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Akira tinha uma ideia completamente fora da caixa sobre a primeira Ilha, tendo um choque de realidade ao perceber que Kephar não fugia muito do comum. O homem de madeixas brancas continuava com o largo sorriso em seu rosto, enquanto outros homens continuavam com seus respectivos trabalhos – Ei Shen! Vamos logo! Temos que levá-los logo. Você sabe como o senhor Ruffel fica irritado quando a gente demora. – Bradou um homem franzino alguns metros atrás do novo conhecido de Akira – Calma lá rapaz! Tô quase conseguindo ingresso grátis para uma festa aqui, sabe há quanto tempo não vou em uma? É só trabalho, trabalho e trabalho. – Reclamou Shen olhando fixamente para seu amigo – Seja bem vindo meu camarada! – Falou o homem voltando sua atenção ao homem-peixe – Você está pisando em Kephar Nicos, a primeira parada da Grand Line nessas bandas. Bom, por aqui as coisas são bem tranquilas, tirando quando piratas aparecem querendo causar o caos. No mais, é floresta para todos os lados e sendo sincero, não recomendo que fique andando por aí pelo mato. Temos um povo recluso no interior do lugar, deixe-os quietos lá que tudo fica tranquilo! – Falou o homem com um sorriso amarelo em seu rosto – E a festa eu topo, conheço uma galera que vai animar participar também, posso chamá-los? – Indagou o jovem rapaz.

Após algumas palavras, o caçador voltou à sua embarcação, trocando algumas palavras com seus irmãos e rapidamente pegando o procurado que lidou anteriormente. Mizuki expressou sua animação com um simplório sorriso, ainda parecia estar cansada da viagem. De qualquer forma, nosso querido protagonista retornou até a Guilda dos Aventureiros, carregando o pacote valioso consigo. No caminho ele pode ver um pouco mais do local onde estava, alguns comércios estavam abertos, como mercearias, farmácias e até mesmo uma lojinha com roupas que carregavam a cor verde presente majoritariamente em Nicos. A guilda não ficava longe do porto, sua estrutura era grande, feita de madeira e blocos; uma bandeira no topo da construção, sinalizava para todos da redondeza sobre a existência daquele grupo. O lugar tinha cerca de três andares, tendo duas grandes janelas na parte frontal de cada andar e o terreno não era pequeno, já que atrás do edifício principal, existia uma espécie de alojamento com proporções significativas, mostrando ser capaz de alojar um grande número de membros.

Por fim, ao retornar Shen não se encontrava no local, assim como o amontoado de macacos estranhos que ele estava transportando. A porta da Guilda estava aberta e um homem estava sentado em uma cadeira de balanço, ao lado da entrada principal do lugar – Vai entregar ele? Pode entrar, chegue no balcão e diga que o Stuart te mandou. Ajude esse velho a ganhar uma comissão, os últimos dias estão difíceis. – Disse o velhote com fortes marcas de expressão em seu rosto, uma barriga saliente, barba falhada e sem um mísero fio de cabelo em sua cabeça  



Às estava por ali, degustando de suas maçãs enquanto passeava pelo convés do Fenrir. Pensando no bem da sua embarcação, resolveu ir até o porto e se informar como funcionava o mesmo, procurando pelo responsável daquele território – Senhor Torres, estes são os relatórios de hoje. – Aquelas palavras chamavam a atenção da garota, que rapidamente visualizava um homem esguio, usando um uniforme acinzentado, entrando um amontoado de papéis a outro rapaz, este último era robusto e com músculos arredondados, mostrando ter um físico invejável, assim como suas madeixas avermelhadas – Certo, obrigado Joe. – Respondeu o ruivo com educação. Volkerball se aproximou do rapaz – Sou eu mesmo, pode me chamar de Torres. – Respondeu o homem com um sorriso simplório em sua face – Você tem algum documento que comprove seu vínculo aos Caçadores? – Questionou com um olhar sério em sua face – Normalmente cobramos uma taxa e garantimos a integridade do barco e também arcamos com qualquer dano que seja causado nesse período. Entretanto, temos uma parceria com a Guilda local e essa taxa não é cobrada dos caçadores, por isso a necessidade de comprovar que é uma. – O homem falava com educação, mantendo a postura ao lidar com a mulher – Agora se por acaso não tiver, peço que deixe alguém responsável pelo seu navio e se dirija até a Guilda, para que possa ser emitido o comprovante. Você pode pedir para algum dos funcionários entregar, eles já me conhecem. – Bradou o homem notando a aproximação de mais uma figura.

