunca te vi tão calmo perto de um estranho, Balto! - falaria em tom de escárnio, brincando com meu amigo peludo.


A mink coelha, foi gentil comigo, mesmo não mostrando muitos sentimentos, mas aquilo já me bastava. Normalmente as pessoas simplesmente me evitavam. Por fim, o homem alto não me dirigiu uma palavra. Ele me parecia bastante sério, mas eu ouvi o rei o chamando de John. Será que eu conseguia fazê-lo rir? Bom, isso seria algo que eu teria que ver depois.


O grupo seguia para fora do estabelecimento e eu iria junto. Ainda não me sentia totalmente confortável de interagir com tantas pessoas, por isso eu andaria um pouco atrás com Balto ao meu lado.


- Estranho, Balto... Nunca imaginei que nós fôssemos conseguir amigos aqui fora. Pensei que teríamos que nos virar sozinhos, mas ficar em um grupo não parece uma má ideia. Só espero que eles não me achem estranho...





A situação, contudo, escalaria muito rápido. Nós ouvimos pessoas comentando sobre uma comoção no porto. O grupo de Alexander pareceu preocupado. Talvez o restante de seus amigos estivesse com problemas. Eu hesitei por um momento, preocupado de que os guardas ainda estivessem chateados por eu pegar comida sem permissão. Mas eu não poderia deixar os amigos de quem me acolheu ficarem em perigo. Por isso, eu acompanhei o bando para o local de onde as pessoas vinham. Lá eu vi uma parede de labaredas que dançavam ao redor de um grupo de pessoas que parecia ter sido atacado por uma matilha de lobos selvagens. Vi algumas pessoas caídas e paralisei, me lembrando da morte que presenciei. "Eles... Morreram...?"


Enquanto eu era acorrentado pelo medo, o grupo agia para ajudar alguns no meio daquele caos. Eu entendi que aqueles eram os amigos em apuros. Como eu poderia ajudar? Daria um passo para frente, mas Balto provavelmente me impediria de prosseguir. Ele sabia do perigo.


- Nós não podemos ficar parados! Eles podem morrer! Não podemos ajudar de alguma forma? - Eu diria para o lobo, em tom assustado e de súplica. Eu então veria algumas pessoas trazendo água para apagar as chamas. - Então vamos apagar o fogo para eles não se queimarem. Pelo menos uma parte dele para que o grupo do rei possa passar. Vamos, Balto!


Com um salto, eu montaria no lobo e começaria uma estratégia a apagar o fogo. Procuraria por algum local com terra ali perto para soterrar as chamas. Esperava encontrar um balde ou algo que permitisse que eu carregasse a terra em boas quantidades para jogar no fogo. "Algum líquido parece estar mantendo as labaredas altas, então usar terra talvez seja mais efetivo do que água!". Caso não encontrasse nada disso, seguiria as pessoas para ver onde elas estavam pegando água e me juntaria ao trabalho duro. Com a velocidade de Balto, nós conseguiríamos despejar vários baldes (de o que quer que tivéssemos encontrado) no incêndio. Eu esperava ajudar nem que fosse um pouco. Caso nada desse certo, esperaria pelo sucesso do grupo, observando a cena assustado.


Alexander então, após conseguir resgatar todos os seus amigos, bradou uma ordem para que todos saíssem dali. Seu grupo parecia estar recuando, então eu logo os seguiria. Ainda montado em Balto, passaria na frente do grupo e abriria caminho entre as pessoas, procurando algum lugar seguro. Meu olho na testa, à essa altura, provavelmente já estaria exposto, mas isso acabaria sendo útil para eu usar minha visão para encontrar um lugar seguro, afastado e grande o suficiente para todos que eu vi. Um beco, uma praça vazia, um lugar na margem da cidade. O que quer que eu visse que fosse útil como abrigo temporário serviria.


Caso eu avistasse o tal abrigo, eu sinalizaria para Balto para que voltássemos ao encontro do rei. Com seu faro, Balto o reencontraria rapidamente. Eu então avisaria sobre o lugar que vi.


- Alexander! Tem um lugar que parece seguro logo ali! Sigam a gente! - eu diria antes de Balto disparar, agora em menor velocidade, em direção ao local visado.


Quando estivéssemos lá (fosse o lugar que eu encontrei ou não), eu olharia ao redor, analisando o grupo e seu burburinho, tentando assimilar nomes e rostos. Vi as quatro pessoas que já conhecia ali. Ouvi o rei chamar a coelha de Haru. Ela estava cuidando de uma menina de cabelos rosa e verde que parecia muito ferida, parecia que seu nome era Saori, pelo que eu ouvi da mink. Franzi meu cenho, preocupado com a garota.


John e Shinto também estavam perto, acompanhados por um homem ruivo ainda não nomeado por ninguém ali, mas que se parecia muito com Alexander. O próprio, contudo, estava com uma outra mulher, a qual ele se referiu como Shira, com cabelos prateados e que também parecia ferida. Um outro homem com olhos de uma cor acinzentada e com cabelo preso, cujo nome parecia ser Ryuu, parecia estar ajudando a mulher. Vi também um... gato? Parecia uma espécie de animal bípede, mas estava armado e parecia cego de um olho, o rei havia se dirigido a ele como Kaplya. "Será que ele é um mink? Mas ele é tão baixinho!"


Sentado com as costas encostadas em uma parede e abraçado com meus joelhos, fiquei mais afastado do grupo. Balto estava ao meu lado, provavelmente fazendo o mesmo que eu, analisando cada indivíduo ali presente. Alexander, então, se aproximaria de nós dois e me me pediria desculpas pela situação, dizendo que logo me apresentaria para o grupo. Ele também me pediu um favor: uma música calma que pudesse abrandar o clima do momento.






- Claro, Alexander... Quero poder ajudar de alguma forma. - ele afagou minha cabeça e voltou para o meio do grupo.


Com minha flauta em mãos, eu sentaria com as pernas cruzadas e pensaria em uma música que pudesse transmitir paz. Como se uma lâmpada se acendesse sobre minha cabeça, lembrei de uma música perfeita para ocasião. Começaria a tocar uma melodia suave em tom mais baixo. Balto logo levantaria suas orelhas e viraria em minha direção. Ele reconhecia aquela música. Seu nome era O lobo e a lua, eu a tocava no viveiro quando algo chateava a mim ou a Balto ou quando o lobo estava machucado. Ela trazia lembranças tanto doces quanto amargas, mas que me emocionavam enquanto eu tocava.


Enquanto eu tocava, eu questionava todas as minhas decisões até o momento. "Se eu não tivesse visto aquele assassinato, será que eu ainda estaria no viveiro? Será que fugir foi um erro? Eu tenho medo de estar fazendo tudo em vão. Sinto que não tinha mais nada para mim lá, que eu não estava onde deveria, mas e se eu não encontrar meu lugar aqui fora...?" Uma lágrima escorreira pela minha bochecha e desceria pela lateral da minha flauta, refletindo a luz que estivesse ali no ambiente. Eu agradeceria o fato de ao menos não estar sozinho. Eu confiava minha vida a Balto e agora, esperava ter encontrado um grupo de amigos.


Balto então deitaria, mais relaxado pela melodia. Eu esperava que a música pudesse acalentar o coração de todos ali naquele momento. A música sempre foi um uma estrela que me guiava nas noites mais escuras. Quem sabe eu pudesse compartilhar esse brilho acolhedor com os outros?

Informações



Objetivos

  • Aprender caça
  • Aprender pesca
  • Encontrar o resto do bando
  • Adquirir uma arma principal (Lâminas da lua crescente) e facas (adagas) de arremesso
  • Adquirir uma flauta (ou ocarina ou outro instrumento de sopro)
  • Fazer uma performance (e tentar ganhar uns trocados hehehe)



"Só as feras estão além da mentira"     -Rexxar

▲ Thanks, Frankie @ Graphic Dreams ▲

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Blood & Revenge
mm
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AoYume
Sargento
AoYume


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyDom Jun 13, 2021 12:22 am

AoYume escreveu:
Queen
Blessed by the King
E novamente nada corria como planejado, me deixando com um gosto realmente amargo na boca. Entre os movimentos intensos da batalha que oscilavam entre sons da comoção e o combate frontal com aquele homem que chutava com a arma embutida em seu calçado nada parecia ir bem. Talvez fosse isto e eu estivesse fadada a ser uma coadjuvante, inútil, simplesmente. Quem sabe o garoto no chão não estivesse certo ao tentar lançar-me para me salvar. Por fim, mesmo quando minha adaga acariciou um deles sequer parece que eu pude causar algum dano de todo modo. O homem me provoca, mas, naquele momento meus olhos perdem-se em frustração e desconforto, apenas recolhendo minha arma quando este por si começa a distanciar-se.

Kaplya dizia alguma coisa que soava abafada em meu ouvido e Alexander parecia inclinado a me carregar. Seu toque soa como um propagar gélido, espalhando-se por meu corpo enquanto meus olhos avançam para observar os seus. Ele diz algo, mas, eu mal escuto. Que ironia, justo eu a quem estive ouvindo tantas coisas o tempo todo, naquele momento sinto como se o mundo ao meu redor estivesse por trás de um vidro espesso, sem furos. Ele me levantava após cobrir o meu tórax e um sorriso estranho sorria em minha face, um sorriso dentro do qual não havia alegria alguma, um sarcasmo irrefreável, ódio, agonia, uma lágrima salgada que em um extrato de todo o feitio doentio que habita abaixo da minha pele. Sua frase sobre "estar no reino dos céus" apenas tornava tudo ainda mais doloroso.

Conforme ele ia caminhando, meus sentimentos iam voltando, mas, isto não quer dizer que as coisas ficariam melhores. Alex me fala sobre um suposto amigo cuidar de mim, e, sem forços nem concordo nem discordo. Apenas olho o meu torso umedecido pelo líquido vermelho enquanto ouço os sussurros entre os dois. Ele briga algo com o outro que fou meu espelho para o movimento furtivo, e, por mais que neste momento eu procurei alguma força para intervir e dizer que não era sua culpa, não encontrei. Apenas balbuciei, tão baixo que talvez só o médico próximo de mim talvez escutasse algo. - Foi minha culpa pra começo de conversa... Ele parecia gentil, apesar de eu não conseguir respondê-lo quando perguntou o local, e, pelo sangue este acabava tornando-se evidente de todo modo.

Alex voltava e erguia minha mão, apesar de naquele momento sua brincadeira não surtir tanto efeito. - Você poderia me matar? Balbucio lho olhando pelo canto dos olhos com um voz fraca, respondendo-lhe sobre sua pergunta. - Brincadeira... Continuo, apesar de desviar olhar nesta parte indicando que esta tendia mais a ser uma mentira que a primeira coisa dita. - Eu realmente gostaria de cachaça com pimenta e cravo no fogo agora... Meus olhos umedecem mas eu os fecho contendo qualquer choro. Incapaz... Soava aos meus ouvidos a cruel voz do meu subconsciente.

PdV: 3600/3600 Sta 100(?)/100

by emme



Info:

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Madrinck
Estagiário
Madrinck


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyDom Jun 13, 2021 8:37 pm

John Doe o Escravo
Ascensão de um novo grupo




Eu agora com minha espada, eu a girava lentamente em minhas duas mãos, ela quebraria com certa facilidade em batalhas contra algo mais resistente que aquele aço, mas seu fio era melhor do que nada e com aquilo eu poderia garantir maior segurança para meu senhor. Sendo isso eu continuava a andar em seu lado agora estando mais certo em como proteger, por costumes ganhos com o tempo eu andava no momento com a cabeça para baixo deixando meus cabelos tamparem meus olhos enquanto a parte plana da gigantesca lamina pousava em meu ombro. Quando eu batalhava nas arenas eu me recusava a olhar para os meus adversários, eu tinha e tenho certo rancor em matar outras pessoas, é como se uma peça unica de xadrez se desaparecesse por motivos idiotas, por causa de um movimento mau planejado que o acarretou a um final de vida cruel. Mas eu sinceramente nunca fui de levar a serio a morte, simplesmente me sentia desconfortável com a ideia e não passava daquilo, não que eu fosse me recusar a da minha vida ao meu Mestre ou aos seus companheiros, eles são verdadeiras peças de um grande xadrez, eu sou algo pior do que um simples peão, apenas uma peça que serve para ser sacrificada.

