O calor que começava a exalar daquele bondinho poderia ser maior ou tão quente quanto o que exalava da planície dracônica. A mulher havia se aproximado o suficiente para que Sunwise sentisse seu perfume e com isso desse o bote que ambos desejavam. Os lábios do maior parecia ter uma insaciável sede que a loira conhecia bem, mas antes de tudo ser realmente iniciado, uma pergunta foi feita que pegou a garota de surpresa — Raramente perguntam meu nome— ela respondeu entre os beijos que trocava com o imperador — Lucy— parou um segundo para responder, mas logo se entregou completamente ao homem deixando que naquele momento ele demonstrasse seu controle sobre a situação.

Estava claro que Lucy estava submissa ao desejos e vontades de Sunwise, mas quando este beijou seu pescoço, a mulher levemente cravou as mãos em suas costas — Desculpa… área sensível— ela sussurrou como se pedisse para que ele seguisse em frente.

O bondinho começava a pegar velocidade em direção ao outro lado, o calor no metal aumentava tanto dentro quanto fora da lataria. Os gritos começavam aos poucos a interferir no som que ambos faziam naquele momento, algo que refletia a luxúria exalada naquele momento — Vamos lá… me mostra do que o imperador e feito— a mulher falou de forma sedutora acariciando abaixo da curva da barriga de Klaus, poucos centímetros abaixo do umbigo. Deixando levemente a marca de suas unhas pelo local.





Não era apenas a fazenda que ardia em chamas, mas a paciência de Jack parecia ter diminuído bastante antenas brincadeiras do dono daquele lugar. Em um movimento esperto o homem desfez as armadilhas, Soru lhe deu a velocidade certa para que pudesse escapar da rajada de tiros que havia sido preparado naquele primeiro trecho da fazenda. Mesmo com os gritos desesperados daqueles que tentavam salvar os poucos sobreviventes, o interior crepitante ainda estava incrivelmente quieto.

Talvez Montenegro fosse louco? Ou apenas gostasse de jogar com aqueles que entravam em seu território. No alto da escada, deslumbrantemente montada em carvalho escuro e Ônix negras, a escada seguia até um segundo andar e em seu topo havia um homem loiro — Bem vindo pequeno pássaro — ele começou a falar puxando para si a atenção — Bem vindo a meu pequeno inferno — o sorriso ostentava pura ganância e uma estranha vitória nunca antes vista. Suas vestes negras contratavam com o todo o ambiente e ao seu lado, um leão de pelúcia de tamanho humanoide completamente amarrado sem os quatro membros — O que achou do convite? Foi do seu agrado? Ou preferia que tivéssemos usado a cabeça dele para isso? — enquanto apontava para a figura leonina, o loiro tinha em suas mãos uma tesoura bem afiada, na lateral esquerda uma pistola e aparentemente estava sozinho naquele salão.

Montenegro se moveu até o leão tirando sua mordaça por um curto período — Jack… vá embora!— o mesmo gritou. Montenegro apenas gargalhou, ele parecia esperar algo, mas o que?

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Conforme havia planejado, as armadilhas eram desfeitas e agora o caminho se mostrava livre para que eu pudesse prosseguir, sem qualquer perigo iminente. Com ímpeto adentrei o local, e a escuridão e o silêncio tomava conta do lugar, mais uma vez sem qualquer sinal de capangas ou mercenários, apenas um diabo loiro no topo da escada.

- Montenegro… - Sua loucura era gritante em sua expressão, um homem que parecia não se importar com sua plantação, muito menos com seus trabalhadores, esse era de fato a face real de Montenegro, um homem sem qualquer pudor. - Inferno? Eu trouxe as próprias chamas daquele lugar até você. Vou apagar completamente a sua existência dessa terra! - Meus punhos se cerraram, minha sobrancelha franzida indicava o ódio que eu tinha naquele homem ao dizer tais palavras provocativas sobre Leonidas. - Tsc… - Léo não parecia nada bem, é claro que não sentia qualquer dor naquele corpo macio e feito de algodão, mas vê-lo em um estado deplorável era de partir o coração.