– Me mandaram vim falar com você, aqui está. Que burocracia é essa em? – Um garoto que não aparentava ter mais que seus quatorze anos entregava um papel amarelado ao ruivo – Certo, pode deixar que seu barco está seguro em nossas mãos. Como sempre não é Tommy? – A criança sorria de maneira sincera – Quando for embora te devolvemos seu documento, ok? – Falou o ruivo e a criança partiu com velocidade em direção ao vilarejo local. Se Às reparasse, perceberia que ele carregava uma mochila metálica em suas costas e algo ainda mais chamativo existia em seu corpo: sua perna. A perna esquerda do menino não era algo normal, mas sim uma perna robótica, um pouco rudimentar, mas ainda sim servia normalmente para proporcionar apoio e movimentação ao menino – Surpresa? Ou você já tinha visto um Ciborgue por aí? – Indagou Torres olhando para a criança correndo – Ele foi agraciado com uma nova vida, graças a intervenção da senhora Santina, que em conjunto com o pai, ajudaram o pequeno Caçador. – O homem dava com a língua nos dentes.




A dupla de Minks se encontravam na entrada do hotel mais chamativo daquela região - O Belluci - , que diferente de tudo ao seu redor, contava com uma arquitetura sofisticada. Os adornos brancos reluziam com o sol, aquele parecia um estranho minério de coloração esbranquiçada, talvez a jovem Sasha conhecesse do que se tratava. De qualquer modo, o interior do lugar era grande o bastante para que Akira desse uma festa de proporções inimagináveis, já que o lugar parecia mais um grande galpão, mas era apenas a recepção. O piso de porcelana branca estava alvo e dependendo do estado dos sapatos/sandálias das garotas, a sujeira iria acompanhar os seus passos até o balcão principal, que ficava devidamente sinalizado. Voltando ao ambiente, o lugar contava com uma área reservada às interações sociais, no extremo esquerdo um balcão de marfim cercava uma prateleira de cor vermelha, prateleira essa que contava com um número alto de engarrafados. Aquela região contava com cerca de nove mesas, tendo quatro cadeiras dispostas em cada uma delas; alguns sofás que aparentavam ser extremamente confortáveis e algumas poltronas também existiam espalhadas pela área.

Antes mesmo que elas pudessem chegar até a recepção do local, foram abordadas por um homem de aparência velha, a pele do seu rosto estava enrugada, seus cabelos grisalhos estavam metodicamente penteados para trás e nem um mistério fio se encontrava “em pé”, suas vestes indicavam que era apenas um funcionário daquele local, mas sua postura se assemelhava aos clientes visivelmente de alto nível que estavam circulando pela região – Senhoras, se me permitem a pergunta, o que fazem aqui? – Indagou o homem com sua voz rouca, olhando as duas de cima para baixo – Acredito que tenham errado de lugar. – Concluiu com uma certa rispidez em suas palavras – Os serviços que oferecemos custam caro, assim como a estadia nos nossos quartos de luxo. Acredito que não tenham uma reserva, assim como não acredito que tenham dinheiro suficiente para arcar com as despesas do nosso ambiente. – Suas palavras estavam carregadas com ignorância, assim como seus olhos que visivelmente observavam as garotas com um certo desdém – Enfim, acredito que seja mais coerente a sua espécie ficar em outro hotel, talvez consiga vaga em um hotel de uma ou duas estrelas. – Agora ficava claro o motivo de todas aquelas palavras duras por parte do homem.

Por último, ergueu as mãos chamando alguns homens, três deles vieram em passos largos até a dupla de Caçadores – Levem elas até a saída. – Falou o homem com um olhar sério. Shiori e Sasha podiam perceber os olhares dos clientes que estavam naquela região, a curiosidade em saber o que estava acontecendo, não permitia que os mesmos tocassem em suas próprias interações. Enfim, o que as garotas fariam? Como agiriam diante daquela situação?