Por aquele motivo eu não ligava para a multidão que corria a um rumo contrario do que o grupo a qual eu estava tomava, muito menos para oque eles falavam, minha atenção era proteção de Alexander e seus companheiros, e não de ouvir ladainha de pessoas. Todavia quando nós finalmente chegamos no cenário eu levantava uma de minhas sombracelhas, talvez um pouco surpreso pelo oque eu via, aquilo era um cenário bem perturbador para pessoas de mente fraca , por que será que o Mestre tinha decidido ir para aquele rumo? Não, era fácil de entender, quando eu finalmente via os rostos familiares dos companheiros do Senhor, eu finalmente entendia o do por que estarmos lá, ele provavelmente estava irritado com uma possível demorar da parte dos amigos e veio investigar, eu tenho certa pena do Mestre precisar ver aquilo acontecendo com os seus companheiros, mas acredito que ele seja acostumado a lidar com aquilo tanto quanto eu.

Todavia eu continuava a minha escolta, seguindo Alexander como ele já tinha me ordenado, deixando minha espada pronta para atacar pessoas infortunadas que tentavam atrapalhar os objetivos do meu Amo, se eu percebesse intenções agressivas de indivíduos eu não temeria em simplesmente utilizar de minha grande espada para os cortar, aproveitando do grande alcance do meu equipamento para não dar nem a mera chance do inimigo revidar. Mas caso eu não pudesse evitar algum tipo de ataque que fosse em direção a Alexander eu me serviria de escudo humano e depois tentaria finalizar o inimigo para enfim voltar a escolta do Mestre, ignorando ferimentos que eu obtivesse em meio ao caminho.

Quando tudo parecia lentamente se organizar, o foco no momento era os feridos, com certeza amigos de Alexander, eu por experiencia própria sabia diferencia pelo menos o minimo do que era um ferimento grave ou não por viver em varias batalhas e sofrer e dar vários golpes. O estado atual da dupla ferida não parecia tão serio, mas claro que a anã de cabelo rosa poderia ter seu estado agravado, é horrível ter um ferimento não tratado, eu podia falar aquilo por experiencia própria.

Mas quando a Mulher Coelho me dava uma ordem eu parava de apenas observar e ia imediatamente até as duas de cabelos rosas, uma dupla que realmente combinava, duas pequenas de cabelos de cor igual, diferença era simplesmente as orelhas uma da outra. De qualquer forma eu botava lentamente a minha espada no chão e fazia oque foi me ordenado, pegava a garota ferida com a sutileza que eu poderia dar no momento. Era momentos como aquele que o outro John seria útil, mas ele só consegue aparecer em momentos inoportunos meus, falando em momentos inoportunos, talvez ele fosse a ter problemas em lidar com tudo quando pegar o controle, sem o caderno ele provavelmente vai ficar perdido sem saber de muita coisa além de memorias fragmentadas.

Por fim eu não podia fazer nada além de servir, era minimamente gratificante ser elogiado pelo Mestre, mas aquilo não era grande coisa, Mestres de Escravos sempre são as partes de uma moeda, eles podem falar que você é útil, prestativo, esplendido. Mas se cometer um erro eles pegam um chicote sem ter o minimo de compaixão. Mas aqueles pensamentos sobre chicotadas era esvaídos ao ouvir uma melodia, quando eu olhava para a origem daquele som era possível ver a criança. Ela tinha certamente um dom, se bem alimentado um futuro prospero, talvez, somente talvez, eu torcesse para que aquele garoto não fosse um escravo. Mesmo que eu não entendesse os sentimentos, estava gravado em minha carne o sofrimento que foi para eu me acostumar a vida de escravidão, não era algo que eu desejasse a nenhum inimigo.
Thanks, Lollipop @ Sugaravatars


Historico:

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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySeg Jun 14, 2021 1:39 am



Efeito Borboleta


- Maximus Cavendish Ito IV -

Conseguia tirar tanto eu como Saori que estava em meus braços daquela situação caótica, entretanto, ela parecia cansada e machucada o suficiente para não conseguir me responder, logo desmaiando em meu colo.

Olhava para tudo aquilo, Saori apenas passou por tudo isso por ter vindo ao porto me encontrar? Caso eu não tivesse voltado, ou quem sabe morrido, ela poderia não ter se machucado... se ao menos eu não tivesse atrasado…

Por mais que sentisse uma dor imensa dentro de mim, que emanava por todo meu corpo, rapidamente voltava a ficar calmo, por vezes isso já me fez perder a cabeça, apesar de casos extremos de estresse, ódio e raiva, eu não consigo descarregar isso, não consigo chorar por desespero ou até mesmo berrar, gritar em busca de paz, ela vem antes de tudo.

— Como deve ser isso Saori... – Dizia olhando para todo o fogo a minha frente, logo abaixava os óculos que estavam apoiados sobre meu cabelo, a luz começava a me incomodar.

Voltando ao que importava, não podia deixar minha irmã numa condição dessas, principalmente desencadeada por um erro meu, neste momento, podia ouvir uma voz muito familiar, virava de costas com Saori em meus braços e podia ver Alexander.

— Shira? Você está falando da outra mulher? Ela esta ali! – Apontava para onde antes teria visto-a, logo ele se retirava, junto de um grande homem, que o seguia quase como um cachorro.

— Haru? ... pera quem é essa? – Notava então uma mulher, meu rosto se mantinha calmo como sempre, porém me lembrava da mesma de algum lugar, pelas falas de Alex, ela poderia ajudar.

Tentava me mexer o mínimo para não atrapalhar a analise que Haru parecia fazer em minha irmã, com a situação ficando mais controlada, olhava para a moça, seu olhar era de alguém que realmente parecia se preocupar com Saori, o que fazia eu ficar mais calmo.

— Parece que Saori fez boas amizades nesses últimos cinco anos... certo, tomarei cuidado ao carrega-la. – Com o chamado de Alex, seguida carregando minha irmãzinha, tomando o maior cuidado possível e seguindo o grupo dele.

Ao chegar no abrigo que encontrássemos, seguiria Haru e então, lentamente colocaria Saori no chão, tirava meu sobretudo e fazia uma espécie de apoio para a cabeça da mesma.

Olhando para a amiga de minha irmã, podia notar suas orelhas de coelho, meus olhos se arregalavam e então me recordava, seria ela a coelhinha de antigamente? — Haru? A coelha do castelo de Alex? É você?? Bom, de qualquer forma, já volto!

Com o pedido de Haru, a coelha, eu levantaria e logo me deparava com outro ser não muito estranho, — Hmm... Shinto certo? Bom, não tenho tempo..., vê se cuida dela enquanto eu volto.

Pegaria a garrafa que o mesmo carregava e caso estivesse fechada, começaria a abrir, entretanto, na hipótese de a mesma já estar aberta, me afastaria de Saori e os demais e então derramaria todo o liquido no chão.

A garrafa já vazia, começaria a procurar pelo local alguma torneira com água potável, caso encontrasse, lavaria o recipiente e em seguida o encheria com água, por fim, procura dessa vez por algum desinfetante, seja um sabão ou algo a base de iodo.

Voltaria até Haru com o que antes ela havia me pedido, — Aqui senhorita... – Me afastava um pouco, não queria causar nenhum tipo de pressão sobre a medica naquele momento.

Olhava a volta e podia ver alguns rostos desconhecidos, o alto e forte homem que seguia Alex, parecia ajudar agora Haru sem sequer falar algo, outro médico, parecia ajudar a mulher que antes meu melhor amigo procurava, por fim, avistava um garoto, ele parecia tão mais novo, coisa que se enfatizava com seu tamanho.

Caminhava até ele e dizia, — Situação caótica hein... você gosta de mágica? Já viu alguma? Vou te mostrar um truque...

Tirando um lenço de meu bolso, o posicionava a frente dos olhos do garoto, — Como pode ver, um simples lenço... – o passava por minhas mãos, indo de um dedo ao outro, enfiava-o por completo dentro de minha mão esquerda.

Com a mão direita, estalava os dedos, — Pronto... – abrindo a mão que o havia enfiando, ele já não estava mais lá, — Com um toque de magica ele desaparece, porém... – Estalava novamente meus dedos, — Garoto, diga-me..., o que tem dentro do seu bolso direito? – Sorria já esperando pela reação do pequeno.

Enquanto distraia sua atenção com minhas mãos, passei o lenço para seu bolso, quando ele notasse, riria de forma baixa, virando-me de costas, falava, — Me chamo Maximus... Prazer em te conhecer. – Ouvia o pedido de Alex sobre a música, então finalizava – Que sua musica possa acalmar todos aqui, boa sorte!

Olhando para meu amigo, apesar dos cinco anos, ainda mantinha seus traços, o abraçava de volta e ria ouvindo a fala de Alex, — Lindas palavras Cavendish... Você fez falta nesses cinco anos...

— Não se preocupe, a culpa foi minha em ter essa ideia boba, devia ter imaginado que algo poderia ter acontecido, por sinal... pode me seguir? Tenho um assunto importante para te contar.

Olhando para Alex com um olhar sério, virava de costas e me afastava de todos, esperando que ele me seguisse, procuraria por outro cômodo, assim que estivéssemos a sós, relaxaria meus ombros.

— Bom, serei breve, seu tempo é precioso meu Rei e tens muitos assuntos a tratar nesse momento... – botava novamente o óculos sobre meu cabelo, pegava no bolso esquerdo de minha calça, a carta que minha mãe havia me deixado e entregava nas mãos dele.

— Minha mãe me entregou isso no dia em que houve a tragedia... Acabei por só abrir enquanto estava viajando atrás dos bandidos... – Ficaria em silencio esperando que ele finalizasse de ler a carta, então, tirando meu blazer e minha camisa social, virava de costas mostrando a marca da doença.

— Acredito que isso possa comprovar o que contem na carta... – Olhava pare ele sobre meu ombro e então sorria tentando acalma-lo, a doença era algo que me atacava desde quando era pequeno, porém nunca me importei de fato com isso.

Vestia novamente minha camisa e em seguida, botava o blazer novamente por cima, ouvia as palavras de meu novo irmão, — Novo mundo é? – Sorria animado e ansioso, ouvindo agora a explicação sobre a doença.

— Trinta e cinco anos... em tese tenho mais quinze anos de vida então... tempo suficiente... afinal meu irmão, ou você morre como herói, ou vive o bastante para se tornar o vilão. – Sorria falando tais coisas, que pelo menos meu pouco tempo de vida, possa me trazer grandes coisas, — Você falou sobre novo mundo certo? Sobre a tragédia, o dia em que minha mãe e meu padrasto morreram, eu os cacei nesses últimos cinco anos.

Olhava para os olhos de Alexander, com um rosto sério, contaria o que descobri sobre tudo isso, — Eles são conhecidos como Sociedade do Dragão Negro, uma Organização criminosa, que naquele dia, por meio de mim e da Saori, queria capturar você.

— Meus pais descobriram isso e bom, eles nos protegeram, em troca da vida deles, naquele dia, após deixar Saori com você, eu os cacei, por todo esse mar e no fim, matei o chefe deles.

— Porém, o chefe que eu matei, era apenas o regente deste mar, o verdadeiro chefe da organização, também está no Novo Mundo – levava minha mão a minha frente e a fechava, — Desde já, não se culpe pela morte deles Alexander, tudo tem um motivo para acontecer.

— Parece que nossos objetivos se encontraram, eu tenho que acabar com essa organização, que até eu chegar no novo mundo, vai me caçar sem parar e agora, tanto você como eu, precisamos encontrar essa cura.

— Sabe, eu sinto um vento bom a nos guiar... Se possível, gostaria de seguir junto de vocês... proteger Saori e estar perto do meu novo irmão caçula, são coisas que eu não posso deixar de viver.

— Porque afinal, a gente pode acabar morrendo quando menos imaginar... então..., que meus últimos anos sejam perto de vocês...

Sorria aliviado após falar tudo que guardava nesses últimos anos, por fim, ouvia seu pedido sobre manter em segredo, — Seu desejo é uma ordem... Por sinal, se possível, deixa que eu conto para a medica Haru sobre minha situação e para a Saori... em breve contarei para ela sobre a doença e sobre nossos pais.

