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Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 Até logo e obrigado pelo ouro!

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MensagemAssunto: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyTer Nov 08, 2022 9:45 pm

Relembrando a primeira mensagem :



Até logo e obrigado pelo ouro!


Nina Spades, Sir'' Douglas Whitefang, Brina Britta e Agni Flamesburg [Piratas]

Não possui narrador definido.
Fechada

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQui Fev 02, 2023 12:08 am


Com estardalhaço, como parecia ser regra aquele bando, os piratas partiram de Sorbet com um potente grito da capitã. Douglas buscou por Onimaru, mas este estava indisponível no momento. Ainda assim, lembrava que o tritão havia guardado a bandeira no convés, restava agora apenas alguém para ir buscar e tudo indicava que não seria o ruivo.

O mink lobo ria com as perguntas e sugestões da pequena roedora. — Oh, eu vejo que você é muito inteligente! Mas eu sou um mink, tipo você. Só somos de raças diferentes! — Para a Capitã, ela disse: — Qualquer ilha parece ser melhor do que essa, na verdade, então não pretendo escolher. E, sinto muito, capitã, mas não sei nada sobre navegação. Sou uma exploradora da terra e não do mar. — Informou.

Agni, por sua vez, ia até Brina, pedindo por queijo. Coitado. A pequena havia devorado o queijo antes mesmo de chegarem ao navio e não restava sequer o cheiro para ser dado, isso supondo que ela fosse querer dar algo à ele. Enquanto isso, Nina ia até o grandalhão para questioná-lo um pouco mais. Ele estava sentado próximo ao mastro e continuava sem o capacete. — Eu sou um ex-pirata, pertencia ao bando Lobos Uivantes, mas meu capitão foi capturado e morto pelo antigo rei. — Ele contou, assumindo uma expressão mais tristonha. — Fiquei sem rumo desde então. Meu capitão era ambicioso e queria ser um rei, eu só quero cozinhar para um grupo de amigos e ser feliz. — Ele deu um sorriso, embora seus olhos permanecessem tristes.

Me escondi nas montanhas e roubei durante os anos seguintes para sobreviver, pois não havia mais nada para mim fazer aqui e não tinha como eu partir sozinho. Mas foi então que ouvi rumores de uma auto-proclamada rainha que estava causando tumulto nesta maldita ilha e não pude ignorar! — O grandalhão deu uma alta gargalhada, fazendo a Zarolha tremer levemente. — Cheguei bem a tempo de ver uns guardas desgraçados querendo tacar fogo no navio e quebrei eles na porrada! — A Rainha sentia que ele não falava aquilo para se vangloriar, mas apenas relatava o que havia acontecido, como um soldado prestativo. — E foi quando resolvi acompanhar vocês, caso tivesse a chance. Eu lhe ouvi dizer que será a Rainha dos Piratas e, quem sabe, se eu conseguir ajudá-la a alcançar esse objetivo, eu consiga meio que honrar a memória do meu ex-capitão e amigo? — Ele deu mais um sorriso, meio sem jeito.

Comentando algo sobre sua história ou não, Nina logo resolveu ir até o tesouro com a pequenina. As duas se divertiram no meio de tanto ouro e jóias, uma pilha grande o suficiente para se deitarem e fazerem anjos de ouro, se assim quisessem. A bruxinha, no entanto, se lembrou de algo mais importante para si do que ouro e foi em busca de Onimaru para que este consertasse seu chapéu. Embora fosse algo provavelmente possível para o tritão, este permanecia apagado e tudo indicava que levaria algumas horas para acordar. Brina poderia acordá-lo novamente com suas ervas, mas seus conhecimentos em medicina lhe diziam que aquilo poderia acarretar em efeitos colaterais indesejáveis para o homem-peixe.

Enquanto a pequena balançava o braço de Onimaru sem sucesso, Nina encontrava em meio a todo aquele tesouro um bauzinho de madeira pequeno e simples, mas que, de alguma forma, atraiu a sua atenção. Talvez fosse a sua paupérie diante de tanto ouro? Talvez fosse seu subconsciente querendo lhe dizer algo? De qualquer forma, a Capitã abriu o baú e se deparou com uma estranhíssima fruta. Quem diabos guardaria comida junto com tanto ouro e jóias?

Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 Baku_Baku_no_Mi_Infobox

De volta à parte superior da Zarolha, Douglas estava no seu timão para a esquerda... timão para a direita… Sua mente estava mais devagar devido à preguiça e, por isso, demorou a notar, mas o navio estava incrivelmente lento. As velas brancas haviam sido baixadas e o vento soprava forte, deveriam estar com o dobro, talvez até mesmo o triplo da velocidade, então porque o navio parecia estar avançando em mochi ao invés de água?

E foi nesse momento que um sonoro som de pancada na água veio da parte traseira do navio. Os piratas finalmente haviam deixado para trás seus inimigos, após uma luta longa e feroz e, seguros no mar, haviam baixado suas guardas. Preocupados com o timão, tesouro, chapéu, comida… Haviam se espalhados e esquecido de sua carta na manga, pois quem havia ficado para observar o Rei? Pois é, ninguém! E este havia sumido!

Olhando para trás devido ao barulho, Douglas conseguiu ver no litoral da ilha alguns guardas preparando canhões e tudo indicava que não demorariam a atirar, agora que não tinham mais o rei como escudo. O navio, embora se esforçasse, continuava avançando devagar para além do alcance daqueles canhões, o qual ainda estava distante.

Nina Spades:

Sir Douglas Whitefang:

Brina Britta:

Agni Flamesburg:

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptySex Fev 03, 2023 11:07 am

''SIR'' DOUGLAS WHITEFANG - 14




- HA-HA-HA Agni, que engraçado. - Fingiria, no mais absoluto cansaço, após receber um tapa na lombar. Será que o garoto inconveniente achava aquilo divertido? Ou descolado? Minhas olheiras aprofundavam meus olhos em um negrume ainda mais intenso. A preguiça corroía meus músculos e minha vontade de viver. Meu cérebro processava cada vez menos tudo o que acontecia ao meu redor e pouquíssimas palavras eram ouvidas ou interpretadas. Eu apenas havia reagido ao estimulo sensorial do celestial pois, maldição, era um tapa!

Piscaria duas vezes com força. Eu só precisava sobreviver àquilo e então eu nunca mais teria de trabalhar. Eu poderia suportar Agni apenas mais um pouco.

E era então que eu ouvia o som de algo caindo na água. Não que aquilo fosse meu problema. Já era difícil demais lidar com Agni por perto, além da responsabilidade que era manter o barco em movimento, assistir o Rei, me lembrar das direções do mapa, pensar em como eu iria desc-

Assistir o rei?

Desde que Agni começou aquele estardalhaço eu não prestava mais atenção em Nossa Realeza. O som na água? Não. Não faria sentido. Hehe. Pelo tempo em que eu estava navegando o barco estava longe demais. Se o Rei saltasse, provavelmente morreria tentando nadar até a beira. Aquele pensamento me faria dar um riso mudo, movendo um pouco os lábios. Hm.

Olharia para a beira, imaginando o Rei nadando toda aquela distância. Hm. Piscaria devagar, visualizando com ainda mais precisão.

Era impressão minha ou a beira estava cerca de duas ou três vezes mais perto do que deveria? E aquilo eram... Canhões? Apontados para nós?

- QUE TIPO DE NAVIO PIRATA NÃO TEM CANHÕES? AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH. - Perderia completamente as estribeiras e gritaria para o chão do convés, como um completo lunático.

Então, respiraria fundo, retornando à compostura. Eu estava cansado demais para perder o controle daquele jeito.

- Vovózinha, por gentileza, venha para o convés com a pistola. É urgente! - E então, caminhando como se eu flutuasse através de um pesadelo, iria até a popa como um zumbi. - NÓS ESTAMOS NA MIRA DOS SEUS CANHÕES, MAS O REI ESTÁ NA MIRA DA NOSSA ATIRADORA! ABAIXEM OS CANHÕES OU ELE JÁ ERA. - Berraria, torcendo para que a vovozinha fosse o suficiente para dissuadir eles de atirar em nós. Pelo menos enquanto o Rei estivesse no alcance da nossa mira. Piscaria duas vezes, respirando fundo.