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Pelos poderes do destino, Ás e Yami estavam juntos no porto, tendo também a companhia de Rango e Íris – Só o seu está ótimo, quando estiver de partida me procure naquele lugar ali, eu ou outro funcionário irá entregar seu documento. – Disse Torres com um olhar sereno, apontando para uma pequena casa nas proximidades do porto, tendo um “T” bem grande cravado na porta do lugar. A conversa entre os dois continuava de maneira tranquila, sendo ouvida pelo trio que estava próximo também – Eu entendo, também fiquei surpreso com o quão bom ficou essa perna. – Pontuou o rapaz com um sorriso em seu rosto – Base da Marinha? Por enquanto não, mas acredito que não demore para construírem uma por aqui. – Falou o homem guardando o documento da garota em um dos seus bolsos – Ah sim, acredito que toda família Gambardella faça parte da marinha. Mas eles tem uma empresa bem grande por fora, não sei bem como funciona tudo na verdade, sou só um espectador de longe. - Finalizou o rapaz.

De qualquer modo, após todo o papo e a “confirmação” por parte do Torres, Ás tinha a certeza que o Fenrir estava seguro de qualquer problema, e caso acontecesse, quem iria custear os reparos seria o próprio Torres e sua empresa. Enfim, seguiu juntamente com seus irmãos na direção da guilda, sendo guiados por Akira, que já conhecia parcialmente a região – Uma “pinga” cai bem. – Bradou Rango no meio do caminho. Não demoraram para chegar no local, adentrando com rapidez, sendo encabeçados pelo homem-peixe, que logo já falava o nome do velho barrigudo na entrada – Oi! Bem vindos. – Disse um atendente de cabelo curto e esverdeado – Ele que pediu né? Deixa eu anotar aqui a comissão dele de hoje. – Sorriu de maneira singela, anotando um tracinho ao lado do nome do rapaz.

O lugar estava cheio, contava com um grande balcão de madeira maciça e uma pequena “adega” logo atrás dele, onde além de bebida, contava com alguns papéis e outras coisas típicas de uma guilda de caçadores. Por fim, logo em cima do balcão, uma tábua retangular mostrava alguns cartazes de procurados mais recentes, tendo algumas figuras estranhas em sua extensão, incluindo Klaus Sunwizer – leiamo penúltimo parágrafo da narração da Senshi e Aliph – Um momento que iremos contar toda a recompensa por ele. – Falou o rapaz sinalizando para o extremo direito do ambiente, do qual vinha dois rapazes musculosos e carregavam o procurado levado pelo homem-peixe.

Não demorava mais que poucos minutos para que o dinheiro de Akira estivesse em suas mãos, um montante no valor de 20 milhões de berries, uma bolada bacana. Nesse meio tempo entre a espera e a chegada do dinheiro, eles percebiam a presença das suas duas irmãs no local, Sasha e Shiori, sentadas nas proximidades do balcão, porém no outro extremo que o quarteto. Ás era astuta, aproveitava o momento para se informar um pouco mais sobre o garoto perneta – Tommyzinho? Sim, ele foi ajudado por uma dupla sim, ele foi só resolver algumas coisas ali em cima, assim que ele descer, peço para até você tudo bem? Ele explica bem melhor essas coisas. – Disse uma mulher de cabelos longos e dourados, seus olhos verdes brilhavam intensamente.

Akira assumia o papel de anfitrião, bancando a bebida e alimentação do grupo. Bebidas e comidas dos mais variados tipos chegavam até eles, desde carnes a alguns alimentos naturais, como saladas por exemplo.




Shiori e Sasha tiravam de letra todo o despejo de ignorância e preconceito vindo do velho, na verdade, a Shiori tirava de letra, já que a felina acabava por cochilar ali mesmo. De qualquer modo, após suprimir todos os seus instintos, a loba tirava uma onda. Se os curiosos locais estavam esperando uma virada de jogo, eles foram agraciados por uma cena realmente fora do normal. A caçadora literalmente gastava cinco milhões do amontoado de dinheiro que tinha em mãos, tendo a única finalidade de jogar na cara do funcionário que elas podiam arcar com qualquer despesa necessária.

O velho ao ver aquela cena, arregalou os olhos de maneira surpresa e assustada. Seus lábios tremiam e por mais que quisesse, ele não conseguia falar naquele momento. O público aplaudia a cada lançamento de dinheiro da Loba, eles gargalhavam pela cara de tacho do velho, que finalmente conseguiu se recompor do choque momentâneo – Não! Calma, peço perdão... – Disse com dificuldade – Não sa-sabia que vocês tinham dinheiro, na verdade, julguei totalmente errado e peço perdão por isso. Por favor, fiquem! Consigo um quarto extremamente belo e confortável para vocês. – Ele tentava de todos os modos remediar aquela situação, entretanto, Shiori estava convicta das suas ações e do ensinamento que estava passando para aquele preconceituoso de merda.