- Embora? Olha o seu estado… Montenegro! - Chamei a atenção do homem. - Obrigado por arrancar as pernas dele, você me fez um favor! Pelo menos agora eu não preciso me preocupar com ele andando por aí fazendo as “cagadas” de sempre… - Após tais palavras, avançaria contra o homem subindo as escadas pelo corrimão usando de minhas habilidades acrobáticas e também do Soru, fazendo uma combinação de pura agilidade com saltos e investidas rápidas para diminuir o tempo de subida até onde Montenegro estava.

Antes de qualquer briga, eu queria levar Leonidas de volta e deixá-lo de alguma forma em segurança. Com essa intenção, se de alguma forma alguém tentasse me impedir, usaria do Kami-e para me esquivar dos ataques surpresas enquanto continuava a avançar usando de qualquer brecha, e caso conseguisse me aproximar do homem sem que ele consiga reagir tão rapidamente, tentaria um chute direto em seu peito buscando afastá-lo da pelúcia e em seguida, apanharia Leonidas e saltaria de volta até o salão de entrada usando minhas asas para planar e pousar em segurança com o leão em meus braços. - Parece que as coisas foram bem longe dessa vez, não é!? - Diria a pelúcia, mas ainda com os olhos fixos em Montenegro, atento a qualquer movimento brusco daquele homem.

Colocaria a pelúcia dentro de minha camisa, porém nas minhas costas, tendo toda a visão que eu não podia ter. - Bom, pelo menos dessa vez faça algo de útil e seja os meus olhos. Me avise sobre qualquer ataque onde eu não possa ver. Sinto que as coisas vão ficar bem complicadas aqui… - Junto de Leonidas, estaria agora em posição de luta, uma postura clássica dos celestiais com os punhos cerrados e em chamas.

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O bondinho estava mais quente do que o incêndio que perpétua por toda a planície. Por algum motivo, nenhum dos dois havia percebido o calor do lado exterior, deixando-se levar apenas pelas carícias trocadas — Eu daria… qualquer…coisa — a mulher falava de forma pausada, como se buscasse o ar nos pulmões. Seu coração batia forte e aquilo era perceptível pelo homem terremoto— Para continuar esse momento delicioso— a mulher logo fazia força, trocando de posição e colocando agora Klaus sentado no bondinho. Era notável a força da mulher, mas talvez não fosse ela a forte.

O cheiro doce, antes quase não sendo percebido agora parecia começar a ficar mais e mais forte, a mulher tinha o corpo ainda mais atraente, mas ainda sim algo estava errado — Daria tudo … para ser sua rainha — o cheiro era mais e mais convidativo, inebriando e excitando ainda mais os sentidos físicos e psicológicos de Sunwise.  A Luz alaranjada do fogo se misturava ao loiro do cabelo da mulher, dando um tom ainda mais sedutor; ela era a musa… um tesouro que qualquer homem mataria para ter, mas que agora estava ali para o deleite do imperador. Ela se aproximou do homem e com calma se ajeitou sobre o colo movimentando-se com o quadril sem muita dificuldade — O que acha? Uma mulher bela a seu lado, ajudando a conquistar… a tudo… e a todos?—






Era notável a raiva e a loucura que agiam naquele lugar. Os olhos de Leônidas estavam cheios de lágrimas, mas tudo oque fizera foi observar enquanto o amigo esbravejava contra o loiro em meio a sua loucura e caos do local.

O garoto investiu contra Montenegro que apontava a arma para o celestial, mas nada foi feito, e as mãos em chamas agarraram apenas o vazio de uma engenhoca nunca antes vista, se notasse no teto, um pequeno den den mushi do tipo câmera de segurança vigiava os passos do celestial, enquanto outros dois com aparatos mais sofisticados agarrados em suas conchas parecia refletir a imagem de Montenegro e Leônidas — Você pensa realmente que eu sou BURRO! — o homem esbravejou enquanto outros dois apareciam no fundo da imagem translúcida para buscar a criatura  — Afogue-se em suas próprias chamas Jack. E morra pelas fagulhas que você mesmo criou! — O homem ria… seu riso ecoava pela escuridão fumacenta até que tudo simplesmente foi desligado. O silêncio perdurou pelo local… e apenas o crispar da madeira fumegante era ouvido.