O navio estava devagar demais. Ainda que pudessemos ganhar algum tempo ao mirar a pistola no Rei, dificilmente estaríamos seguros antes que ele alcançasse a beira. Não naquela velocidade. - Vovozinha, se possível, atire nos atiradores nem que seja apenas para acuá-los de atirar em nós. - E então, continuaria seguindo na direção de resolver o outro problema: o navio estava sobrecarregado demais para se mover direito. Também, pudera. Tinham aceitado um gigante para compor a tripulação.

- Ei, Agni. Tenho uma missão muito importante pra você. - Apenas falaria apático, cansado demais para fingir. Mas aquilo era o suficiente para enganar aquele idiota. Pegaria uma corda e a amarraria em torno de sua cintura. Daria nós fortes como eu daria para prender uma vela no navio, para ter certeza de que ele não escaparia. Apesar de que, caso ele escapasse, provavelmente não seria tão ruim assim, motivo pelo qual eu não checava os nós duas vezes e fazia com um pouco de preguiça. - Agora abra as suas asas. Isso. Assim. Agora segura essa bandeira, isso, assim. É a bandeira do nosso navio. Não, para o outro lado. A bandeira tem que aparecer para eles. - E então pegaria o garoto e o jogaria alto no céu, a outra ponta da corda amarrada ao mastro de maneira que o vento o alcançasse. - Você vai ficar flutuando contra o vento até segunda ordem. Com o navio nessa velocidade e o vento com essa força, você deve conseguir flutuar por um bom tempo. Use a vela para planar se as asas cansarem muito. Se conseguir ficar assim por tempo o suficiente, quando você descer de volta ao mastro você provavelmente vai ser um dragão ou algo parecido. Ao menos foi isso que eu ouvi falar em.. Hm.. Algum lugar. - Diria, com preguiça demais para pensar em uma mentira melhor.

Agni era bem leve, pelo que eu sabia que, por mais que eu conseguisse tirar o peso dele do navio, não faria muita diferença. O principal motivo para eu tê-lo obrigado àquilo era vingança.

Então, eu teria de começar a tomar as decisões difíceis.

- Você é o meu aluno favorito. Eu te amo tanto que, se você fosse meu filho, eu provavelmente não te abandonaria para ser criado sozinho pela mãe. Bem, ao menos não te abandonaria completamente. Me desculpe. - Diria, lançando o Onimaru desacordado na água.

Obviamente eu teria amarrado ele com ainda mais cuidado do que eu haveria amarrado Agni, com a outra corda também presa ao mastro do navio.

O garoto poderia continuar dormindo, já que não se afogaria. A maior parte do seu peso seria absorvida pela água, sem pesar o navio, que apenas teria o trabalho de arrastar seu peso amortecido.

Então, tínhamos dois a menos. O que ainda mantinha o navio lento demais.

Olharia para Veloz e Rapadura.

Meu coração era muito mole para tomar aquela decisão. Não com os nossos alazões. Eles eram os heróis que haviam ressurgido para nos resgatar após o grande roubo.

Se a Rainha Nina tomasse aquela decisão por mim, ficaria muito mais aliviado. Principalmente porque a culpa pela maldade não seria minha, apenas a culpa por me manter neutro em momentos de crueldade, o que deve me conseguir um lugar ainda melhor no inferno.

- RAINHA NINA, PARECE QUE O REINO FICOU GRANDE DEMAIS PARA A ZAROLHA. O QUANTO VOCÊ GOSTA DO VELOZ E DO RAPADURA? É MELHOR ESCOLHER RÁPIDO OU O NAVIO NÃO VAI ANDAR E VAMOS TODOS MORRER! - Diria, voltando para o timão.

Esquerda... Direita... Esquerda... Direita...

Agora tudo aquilo era um pouco mais meu problema. Mas eu ainda tinha o trabalho de navegar. Ninguém pode culpar um homem por se manter focado em sua tarefa.

Será que haviam pedras por perto para nós fazermos de escudo contra os canhões? Se houvessem, iria até elas, caso calculasse que valeria a pena.

- Hm.. Cof.. Cof... Meu caro gigante. Seria possível fazer uma onda enorme pra desestabilizar os inimigos na beira e impulsionar o barco ou algo assim? Servir de escudo humano contra balas de canhão, se não for te incomodar... Talvez remar para que nós acelerássemos por um breve período.. Hm.. Ou ao menos alguma comida deliciosa que diminua a minha preguiça?

Eu havia contribuído com praticamente nada e então voltava para as minhas tarefas.

Esquerda... Direita...


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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQui Fev 09, 2023 9:16 pm

NINA SPADES - 13


Nina ergueu a mão direita, fazendo um sinal para que Brina esperasse. A Rainha estava interessada em ouvir toda a história do Meio-Gigante, então ficou ali, olhando para ele enquanto ele falava.

A história se desenrolava de uma forma interessante, viver nas montanhas e assaltar constantemente o reino de Sorbet parecia ter sido uma vida divertida e desafiadora. Entretanto, um ponto no conto de Kabura tocou a Monarca de um jeito diferente, fazendo-a se identificar com a história. Quando Kabura contou de seu antigo capitão, que também sonhava em ser o Rei dos Piratas, Nina não conseguiu disfarçar e acabou sorrindo largamente. - WAHAHA! Seu capitão parecia ser um cara legal, mas ele ia perder pra mim, pode ter certeza… - Fez um muque no ar e fechou o rosto, na brincadeira, imaginando-se saindo na mão com o homem que, pelo tom da história do Meio-Gigante, já estava morto.

- Ah, então você é um cozinheiro também? Wow, Brina, ouviu isso? - Olhou para trás onde esperava ver a ratinha. - Waha! Quando a gente parar na próxima ilha, vamos comprar umas coisinhas para você fazer um rango. Se prepara porque esse reino só tem gente boa de garfo! - E então virou-se para onde Brina estava e correu até chegar nos tesouros.

***


Eram muitas riquezas. Mais do que Nina havia visto em toda sua carreira como delinquente no submundo de sua ilha natal. Seus olhos brilhavam tanto quanto as joias que estavam na sua frente. - Uau. - Soltou a expressão, embasbacada com tudo aquilo.

Entretanto, no meio de tanto ouro havia algo que se destacava por sua mediocridade. - Que baú é esse? - A rainha indagou-se, franzindo o rosto e pegando-o na mão. Era um pouco pesado, então ela chacoalhou e ouviu os baques de um objeto que estava dentro da caixa se chocando contra as paredes de madeira. Ela então rapidamente abriu a caixa.

- Quê isso? - Fez um bico com a boca, franzindo o rosto ainda mais. - Que fruta esquisita… - Disse em tom alto, para que qualquer um que estivesse próximo dela pudesse embarcar na admiração daquele artefato alienígena. Ver a comida fez seu corpo lembrar de que não havia se alimentado tão bem desde todo o caos em Sorbet. Sem falar que Brina, por mais que fosse uma rata, tinha uma mão de vaca, e havia lhe dado só uma lasca de queijo durante a viagem na carroça, o que só serviu para atiçar ainda mais sua vontade de comer.

Portanto, a Rainha deu de ombros e simplesmente lascou uma mordida naquele fruto misterioso.

Seu olho arregalou. O que era aquilo? O gosto era horrível, mas tão horrível, que ela nem consegui dar uma segunda mordida, soltando o fruto no chão.

O sabor que havia ficado em sua boca parecia o de merda. É claro que a Rainha nunca foi cropófaga, leitor engraçadinho, você sabe que dá para deduzir o gosto de algo só para o cheiro. E se merda tinha gosto, era o gosto daquela fruta.

Nina fazia caretas, piscava o olho, colocava a língua para fora, retorcia-se inteira, cuspia. Ficou assim por uns cinco segundos. Mexeu tanto o rosto que sentiu a boca ficar dura, como se sua mandíbula estivesse se transformando em metal. - QUE NOJO! Colocaram essa fruta aqui de sacanagem… Desgraçados! Cadê o rei, eu que vou dar um tapa nele agora… - Nina caminhou irada pelo convés, soltando fumaça pelas orelhas, procurando o monarca sequestrado.