Voltando para onde os outros estavam, ficava em silencio enquanto Alex me apresentava a todos, ao fim de sua fala, me curvava lentamente e então dizia, — Prazer caros companheiros... alguns já me conhecessem de antigamente, já para outros pode ser à primeira vista, bom, espero que possamos nos dar bem. – Ereto, sorria passando meu olhar pelo rosto de todos.

Ao fim de minha fala, andaria lentamente até onde Saori estava, olhando para Haru diria, — Como esta a situação dela? Doutora…


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyTer Jun 15, 2021 12:03 am


    
Narração: 006 / Os Monarcas / Flevance, 13:50, 14ºC

    

    
Os Monarcas: XXX

    


Spoiler:
   

TODOS

O inferno seria uma boa descrição para o porto aquela hora, as chamas estavam altas, a cortina de fumaça densa fazia algumas pessoas tragarem as fuligem e havia o caos e gritaria da multidão. Alex foi o primeiro a chegar e reconheceu logo Ryuu, os dois nobres se encontraram numa corrida e foram em direção de Saori, que ao perceber a extensão do ferimento, foi solicitada a presença de Haru. Enquanto a médica e Max preparavam uma anestesia de emergência, Alex e Ryuu procuravam Shiranai, que estava ferida também. Por ordem do Rei, todos voltaram para a pousada, a noticia do incêndio no porto já tinha chegado ao conhecimento dos donos e eles prepararam o salão para receber as pessoas, a dona tinha algumas camas de mola dobráveis e espalhou pelo salão com colchões finos, não tão confortáveis como as do quarto, mas que serviriam para um atendimento de emergencia.

Haru solicitou que Max saísse do lado da irmã para encontrar água e iodo para fazer os curativos nas queimaduras, John auxiliou a médica enquanto ela limpava o tecido queimado da perna. E depois com o material trazido pelo ruivo, a mink coelha conseguiu fazer um curativo nos membros inferiores. Saori recobrou os sentidos algum tempo depois na presença de Max e Shinto. Os dois jovem estavam bem preocupados com ela.

Já Shiranai seria atendida pelo médico Ryuu, que teria todo o material necessário para limpar e tratar suas feridas. A mulher de cabelos prateados se sentia impotente e não recusou quando Alex a carregou até a pousada, após os cuidados médicos, Alex e Shira teriam um minutos a sós, antes da apresentação de Maximus.

No momento oportuno, Kaplya explicou a situação do porto para Alex e como aquilo tudo tinha fugido de controle. O cozinheiro da pousada escutou uma parte da conversa e se intrometeu no assunto dos dois e disse que sabia um pouco sobre a fama de Genzi, o rapaz fazia parte do submundo, de uma gangue mais conhecida como Yakuza e que eles eram bem perigosos. Ainda aconselhou o grupo a não querer vingança e partirem o quanto antes.

Badar se acomodou com Balto ao seu lado e começou a tocar uma música para aliviar a tensão de todos. A música parecia acalmar a todos, mas também trazia aflições no coração do músico. Alex e Max se afastaram do grupo e finalmente descobriram a verdade sobre suas origens e perceberam que tinham que alcançar seus objetivos rápidos, pois era uma corrida contra o relógio.

Com Saori e Shira estabilizadas fisicamente falando, Haru e Ryuu tiveram um momento para descontrair. Os donos da pensão ofereciam chás e bolachas para todos. Nesse momento mais leve Max foi oficialmente apresentado para o grupo. O aroma do chá parece ter melhorado o animo de Saori, que devido a anestesia não sentia suas pernas ainda, mas poderia sentar na cama com ajuda de um encosto. Shinto e Max provavelmente estavam lado a lado da sua cabeceira.

Já Shiranai, tinha Alex ao seu lado e o homem parecia estar bem aflito. A mulher de cabelos prateados teria que estar deitada e com curativos ao redor do torso, movimentos de respiração mais forte poderiam causar dor. Mas a entusiasta marinheira parecia ter perdido um pouco do seus brilho, após aquela derrota. Se Alex fosse atrás da bebida solicitada pela jovem. Ele voltaria com um copo cheio da bebida ardente e com o cravo e a pimenta num pratinho, já que o cozinheiro não sabia como preparar aquele drink.

Após a música terminar, todos poderiam tomar o desjejum e descansar. Quem optasse para subir para os quartos, poderia ficar a vontade. Ou para as pessoas que preferissem ficar no salão, teriam colchonetes disponível.

No dia seguinte- 05:50 da manhã - 09°C

Quem estivesse no salão escutaria batidas pesadas na porta da pensão e um falatório bem rápido entre algumas pessoas, mas nada decifrável. Após alguns minutos, a dona da pensão passaria chorando em direção a cozinha. Quando todos tivessem reunidos tomando seu café da manha, o cozinheiro e marido da dona da pensão pediria para falar com Alex em particular.

- Eu sinto muito dizer isso, mas você e seus amigos precisam sair daqui o quanto antes... o pessoal do Genji, prometeu destruir esse lugar se vocês não saírem até as 09:00.

Faltava exatamente meia hora para o local combinado. Shiranai e Saori ainda precisavam de repouso e seguir com o tratamento médico. Mas caso o rei quisesse saber mais informações sobre aquela gangue, o cozinheiro iria passar o endereço de um bar, que era conhecido como o núcleo da Yakuza.



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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyTer Jun 15, 2021 4:18 am

GODS BLESS THE KING


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Música:

Incerteza, dor, angustia, medo eram o que se passavam no meu coração neste momento, quando Ryuu nos deixasse a sós eu olharia para ela mesmo que ela não retribuísse o ato, mas antes que eu fosse começar a falar com ela chamava meu serviçal John

— ah, hmm, John você poderia trazer uma bebida para Shiranai, ela quer cachaça com pimenta e cravo no fogo.

Assim que ele também se retirasse havia tanto que eu queria falar, mas não podia, sabia que ela não estava bem, mas eu não queria guardar mais algo dentro de mim que eu sentia.

— S... Shira, eu odeio, odeio saber tão pouco de você, odeio não poder te ajudar, odeio não saber o que fazer, e odeio quando você me pede algo assim...

Minha feição agora era triste já que eu sentia vontade de chorar, não so por aquilo, porem por tudo que eu sentia, Max com sua história, seus pais haviam morrido por minha culpa, Shira e Saori se machucaram e eu não pude fazer nada sobre isso, a máfia estava atrás de nós e a marinha também, eu não tinha minhas riquezas ou meus guardas aqui, e se eu tomasse uma atitude errada?

Balançava a cabeça antes que continuasse com meus devaneios, eu queria poder abraçar ela, mas sentia que todas as vezes que eu me aproximava ela se assustava, ou mesmo ficava catatônica, talvez fosse algo que eu inventei na minha cabeça, mas não queria machuca-la.

— Tu... não és só uma ferramenta para mim Shira, eu, e...

Me contia, eu sentia que não deveria falar mais nada para ela naquele momento, ela estava fraca, machucada, mentalmente e fisicamente, não deveria mais colocar informações em sua cabeça já cheia.

Me levantava mordendo os lábios a ponto de talvez chorar, a cobria gentilmente sem toca-la. Se visse alguém apenas sorriria forçadamente e diria a todos.

— Irei aos meus aposentos preciso descansar...

Quando eu chegasse em meu quarto fecharia e trancaria a porta, iria correndo ao banheiro, por algum motivo eu tentava respirar, mas o ar não vinha, mas não era a ruina dos reis, o que era aquilo?

Pensava em todas as minhas preocupações e meu peito doía, minha cabeça ficava zonza, o que era aquilo, uma resposta brotava em minha mente, crise de ansiedade, mas não era possível, EU ter uma crise? Um rei?

Me sentava no chão e tentava assimilar tudo mais uma vez, qual seria o próximo passo correto a se fazer? A máfia estava atrás de nós, a marinha também, Max meu irmão estava morrendo assim como eu, meu melhor amigo.... Eu matei seus pais de forma indireta? Shiranai o que eu sinto por ela? Porque perco a cabeça quando o assunto é ela? Agi sem pensar hoje, corri por meio de chamas apenas por pensar na hipótese de ela estar morta, porque ela quer morrer? O que eu fiz de errado?

Abraçava minhas pernas e encostava minha testa em meus joelhos e continuava, Saori esta machucada, está com muita dor? Eu deveria voltar? Afinal não tenho nada aqui, eu já estou morto mesmo, a cura nem mesmo existe eu sei que estou apenas tentando me enganar.

Sim talvez seja melhor voltarmos e cancelarmos a viagem, afinal ainda estamos perto, acenava positivamente com a cabeça, mas parava por um segundo, apertava meus dentes e me levantava me olhando no espelho.



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Eu Alexander Lancaster Cavendish III, estou com medo?? Eu treinei tantos anos para este momento então porquê? Da onde vem toda essa insegurança? Não, apertava meus punhos em raiva, eu sou um REI.

NÃO! Crise de ansiedade? Eu sou um REI, não tenho tempo para este tipo de sentimento ou preocupação frívola, minha palavra é e sempre será a final, se eu decidi sair de meu reino e ir atrás de minha cura, então farei isso, nem mesmo EU posso voltar com minha palavra!

Apertava a pia em minha frente, não sabia a resposta para nenhuma daquelas perguntas, mas agora sabia que meu eu do futuro saberia como resolver cada um destes incômodos, apenas teria que confiar em mim mesmo do dia de amanhã.

Porem mesmo assim as lagrimas escorriam, apesar de tudo até mesmo eu era um humano comum, mesmo que o sangue real corresse em minhas veias, iria até a minha cama e me deitava com a mão esquerda sobre minha testa

— Tu és patético Alexander hmhmhmhmhm, agora o que devo fazer?

Tirando os problemas de lado pensava em uma memória minha de minha mãe, tão doce, meiga, ela que me ensinou o pouco que eu sei sobre ser gentil, em seu pouco tempo de vida ela me ensinou tanto, e me lembrava de algo.



O passado do rei

Eu brincava com meus brinquedos no chão da sala perto da lareira e minha mãe estava triste por o tal suposto “amor” curioso como eu sempre fui me aproximei pegando em seu pesado vestido e sussurrei para ela.

— Mamãe o que é esse tal amor que te faz chorar?

Por um momento ela sorria para mim como se não tivesse problema algum passando por sua cabeça, ela me abraçava gentilmente e eu retribuía.

— Ah meu doce Alexander, tu ainda és novo demais para entender sobre isso, mas se eu tivesse que explicar diria que este sentimento é como fogo, é quente e aconchegante, intenso, porém também machuca e destrói.

Uma lagrima escorria em seu rosto e eu logo limpava e a abraçava mais forte, então mais uma vez falava com ela.

— Mamãe você se arrepende de amar, você está triste não ta?

Seu toque era quente, e pela primeira vez em minha vida eu entendia uma frase difícil de um adulto, aquele calor, reconfortante, ah este era o tal amor que ela chorava.

Notava novamente e eu havia cochilado em minha cama, um sonho e uma lembrança de meu passado, quando pensava sobre isso ficava corado, então eu amava todos ali, por isso que estava tão preocupado, então eu amo Shira??

Me lembrava de outras mulheres que antes já havia dormido, porém não sentia nada profundo ou incerteza, meu peito apertava, mas não era amor que eu sentia? Não ainda, era paixão.

— HmhmhmhmhmhmhmHahahahahahahahahaha, ora Alexander claro que não iria dar para se apaixonar por alguém mais fácil de lidar certo?



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Fechava meus olhos novamente e pensava nela, sim de fato era isso, estava apaixonado pela primeira vez em minha vida, então por isso que doeu tanto ouvir aquelas palavras que saiam de sua boca... Mas tinha uma ideia que talvez não fosse a melhor

Provavelmente já era mais de noite, mas ainda assim iria até John e faria um pedido para ele que provavelmente o deixaria animado, bateria na porta caso ele estivesse em seus aposentos da estalagem.

— John posso entrar preciso de uma coisa de ti.

Caso a resposta fosse positiva seria breve para deixa-lo descansar também.