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Choro, essa a visão deplorável de Leonidas no alto daquela escada, e isso me deixava ainda mais irritado com a situação. - Para de ser mole, Leonidas! - Chamei a atenção da pelúcia enquanto que com ímpeto me atirei na direção de onde os dois estavam. Aquela arma estava apontada para mim, mas nada a mesma fez, e se não pudesse ficar ainda pior, no momento em que tive os dois à minha frente, minha mão apanhou apenas o nada. Montenegro e Leonidas não estavam ali.

No teto algo que eu nunca tinha visto antes na minha vida refletia uma falsa imagem de ambos, deixando claro que eu estava ali sozinho. Sua palavras eram cada vez mais repugnantes, e sua personalidade me deixava a cada segundo um pouco mais irritado. - Burro, não! Mas, covarde!? Você vai se arrepender, Mont… - Antes que eu pudesse retrucá-lo, tudo ficou em silêncio, a imagem dos dois já não estava mais ali, eu agora estava sozinho. - AAAAAAAAHH!... - Um soco no ar completamente tomado pelas chamas e direcionado até o den den mushi câmera me fez a raiva tomar conta. - Você não pode ter ido tão longe. - Com os pés sobre aquela área da mansão me aproximaria das janelas em busca de observar os arredores e ver se Montenegro estaria por ali fugindo do local.

Se ainda assim não notasse a sua presença, correria pelos andares da mansão invadindo cada um de seus quartos na busca daquele homem. Entraria em cada um deles de forma brusca com pés e mãos tomados pelas chamas dos celestiais, derrubando cada canto daquele lugar na procura daquele homem. - APAREÇA MONTENEGRO, SEJA HOMEM E VENHA ME ENFRENTAR!!! - Eu tinha que encontrá-lo de alguma forma, ou as coisas com Leonidas ficariam ainda piores e eu sequer provaria minha força para Klaus, eu tinha um nome a honrar.

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O ápice do momento havia chego para os dois, satisfeita a mulher se vestiu sem muito mais falar sobre o que havia acontecido, mas em seus olhos e rosto era possível ler uma satisfação nunca antes sentida — Talvez seja audacioso sim… mas…— ela parou como se percebesse algo já tarde demais. Seus olhos azuis foram tomados pelo resquício do alaranjado das chamas e a satisfação parecia morrer pouco a pouco — Não quero servir a um homem louco … — ela finalizou. Não tardou para o bondinho chegar em seu destino. Ela esperou para que o homem pudesse se vestir adequadamente e logo abriu a "carruagem aérea" dando visão de três mulheres amarradas a sua frente.

A Mink elevou o olhar na direção de Lucy demonstrando tristeza, mas havia um incômodo nas vibrações. Agora mais próximo, Kira podia perceber uma suave vibração vindo da Mink, como uma música baixa, mas nenhum instrumento era segurado pela mesma — Vocês são patéticas…— Lucy soltou e a Mink abaixou o rosto sem olhar para a mulher mais — Vamos Milord. Sua recompensa está na fazenda. — se Sunwise olhasse a direção indicada, veria uma enorme planície outrora dourada, sendo modificada pelo cinza das chamas, bem como as vibrações remanescentes de longínquas súplicas por ajuda.

Lucy começava a andar em direção a fazenda, o caminho não era longo, mas daria tempo o suficiente para caso o imperador desejasse buscar mais informações acerca daquela mulher.