Essa breve caminhada a fez perceber uma coisa estranha. Na costa, canhões eram apontados para o navio. - Que merda é essa? Eles estão maluco? Douglas, Agni, tragam o rei agora, eu vou arrancar um dedo dele para eles verem que a gente não está brincando… - E começou a fazer o movimento de pinça com a mão direita, insinuando que arrancaria o dedo com as mãos nuas.

- E por que diabos esse navio está tão lento? Douglas, seu patife, você esqueceu como faz para navegar? Trabalha direito, idiota! - Caminhou até o Príncipe Pilantra, furiosa, batendo o pé sobre o convés. O dia calmo e favorável parecia estar se tornando em uma tormenta.

Foi nesse momento em que Douglas contou para ela, de uma forma dramática e subliminar, que o navio estava superlotado e que tinham que dar cabo de Veloz e Rapadura. - O que você está me pedindo?! Eles nos ajudaram, eu não posso me livrar deles assim! Eu me livraria de você, mas pelo jeito você é o único que sabe pilotar a Zarolha. Dá seus pulos e faz a esse navio sair daqui logo! - Nina respirava pesadamente, tomada pela fúria. O que ela ia fazer?

E olhando ao redor, tentando achar uma saída para aquele clima de confusão que havia tomado contra do navio, Nina sentiu uma coisa muito estranha. Não, ‘muita’ é uma palavra pequena demais para definir. A verdade é que Nina sentiu a sensação MAIS ESTRANHA de sua vida.

Como ainda estava com fome, ela podia sentir sua barriga incomodando-a, como se dissesse: “aiii, rainha, eu preciso comer alguma coisa”. Só que o estranho era que tudo o que Nina colocava o olho parecia possível de ser comido. As amuradas castanhas da caolha pareciam ser doces, a armadura metálica de Kabura parecia ser azedinha, uma bala de canhão que a pouco tempo havia caído no mar parecia talvez ser salgada. O que estava acontecendo?

Quando mais olhava em volta, mais sua boca enchia de água. Sua língua começou a pender sobre o lábio, como se ela fosse uma hiena. Seu nariz fungava o ar, tentando sentir o cheiro daqueles sabores que ela imaginava. E então seus olhos pousaram novamente sobre a carroça onde estava os tesouros. O brilho do sol cintilando nas riquezas fizeram o coração de Nina pular uma batida. Sua boca encheu-se ainda mais de saliva.

Que gosto será que tem o ouro?

Em um impulso, Nina correria e abocanharia a carroça com tudo o que ela tinha dentro, esperando responder essa pergunta maluca.

Relações:

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Última edição por Shiro em Ter Fev 14, 2023 9:13 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQui Fev 09, 2023 9:54 pm

AGNI FLAMESBURG! — 14

Era incrível. Quão rápida pode ser a ascensão de um grande guerreiro? Eu não saberia responder essa resposta até esse momento. O reconhecimento vinha à cavalo e os nós, mais apertados do que eu aconselharia, eram as mãos do destino tomando as rédeas da minha vida.

Eu sou um guerreiro curioso e criativo e, talvez por isso, imaginei o que ele fizesse. Imaginei. Só imaginei. Jamais pensei que tamanha honraria me contemplaria. Quando fui arremessado para cima senti o mundo lá embaixo ficar pequeno. Menor. Menor... O solavanco da corda ditando limite machucaria o quadril? Talvez sim...

Hasteado feito a bandeira, notaria que teria me tornado um novo símbolo para o reino de Espadinha, tão grandioso e altivo quanto a própria Jolly Rogers do bando. Bandeira. Bando. Será que as palavras tinham a mesma origem semântica? Não bastava. Não bastava ser HOMENAGEADO. Batendo as asas, abriria o maior dos sorrisos quando ele dissesse que me tornaria o dragão.

Dali em diante, nem a força contumaz de um SER SUPERIOR E ONIPOTENTE CONTROLANDO O DESTINO DA NOSSA AVENTURA me faria ceder ao deque. Ao menos era o que eu pensava. A resistência do ar e a gravidade se tornariam um detalhe irrelevante na minha empreitada aérea? Veríamos.

— EU SOU O BEBÊ-DRAGÃO DO REINO DE ESPADINHA!!! — anunciaria, brandindo o punho livre enquanto a mão dominante agarraria firmemente a corda.

Se de cima eu pudesse ver os canhões, riria alto. Os idiotas tentariam nos derrubar? Ora, nós éramos fortes o bastante para voltar e derrubar aquela espelunca que chamavam de reino. Poderíamos fazer isso facilmente se... se não nos colocassem para dormir com os peixes. Agora tudo fazia sentido.

Notando a fuga do rei, não deixaria que meus olhos saíssem da nuca do desgraçado. Eu o mataria se o meu perfil como personagem não fosse majoritariamente voltado para o gênero fantasia infantojuvenil. Nós deveríamos ter sequestrado a rainha também. O mestre tinha falhado em seu plano, afinal.

É claro que eu não o deixaria abalar por isso.

— EI, MESTRE! O SEU PLANO FOI UM GRANDE FRACASSO NO FINAL DAS CONTAS E NÓS PODERÍAMOS TER EVITADO MUITA COISA SE SOUBÉSSEMOS QUE VOCÊ ESQUECERIA DE AMARRAR O REI, MAS AINDA ESTAMOS COM O TESOURO! VOCÊ NOS AJUDOU A CONQUISTAR O TESOURO E É ISSO QUE IMPORTA! — cri que as palavras de um amigo eram mais do que o bastante para amortizar a dor em seu peito.

Olhando o horizonte, perguntaria-me o quanto demoraria até sairmos da bendita ilha. Já tinha dado no saco de Sorbet, embora o reino tenha me rendido uma roupinha maneira. Agora só precisava completar o poderosíssimo ritual do mestre para chegar na próxima ilha como o grande bebê-dragão.

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyDom Fev 12, 2023 9:51 pm


Sem escrúpulos, Douglas arremessou um dos seus discípulos no ar e outro ao mar. Agni subiu com certa facilidade, com suas asas diminuindo a velocidade de sua queda por tempo o suficiente para que uma nova rajada de vento o arremessasse para cima novamente. Onimaru caiu como um saco de batatas, sem reação, e foi sendo puxado, saltando alguns centímetros a cada onda que passava.

Douglas chamou a vovozinha e se aproximou da traseira do navio, procurando pelo rei. Agni também fez o mesmo, aproveitando a vantagem que tinha com a altura elevada. Para a surpresa deles, havia uma pessoa a mais no mar: Finn, aquele aventureiro loiro e beberrão que havia trocado alguns golpes com os piratas, estava nadando rapidamente com apenas uma das mãos, enquanto que com a outra puxava o rei pela gola da roupa de uma forma nada nobre.

Os piratas não sabiam, mas ao ver a situação em que se encontravam, o aventureiro havia partido rumo à cidade com antecedência e se infiltrado no navio, sem que o grandalhão novato o visse, esperando pelo momento oportuno para resgatar o rei. E este momento veio quando todos os piratas desviaram suas atenções, acreditando estarem seguros e sequer lembrando daquele aventureiro covarde que havia desistido de um combate.

O mink lobo apontou sua arma na direção dos dois, os braços e a mira firme, mas sussurrou para o navegador: — Sinto muito, mas a chance de eu acertá-los nessa distância é de uns cinquenta por cento, sendo que posso acabar acertando qualquer um, em qualquer lugar. — Ao longe, os canhões permaneciam sendo ajustados na direção da zarolha, com alguns soldados carregando balaços com esforço. — Não temos muito tempo!

E o larápio não tinha muita vontade! Tendo feito o que podia, voltou para o mastro e focou no trabalho monótono. Zarolha está um quê mais leve e mais ágil, mas ainda não era o suficiente. O grandalhão, ávido para ajudar e ser aceito por aquele grupo de desajustados, foi para o estibordo, curvando-se sobre a amurada, e começou a usar o braço enorme como remo. A cada braçada, um volume enorme de água era jogado para trás, dando um bom impulso para o navio. O problema? Era que, por remar apenas de um lado, a cada braçada o navio inclinava para a direita, saindo do seu curso. Se permanecesse assim, daqui a um ou dois minutos eles estariam retornando para Sorbet.