— Quero que tu faças um doce apimentado para mim, qualquer um o mais gostoso que possa pensar, peça a cozinha para o homem emprestada, caso precise eu pago.

Sorriria no final, após dormir minha cabeça estava mais no lugar então enquanto esperava via o que todos os outros faziam para passar seus tempos, caso alguém viesse falar comigo responderia como sempre feliz.

Quando o doce finalmente ficasse pronto, pediria para ele guardar por um tempo, e quando fosse mais de noite e caso as luzes do quarto de Shiranai ainda estivessem acesas bateria levemente em sua porta

— Shiranai, será que posso entrar por um instante?

Se a resposta fosse negativa apenas diria que tem algo para ela na porta e voltaria ao meu quarto, porem se ela me deixasse entrar, iria até perto de sua cama com um prato uma sobremesa e uma colher.

— Tu ainda não deves ter comido certo? Pedi para John fazer isso para ti, ao menos sei que gostas de coisas apimentadas correto?

Sorria para ela, porem dessa vez não era fingimento, apenas um sorriso sincero, caso ela estivesse melhor e mais tranquila com tudo conversaria com ela antes de lhe entregar seu doce.

— Shira quero que saiba que tu nunca vais ser inútil para mim, tu és útil para mim de formas que nunca imaginaria... Não seja tão dura consigo mesma, sim você perdeu a batalha, mas a guerra ainda está por vir.

Ela parecia interessada na guerra que estava por vir, quando ela dizia que queria participar eu ficava com medo, não queria que ela se machucasse, porem sabia que Shira era tão forte quanto eu, afinal ela era também uma justiceira.

— Sim shiranai, uma que você participa, na verdade eu não poderia lutar ela sem ti ao meu lado, apesar de que eu não queira que se machuque novamente sei da sua força também.

Por instinto esticava a mão para tocar em seus cabelos mas parava antes, me lembrava da frase “Você poderia me matar? ” Porem ainda queria fazer algo, se ela estivesse bem, eu cortaria um pedaço do doce e diria a ela.

— Diga ahhh!

Por deuses isso é vergonhoso, as moças faziam isso comigo então pensei ser natural, mas não é!!

— Um rei faz o que ele bem entender, e você vai negar um pedido de um?

Não falava com um olhar ameaçador nem nada, apenas sorria brincando sobre minha posição, porem se ela tentasse negar de forma seria eu apenas deixaria lá e não forçaria mais, porem se fosse de forma tímida eu diria.

— Estas machucada, não deve se forçar, me deixe fazer isso por ti, agora ahhh!

Daria o alimento em sua boca e olharia para ela com um sorriso bobo no rosto, era bom saber que ela ainda estava ali ao meu lado, quando terminasse de dar tudo, a cobriria novamente sem toca-la, mas ela dizia algo que ficava pensativo por um tempo, mas corava instintivamente quando me lembrava do que havia falado no quarto, porem antes que pudesse confirmar ela deixava para lá.

— Ehh, Aham... Agora vá descansar, amanhã teremos um dia cheio e como sempre precisarei de ti...

Fechava a porta e pensava, certo talvez tenhamos ficados mais próximos, mas não devo mais toca-la tão levianamente, ela que deve fazer isso comigo, mesmo que eu queira toca-la...

Me deitava e infelizmente como sempre não conseguia dormir direito por causa das dores, me arrumava como sempre, tomava banho me perfumava e me vestia, saia do quarto e ia tomar café.

— Bom dia a todos! Conseguiram descansar suas mentes? Acredito que teremos um dia cheio, Saori e Shiranai como estão os machucados, a medica e o doido do Ryuu conseguiram tratar vocês bem?

Não estava bem ainda, porém muito melhor que antes, quem diria que uma frase que minha mãe sempre me dizia era tão real, chorar faz bem, mas nem tudo era flores, o dono da estalagem me chamava aos prantos e eu logo o acompanhava, e escutava tudo até o fim.

— Então eles decidiram vir para cima primeiro sim? Interessante, senhor por favor me passe tudo o que souber sobre eles, não te preocupes sairemos do local assim que terminarmos de comer.

Voltava a mesa pensativo, afinal tínhamos nossas amigas machucadas e um combate direto agora talvez não fosse a melhor opção, mas nós não poderíamos ficar por ali também, se não tudo iria a ser destruído.

— Pessoal tenho notícias, a máfia já sabe que estamos aqui, eu sei a localização deles também, porem temos de sair daqui ou tudo será destruído, mas temos duas que estão machucadas.

Olhava para todos na mesa e então pela primeira vez faria algo que nunca teria feito antes, porém sabia que precisaria mudar para seguir com essa viagem.

— O... o que acham que seria o melhor para todos? Não me entendam errado a decisão final ainda é minha!

Argh era vergonhoso não ter a resposta, porem fingia que era apenas um rei preocupado com seus súditos, alguns deles me davam sugestões interessantes e eu ficava pensativo por um instante, quanto todos falassem levantava minha mão e dizia a todos.

— Silencio, me deixem pensar por um momento

Max tinha uma ideia muito interessante, quem diria que minha linhagem não era assim só amaldiçoada, a de meu segurança Kaplya também era muito boa, então ficava por um impasse, porem queria todos em seu auge para podermos fazer nossa guerra.

— Eu me decidi, seguiremos o plano de meu irmão porem com alguns ajustes, Shinto, Kaplya, Maximus, Eu e Shira vamos tentar negociar com os mafiosos, claro que não vamos apenas negociar, enquanto conversamos com eles, Kaplya e Shiranai irão verificar suas posses, se eles tem navios, dinheiro o que for, eu Max e shinto iremos distrai-los, John, Haru, Saori, Ryuu e Badar irão ficar na casa da amiga de Max, poderão ter um tempo de resolver suas coisas pessoais, contudo! Não quero que fiquem completamente parados, precisamos de dinheiro e caso os mafiosos não tenham precisaremos de outra forma de “renda” se é que me entendem.

Doutores vocês acham que Shira conseguiria fazer isso? E tu achas que consegue? Não quero lhe forçar demais, mas se disser que sim não podes mentir na minha cara, tem que ser a verdade, se não aguentas Shira mudamos o plano.


Me sentava e respirava depois de tanta ordem, fazia um sinal para que todos terminassem seu café da manhã, e dava mais alguns comandos.

— Antes de sairmos John, Ryuu Kaplya irão verificar se está tudo seguro afinal vocês são bons de briga, se sim iremos direto a casa da conhecida de Max e após isso os devidos grupos irão fazer o que foi ordenado, ah para deixar claro, eu não irei admitir um erro sequer nessa guerra!

Não queria de forma alguma mandar Shira machucada para a missão conosco, porem eu sabia que deixa-la parada só iria deixar seu sentimento de inútil cada vez pior, ela precisava saber que eu confiava nela, Saori era a única a "contestar" o plano de fato porem eu tentava acalma-la.

— Não se preocupe doce Saori, Max agora não é mais só seu irmão lembra? Ele é parte da minha família também, sempre farei o meu melhor para evitar com que aconteça algo com todos aqui, e sobre isso tu tens minha palavra!

Quando todos terminassem de comer e o local ao redor fosse todo revistado sairíamos seguindo Max que nos guiava até a casa de sua amiga e depois disso iriamos até o bar.



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Objetivos:

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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyTer Jun 15, 2021 11:50 am

Efeito Borboleta
Sétimo Pulo
Ao lado de Papa, eu ouvia suas palavras e recebia a Katana que ele havia comprado para mim. Analisava rapidamente a lâmina que me era entregue, e com um sorriso eu agradecia - Obrigada Papa! Quanto foi? Eu lhe pago. - Com sua resposta, entregaria o valor correspondente, e em seguida me recordaria da outra arma em minha posse. - Ahhh, eu comprei essa bota também. Veja, não é interessante? - Erguia minha perna para que ele pudesse vê-la, e assim pássavamos um pequeno momento em família.

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Haruzinha aos olhos do Kaplya

A música que o pequeno estranho tocava, ressoava pelo ambiente e invadia minhas grandes orelhas felpudas, que instintivamente começavam a se virar para onde vinha o som. Meu rosto acompanhava, e eu acabava tecendo um sorriso involuntário.

De qualquer forma, a pergunta de Papa me fazia voltar para a realidade. - Ela...? Ahh, Saori, você diz? Está estável no momento, consegui fazer um curativo e aplicar um sedativo nela, com o tratamento contínuo estará bem em breve. Inclusive, peço licença, papa, mas preciso vê-la. - Abaixando minha cabeça em respeito pelo pequeno mink felino, eu me distanciava, voltando ao encontro de Saori.

No entanto, antes de ir até ela, parava próxima a John, e com meu tom sério e frio de sempre, encarava-o. - John Doe... Agradeço o que fez por minha amiga hoje, você daria um ótimo enfermeiro. Lhe chamarei para me prestar auxílio mais vezes. - Com um pequeno sorriso de educação, acenava com a cabeça e seguia meu caminho.

Ajoelhava-me novamente ao lado de minha amiga, e preocupada encarava seu rosto. - Saori... Como está? Sente muitas dores? - Esperava sua resposta com a mão em sua testa, tanto para confortá-la quanto para aferir sua temperatura. Afinal, uma infecção seria extremamente perigosa naquele momento.

Ouviria sua resposta, e logo era abordada por um dos serviçais da pousada, que oferecia chá e biscoitos. - Ora... Veja se não é uma coincidência, Saori. - Com um sorriso genuíno no rosto eu pegava o chá de temperatura mais branda e apoiava a cabeça de minha amiga em meu braço. - Parece que sabiam que você estava vindo. - Oferecia a bebida para ela, e lhe dava de beber com cuidado, até que ela se desse por satisfeita.

- Receio que sim, você acabou se machucando, mas não se preocupe, cuidarei de você. - Sorria para ela enquanto continuava lhe dando a bebida e sorrindo carinhosamente. - Mas veja pelo lado positivo, seu irmão também é real. - Ouvia seus agradecimentos e apenas abaixava a xícara ao meu lado, pousando-a no chão. - Apenas estou fazendo meu trabalho, e ainda posso cuidar de uma amiga querida. Não precisa agradecer.

Eu repousava novamente sua cabeça rosada sobre o colchão, e naquele momento um nó se formava em minha garganta. Seus cabelos, seu estado, lhe ajudar a comer e beber... Subitamente, tudo isso mesclado com a música tocada pelo menino, me faziam voltar para uma época repleta de alegrias e tristezas.

A pequena Sakura sempre apoiava a mão em meu braço quando lhe ajudava a fazer as coisas do dia a dia, e como a boa menina que era, me agradecia a cada pequeno gesto de ajuda. As lembranças se tornavam muito dolorosas para suportar, de uma forma que acabavam culminando em lágrimas.

Engolindo em seco, eu as segurava, e apenas sentia a visão embaçar, enquanto mantinha meu olhar fixo em uma parede qualquer, concentrada em não chorar na frente de todos, e evitando cruzar olhares com Saori, pois sabia que ao olhá-la eu fraquejaria.

Por sorte, Alex e Maximus apareciam na frente de todos e davam um aviso. Um que fazia meu coração despencar dentro do peito. As lágrimas, antes acumuladas em meus olhos, agora escorriam lentamente por meu rosto e eu nem me dava ao trabalho de limpar, tamanho o choque.

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Alternava meu olhar entre os dois ruivos, e aquilo que deveria ser claro como a luz do dia finalmente me atingia. Eles eram praticamente iguais! Como nunca notei? Meu cenho franzia enquanto mantinha meu olhar fixado neles, isso é, até um novo choque me aturdir, e um pensamento atravessava minha mente como um raio.

A doença é genética... Logo... Maximus, ele... Preciso ficar de olho. O pensamento vinha fragmentado, ao passo que minha mente trabalhava muito rápido e não conseguia formular frases completas para definir o que estava sendo formado em minha cabeça, no entanto, percebia a aproximação de Maximus e Shinto, e logo desviava meu olhar, ainda atônita.

Shinto falava coisas sem sentido, mas eu não seria aquela a lhe privar de um momento estranho e reconfortante com Saori, por isso, ignorava, e só retornava meu olhar para a cena com a fala de Maximus. - Ela está acordada agora, sentindo menos dor. No momento não há motivo para alarde. - Meu tom sério não se abalava, mas continuava evitando contato visual com minha amiga, e mantinha os olhos fixados na figura ruiva em minha frente.