Era um entardecer tranquilo, mas o silêncio era perturbador. O único som que quebrava o silêncio era o crepitar das chamas que ainda consumiam a madeira. Montenegro parecia saber mais sobre Jack do que o próprio Jack. No entanto, havia uma informação que Montenegro não possuía: Jack estava em um estado de fúria celestial. Isso não era apenas perigoso para ele, mas para todos ao seu redor. Talvez Montenegro soubesse onde Jack estava escondido e quisesse apenas se divertir às custas do pequeno leão e do celestial. Ou talvez Montenegro já tivesse perdido a sanidade e usou as chamas como uma forma de explodir sua insanidade. Na verdade, ninguém sabia ao certo o que se passava na cabeça daquele lunático. Mas uma coisa era certa, a situação era extremamente perigosa. O fogo ainda queimava intensamente, e o ar estava pesado com a fumaça. Era como se o inferno tivesse se materializado naquele lugar, transformando o entardecer em uma cena apocalíptica.

Jack buscava pelos quartos e cômodos daquele lugar por sinais de Montenegro, mas nada havia naquele local a não ser o enorme silêncio. Havia ainda um porão não explorado, mas nada parecia dar muito significado aquela busca. As mãos, o interior do celestial, tudo parecia queimar com as chamas que ele mesmo havia depositado no local, mas não machucavam, o despertar havia começado, mas apenas ele poderia controlar sua própria Fênix interna sem machucar aqueles que amava. O silêncio começava a ser quebrado com as passadas pesadas que eram dadas — Tudo… de acordo…com o plano … — a voz metálica quebrou o silêncio no salão principal deixando sua voz ecoar e os passos indicarem a Jack que não estava mais sozinho.

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O crepitar único das chamas apenas me deixava ainda mais irado, o sumiço repentino de Montenegro e a busca que mais parecia em vão apenas me fazia surtar. Eu costumava ser um cara tranquilo, mas de algum jeito as chamas que ardiam em minhas mãos e toda a minha volta mexiam com minhas emoções, aflorando grande ódio pelo nobre, seus joguinhos já estavam me irritando.

- Preferiu ser covarde, Montenegro? - Dizia em voz alta e em tom de insulto, na tentativa de que aquilo pudesse atraí-lo de alguma forma, porém, de nada adiantava. Notei um porão que eu ainda poderia invadir na esperança de que o homem estivesse lá, mas repentinamente, uma voz quebrou todo aquele silêncio.

Pesarosos passos tomavam conta do local em que estava enquanto a voz anunciava que seu plano seguia bem. Em um ato desesperador, me viraria na direção dos passos e da voz para em seguida atirar uma rajada de fogo naquela direção, sabendo que provavelmente seria um inimigo. Ainda não conseguia vê-lo, e talvez nem tivesse a chance, caso o fogo o acertasse, porém, ainda me manteria em alerta com os punhos em chamas me precavendo de qualquer avanço brusco e perigoso vindo de seja lá quem era aquela pessoa.

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O instinto de monarca parecia subir aos poucos ao coração de sunwise, em seu interior a vibração do desespero era tamanha que parecia apertar suas entranhas de forma massiva e constante. Lucy tinha agora um olhar frio, como antes de entrar no bondinho, ela parecia uma pessoa completamente diferente. Seus olhos azuis tocados pelo laranja das chamas remanescentes da planície traziam consigo uma visão aterradora à beleza daquela mulher — Acho que um pequeno pássaro colocou fogo neste lugar— ela dizia com frieza — Talvez o convidado de Montenegro tenha chego… um azar, talvez— ela novamente olhava para a Mink e as outras mulheres amarradas fazendo um sinal para que os guardas as levassem para Deus sabe onde.

Ela se virou novamente na direção da planície guiando Sunwise — Aquelas mulheres foram presas por perturbarem a nossa paz — nenhuma vibração era sentida contrária aquela resposta — Eram conhecidas… faziam partes das festas e divertiram os convidados, mas agora não passam de ratos— novamente a frieza de Lucy era sentida. Por todo o caminho, o imperador era capaz de sentir o pânico e a tristeza que emanava daquela planície, bem como uma onda de raiva que nunca antes havia sentido. A onda era conhecida, mas as chamas de ódio que vinham eram tão esmagadoras que não se sabia o que poderia realmente estar acontecendo. — Todas as respostas serão dadas meu imperador, mas agora apertemos o passo para encontrar o senhor montenegro.— Lucy guiou sunwize para um local mais ao longe, era possível ver toda a destruição da planície, mas havia uma outra casa tão confortável quanto.