Enquanto isso, Nina tinha a pior refeição da sua vida. Voltando, enfurecida, buscou o rei para se vingar, mas este não estava visível. Sua mandíbula parecia coçar e, meio que por impulso, pulou na direção da carroça, abrindo sua boca muito mais do que deveria ser humanamente possível e engolindo carroça, bois e tudo.

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Tudo desceu com a mesma facilidade que a rainha teria de tomar um copo d'água, ainda assim, sua fome permanecia inalterada. O mais estranho, se é que algo podia ser mais estranho, é que a rainha tinha uma leve consciência do que havia engolido (Rapadura, Veloz e a carroça), como se pudesse não apenas cuspí-los de volta, como cuspir especificamente o que quisesse.

Enquanto tentava processar o que havia acabado de acontecer, Finn finalmente alcançou o litoral com o rei e o primeiro disparo foi feito. A bala acertou o mar, uns vinte metros à bombordo. Um minutos depois, uma segunda bala foi lançada, esta caindo a uns oito metros a bombordo. — Estamos ficando sem tempo! — Gritou a vovó, lá de trás, com a arma em mãos, mas sem muita confiança.

Nina Spades:

Sir Douglas Whitefang:

Brina Britta:

Agni Flamesburg:

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyTer Fev 14, 2023 10:17 am

☾✩☽ Brina Britta - 13 ☾✩☽

No momento em que mais eventos aleatórios se decorreram no menor espaço de tempo possível, foram justamente os segundos em que Brina Britta parecia viver num transe inexplicável. Agni era feito de bandeira, o rei fugia, Onimaru era atirado ao mar, o gigante usava um braço como remo, e claro, o mais bizarro de tudo: Nina engolia a carroça inteira.

A princípio, quase que a ratinha não percebia o absurdo daquilo. Era natural que a rainha estivesse com fome depois de batalhar a noite inteira e comer apenas uma lasca de queijo, e não seria absurdo encontrar algo apetitoso entre o tesouro e um banquete seria uma forma excelente de comemorar a vitória do Reino de Spadia contra o Reino de Sorbet.

“Tem algo de errado”. - pensava, coçando o queixo. “Hm… é, tem algo de errado. Espera aí, Nina está comendo ouro? Será que não faz mal? Melhor eu dizer para ela parar, senão eu vou ter que criar algum remédio pra dor de barriga, azia e… ué. A carroça também? Mas… é… hm… ah, Rapadura e Veloz também! Ela deve estar com muita fome… hm…”

- Hm… “hm…” O QUE?!?

Em questão de segundos o tesouro, a carroça e os animais haviam desaparecido. Brina fitava assustada com os grandes olhos arregalados para sua monarca, sem compreender o que havia acabado de acontecer. - RAINHA NINA! VOCÊ VIROU UMA… - com a boca aberta, a pequena buscava em todo seu conhecimento de bestiário uma explicação para o que havia acabado de acontecer. - Uma draga?!? Dragões que comem ouro! Uma Jotun?!? Igual os gigantes das ilhas de gelo que comem tudo pela frente… - ainda assim, nada fazia sentido. “Ela realmente engoliu?!? Será que não foram Fasmídeos que roubaram o ouro? Deixaram invisível ou…”

Antes que pudesse raciocinar, dava-se conta de que estavam sendo atacados. O rei havia sido resgatado e sem reféns e canhões, Zarolha não passava de uma embarcação inofensiva. Os tiros estavam cada vez mais próximos, dando a entender que o seguinte provavelmente os atingiriam em cheio.

A curandeira corria de um lado para o outro, sem saber o que fazer. “Por que isso está acontecendo? O QUE TÁ ACONTECENDO?”“Ah não, JÁ SEI O QUE ACONTECEU!!!”

Correria até Douglas, esbaforida e desesperadamente. Apontaria seu pequeno dedo para a base do mastro. - DOUGLAS! Eu já sei o que tá acontecendo! Ali! Ali! Isso tudo está acontecendo porque NÃO TEM NENHUMA MOEDA NO MASTRO!!! Você tirou de novo?!? Rainha Nina engoliu todo o tesouro! Espera aí… RAINHA NINA ENGOLIU TODO O TESOURO! - repetia, com muito mais pânico e incredulidade na voz. - E AGORA?!? Como vamos achar uma moeda pra por no mastro e tirar nossa má sorte?

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQua Fev 15, 2023 8:04 am

NINA SPADES - 14

Mundinho Baku Baku no Mi:


O ouro tinha um gosto maravilhoso.

As joias, a madeira e aqueles dois bois velhacos também tinham sabores curiosos. A Rainha ficou três segundos parada, de olhos fechados, assimilando aquelas sensações novas. Quando abriu os olhos, deu-se conta do que havia feito.

- EU COMI TUDO! - Berrou, arregalando o olho e olhando para frente, onde esperava ver a carroça, Rapadura e Veloz. Sentiu seu coração bater rapidamente e a respiração ficar ofegante.

Ao seu lado, a Ratinha assistiu tudo de camarote e, perplexa, apontou para duas possíveis explicações para a nova habilidade de Nina. - DRAGÃO? JOTUN? COMO ASSIM, BRINA?! - Respirava pesadamente, além de suar frio por todo o corpo.

- Será que eu… - E sua preocupação foi dando espaço para um rosto mais relaxado e pensativo. - …despertei o meu poder? - E o relaxamento foi virando um sorriso, um sorriso safado e nefasto de quem havia ficado mais poderosa e sabia disso.

- WA! É isso! Agni pode voar, Onimaru tem dentões, Brina dá choque e o Douglas vira espinho. Todo mundo tinha poder, menos eu! Mas parece que isso mudou, seus otários! WAHAHAHAHAHAHA! Eu também tenho um poder agora, idiotas! - E começou a gargalhar de forma frenética, de braços cruzados e olhando com um certo desdém para o resto do bando. Mas logo parou a zombaria, voltando para a expressão relaxada e pensativa de antes. - Tá, mas o que eu sou? Uma bocuda? - Coçou a cabeça, tentando entender um pouco mais do que estava acontecendo. E então ela se deu conta de que experienciava mais uma coisa anormal.

Sua fome não havia passado. Sua barriga, azucrinante, ainda pedia por comida. E além disso, ela conseguia sentir a carroça, os metais valiosos, Rapadura e Veloz intactos dentro de seu corpo. Era como se no interior dela existisse um universo e ela pudesse acessá-lo a qualquer momento.

Nesse mesmo instante, olhou para o lado e ouviu Brina falar para Douglas sobre a necessidade deles terem uma moeda da sorte naquele ambiente caótico em que estavam. E de fato, o cenário infernal só piorava. As primeiras balas de canhão caíram, Kabura remava com as mãos, Agni parecia uma pipa e aquele bêbado de antes estava fugindo com o rei no mar. - O QUE ESTÁ ACONTECENDO? VOCÊS DEIXARAM O REI FUGIR! - Nina apontou para a dupla que nadava para longe, enquanto prostrava sobre a amurada do navio. Suas sobrancelhas estavam tão tensionadas de fúria que era possível ver meia dúzia de veias pulsando no rosto vermelho da Monarca.

- Você está certa, Brina. Deixa que eu resolvo tudo isso… - Diria em um tom amargo, por não saber como tudo havia desandado tão rápido. Então, a Rainha fecharia os olhos por um instante, acessaria uma moeda de ouro dentro do seu ‘universo-interior’ e a cuspiria em sua mão.

Arregalaria o olho, um pouco assustada de ver como o seu corpo funcionava. - Credo, deu certo mesmo! - Daria uma breve risada, empolgada com seus novos poderes, ao mesmo tempo em que entregaria a moeda para Brina. Entretanto, logo fecharia o rosto novamente. Não havia tempo para comemorar. As coisas saíram do controle e tudo indicava que ela era a única capaz de resolver aquilo..