Ao fim do breve momento de interação com a paciente, a olhava de maneira rápida apenas para checar sua condição e, em seguida, falava com a voz firme para Maximus. - Poderia me acompanhar, por favor? Tenho algo a tratar. - Afagaria a cabeça de minha amiga e então me erguia, olhando para Maximus e esperando que me seguisse.


Andando para um local mais afastado, finalmente o fato me atingia. Aquele era o ruivo irmão de Saori, o rapaz que havia me chamado atenção desde o primeiro momento em que o vi, e aquele que fazia meu coração entrar em uma pequena taquicardia toda vez que se fazia presente diante de meus olhos.

Não o via há anos, apenas sabia dele pelas histórias que Saori me contava e, ainda assim, parecia que o conhecia desde sempre... Mas agora ele era um homem, e não mais um menino brincalhão do castelo. Virava para ele, e encarava seus fios rubros que caíam bagunçados sobre seus olhos castanho avermelhados, que pareciam me atrair e me deixar perdida em minhas próprias palavras.

Desviava brevemente o olhar para encarar o chão, e falava em seguida. - E-eu... Ahem, digo... Eu consegui estabilizar Saori, mas isso não significa que ela está fora de perigo. Não falei na frente dela para não interferir em sua cura, no entanto, você precisa saber, como membro da família. Mas ficarei de olho nela, não se preocupe. - Finalmente criava coragem para encará-lo nos olhos e prosseguir. - Dito isso, gostaria de me desculpar por meu comportamento inaceitável de antes, espero que entenda que a situação era emergencial, e eu não sabia de suas intenções.

Como irmão de Alexander, isso tornava Maximus um principe, e eu jamais poderia faltar com respeito para com quem me abrigou em um lar tão luxuoso e repleto de amor, assim como aquela família fez. Com isso em mente, eu me prostrava sobre um de meus joelhos e apoiava minha katana no piso, econstando minha cabeça em sua empunhadura.

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- Peço humildemente que me perdoe, majestade, e que possa aceitar meus serviços medicinais, não só para sua irmã, mas para si mesmo, se assim o desejar, bem como para seus outros súditos. - Ainda ajoelhada, esperava sua fala, amedrontada com a possibilidade de ele agora nutrir raiva por mim.

No entanto, não poderia ser mais oposto. O ruivo me ajudava e em pouco tempo estava encarando-o novamente. Seu toque em meu ombro mandava arrepios por todo meu corpo, mas mantinha meu olhar firmado no seu. Ficava confusa com seu pedido de tratá-lo como se fosse um comum, mas não discutiria com ele, afinal, ele que pertencia à família real.

- Seu desejo é uma ordem, Maximus... Se acha dispensável, o tratarei como pede. E me chamo Haru Kaplyanova, é um prazer. - Forçava um sorriso educado e enlaçava minha mão com a dele, selando o cumprimento. Contudo, ele se afastava e me prestava uma reverência.

Inevitavelmente meu rosto corava, e eu rapidamente devolvia o gesto, tanto por educação, quanto para esconder o rubor das bochechas, que agora sentia quentes. Mas uma pergunta sua me aturdia, e de repente o mundo ao meu redor parava quando sentia seu toque em meus cabelos. Instintivamente eu recuava, desvencilhando-me do carinho.

- Era apenas preocupação com Saori, já está tudo bem. - Não queria entediá-lo com meus problemas do passado e, no momento, tínhamos assuntos mais urgentes para tratar, talvez um dia contasse o que me aflige. - Agradeço os elogios, apesar de achá-los exagerados. - Respondia de forma dura, criando uma espécie de barreira entre nós dois, mas ainda assim, sentia meu rosto aquecer novamente.

Para ser sincera, talvez aquela tenha sido a primeira vez que alguém me chamou de "linda". E não, papa não conta. Por isso, não conseguia evitar o crescente sentimento de felicidade que se aflorava ao ouvir tal palavra. - Conto com seus serviços, majes... Digo, Maximus. - Acenava firmemente com a cabeça, e era desestabilizada mais uma vez por um convite.

- V-Vinho?! - Dessa vez eu perdia completamente a compostura, e o olhava incrédula. Um principe me convidava para tomar vinho... Ou melhor, será que era uma ordem? Eu não sabia o que esperar da realeza. - Bem, eu dormirei no salão, se quiser beber seu vinho, pode beber. Eu não posso hoje, mas estaremos no mesmo ambiente. - Não tinha certeza se isso lhe bastaria, mas era uma verdade, não podia estar bêbada para tratar de pacientes com emergências.

Além disso, coelhinha? Eram duas formas... Carinhosas? De chamar alguém, e ele usava ambas comigo. Talvez fosse algum traço estranho de personalidade, ou mesmo um costume de sua família. Não há como saber, mas não devo deixar me abalar, afinal, Maximus é um principe, e eu sou uma mink da plebe... E mesmo que não fosse! No que está pensando, Haru? Se controle, não está aqui por isso.

Mas mesmo repetindo essas palavras em minha mente, sentia o coração descompassar com cada olhar e fala carinhosa do ruivo. Não entendia o motivo de ficar dessa forma em sua presença, mas não era hora de descobrir também. Além disso, se fosse uma brincadeira de mau gosto, não lhe daria a satisfação de achar que estou sendo enganada.

Ao fim da conversa com o principe, seguiria até o salão, onde todos se preparavam para dormir, no entanto, uma figura peculiar ainda parecia estar animada, ostentando sua garrafa de vinho e me chamando para sentar perto dele. - Acredito que realmente seja melhor ficar próxima de Saori. - Olhava-o nos olhos, mas não demonstrava qualquer emoção.

Ainda assim, ele parecia querer muito que eu bebesse com ele, mas, como havia dito, não poderia. - Não posso estar bêbada, se alguma intercorrência médica surgir durante a noite, preciso de meus sentidos intactos. - Contudo, pegava a taça de sua mão e colocava um pouco de chá, se ainda estivesse por ali, ou mesmo água. - Mas posso acompanhá-lo em um brinde, já que insiste.

Meu típico semblante educado surgia em meu rosto, mas era logo interrompido pelo gole que dava em minha bebida não alcoólica. Ao engolir, escutava a fala do ruivo, e era uma pergunta, sobre minha comida favorita... O que seria?

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Naquele breve momento, um sorriso genuíno se formava em meus lábios. Sempre me pegava assim quando lembrava de meu passado. Olhando para meu copo, com uma feição mais abobalhada, eu respondia quase como se estivesse sonhando. - É sushi... Não tem em minha terra natal, mas um viajante um dia trouxe. Eu e Sakura... - Quando dava por mim, estava falando demais. Mas por quê? Eu sequer conhecia Maximus. - Bem... É sushi.

Tomava mais um gole da bebida, fingindo que nada havia acontecido, mas ele parecia determinado a conversar e, por isso, eu suspirava e perguntava em seguida. - Tudo bem. Qual é a sua comida preferida, então? - Admito que queria saber mais dele, no entanto, sabia que pessoas da realeza geralmente são manipuladoras, e eu não ia cair em armadilha alguma.

Eu nem prestava muita atenção na fala de Maximus sobre o assunto, mas a chegada do estranho múscio trouxe consigo um momento quase absurdo. Eu sequer conseguia olhar o ruivo, e apenas arregalava os olhos para Badar. - Nós não somos um casal! - Exclamava abismada encarando o chão, mas não queria ofender o príncipe de alguma forma, por isso complementava meu pensamento. - De qualquer forma, as chances são pequenas, uma vez que cabelos rubros são um erro genético.

Sentia o olhar de Maximus em mim, e via de relance seu sorriso, mas não conseguia retribuir, na verdade, saía apressada para ficar perto de Shinto. - Com licença, vossa graça. Devo tratá-lo agora! - Dizia em tom quase irritado, no entanto, encolhida para me esconder, sentia meu rosto esquentar, sendo tomado novamente por um rubor, agora o mais intenso que já havia sentido.

Não respondia mais o principe, e esperava que ele desistisse de conversar. Mas ainda assim, sua fala sobre passar mais momentos comigo me atingia, e me fazia tecer um sorriso involuntário, que rapidamente espantava para tratar das feridas do padre. Higienizava os ferimentos e trocava suas bandagens e ao fim de tudo, deitava encolhida, encarando uma parede qualquer enquanto novamente ruborizava e escondia o rosto com as mãos, lembrando das conversas anteriores.

Depois disso, não me lembro de muito mais, uma vez que adormeci por lá mesmo, onde me sentiria mais a vontade e segura para ajudar aqueles que precisavam. Com a chegada da manhã, e enquanto ajudava Saori com seu dejejum, se necessário fosse, esperaria as ordens do rei, que vinham em um tom mais duvidoso do que imaginei.

Cerrando os punhos e encarando Saori e Shira, eu decidia me pronunciar. - Meu rei, peço que me perdoe caso esteja passando dos limites. Contudo, não acho que mover as feridas seja uma decisão sábia, creio que o outro médico também concordará comigo. Minha sugestão imediata é deixá-las aqui, com alguns outros para fazer sua segurança, assim como a do local. - Olhava então especificamente para Shira, não a conhecia muito, mas algo em seu semblante me dizia que era uma lutadora. - No entanto, caso elas queiram ir, precisaremos improvisar macas, e teremos de trará-las como for possível no caminho. O que acha, doutor?

Buscava o outro médico no meio das pessoas, e esperava também sua opinião, para só no fim encarar novamente Alexander. - Como vossa majestade mesmo disse, a decisão final é sua. O que deseja? - Esperava a resposta e então seguia a ordem dada sem pestanejar.

DetalhesFalas
*Histórico:
Ganhos:
- Receita de remédio
- Livro sobre Medicina Tradicional
- Kit Médico (Bandagens {1/30 usos}; Talas {0/10 Usos}; 1 bisturi; Agulhas Esterelizadas {0/10 usos}; Estetoscópio; Morfina {1/5 usos}; Álcool 70% {1/20 usos}
- Botas Profissionais de Durabilidade Média (+60 em Força)
- Katana Clássica de Durabilidade baixa (+40 em Força)
Perdas:
- 400.000 Berries (Botas Profissionais) + 850.000 Berries (Kit Médico)
Ferimentos: N/A

*Objetivos:
- Comprar uma arminha tops
- Comprar suprimentos médicos
- Sair em uma aventura
- Aprender Farmácia
- Aprender Herbologia
- Me divertir <3


@mm

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O Taverneiro
Estagiário
O Taverneiro


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyTer Jun 15, 2021 12:15 pm

Ascenção



Enquanto aguardo minha filha falar sinto meu corpo se dividir, como se eu estivesse sendo estilhaçado de dentro para fora, porém não há nenhum grito que possa sair de minha boca. Meu corpo se aquece e sinto uma vontade enorme de sorrir… Eu sorrir? Não é possível. Então mais uma vez a onda negra vem e sinto meu corpo cada vez mais leve e mais leve até tontear e cair.

--

Eu sentia novamente a luz! Era hora de sair da escuridão e trazer o Kaplya para a sombra. Era minha vez de brilhar! Segura aí, rabujento! ….


- Arhhh Kaplya quer saber buga buga…Como estar… Opa pera.. Saori? - Limpo meu rosto e olho para Haru e Saori. - TADINHAAAA o que aconteceu com ela?? Ah… Achei a memória aqui. Poxa… Ela vai ficar bem? - Ouço Haru dizer sobre ela e fico mais tranquilo.

- Quer que eu pegue uma aguinha para ela? Quanto a espada foi barato. Não se preocupe. - Haru me mostra a perna com a bota que havia comprado, era de fato uma boa bota. Forte e resistente ao meu ver, mas a cor não combinava com ela. - Gostei da bota, mas a cor é horrível. Você sabe que fica muito melhor de rosa filhinha.

Olho ao redor para ver quem mais estava por ali e como estavam. Tinha uma mulher nova no local perto de Alexander e de um outro rapaz. Eu olho para eles também tentando compreender o que estava acontecendo. Olhava ao redor e um dos rostos me chamava atenção, Maximus estava de volta.