Assim que a figura canina se distanciou, pode notar a presença de uma nova singularidade ao lado do velhote. A loba pode escutar uma espécie de sermão vindo daquela figura, provavelmente era algum superior que assistiu toda a cena de longe. De qualquer modo, agora elas já estavam longe dali e não gastariam um pingo sequer de dinheiro naquele local, pelo menos por enquanto. Com sua companheira dormindo em suas costas, a responsável por tudo era a Shiori, que buscava pelas pessoas que transitavam por ali, para perguntar sobre a guilda de caçadores ou um quartel da marinha – Opa! A Guilda fica logo ali, segue reto que é sucesso. – Disse um homem animado de cabelos brancos, carregando uma jaula metálica, onde levava dentro uma espécie estranha de macaco.

Sem muitas dificuldades, a loba encontrava a guilda, podendo ver a bandeira típica dos caçadores – aquela da legenda das ilhas – arqueada no topo do prédio. Construção essa que era bela, sendo feita de madeira e blocos. O lugar tinha cerca de três andares, tendo duas grandes janelas na parte frontal de cada andar e o terreno do lugar não era pequeno, já que atrás do edifício principal, existia um alojamento com proporções significativas, mostrando ser capaz de alojar um grande número de membros. O lugar contava com um velho sentado em uma cadeira logo próximo a porta de entrada, ao ver as garotas passando por lá, ele abriu um sorriso largo e falou – Garotas! Digam que foi o Starut aqui que indicou vocês, assim ganho uma comissãozinha. – Deu uma curta gargalhada em seguida.

O interior do lugar era grande e carregava o ar típico de um local repleto de caçadores, o ambiente estava repleto de figuras diferentes, todos bem armados e aparentavam estarem dividindo algumas tarefas. Um balcão de madeira maciça rodeava uma pequena “adega”, onde tinha armazenado um número grande de bebidas. Não apenas isso, uma prateleira com alguns papéis estava por ali também, assim como uma grande tábua estreita no topo do lugar, onde contava com alguns cartazes: O primeiro deles era de um homem cabeludo, com tanto pelo que cobria até mesmo parte do seu rosto, sua recompensa estava na casa dos 30 milhões de berries. O segundo era um pouco menos valioso, uma mulher de olhos roxos e pele escura, com alguns adornos metálicos em seu nariz; o terceiro era ainda menos valioso, uma figura animalesca que mais se assemelhava a um bode, seguido por algumas outras figuras, como um baiacu, um lobo e uma figura que aquele grupo conhecia, era Klaus Sunwizer.

Por fim, Sasha despertava do seu sono de beleza, já puxando a cabeça do defunto. Sendo esclarecida logo em seguida por Shiori, da localidade onde estavam e tudo mais – Hey! Bem vindas! Ui, que nojinho... – Disse a atendente de cabelos ruivos e de pele pálida – Mesmo trabalhando aqui a alguns anos, não consigo me acostumar com isso. E então, vai querer entregar mesmo aqui? – Falou a mulher olhando diretamente para Shiori – Ela tá bem? – Questionou com um sorriso amarelo em seu rosto.



O ambiente aos poucos se tornava ainda mais movimentado, a dupla de Minks avistava seus irmãos nas proximidades, assim como eles tinham a noção da presença delas por ali. O lugar contava com cerca de dezenove mesas, tendo quatro cadeiras em cada uma delas, no entanto, se fosse necessário um número maior, no canto do salão existia um número extra de cadeiras que poderiam ser pegas sem nenhum problema. Com comida e bebida na mesa, parecia que tudo estava fluindo com tranquilidade – “Ocê” já gosta de uma festa, não é? Não sei o que farei, talvez arrume um “canto” para repousar o corpo ou irei dar uma “vorta” na floresta. – Falou Rango comendo de maneira tranquila. Íris por enquanto se mantinha calada, não sabiam ao certo se era o cansaço da viagem ou outra coisa, a garota apenas enchia sua barriga pouco a pouco. Por último, um garoto chegava à mesa, logo ao lado de Ás e cutucava seu ombro – [color=orange]Você estava me procurando? [color]– A criança falou enquanto seus olhos buscavam algo no corpo da mulher – Ué, você tem todos os membros, tá querendo o que comigo? Achei que iria ter outra perneta por essas bandas. – Riu de maneira sincera.

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