- ESCUTA, CAMBADA! Eu tenho um plano genial, bem mais genial que os planinhos do Douglas. Mas para isso preciso que vocês confiem em mim, entenderam? - Gritaria para os tripulantes, ao mesmo tempo em que caminharia até a proa para ter uma boa visão de todos. - O plano é o seguinte: vocês vão se esconder dentro de mim, enquanto o Douglas pilota o navio para longe. - Faria uma pausa e esperaria a reação àquela frase absurda.

- Sim, parece maluquice, mas é isso ou nós vamos afundar! Brina viu eu comendo a carroça e os bois em uma bocada, eu não sei como eu faço isso, mas agora eu consigo. E podem ficar tranquilos, porque eu ainda sinto que eles estão vivos dentro de mim. - Tatearia a barriga, como se tentasse localizá-los. - Não sei ainda bem como esse poder funciona, mas vamos ter que arriscar. Então não quero ver vocês com medinho… - Falaria isso ao mesmo tempo em que olharia sobre o ombro, para a costa, onde os canhões já estavam cuspindo suas balas.

- Não temos tempo. Agni, seu idiota, desce dai! Você não é uma pipa! Douglas, vai ajudar o pirralho. - Daria a primeira ordem, olhando Agni com os olhos cerrados, totalmente incrédula de que o garoto estava simplesmente plainando durante o rebuliço todo. - Kabura, pare de remar o barco e puxe o menino-peixe pra dentro do barco de novo! Onimaru, você não é uma boia! - Vociferaria a segunda ordem, apontando para onde o garoto estava. Logo após isso, caminharia com passos rápidos até a vovozinha.

Chegando próximo da velha, ergueria a mão direita para ela, como se a quisesse cumprimentar. - Ei, vovozinha, você vai ser a primeira. Bora? - E olharia no fundo dos olhos negros e redondos da velha lupina, ao mesmo tempo em que faria um sinal de afirmação com a cabeça, como se dissesse “confia em mim”.

Caso a idosa concordasse, Nina seguraria a mão dela, abriria a boca e puxaria a coitada da loba para dentro de si. Em uma total subversão do conto de fadas.

Feito isso, daria um tempo para ver se aconteceria qualquer coisa diferente com o seu corpo. Já havia engolido madeira, metais, animais e agora um ser consciente. Qual seria o limite de sua técnica? Enquanto esperava para ver se havia algum efeito colateral de seu poder, Nina ficaria atenta na batalha que estava acontecendo entre Sorbet e Spadia.

Se percebesse que uma bala de canhão cairia sobre o navio, tentaria prever mais ou menos onde a bala cairia e correria até esse local. Com os olhos no projétil, esperaria até ele ficar bem próximo. Assim que ele estivesse perto, Nina daria um pulo em sua direção e o abocanharia em pleno ar. Repetiria isso quantas vezes fosse necessário.

- Quem vai ser o próximo, hein? A vovozinha já foi e está tudo bem com ela! - Bateria com a mão aberta na barriga, como se sentisse em seu corpo a posição em que a velha estava.

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQua Fev 15, 2023 8:11 am

AGNI FLAMESBURG! — 15

Lidar com fujões não era fácil. Quem diria que o Finn brotaria do casco da Zarolha e salvaria o rei? Reverter isso era quase impossível. O nosso menino-sardinha estava desmaiado e eu não arriscaria brigar na água onde meus punhos flamejantes são inúteis.

Sabendo da urgência, fechei os olhos e rugi. Rugi alto e forte. Ao menos era como soava na minha cabeça. Oscilei entre rugidos e baforadas. O ritual de transformação precisava ser acelerado. Não tínhamos uma solução? Bom, o Agni Dragão seria a solução!

Abri os olhos logo depois para ver se já surgiam escamas e não vi coisa alguma, porém achei ter visto a rainha engolir a carroça com os cavalos e tudo. Aparentemente os efeitos colaterais, como alucinações, já tinham começado.

— Boa, Agni. Você está no caminho certo. — disse baixinho e fechei os olhos de novo.

Muito embora lutasse para manter o foco, era impossível me desconectar completamente do deque com a histeria coletiva rolando solta. Captava algumas palavras aqui e outras acolá.

Brina disse algo sobre dragões, isso ouvi. Não pude esconder o sorriso. Apertei as pálpebras ainda mais e rugi guturalmente para que eles admirassem o dragão em surgimento. Bom, na minha cabeça soou gutural. Percebi que fazendo isso eu conseguia me libertar mais das distrações e daí em diante foi ladeira abaixo.

— GUAAAARL UAAAARL VAAARL GAAAARL MUAAAARL — berrava.

O plano era simples: as asas engrossariam em couro, chifres afiados cresceriam na testa e as minhas chamas se tornariam infinitamente mais fortes. Aí era só voar e derreter os canhões. Imagine a cara do rei quando me visse? Pera aí... Pensar no rei me fez pensar no reino. Pensar no reino me fez pensar na menininha que me deu o terno de presente: a minha namoradinha.

Quão mal educado eu seria se rasgasse o presente da minha namoradinha? Parei de rugir por um instante e, revezando as mãos, despi-me do terno inteiro e joguei no deque.

— Brina-chan, cuide disso para mim! Não quero que rasgue quando eu terminar o ritual secreto para virar dragão! — a samba-canção de dinossaurinho era trazida ao mundo novamente e tremulava tanto quanto a bandeira.

No meio disso tudo, a rainha começou a gritar algo sobre um plano. Eu não prestei atenção, pois estava rugindo. Só fui me atentar de verdade ao perceber que era especificamente comigo quando me pediu pra descer.

— Agora não posso, rainha! Estou prestes a completar um ultra ritual secreto para me transformar num dragão! É a liberação total dos meus poderes! O último estágio de um guerreiro anjinho! — fechei os olhos e voltei a rugir. — RUAAAAR UAAARL IAAARL GAAAAR!


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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQua Fev 15, 2023 6:23 pm

''SIR'' DOUGLAS WHITEFANG - 15




- Sniff.. Sniff... - O que era aquilo, estava chovendo? - Sniff... Sniff... - Gotas estranhas enxarcavam meu rosto. - BUÁAAAAAAAAAAAAAA - Berrava caindo de joelhos. -NINAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA-sniff... sniff..

Meu peso inteiro caía no chão, apoiando-me nos joelhos e antebraços. Encarava o piso do navio profundamente como se ele estivesse centenas de metros debaixo de mim, como se eu encarasse meu passado e meus esforços.

As balas estavam bem próximas, o gigante remava errado, Agni estava se divertindo ao invés de penar com a minha ideia. Mas meu cérebro quase não processava nada daquilo.

A dor da perda não é nada fácil. Para ser sincero, não sei se já havia sentido luto antes desse momento. Não havia perdido ninguém importante da minha família. Nunca conheci meus avôs mortos. E, bem, se os conhecesse talvez os achasse uns desgraçados. Além disso, todos os animais de estimação que eu já havia adotado eram cuidados por criados e eu me esquecia deles em cerca de duas semanas, então nunca havia assistido a morte ceifar nenhum deles.

Mas, aquele momento era demais até para um desgaçado como eu.

Nina havia comido a carroça. Tudo porque eu havia hesitado. E com ela... Os dois haviam ido embora. Devorados para os recônditos do estômago da desgraçada. Os dois... Talvez nunca mais retornassem.

- MEU ESFORÇO DESPERDIÇADO E MINHA RIQUEZA. - Berrava. - NINA!! POR QUE VOCÊ COMEU ELES?? - Gritava, chateado ao ponto de não ligar para a minha própria segurança. Na verdade, se ela se estressasse comigo e me matasse naquele mesmo instante me pouparia os esforços de ter todo o trabalho de enriquecer novamente. - E o Rapadura e Veloz também! - Pensava sobre esses outros dois, ficando apenas um pouco mais triste.

- É melhor que você consiga mesmo cuspir tudo de volta. - Respondia e então fechava os olhos, respirando fundo e me reconcentrando. - Eu estou falando, eu prefiro morrer do que abrir mão de tanto ouro.