Dou um sorriso a todos e então percebo que Alexander parecia chateado, vou até ele e dou um tapinha na sua perna antes dele sair de lá, para mostrar apoio.

Continuaria ajudando os médicos no que precisassem e então pararia na frente de Maximus.

- Você está diferente. Tá mais homem parece. Arruma esse cabelo que está feio. Abaixa aqui… pera… pera… - Lambendo a mão direita me encaminho até ele e tento arrumar seu cabelo deixando-o mais alinhado. - Pronto, bem melhor.

- Jhon! JHONNN!!! QUERO VER O MUNDO! Me pega no colo?
- Saio correndo e escalando John para ter uma visão geral de todos por ali. Olhando do alto tentaria perceber cada um dos presentes e me apresentaria aos que não conhecia ainda (Shira, caso estivesse por ali e acordada / Badar e seu amigo Balto).

- Alô amigos! Eu sou o Sveta! Tudo bem? Vocês precisam de alguma coisa? Fiquei sabendo de umas fofocas boas...Mas devem estar atrasadas. - Falava essa última frase colocando uma das mãos no queixo pensativo.

’Há quanto tempo eu não venho para a luz? Hm….

Após conhecer cada um dos presentes e me apresentar de fato, apertando as mãos e dizendo oi de longe para o totó.
Conforme o dia findava e as interações diminuíam, a hora da naninha se aproximava. Eu procuro o quarto onde estaria dormindo, arrumo minhas coisas e descanso.

--

Na manhã seguinte, enquanto como meu pãozinho presto atenção em tudo. A moça de 900 anos nos dizia que estavam atrás de nós. A preocupação era visível. Eu me aproximo de Haru e pergunto o que era aquilo tudo. Então chego perto de John novamente.

- Me levanta de novo grandão. - Segurando uma rosquinha eu enfio na boca de Jhon e digo. - Munch Munch… Acredito que temos algo que eles não tem. E não falo de rifles. Nem do Jhon. Eles não vão simplesmente chegar e destruir tudo sem saber se estamos aqui ou não, é burrice e mafioso burro morre cedo.

- Eu acredito que aguardarmos a chegada deles próximos a porta será a melhor coisa a se fazer, ao menos os primeiros já serão alvejados por nós, que estaremos prontos para o ataque. Caso a gente decida sair, tudo bem também. Mas acredito que chegar até o QG deles, onde quer que seja, será um tiro no pé. A menos que a gente faça isso no período em que estiverem por aqui.


- Majestade, vejo aqui duas chances boas de vitória. Uma é a emboscada aqui, a outra é sair agora e nos arrumarmos no quartel deles. Levaremos nossas armas, e aguardamos a chegada deles. Quando eles vierem até aqui e não nos verem, pode ser que voltem ao QG. E nessa hora teremos o benefício da dúvida. Eles não sabem se estamos ou não aqui, e seria fundamental esse elemento surpresa. Acredito que as feridas devem ser poupadas. Se souberem atirar, podem ser a nossa retaguarda. Mas a decisão é sua… Toma Jhon, come outro bolinho. Você tá muito magrinho…


DetalhesFalas Kaplya
"Pensamento Kaplya"
*Histórico: POST 7
Ganhos:2 espadas profissionais - durabilidade: média (+60 em força ou destreza por nível)+ 2 Rifles + 1 Espada
Perdas: 800.000 + (arma da Haru) 250.000 = 1.050.000 ฿S
1 uso de fumo / Fósforo
Ferimentos: To benzão
*Objetivos:
- Comprar uma Espadinha
- Livros: Cartografia e Investigação
- Aprender as perícias Investigação e Cartografia
- Sair em uma aventura
- Me divertir


Lukas Sveta
Nenhum caminho me assusta, nenhum desafio me impede.




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Jean Fraga
Avaliador
Jean Fraga


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyTer Jun 15, 2021 4:41 pm



Efeito Borboleta


- Sentimentos -

Durante as falas de Alex, podia notar algo, ao olhar para Saori e então olhando para Haru, podia perceber que ela estava chorando? Lagrimas escorriam pelo rosto da moça, pela distância, não tinha certeza se de fato era isso, porém, porque ela estaria chorando? Teríamos falado algo ruim? Precisava conversar com ela, desde quando a reconheci, fiquei cativado em me aproximar.

Após o discurso e já ao lado de Saori, podia ouvir as palavras de Haru, — Ufa... – dizia relaxando meus ombros e soltando a respiração, passando a mão sobre os fios de cabelo rosas de Saori, dizia olhando em seus olhos, — Vai ficar tudo bem Saori... Eu estou aqui e nunca mais vou te deixar sozinha... – Sorria para minha irmã.

Pegava um travesseiro entregue pela dona do local e botava abaixo da cabeça de Saori, tirando assim meu sobretudo que apoiava sua cabeça, — Mais confortável acredito eu né?

Com o pedido de Haru, levantava-me, sacudindo meu sobretudo para tirar a poeira, vestia-o novamente, — Claro! Seria uma honra te acompanhar... – Olhando para minha irmãzinha, dizia, — Já volto, Shinto vai ficar aqui cuidando de você... – Botando a mão sobre o ombro do padre, — Certo Shinto?

Seguia a mink, quando ela se virava para mim, podia vê-la com mais detalhes, seu rosto era delicado, meigo e parecia tão macio, seus lindos olhos azuis que contrastavam com a cor de seu cabelo e por fim, o toque mais lindo, seu par de orelhas. Nesse momento, tinha um rápido flashback, lembrava de quando éramos pequenos, Kaplya sempre nos manteve afastados, porém isso nunca me impediu de ficar sentado sobre uma arvore enquanto assistia ela lendo seus livros e estudando.

Com a situação toda mais calma, podia prestar atenção na sua voz, sentia o cheiro de seu perfume e podia vê-la com mais detalhes, meu coração por alguns instantes bateu de forma descontrolada, porém era algo que como comumente parava em alguns instantes, no entanto tal sensação se mantinha, arregalava meus olhos e sorria pela primeira vez em muitos anos expressando felicidade.

Já faziam anos que não conseguia sentir algo mais forte dentro de mim, com meu temperamento calmo, todos sentimentos me pareciam entediantes, eles passavam tão rápido que mal podia senti-los, mas porque dessa vez foi diferente? Conseguia sentir um calor dentro de mim, meu coração batia de forma estranha e minhas mãos formigavam.

Tudo isso foi por causa de sua presença? Percebia então que estava a encarando a muito tempo, assim desviava meu olhar e ficava levemente envergonhado, botava a mão sobre meu coração, aos poucos tudo ia se acalmando dentro de mim, havia encontrado alguém que conseguia fazer meus sentimentos dispararem, mas por que exatamente?

— Certo... Foi melhor mesmo não falar na frente dela, você a conhece, ela é forte, logo está recuperada! Obrigado por todo cuidado com minha irmã. – Acenava com a cabeça agradecendo a mink.

Ouvia então seu pedido de desculpas, mas porque ela estava se desculpando? Sua forma de agir foi a correta no momento, porque tudo isso?

Levava minha mão a frente do rosto de Haru, ajudando assim ela a se levantar, — Por favor se levante... – Assim que ela estivesse de pé, botaria minha mão esquerda sobre seu ombro, olhando nos olhos dela, dizia, — Olha, você pode deixar essa mordomia toda para Alexander, ele é um príncipe de verdade e pode acabar se ofendendo caso você não o trate dessa forma.

— Me trate como uma pessoa normal, primeiramente... – Com minha mão direita, cumprimentaria a moça, — Prazer, me chamo Maximus! – Sorria tentando mostrar que estava tudo bem.

— Eu assim como você sou uma pessoa normal, que com certeza tem sonhos, vontades, frustações e desejos, não há porque me tratar diferente apenas por eu ter esse título de Príncipe, besteira esse tipo de coisa... no final deu tudo isso não te transforma em alguém melhor ou pior.

— Por sinal, teria eu, a honra de saber seu nome completo? – me afastando alguns centímetros, fazia uma simples reverencia, ao voltar a posição normal, ria e sorria vendo o que tinha acabado de fazer, — hahahah... essas coisas da realeza são de fato engraçadas.

Lembrava de quando a vi chorar, me aproximando novamente, diria, — Antes vi você chorando... não sei exatamente o porquê, muito menos tenho a intimidade para saber... – Passando os dedos de minha mão esquerda sobre seu cabelo, enquanto o enrolava, ficava meio envergonhado ao pensar no que iria falar, — Porém, espero que o que te assola logo passe, porque uma mulher forte, inteligente, corajosa e l-linda... como você não deveria chorar...

Tirando a mão de seu cabelo e sorrindo, falava, — Pois bem, aceito seus serviços com o maior prazer! Por sinal, sou cozinheiro! Então espero poder fazer ótimos pratos para você e para todos do grupo!

— Por fim, gostaria de mais tarde fazer companhia para mim enquanto tomo este vinho? – tirando do bolso de meu blazer, mostrava o vinho que antes Shinto me deu.

— Pretendo dormir no salão para ficar perto de Saori por hoje, por isso, uma companhia para a noite seria ótima, porém, apesar se desejar coelhinha...

Estava muito contente com nossa primeira aproximação, quem sabe um dia descubra o motivo de seu choro, mas principalmente, queria entender o porque de ter sentido tudo aquilo quando fiquei perto dela e o que realmente era isso tudo que havia sentido.

Voltando para o salão, me deparava com Kaplya, porem ele parecia, diferente? — Anh? ... – era puxado e então ficava apoiado sobre meu joelho, ele arrumava meu cabelo e ao fim, eu me levantava, bagunçando novamente o mesmo, — Parece bem Kaplya... animado... que bom!

Voltava meus olhares a John, o grande homem que todos ordenavam, indo até ele, diria, — Prazer amigão, perguntinha, o gato comeu sua língua? Até agora não ouvi sua voz... esse povo deixa tudo pra você resolver hein.

— Mas olha, pode deixar que a comida eu cuido! Algo que você não vai precisar se preocupar! – Dando um joinha para o garoto, eu sentava-me ao lado de Saori.

— Como está minha garotona? - Botava minha mão sobre seu cabelo, onde fazia um lento cafuné, — Como você se tornou uma adulta nesses cinco anos em... – falando cochichando sobre seu ouvido, diria, — Tem até olhos interessados em você... – ria bem baixinho.

Caso Shinto estivesse também no local, olharia para ele e diria, — Como está padre? Espero que seus dias tenham sidos bons..., ainda mais com suas pinturas... – Olhava de forma seria para o garoto, então logo sorria lentamente.

Levantava e ia até a cozinha do hotel, onde pegaria duas taças, voltando para onde minha irmã estava, sentava ao lado dela.

Procurava por Haru, ao vê-la, sorria olhando nos olhos da garota e com minha mão, chamaria ela, — Coelinha, se aproxime-se... sente-se aqui também.

Mostrava as duas taças e dizia, — Tem certeza que não deseja tomar um pouco com seu amigo? – Diria enquanto abria a garrafa de vinho.

Caso ela aceitasse de vez, encheria seu copo e em seguida o meu, — Um brinde? O que acha? – Pensando sobre o que iriamos brindar, logo pensava em algo, — Certo... para um primeiro encontro..., que tal, um brinde ao começo! - brindaria com Haru e então tomaria o primeiro gole.

Se ela não aceitasse, encheria apenas o meu copo e ainda assim faria o brinde pelo mesmo motivo.

— Conte-me sobre você... Qual sua comida favorita? – olhava para Haru, fitando seu cabelo, sentia vontade de senti-los novamente, mas não havia a proximidade necessária para isso.

— Em troca deu saber disso, você pode também fazer uma pergunta para mim. – Tomando mais um pouco do vinho, eu esperava por sua pergunta.

— Sushi? Hmmm… Quando estivermos em um momento mais calmo eu irei preparar o melhor sushi que você vai comer na sua vida! - dizia sorridente, então tomava o ultimo gole da minha bebida.

Antes que pudesse responder Haru, arregalava os olhos e quase engasgava com o vinho, minhas bochechas avermelhavam e então dizia enquanto enchia minha taça

— De fato um mink de pelos vermelhos seria lindo, porém, eu e Haru estamos ainda se conhecendo… - olharia pra Haru, com um sorriso mais malicioso.