Não demorou muito para que eles chegassem, a casa era pequena, mas parecia amplamente confortável, longe dos olhos curiosos que sequer conheciam a ilha, e perto o suficiente para se manter na área para atormentar sua presa. Lucy abriu as portas e passou sem problema pelos soldados, o interior do local era todo em madeira e o perfume do café exalava em todo o ambiente, como se aquele cheiro fosse normal para ele. Lucy fez um aceno para o loiro de roupas negras que apenas convidou Sunwise a se sentar na cadeira — O que o senhor deseja… Klaus Sunwise? —





— Sobrecarga de temperatura…— a distante voz anunciava. O ambiente estava verdadeiramente quente para qualquer pessoa — Temperatura ambiental chegando próximo a 49°c perigo eminente de desidratação — era como se o sistema ou seja lá o que ecoava aquela voz estivesse avisando a alguém sobre os perigos das chamas — Iniciar sistema de resfriamento… ligando sistema de sprinkler's— do teto, em alguns cômodos, era possível ouvir o barulho de água sendo ejetada, aparentemente ainda era um sistema rudimentar e não pegava toda a fazenda.

Jack conseguia ver um homem alto, com corte estranhamente certinho e com olhos tão azuis quanto a água do mar. Seu rosto era jovial, mas a malícia humana era sentida no mesmo — Alvo encontrado —




A voz era fria, os movimentos eram rápidos, mesmo com o corpo molhado era capaz de se mover com tamanha leveza perante a Ajaw. O homem se aproximou, ficando a centímetros de Jack, dando-o tempo de respirar e logo o mesmo se afastou — Não entendo porque Montenegro quer tanto um ser tão patético quanto você.— agora era possível sentir repulsa em sua voz — Acho que no mercado negro você deve valer um bom dinheiro praqueles idiotas de Mariejoan—

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Naquele lugar a tal voz continuava presente, e de um jeito muito disciplinado e programado, o vulto que ainda jazia no escuro parecia indicar um comando que logo se fez real. De cima uma grande quantidade de água parecia cair em vários lugares diferentes da mansão, amenizando então o problema do fogo.

Repentinamente, a tal voz finalmente deu as caras e apareceu diante de mim, um aparente adulto, mas de rosto muito jovem, poderia até mesmo admitir a sua beleza, um humano encantador, mas que claramente se tornava meu inimigo no mesmo momento. O aviso de perigo se mostrou tão claro quanto a sua absurda velocidade, em um pequeno respiro o homem já havia se aproximado e se afastado num piscar de olhos. Não demorou também até que ele finalmente falasse comigo.

- Vai fazer tão pouco assim de mim? Você me parece um ser frustrado… - Rebati o insulto. - Então é isso… - O motivo era o mesmo de sempre, eu era simplesmente um animal raro que servia para encher os bolsos desses patéticos humanos. - Não importa onde eu vá, essa perseguição sempre vai me acompanhar. - Ergui meus punhos e os colocaria em chamas, assim como os meus pés, estando pronto para o combate.

Ainda não tinha ciência de toda a extensão da sua força, mas que ele poderia ser um grande problema por conta da sua demonstração de velocidade instantes atrás. Procurando entender um pouco mais sobre as suas habilidades, usaria do Soru para me aproximar dele com rapidez já desferindo alguns socos rápidos com os punhos tomados pelas chamas na direção de seu estômago, e caso tivesse sucesso, emendaria um chute com a sola do pé em seu queixo para jogá-lo para trás.

No entanto, se meus movimentos fossem lidos por ele e então recebesse um contra-ataque, usaria do Kami-e para me esquivar de seus golpes, e em seguida, assim que tivesse uma brecha, saltaria para trás procurando me afastar dele para que eu fique em uma posição confortável e segura.

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