Em primeiro lugar, caminharia até a corda que prendia Agni berrando como um dragão. O garoto realmente havia embarcado profundamente naquilo, e os barulhos que ele fazia me chateavam demais para que eu me sentisse vingado por aquela maldade. Por isso, puxava a corda que estava amarrada ao mastro com toda a força para o chão, de forma que ele caísse de cara na madeira, permitindo que Nina o devorasse com mais facilidade.

E então continuaria a pilotar o navio. Em primeiro lugar, me aproveitando do fato de Nina ter mandado o Gigante parar de remar, giraria o timão num círculo completo, para que ele se virasse novamente para a direção certa.

Como eu já havia visto as balas vindo em nossa direção, usaria minha noção exata do tempo para pensar na sua velocidade. Aquela informação seria essencial para desviar delas.

Viraria de costas para o timão, observando o ângulo com o qual as balas estavam sendo atiradas. Então, mediria a velocidade do navio, comparando-a com o tempo que o barco demorava para se afastar das balas que estavam no mar. Então, sem deixar de olhar para os canhões, faria espinhos brotarem das minhas costas, movendo-os para que eles virassem o timão de modo a estar longe do local em que as balas cairiam quando elas chegassem ali.

Pela distância e com um cálculo exato do tempo que elas demorariam para chegar ali, usaria minha frieza e capacidade de medir tempos para esquivar apenas o necessário para evitar danos, ou, em último caso, ao menos os danos mais graves.

Para tanto, usaria até mesmo desacelerações, se fosse necessário, virando o navio completamente de lado para que perdesse velocidade, caso a trajetória da bala estivesse à frente do mesmo, então o ajeitando novamente de maneira retílinea para fugir. Vale ressaltar que apenas usaria essa estratégia se fosse a única capaz de defender ele das balas, já que a prioridade era a fuga.

Desta maneira, apesar de quase sem funcionar emocionalmente, seguiria me sincronizando ao tempo das balas para evitá-las.

- Espera, a Nina comeu uma carroça inteira de uma vez? - Me perguntaria, afastando de logo o pensamento.




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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQua Fev 22, 2023 1:59 pm


O caos reinava naquele navio, principalmente com a pequena curandeira correndo de um lado para o outro com as mãos para o ar. Mais uma bala de canhão era disparada e essa ia de encontro a Zarolha, mas a vovó conseguia acertar um tiro e explodi-la ainda a alguns metros da embarcação, que era atingida apenas por uma onda de vento, sendo propolida um pouco mais rápida adiante.

A Rainha, enquanto isso, conseguia controlar seus poderes e cuspir apenas uma das moedas que havia engolido, dando para a pequena que se apressava em colocar a moeda no mastro, retirando o azar que recaiu sobre aquele bando. O mink lobo, ali próximo, vendo e ouvindo, se aproximava de Nina com um misto de admiração e temor. — Você comeu uma akuma no mi, igual a ele! — Afirmava, apontando para Douglas. — Dois akumados em uma mesma tripulação… isso é raro. — Continuava.

Contudo, havia preocupações maiores no momento e a capitã começava a dar ordens. Agni era recolhido dos céus e Onimaru das águas, com mais balas caindo ao redor do navio. A vovó guardava seu revólver e se benzia, ficando ereta e rígida como um poste, na expectativa de ser devorada inteira. — Talvez eu devesse ter ficado em So— — Sua fala foi interrompida com uma única abocanhada da caolha.

Douglas se virava e guiava o navio com seus espinhos, mantendo seus olhos atentos aos projéteis. Por sorte, o litoral da ilha era tranquilo e não havia o risco da Zarolha se chocar com alguma rocha ou iceberg, precisando apenas seguir em frente. E por ainda mais sorte, o larápio se virou bem na hora que uma bala foi disparada, indo em direção a proa do navio. Parece que a moeda de Brina realmente afastava o azar.

O navio precisou ser virado bruscamente, fazendo com que todos tivessem que se curvarem e firmar a base. Onimaru, ainda desacordado, saiu girando pelo convés e foi mais uma vez jogado ao mar, por sorte — pela terceira vez! — ele ainda estava amarrado. A bala caiu a dez centímetros do navio, jogando-o ainda mais para o lado, mas sem causar estragos. O grandalhão se apressou em puxar o tritão de volta mais uma vez.

Com a ausência da vovó e das carroças e animais, a Zarolha havia recuperado sua velocidade quase que completamente, aproximando-se cada vez mais do limite de alcance dos canhões. Mais uns dois ou três minutos e estariam finalmente fora daquela ilha.

Nina Spades:

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptySáb Fev 25, 2023 1:47 pm

NINA SPADES - 15

Mundinho Baku Baku no Mi:


A vovozinha, com sua sabedoria anciã, explicou qual era a fonte dos poderes de Nina.

A rainha franziu um pouco rosto, pendendo a cabeça de lado, estranhada. - Então aquilo era uma fruta do diabo? - Apontou na direção onde a carroça estava minutos atrás. - Ah, isso explica muita coisa então! Uau, não sabia que ia encontrar uma dessas tão cedo... E Douglas, seu desgraçado! Como você come uma fruta do diabo e não avisa a gente, hein?! Eu sou sua rainha, você não pode esconder segredos de mim! - Praguejou, brandindo o punho fechado no ar e cuspindo fogo pelas ventas.

Como a confusão não havia acabado e o navio ainda era alvo das balas de canhões, a Rainha achou que seria esforço demais ir até o homem para dar-lhe um cascudo. Portanto, ficou parada onde estava, amaldiçoando-o. Ao mesmo tempo, recordou-se de sua infância, mais especificamente de uma cena em uma noite fria em que estava tomando uma sopa na frente de uma lareira.

Seu pai, amoroso, estava sentado ao lado, contando para ela sobre as temíveis Frutas do Diabo que ele havia encontrado durante sua carreira como pirata. Os olhos de Nina - naquela época ela tinha dois - brilhavam arregalados, ouvindo com interesse profundo aquela história fantástica, o tipo de interesse que só as crianças manifestam. Sua mente então pulou para uma memória mais recente, de quando ela já tinha vendido um dos olhos e trabalhava no submundo do reino de illusia. Nina já estava na fase da adolescência e ainda guardava as histórias de seu pai com bastante carinho, porém ela questionava se ele não havia aumentando algumas coisas naqueles contos para impressionar sua mente infantil.

Entretanto, tudo o que ele lhe contou parecia verdade. As frutas não só existiam, mas realmente eram capazes de fazer coisas de outro mundo. Em alguns minutos, a Rainha teve que se adaptar à nova realidade do seu corpo. Ela agora era uma amaldiçoada pelo demônio do mar, nunca mais podendo nadar. Em contrapartida, ela havia ganhado um poder que certamente a ajudaria a chegar no topo do mundo, e por conta disso ela deu um sorriso largo, feliz por ter comido a fruta que o destino havia lhe oferecido.

Voltando ao presente. A senhora lobo confiou na proposta de Nina e foi engolida em um segudo. Cada vez que fazia isso, era mais fácil. Ela só tinha que quebrar a trava mental, liberar sua imaginação e controlar sua vontade. Assim que ela intencionava comer algo, sua boca esticava o quanto fosse necessário para morder o alvo. - WA! Que gosto estranho o da vovozinha... - Passou a língua entre os dentes - Ahhh, parece pomada... - Sugou um pouco da própria bochecha. - ...com cachorro molhado, é isso! Pomada com cachorro molhado! - Estralou os dedos e sorriu, satisfeita por ter identificado o sabor estranho da mink lobo.

Nesse momento, o barco fez uma mudança brusca que obrigou a Monarca a agachar e forçar o peso do corpo contra o assoalho para se manter de pé. Enquanto isso, o barulho de algo desembestando sobre o piso de madeira fez ela virar o pescoço para trás para ver do que se tratava. Era Onimaru, ainda desacordado e amarrado, rodando e caindo mais uma vez para fora do convés. - Ele realmente gosta do mar, hein… - A rainha ergueu as sobrancelhas, surpresa pelo vínculo primal que aquele garoto-peixe tinha com o ocenao, e preparou-se para ordenar Kabura a resgatá-lo novamente. Porém, o gigante já parecia ciente de seu papel como companheiro, puxando o menino para dentro de Zarolha sem que uma ordem fosse necessária. Como Onimaru estava a salvo, a Monarca deu de ombros e voltou a olhar para frente.