— Boa noite pequeno Badar… Até amanhã… - Degustava o vinho e alguns segundos após, falava para a mink, — Minha comida favorita, diria que é uma boa carbonara… Conhece?

Tomava o ultimo gole, botava a taça sobre o chão, deitava no colchonete e olhando lateralmente pra ela, falava, — Boa noite senhorita Haru… Amanhã o dia será longo, espero ter mais momentos como esse com você.

Deitado sobre algum dos colchonetes logo ao lado de minha irmã, podendo finalmente descansar, a primeira vez em cinco anos que eu ia dormir leve, apenas ansioso para o próximo dia.

Meu sono era pesado e apenas acordava quando ouvia fortes batidas, um certo caos parecia estar acontecendo, rapidamente iria até o primeiro banheiro e tomaria um rápido banho, esperava que o caos logo de manhã não fosse algo relacionado a ontem.

Saindo do banho, colocaria novamente minhas roupas, indo ao café, sentar-me-ia com os demais, — Bom dia a todos! – falava esboçando um sorriso em meu rosto, era a primeira vez em muito tempo que podia dizer isso, principalmente com tantas pessoas presentes.

Enquanto comia, ouvia as palavras de Alex, assim que houvesse espaço para falar, diria, — Alexander, sugiro que a gente saia daqui, se necessário, temos pessoas suficientes para carregar e tirar as feridas daqui, apesar de aqui ser um bom lugar, não devemos envolver mais pessoas em nossos problemas.

— Segundamente, sugiro que antes de você e principalmente as feridas, que um grupo saia para vasculhar a fora, checando se é seguro de fato sairmos, por fim, vamos procurar por um lugar para ficar... – Me recordava de um fator que poderia nos ajudar.

— Lembrando-me agora..., quem sabe eu conheço uma pessoa que mora aqui, uma antiga amiga..., quem sabe possamos ficar na casa dela, é mais afastada do centro e deve caber todos...

— De qualquer forma, ao sairmos por completo, encontramos um lugar seguro para ficar e em seguida, caçamos esses mafiosos... eles mexeram com as pessoas erradas.

Ficava novamente em silencio, quem sabe minha ideia poderia ser apoiada por mais pessoas.

Alexander parecia gostar da minha ideia, eu ficava contente em poder ajudá-lo, com a contestação da Saori, eu diria a alexander.

— Alex, Saori poderia nos acompanhar também? Apesar dos seus machucados, eu fico em cargo de cuidar dela…

— Por fim, sobre minha amiga, depois te explico melhor sobre, porem ela será de grande ajuda pelo seu passado com a Yakuza.


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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptyQua Jun 16, 2021 9:55 pm

John Doe o Escravo
Ascensão de um novo grupo


Agora na Pousada parecia que por fim eu já tinha ajudado todos que precisavam de mim no momento, era até interessante como a Dona da Pousada tinha se preparado antecipadamente para chegada do Meu Mestre, de todo modo, não era por que a gente já estava num local seguro que eu poderia ficar parado. Eu primeiro assentia sobre oque Haru tinha dito para mim, era gratificante saber que tinha sido de boa utilidade para a Médica. Ser um escravo útil era a coisa mais gratificante que poderia ser para mim.

Mas aquilo rapidamente se desviava do meu curso limiar de pensamento quando a bola de pelos ranzinza rapidamente mudava de atitude, eu estranhava oque ele fazia, mas o deixava ficar em cima de mim se era aquilo oque ele desejava. Era meu dever servir dos mais variados pedidos, e o próximo individuo a vir falar comigo era o mais novo ruivo do grupo, um outro conhecido para muitos ali do grupo de Alexander, mas para mim era um total desconhecido, e pelo que eu conseguia identificar eu também era um desconhecido para o Homem, e devido aquilo eu o respondia explicando quem eu era - Sou um mero es...um mero serviçal de Alexander, não tenho a necessidade de falar a não ser que me seja ordenado. Mas agora que sabe disso, saiba também que estarei completamente disposto a fazer qualquer ordem ou desejo que você queira me dar.-, após aquilo eu ouvia o restante do que ele tinha falar, mais uma coisa gratificante naquele momento era saber que Alexander por fim teria comida digna de seu nível.

Mas por fim depois de resolver tudo oque eu possivelmente tinha de fazer eu focava num dos pedidos do Mestre, eu precisava encontrar aquela tal de Cachaça apimentada com....esquentada? Não não, era Cachaça apimentada esquentada, ou Cachaça apimentada e castanha no fogo? Não, era Cravo, Cachaça apimentada e Cravo no Fogo, agora me lembrando por fim o nome completo daquilo eu ia até a Dona da Pousada e pedia aquele tal drink, esperando que ela me desse para que assim eu voltasse para Alexander e entregasse, caso a moça falasse que eles não possuíam aquilo eu simplesmente suspiraria e voltaria para meu Mestre o informando daquilo, eu fiz tudo oque eu podia fazer. Além do mais não era como se eu tivesse dinheiro para ir para as ruas e comprar aquilo.

E como se não fosse o bastante Alexander me ordenava novamente, agora pedia que eu fizesse doces apimentados, um doce? Aquilo era mais uma especialidade do Outro John, não que eu não soubesse como fazer Doces, fui obrigado a aprender para manter o papel de uma pessoa só com uma personalidade só. Mas o trabalho de mim comparado com o meu Outro eu no quesito confeitaria, o outro eu ganharia de lavada, todavia eu não podia deixar meu mestre esperando uma resposta, e assim eu falaria - Assim farei tal ordem o mais rápido possível- com aquilo eu me despedia novamente dele

Agora tendo uma ordem em mente eu iria até o Dono da Pousada e pedia - Teria eu a permissão para usar de sua cozinha por alguns breves momentos, se quiser um pagamento meu Mestre falou que pagaria qualquer cobrança, mas por gentileza eu realmente preciso usar a cozinha- Caso aquele meu pedido fosse realmente aceito, eu iria até a área do meu próximo trabalho.

Eu não tinha muitas ideias de doce, a minha criatividade era minima naquele quesito, mais outra vez, aquilo era um trabalho que o outro John sabia fazer melhor, as pessoas gostam das decorações que ele faz nos doces, mesmo que depois eles sejam ingeridos e o trabalho tenha ido por água abaixo. De qualquer maneira, eu sabia fazer doces gostosos, não detalhados e bem feitos, mas gostosos era algo que eu precisava garantir. A Questão do doce ser obrigatoriamente apimentado talvez fosse um problema para meu curto conhecimento na área, mas eu faria meu melhor dividindo primeiro todos os ingredientes que eu usaria.

Caso certos ingredientes que eu pensassem serem uteis não estivessem a minha disposição eu tentaria arrumar outros que substituíssem bem o papel para ficar o mais próximo possível do objetivo em mente, para enfim começar de passo a passo tudo para o preparo da comida, começando com a massa, a ideia seria biscoitos apimentados, pegaria assim os ingredientes para primeiro fazer a massa, batendo bem o leite com pimenta já picotada e com outros ingredientes até ter certeza que eles estavam bem misturados. Após aquilo botaria tudo dentro de uma tigela e adicionaria queijo ralado, claramente o fermento em pó e meio kilo de farinha de trigo.

Preparando mais a massa até tal ter uma consistência eu começaria a fazer os formatos do futuro biscoito, após o trabalho de fazer todos os formatos, círculos e quadrados eu botaria tudo no forno da Cozinha e os deixaria esquentar, ficando ali mesmo perto do forno até que eu julgasse que os biscoitos já tinham estado pronto, deixaria tais encima de alguma mesa caso eu encontrasse uma e deixaria os esfriar, feito assim pegaria somente um e o comeria julgando se estava bom o suficiente para o Mestre, aguentando o gosto apimentado da comida claramente, caso estivesse ruim eu deixaria os biscoitos ali mesmo e tentaria fazer outra fornada mais caprichado e mudando alguns ingredientes.

Entretanto se eles estivessem bons ou gostosos eu ficaria satisfeito e iria até o meu mestre o avisar, os entregando quando ele pedisse para entregar tais. Por fim eu fazia oque me foi pedido no momento e tinha respondido aqueles que tinham falado comigo, o tempo passava e eu continuava entre o grupo fazendo oque me era pedido, sem me enturmar, ficando em algum canto esperando, nem sequer pensando em algo. Sendo somente um bom escravo para bons feitos, para que no fim, no final da noite eu fosse para o meus aposentos, eu tirava minha camisa e a dobrava, deixando-a num local que eu julgasse limpo, aquele era meu momento para descansar por fim. Mas não significava que eu realmente iria descansar.

Eu precisava ter um corpo apto para os mais diversos pedidos, sabendo daquilo eu no meio de meus aposentos da Pousada começava minhas series de exercícios noturnos, sempre quando possível eu fazia aquilo para deixar meu corpo em forma, além do mais, eu tinha que se forte se quisesse proteger Alexander quando necessário, não só Alexander, mas os seus companheiros, aquilo era um dever meu, um dever que me foi fardado desde de novo, sim, aquele fardo ganho era besta ou um fim cruel para minha vida, mas com o passar do tempo aprendi a aprecia-lo. Invejar uma vida melhor não quer dizer que eu realmente terei uma.

- Mas aceitar uma vida medíocre não quer dizer que você a aceitará melhor-

Era o outro John, era raro, mas em certos momentos quando eu fico muito avoado, de vez em quando posso ouvi-lo, ainda não sei disser se era somente minha imaginação ou realmente era ele, mas oque ele dizia eu simplesmente ignorava, não era necessário dar atenção para uma versão tão impura de mim, que  recusava a vida que lhe foi dada, bom, não era realmente uma vida, mas sim a ocasião que ela foi criada. Esse outro eu nunca o aceitei, desde que ele deu as caras minha servidão ficou mais complicada, mas isso não é ruim, épocas ruins são boas para melhorar e afiar o forte e apagar e esquecer dos fracos, enquanto eu sou algo abaixo de um peão, essa minha contra-parte se vê como a peça da torre, algo inabalável, impenetrável e que da a sensação de segurança e conforto.

- A Maria não iria gostar nenhum pouco de ver como você está, continua como sempr- -  

Eu balançava a cabeça o ignorando, o tempo tinha voado e eu tinha me exercitado mais do que o esperado, estava suado e provavelmente o chão estaria molhado por causa daquilo, aquilo talvez fosse um problema.

Após tomar banho e dormir na noite anterior, eu botava minha camisa e ia para o Salão, para minha surpresa em meio ao caminho da cozinha eu rapidamente era abordado pela pequena bola de pelos, menor do que minha mão se duvidasse, mas o obedecendo eu o subia até a minha altura, não entendia exatamente oque ele queria, mas ficava claramente impressionado com oque ele fazia, botando a comida em minha boca a unica coisa que eu podia imaginar era comer aquilo, aquele ato poderia ser considerado uma ordem feita pelo pequeno? De todo modo eu o deixava em meu ombro até que ele terminasse de falar tudo oque queria, ficando perto do grupo esperando que eu ganhasse mais ordens.

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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySex Jun 18, 2021 9:57 pm

Queen
Blessed by the King
Erguia sutilmente meu olhar na direção da ordem de Alexander para John, que antes havia apresentado-se como um escravo. Meus olhos tremiam um pouco antes de desviarem-se em um sutil esboçar-se, apenas para logo desfazer-se no semblante de antes. Ele dizia algumas coisas, queixas, assim que o homem que tinha um porte colossal nos deixava um pouco mais a sós, apesar de não tão distantes dos demais. Eu abro os lábios um pouco, minha língua torna-se vísivel, apoia-se sobre o lábio inferior e então recolhe-se. O que eram pra ser palavras convertem-se nos meus dentes apertando a boca ressecada em certo conflito interno.

