[Autonarrada/Aberta] Livro 01 - Água Sete

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Livro 01 - Água Sete

Participantes: Kazuki,Nyx
Localização: Water Seven - 06 Rota
Modalidade: Autonarrada
Invasão Livre: Ligada

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Livro 01 - Água Sete01

- Não devo temer. O medo é o assassino da mente. Medo é a pequena morte que traz obliteração total. Enfrentarei o meu medo. Permitirei que isso passe sobre mim e através de mim. E quando tiver passado, voltarei o olho interior para ver o seu caminho. Para onde o medo foi, não haverá nada. Só eu permanecerei. – Palavras que saiam de minha boca conforme eu me revirava sobre a cama agora já molhada pelo suor crescente naquela noite quente e abafada.

Acordava assustado apertando o peito com uma mão quando sentia uma forte fisgada e tossia como se meus pulmões antes estivessem vazios e agora, pouco a pouco, iam se preenchendo. Olhava a minha volta e não conseguia ver nenhum de meus companheiros, algo atípico vindo deles, que normalmente preferiam por sair sempre em grupo.

Levantava meu tronco, girando-me e pisando ao chão, apoiava meu peso sobre meus cotovelos em contato com os joelhos, olhava fixamente para o chão tendo um devaneio sobre o que estava sonhando e não tendo respostas concretas, afastando o susto do despertar abrupto, eu levantava vestindo minhas roupas e seguindo para o corredor principal do quartel.

Caminhava sem muito rumo, procurando os demais, e a cada segundo passado a presença deles parecia mais ofuscada, então saia do QG, lentamente tomando meu rumo para a cidade. Não era do meu costume ficar quieto e apático como agora, contundo, o sonho que havia tido de alguma forma mexeu com minha mente.

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Em geral chamamos de destino as asneiras que cometemos

Desde a última missão eu sinto que um pequeno pedaço de mim morreu. Matar é algo que eu nunca tinha experienciado até aquele assassinato, foi naquele momento que entendi que quando matamos, uma parte de nós mesmos vai junto. O que me faz perguntar, se talvez eu não devesse ter seguido por esse caminho. Assassinato de fato não é o tipo de coisa que você sai limpo, espero que talvez aquela morte de alguma maneira possa ter tornado o mundo um lugar melhor.

Meus olhos apesar de abertos, nada observaram por algum tempo, minha mente perturbada, ainda tentava se acalmar, e enquanto aquela cacofonia de sons perturbava minha mente, aos poucos meu cérebro voltava a tomar conta dos sentidos. Me ergui devagar esfregando os olhos com as mãos e senti o vazio à minha volta. Aparentemente Seki já havia se retirado.

Caminhei com calma até o banheiro, onde escovei meus dentes, e segui para uma ducha, onde era dia de lavar meus cabelos, com cautela, esfreguei todo o couro cabeludo, e aos poucos enxaguei. Lavei todo o tórax e pernas com um sabonete, usando um segundo para meu rosto, e um sabonete íntimo para completar uma limpeza bem feita.

A umidade me fazia sentir melhor, era uma sensação reconfortante estar perto da água, e todo esse ritual matinal, me deixava melhor, só restava comer para então completar aquela pequena movimentação diária. Peguei as roupas do dia a dia me vestindo por completo e saí pelos corredores, e comecei a caminhar em direção ao QG.

O inesperado é que dei de cara com Kazuki, com o qual troquei um olhar rápido e um sorriso antes de me comunicar.-Estou indo tomar café da manhã você vem?- Perguntei de forma rápida, antes que os olhares diversos caíssem sobre mim. Afinal, não estava com Seki aqui para mudar minha forma.

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Livro 01 - Água Sete02

A passos lentos e com um olhar baixo eu não notava muito quem estava a minha volta, era como se seus rostos estivessem borrados, então a voz de uma pessoa tirava-me daquele estado vegetativo, virando-me olhava para Nyx, com o passar dos instantes meu rosto ia voltando a se clarear e até seu aspecto pálido passava.

- Nyx, você acha que estamos indo no caminho certo? – Dizia de forma contida e logo seguindo junto dela para a cozinha, talvez aquele começo de manhã pálido e cinzento havia deixado até mesmo meu estomago nenhum pouco a fim de funcionar, mas aos poucos a paleta de cor ia mudando e até os detalhes do ambiente iam se tornando mais chamativos aos olhos.

No refeitório pegava pães, ovos e um jarra de suco, pouca comida para alguém acostumado a comer – Onde estão os outros? Ainda dormindo? – Perguntava voltando meu olhar para Rapina.

- Você conseguiu dormir depois de ontem? – Dizia voltando o olhar para a comida e lentamente sentindo o estomago se abrir, talvez fosse pelo bom aroma que a comida expelia mas provavelmente era por lembrar das vidas que havíamos tirado.

Começava a comer e não demorava muito para que levantasse buscando mais e mais comida, aos poucos, tudo voltava ao normal – Quais são os planos para hoje? – Abria um sorriso alegre conforme ia me sentindo melhor.

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