O navio já estava bem descongestionado, entretanto, quem navegou na Zarolha antes sabia que ela podia avançar mais rápido do que na atual velocidade. O que significava que mais alguém tinha que ir pro papo. Nina olhou em volta e parou o olhar sobre o irritante garoto com asas.

- Agni, bora, agora é sua vez! - A Rainha correria até ele, parando de braços cruzados a um metro de distância dele. Olharia fixamente para o menino, mantendo o rosto fechado. - Não me olha com essa cara, é isso mesmo, é sua vez de entrar na minha barriga. Ah, e presta atenção em uma coisa, eu tenho uma missão para você. Quando chegar lá dentro, quero que faça um relatório de como são as coisas por lá! Quero entender um pouco mais como essa Fruta do Diabo funciona… - Sorriria, olhando para o lado e distraíndo-se por um momento, como se imaginasse as maluquices que aquele poder lhe permitia fazer no futuro. Porém logo balançaria a cabeça, abanando para longe esse sorriso e esses pensamentos, e olharia mais uma vez de forma séria para o garoto, com uma das sobrancelhas erguidas. - Pronto?

E quando o garoto desse o aval... NHAC! Nina engoliria o quarto companheiro em mais uma bocada.

Carne bovina foleada a ouro, filé de lobo e um passarinho esquisito de tira gosto. Alguns poderiam argumentar que Nina estava em um chique banquete.

Tendo jantado o alado tagarela, a Rainha voltaria sua atenção ao restante do bando. - Acho que agora vamos conseguir ir mais rápido… - Daria uns tapas na barriga, suspirando como se estivesse empanturrada. - Douglas, dê um gás nessa merda e tire a Zarolha de uma vez daqui! Kabura, ajude ele no que precisar, ele é meio preguiçoso, então não pode trabalhar sozinho... - Terminada as primeiras duas orgens, abandonaria o tom mais ditatorial, relaxando o rosto e deixando as bochechas ficarem rosadas. - Brina-chan, minha querida, dê uma olhada no Onimaru, por favor. Ele está parecendo um bacalhau pobre… - Torceria a boca para baixo, olhando de lado para o menino todo destrambelhado, sem disfarçar a repulsa que sentia pelo estado em que ele se encontrava.

Para finalizar, andaria até a parte do navio que estava apontada para a costa, colocaria ambas as mãos na amurada e projetaria o tronco para fora da Zarolha. - ADEUS, SEUS OTÁRIOS! WAHAHAHAHAHAHA! - Berraria para os amargurados que estavam na costa, cuspindo suas balas de canhões cheias de ressentimento.

Esfregar a vitória na cara do reino oponente serviria, para a Rainha, como uma bela sobremesa.

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyQua Mar 01, 2023 2:19 pm

''SIR'' DOUGLAS WHITEFANG - 15




Espinhos brotavam das minhas costas para que eu pudesse ver as balas e pilotar o navio ao mesmo tempo, enquanto minha capitã resolvia devorar todo mundo. Me lembrava do susto que eu havia dado nela ao fazer vários espinhos saírem do meu corpo sem explicar, apenas por brincadeira.

- Han? Akuma no Mi? Do que você está falando? - Eu nunca havia sido tão grato por ter gastado tempo me esforçando quanto eu me sentia naquele momento, por ter aprendido a navegar. Aquela era a única coisa que garantia que eu não seria devorado por Nina, seja lá como aquilo estava ocorrendo.

Além de tudo, as fronteiras de todas as imagens que eu via pareciam estranhamente embaçadas e esfumaçadas. Como se nada daquilo passasse de um pesadelo. Devorar a vovozinha lobo? Não era assim que acontecia na história!

Ao menos Agni seria devorado e eu finalmente tinha alguém para me ajudar.

Aquele pesadelo era tão estranho que a Rainha Nina parecia estar reconhecendo a minha preguiça e me dando facilidades. O que de terrível poderia ocorrer após aquilo?

De qualquer forma, eu apenas seguiria tentando calcular a velocidade das balas de canhão que choviam para que o barco não fosse atingido por elas. Além disso, tentaria pegar os melhores ventos para que acelerasse o máximo possível para longe dali, se fosse possível.

O plano era ir para outra ilha o quanto antes.

Mas que ilha seria?

Meus olhos fechavam enquanto eu pilotava de costas, apenas os abriria caso ouvisse os disparos de novos canhões. Então, começaria a sonhar com a ilha seguinte. Teria de ser algum lugar onde eu pudesse descansar, sim. E onde poderíamos guardar ou gastar o nosso dinheiro. E, de preferência, que não tivesse qualquer ligação com a nobreza, para que não sofressemos retaliações.

Por isso lembraria dos mapas navais na minha cabeça e seguiria em direção à República de Baterilla, onde nós poderíamos descansar.

Lá provavelmente seria uma ilha altamente guardada e com muitos marinheiros no nosso encalço. Mas nada daquilo importaria, pois aquilo não passava de um pesadelo e eu só precisava dormir por enquanto.

Se quando eu acordasse fosse tudo verdade, seria um problema para o desgraçado do Douglas do futuro!

Por isso, assim que saíssemos do alcance dos canhões e eu pudesse deixar o navio seguido em linha reta por um bom tempo até precisar manobrar novamente, começaria a dormir.

- Ei, Kabura. Se Nina perguntar se eu estou dormindo, diga a ela que estou apenas me concentrando e fazendo bruxarias. - Faria vários espinhos saírem das minhas costas e ficaria de frente para o timão. Os espinhos me apoiariam de pé para que eu pudesse dormir fingindo que conduzia o navio. - Se o navio começar a ir em uma direção diferente em relação a que está indo agora com a bússola, me acorde. Aliás, apenas me acorde nesse caso. E também se houver um outro navio vindo na nossa direção ou pedras para que nós nos choquemos.

Douglas do futuro poderia até me amaldiçoar, mas o Douglas do passado era sempre intocável. Se quisesse se vingar de mim teria de armar uma armadilha para quem viesse depois dele. Eu sei muito bem disso, pois o meu antecessor desgraçado me enfiou nesse maldito bando.



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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptySex Mar 03, 2023 10:45 pm

AGNI FLAMESBURG! — 15

Fiquei surpreso com a revelação da vovó sobre a fonte de poder da Nina. Frutas do diabo eram lendárias, mas eu nunca imaginei que alguém que eu conhecesse tivesse comido uma. A rainha pareceu igualmente surpresa e irritada com o fato de que Douglas havia escondido isso dela. Eu acho que a conheço o suficiente para saber que ela não leva mentiras ou segredos bem.

Enquanto ela xingava Douglas, eu não conseguia deixar de pensar nas histórias que ouvi sobre as frutas do diabo. Eu costumava me perder naquelas histórias, sonhando em encontrar uma para mim mesmo um dia. Mas agora, aqui estava Nina, com um poder incrível concedido por uma fruta do diabo. Era emocionante e assustador ao mesmo tempo.

Eu sabia que Nina era forte antes, mas agora ela parecia quase invencível. Eu me perguntava o que ela faria com esse novo poder, mas eu sabia que ela usaria para proteger seus amigos e alcançar seus objetivos. Ela sempre foi uma líder inspiradora para mim, e agora eu me sentia ainda mais grato por tê-la como minha capitã.

Enquanto a rainha continuava a xingar Douglas, eu me afastei um pouco e comecei a imaginar o que seria capaz de fazer com um poder como o de Nina. Eu sempre fui um sonhador e amante de histórias, e agora eu mal podia esperar para viver minhas próprias aventuras e contar minhas próprias histórias. A vida com Nina e nossos amigos estava prestes a ficar ainda mais emocionante, e eu não podia esperar para ver o que o futuro reservava para nós.

Eu mal pude acreditar quando a capitã disse que ia me engolir. Por mais que soubesse que não seria morto, a ideia de ser engolido por uma criatura tão pequena ainda me causava arrepios. Eu tentei argumentar, dizer que havia outras maneiras de me levar até a ilha, mas ela parecia decidida.