Ele parecia triste, afirmava coisas que eu não sabia bem se concordava ou não, e, era um pouco complicado respondê-lo de forma que não piorasse o cenário. Por que estou fazendo isso? Passava-se pela minha mente, afinal, além de derrotada ainda afetava o ânimo daquele que me empunhava, ao contrário do que dizia, como uma arma. Ao menos, era o que buscava por hora. - Uma lâmina cega não pode cortar ossos... Falava de qualquer modo uma frase vaga, quase incoerente com as coisas que dizia. Era como se mal tivesse lhe ouvido pela resposta incongruente, mas, metaforicamente negava até certo ponto o que ele havia afirmado. Ele se levanta, e, consigo ver que esboça um sorriso ainda que forçado. Eu deveria fazer o mesmo.

Um vislumbre bastante peculiar acontece naquele meio tempo, o rabugento felino que antes foi minha inspiração parecia diferente. De certa forma o seu modo de comportar diferente acaba me distraindo um pouco, ainda que bem breve. O grandão me levava a bebida que me era pedida, todavia, bastante quebrada. Eu sorrio de forma um tanto leviana, entendo que provavelmente ele não sabia prepará-la. - John, este é seu nome, certo? Você teria um isqueiro? Perguntaria incerta, mas, independente de ter ou não prosseguiria. - Bem, dá pra fazer sem isto também. Virava sem muito pudor a pimenta e o cravo dentro, tentaria achar algum sachê de açúcar ou vidro em volta para por um pouco, e, se conseguisse fogo com ele ou de alguma vela, colocaria por cima cuidadosamente. Se não tivesse não tinha problema, apenas balançaria um tempo. Caso flamejante, cobriria a abertura depois com o prato com os condimentos.

O calor da bebida, seja em sua temperatura, ou, em seu gosto picante e intenso era algo que podia realmente te colocar pra cima, ainda mais se bebido de uma vez como eu fazia. Os meus olhos se arregalavam e eu balançava a cabeça como se buscasse aumentar ainda mais minha embriaguez. - Eu precisva disso grandão, obrigada. Sorria, me levantava com bastante dificuldade e ia caminhando pelo cenário. A conversa, longa e cheia de flertes, entre o ruivo e a coelha me eram meio nauseantes, então os ignorava indo diretamente na direção de Saori. Olhava em sua direção, meio hesitante, mas, o álcool colaborava um pouco em minha desenvoltura. - Obrigada, lá atrás. Você está bem? Observaria e prosseguiria. - Bem, você pode... Me devolver?

Ainda que a bebida ajudasse um pouco e o tratamento também fosse efetivo, eu sabia que aquela dor ainda presente era um aviso que eu não deveria me mover muito mais, logo então indo para descansar assim que obtivesse uma resposta. Penso em talvez pedir ajuda, mas, acabo afastando a ideia, buscando não ser um estorvo ainda pior. Derrotada, precisando de tratamento, preocupando Alexander, já acumulava muitos fardos até o momento. Naturalmente acabaria passando relativamente próxima ao quarto deste, despertando até certo ponto curiosidade. Me aproximaria, com certo cuidado e lentidão, em parte pelos ferimentos. Se ouvisse algo pela porta ou não, apenas me manteria calada e retomaria o caminho ao meu quarto.

Caso tivesse escutado, me sentaria em minha cama apoiando a mão nas escrituras de minha religião um tanto surpresa. Minhas mãos tremeriam, minha respiração ficaria ainda mais ofegante. - Eu to alucinando pela bebida e pelas feridas, certo? Coloco minha mão na testa enquanto suo frio, batendo meus dentes contra os outros. No fim, daria um sorriso, balançaria a cabeça, pensando na forma como de certa forma boa parte de sua atenção foi privatizada por mim, mas, pensando ainda que isto tudo podiam ser pistas falsas. - Não quer dizer que é sobre mim, certo? Ele não disse nomes. Tentaria ignorar e me deitar para enfim descansar. Se não ouvisse, apenas pensaria mais singelamente com menos indícios nas palavras ditas mais cedo.

Não conseguia dormir, como poderia. Poucas vezes um teto funcionou tanto como uma tela de projeção para lembranças e raciocínios perdidos. Estes, interrompidos pela voz que possivelmente os causara. - Cla-claro. Como poderia negá-lo? Por mais que fosse difícil compartilhar daquele momento com ele, ia me sentando com dificuldade na margem da cama. Me assustava com o pensamento de que a bíblia de Leyka e Gremona estivesse ali, então, enquanto ele ia abrindo a porta mais que depressa virava a capa para baixo. Isto causava um pouco de dor que escapava em um grunhido e um toque instintivo sobre a ferida coberta.

Ele me oferia algo, cuja descrição era ser "apimentado". - Bem... Digo de forma simples o fitando com certa curiosidade enquanto estendo a mão na direção para pegar. Eu levo à boca e certamente aquilo estava saboroso, o suficiente para transparecer em meu semblante. Suas próximas palavras por outro lado me faziam mais séria, não as sobre eu não ser inútil, estas eram quase ignoradas por não querer discutir com ele, as sobre uma guerra por vir. - Uma guerra, você diz? Uma em que eu participo? Instintivamente solto a colher para ouvir sua resposta, mas, me surpreende que ele a pega para tentar servir um pouco para mim em minha boca.

Minha inclinação para trás com certa recusa não o "estranho" ali, não ao meu ver pelo menos. - Está tudo bem um "rei" fazer algo assim? Pergunto incerta, lhe olhando com sobrancelhas arqueadas. - Sabe, eu já estava... Lhe fito, percebendo que ele parece bem determinado naquilo e apenas balanço a cabeça antes de abrí-la como solicitado e deixá-lo colocar ali. De certa forma, sua fala seguinte talvez respondesse sobre eu participar da tal "guerra". Não sabia ao certo. Se tivesse ouvido antes, balbuciaria algo após este levantar. - Er, o que você disse no quarto era sobre... Apesar de falar aquilo, é tão baixo que enquanto ele caminha para fora mal poderia ouvir e eu interromperia minha fala para novamente deitar meu corpo. - Nha, boa noite.

Um novo dia começava, eu usava novamente a habitual peruca, e, todos logo reuniam-se. Eu ainda sentia dores, mas, boa parte dos pensamentos conflitantes da noite anterior tinham se perdido, ou foi o que pensei. - Estou. Dizia, de forma simples, mas, não seca, sobre a pergunta relacionada ao meu bem estar. Minha momentânea pacificidada por outro lado logo definhava pelas novas notícias. Alexander questionava sobre o que deveriamos fazer, e, por mais que quisesse clamar por ir até eles também não queria ser um fardo. Via preocupações de um lado e outro, o ruivo, Kaplya, todos pareciam estar incertos sobre nossas condições e por mais que não fosse verdade dizia em um tom firme. - Estou bem!

Minha mão apertava a adaga posicionada em minha perna com certo ódio. Escuto o que comenta o espião e comento por alto, de certa forma respondendo ao que ele disse. - Eu consigo disparar as adagas? Sim. Isto é eficiente? Não. Três adagas, três disparos, e tria de recolhê-las me expondo de qualquer modo. Não que isto seja um problema. Olho para os olhos do monarca líder dali. - Contudo, estarei sob suas ordens seja elas quais foram. Permaneceria silenciosamente escutando-os após isso, ansiosa sobre o que seria determinado.


PdV: 3600/3600 Sta 100(?)/100

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MensagemAssunto: Re: Os Monarcas - I Efeito Borboleta   Os Monarcas - I Efeito Borboleta - Página 5 EmptySáb Jun 19, 2021 12:47 am

Badar Alluartie
Efeito Borboleta




Antes de tocar minha música, o outro ruivo se aproximou de mim e puxou uma conversa comigo. Ele comentou o quão caótica era a situação e me perguntou se eu tinha interesse em mágica. Eu me lembrei vagamente de já ter visto alguns habitantes do viveiro entretendo Clayton com truques, mas nunca os vi de perto...


O homem então pegava em um lenço e o fazia desaparecer em sua mão. Eu fiquei embasbacado, como um lenço pode desaparecer daquela forma?? Até Balto parecia curioso. Ele então me pedia para olhar em meu bolso direito e, mesmo sem entender a razão, olhei o que havia nele por educação. Para minha surpresa, lá estava o mesmo lenço que havia sumido há instantes! Era incrível!


- Uau! Magia é mais divertida do que eu imaginava! Aposto que fazer coisas desaparecer deve ser bem útil! - eu disse com um sorriso no rosto enquanto devolvia o lenço para o homem.



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Ele se apresentou como Maximus e, antes de começar a tocar minha flauta eu me apresentei:


- Meu nome é Badar e esse aqui é o Balto! Espero que você possa me mostrar outras mágicas depois - eu falei, inclinando a cabeça levemente.


Depois de tocar minha música e observar um pouco o ambiente. Percebi o mink baixinho mudar um pouco sua postura e comportamento. Ele parecia mais... alegre! Tão alegre que até subiu no ombro de John e veio até perto de mim. Ele se apresentou como Sveta e se mostrou muito gentil.


- Oi, Sveta! Alexander te chamou de Kaplya, não é? Esse é o seu primeiro nome? Eu sou Badar e esse é o Balto. Eu nunca tinha visto um mink tão pequenininho! Você me lembra de um gato selvagem que eu conheci uma vez! - O mink era mais gentil do que aparentava ser antes. "Será que ele mudou alguma coisa? Ou será que eu o interpretei errado no começo?" Eu então me dirigiria ao homem alto - E você é o John né? Você é bastante sério, gostei de você! Misterioso como a lua minguante. O que será que você esconde na sua sombra? - eu falaria com um sorriso inocente e sem esperar respostas. Eu só queria deixá-lo mais alegre.


Eu então, percebendo que Maximus e Sveta já tinham o feito, decidi me apresentar ao grupo também. Fiquei em pé e, com um pigarro, me preparei para falar:


- Oi, pessoal! Eu sei que esse não é um momento muito ideal, mas eu sou o Badar! Badar Alluartie! Esse aqui é o Balto, ele é um lobo-cinzento gigante e, mesmo sendo rabugento, é o lobo mais legal que eu conheço! - eu diria afagando sua orelha e provavelmente recebendo um olhar de reprovação do animal. - Shinto me convidou para acomanhá-los. Espero que não tenha nenhum problema! Eu não sou muito espaçoso, já dividi um mesmo galho de árvore com mais de seis chimpanzés, então podem ficar tranquilos! - terminaria minha fala e, caso recebesse algum olhar estranho ou curioso, colocaria a mão atrás da cabeça e riria, um pouco envergonhado. Parece que eu ainda precisava aprender mais sobre habilidades sociais.


Todos pareciam estar indo dormir, então eu e Balto faríamos o mesmo. Deitaríamos em colchonetes no salão e tentaríamos descansar um pouco. Eu ouviria a conversa da entre Haru e Maximus e, antes de me preparar para pegar no sono, eu diria:


- Vocês são um casal? Eu adoraria ver um mink coelhinho de pelos vermelhos! - eu falaria com inocência e provavelmente deixaria os dois sem graça, mas não era a minha intenção. Um filhote de coelho com pelos da cor do cabelo de maximus seria um amiguinho felpudo muito bonitinho! - Bom, boa noite para vocês! Espero que as meninas melhorem logo!



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Na manhã seguinte, percebi uma comoção a respeito de algo chamado Yakuza que mobilizou todo o grupo. Eles planejavam sair dali para resolver algo. Maximus preparava um plano e avisava todos. Essa Yakuza parecia ser um grupo como os Rare Hunters, e eu não acho que seria bom eu me envolver em mais problemas, ainda mais agora que eu era um convidado. Eu me aproximaria de Alexander e falaria:


- Alexander, não quero parecer ingrato, mas não sei se eu devo me envolver com mais um gru... Digo, me envolver em uma confusão como essa. Mas eu seguirei o seu plano de ficar aqui e ajudar como eu puder! Vou tentar reunir mais dinheiro!


Eu temia a possibilidade da presença dos Rare Hunters na ilha e já tinha começado com o pé esquerdo com os guardas. Será que a situação poderia ficar pior?

Informações



Objetivos

  • Aprender caça
  • Aprender pesca
  • Encontrar o resto do bando
  • Adquirir uma arma principal (Lâminas da lua crescente) e facas (adagas) de arremesso
  • Adquirir uma flauta (ou ocarina ou outro instrumento de sopro)
  • Fazer uma performance (e tentar ganhar uns trocados hehehe)



"Só as feras estão além da mentira"     -Rexxar

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Blood & Revenge
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