E então, eu comecei a me perguntar como seria lá dentro. Como seria estar no estômago de uma criatura viva? Será que eu poderia sentir a digestão acontecendo? Será que seria quente lá dentro? A curiosidade começou a me consumir e eu comecei a considerar a ideia.

Finalmente, eu dei o aval para ser engolido, decidido a descobrir o que aconteceria. Eu sabia que a capitã não estava brincando, e que eu precisava ser rápido antes que ela mudasse de ideia. Eu fechei meus olhos, respirei fundo e me preparei para o que viria a seguir.

O choque de ser engolido por completo por um ser humano seria grande, mas eu não podia deixar transparecer minha fraqueza. Eu estava acostumado a lidar com situações extremas como essa, mas nunca havia sido engolido antes.

Eu comecei a me concentrar no meu interior, controlando minha respiração e me preparando para o pior. Sabia que se a capitã quisesse, poderia facilmente me digerir e acabar com a minha existência.

Me prontificaria a verificar minuciosamente tudo o que pudesse, procurando detalhes que poderiam ajudar a entender melhor esse poder. Eu procuraria pelas outras pessoas engolidas, se houvesse alguma, e anotaria cada detalhe na minha cabeça, na esperança de poder compartilhar minhas descobertas com outras pessoas quando saísse de lá.

No entanto, ao mesmo tempo, eu teria que lidar com a sensação desconfortável e claustrofóbica de estar dentro do corpo da capitã. Embora eu soubesse que ela provavelmente não me machucaria, ainda assim seria uma experiência surreal e talvez até mesmo assustadora.

Mas, no final, eu veria isso como uma oportunidade única de aprender mais sobre esse poder incomum e, quem sabe, ajudar a desenvolver uma maneira de combater isso se necessário.

Será que eu olharia ao meu redor e veria que estou em uma espécie de caverna, cheia de veias pulsantes e paredes molhadas? Tentaria a caminhar, observando tudo com atenção. Imagine se eu encontrasse pessoas presas em teias de saliva!

Quem sabe passar por uma série de salas estranhas, com móveis e objetos flutuando no ar. O interior teria um cheiro forte de ácido e paredes cobertas por uma substância verde e viscosa? Se fosse, ficaria fascinado com a capacidade da capitã de criar um ambiente tão único.
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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyDom Mar 05, 2023 11:35 am

☾✩☽ Brina Britta - 14 ☾✩☽

- Akuma no mi?!? - de todos os fenômenos sobrenaturais do mundo, a Ordem da Lua coincidentemente chamava as frutas do diabo pelo nome convencional. Portanto, Brina estava familiarizada com o termo e com as implicações que devorar uma delas causava ao seu usuário. - AKUMA NO MIM?!? Peraí, dois? Hm… Douglas também comeu uma?!? QUANDO? QUAL?!? - incrivelmente, até o momento a bruxinha não havia visto o companheiro manifestar seus poderes diretamente, ou de forma explícita, e apesar de terem passado por uma aventura inteira juntos, era a primeira vez que notava o suposto Arquimago projetar espinhos pelo corpo.

Com um misto de espanto e admiração, Brina não conseguia parar de olhar ambos, apontando para a Rainha e o navegador como se quisesse dizer algo, mas não conseguia. - Você deve ter comido a fruta mística do Elemental dos Espinhos, ou das Videiras Vigorosas! Espera aí… e se for uma fruta do tipo bestial modelo… PORCO-ESPINHO! Ou Ouriço do Mar! Ah, mas não pode ser, Ouriço do Mar é do mar e os usuários não conseguem nadar, então não faria sentido… É A FRUTA DO BAIACU!!! Ah não, Baiacu também é um peixe… Deve ser de porco-espinho mesmo! E Rainha Nina? Você agora consegue engolir o que quiser? Seu estômago é infinito?!? Hmm… seria a fruta mística de Devorador? Xawára? Bestial modelo cobra mística Jormungand?!? Afinal, as cobras conseguem engolir tudo, não é? MAS VOCÊ CONSEGUE DEVOLVER QUEM ENGOLE? Hm… Nossa, que difícil…

Enquanto a ratinha refletia sobre os poderes de seus amigos, a monarca prosseguia engolindo a tripulação e isso afetava estranhamento o comportamento de Zarolha. Como se estivesse ficando mais leve e veloz, implicando que o peso carregado pela embarcação reduzia e feria algumas leis da física. Apesar disso, Brina enxergava as leis da física tão mutáveis e manipuláveis como qualquer outra lei que pode ser interferida por magia, e isso não a surpreendia tanto. O que importava, era que estavam se afastando da ilha e estavam seguros, prontos para a próxima aventura.

- Sim, Rainha Nina! Afinal de contas, agora que temos duas pessoas incapazes de nadar, Onimaru é ainda mais importante, kishishishi! Vou cuidar dele! - e correria na direção do companheiro tritão, examinando-o em busca de algum problema de saúde que poderia ser tratado. Apesar de tudo, julgava ser apenas cansaço, uma vez que todos haviam recém escapado de uma situação extremamente turbulenta e cansativa. Era um milagre que todos estivessem em pé.

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MensagemAssunto: Re: Até logo e obrigado pelo ouro!   Até logo e obrigado pelo ouro! - Página 5 EmptyTer Mar 07, 2023 7:17 pm


O ataque continuava, mas Douglas conseguia manter o navio ileso. Por sorte, quanto mais se afastavam, pior a mira do inimigo. Até o vento parecia auxiliá-los, desviando as pesadas balas alguns metros para o lado e para além da embarcação.

Contudo, sem querer deixar tudo para a sorte, Nina permanecia decidida a engolir o máximo de membros do bando possíveis, deixando de lado apenas o navegador, o gigante e a pequena Brina, que deveria ser a mais fácil de engolir, por sinal. Seu próximo alvo era Agni, que sentia um misto de ansiedade e curiosidade no ato.

Ver a boca da capitã se abrir além do que deveria ser humanamente possível e abocanhá-lo de uma vez era algo aterrador, mas não chegou a sentir mordidas ou dor. Em uma fração de segundo, tudo se apagou e o garoto se viu no vazio. Não via nada, não ouvia nada, não sentia nada. Era como se sua existência tivesse sido diminuída para o chamejar de uma vela. Ainda assim, sabia, instintivamente, que não corria risco de vida. Era como um sonho ou, mais especificamente, o momento quando sua mente transita entre a consciência e a inconsciência.

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Enquanto isso, o grandalhão amarrava Onimaru ao mastro, para que ele não fosse arremessado ao mar novamente, e Douglas continuava conduzindo a zarolha. Brina, por sua vez, processava as novas informações adquiridas, com sua mente saltando de deuses esquecidos à leis da física em questão de segundos. O tritão estava bem e ela deixava-o amarrado, ainda dormindo, de alguma forma.

A princípio, os tiros permaneceram com a mesma frequência, mas lentamente eles foram ficando para trás conforme zarolha se afastava mais e mais. Assim, não demorou para os soldados da ilha desistirem e os tiros pararem, com a Rainha gritando seu triunfo para aqueles que ficaram. Haviam escapado e, melhor ainda, sem sequer um arranhão na embarcação!

O gigante respirou aliviado, se sentando pesadamente no navio e fazendo-o balançar um pouco. Douglas, mais cansado do que nunca, ajustou a direção para a próxima ilha e criou uma espécie de cadeira para se apoiar e poder dormir. — Ufa! Tudo deu certo! — O gigante bradava, aliviado. — Me dê um minuto e eu preparo um banquete para comemorar! — Dizia, com um largo sorriso no rosto.

Caso a Rainha não discordasse, após uns cinco minutos o grandalhão desceria as escadas e pegaria alguns ingredientes na despensa, indo até a cozinha e preparando um verdadeiro banquete para o bando. Quando finalmente retornasse, com a comida e um barril de rum, poderiam ver a silhueta de uma ilha distante, um pouco à direita da rota que a zarolha seguia. Talvez devido ao ótimo cheiro da refeição feita pelo gigante, Douglas e Onimaru acordaram, com o último indagando: — Oxe, por que eu estou amarrado?

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