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Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 Capitulo 2 - Ticket To Ride

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Ravenborn
Achiles
6 participantes
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AutorMensagem
Achiles
Pirata
Achiles


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Créditos : 12
Localização : Farol - Grand Line

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MensagemAssunto: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptySex Jun 17, 2022 11:46 am

Relembrando a primeira mensagem :



Capitulo 2 - Ticket To Ride


[ Caçadores de recompensa]Kimberly Deshayes, Leonheart Valentine, Matteo Martini e Myriam Leuchten

não possui narrador definido.
Fechada

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Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 ZzfjDai
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AutorMensagem
Ceji
Caçador de Recompensas
Ceji


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Créditos : 39
Localização : Stevelty

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQua Out 05, 2022 11:35 pm



TICKET
TO RIDE
Preparações Cautelosas
Parte VII


Ouvir o pai de Myriam falando do passado e da esperança pelo futuro me deixava um tanto pensativa. Eu sabia que aquelas palavras não eram para mim, mas ao mesmo tempo eu me perguntava quantas vezes eu mesma já havia tido aquele mesmo sentimento, uma nostalgia pelas lembranças prestes a virarem passado. Minha vida virou de ponta cabeça de tantas formas que eu sequer conseguia mais manter a conta, e eu sempre vi o caminho a minha frente como minha única opção, mas esse certamente não era o caso de Myriam. Ela podia partir, iniciar uma nova fase da sua vida longe de quem amava, assim como podia decidir permanecer ali ao lado de seu pai, e mesmo assim decidia seguir em frente. Ver ela tendo a escolha era estranho, e eu não podia deixar de sentir um resquício de inveja daquela despedida, mas acima de tudo esperava que ela não se arrependesse da escolha. Eu não sei o que eu escolheria se tivesse o mesmo privilegio, mas, sendo sincera, não havia motivos para cogitar. O que foi feito, foi feito, e as cicatrizes do passado não se aliviariam por “e se”s, então tentar cogitar significaria apenas remoer ainda mais as feridas antigas para que abrissem novamente. Ainda assim, era difícil não me emocionar ao menos um pouco com aquela cena, aquele último presente, mesmo que jurasse ter guardado minha empatia à sete chaves muito tempo atrás. Ou melhor, eu QUASE teria me emocionado, se não fosse Leonheart Valentine.

Apesar de achar uma certa perda de tempo estendermos tanto aquela comemoração, finalmente ter comido algo decente e bem feito naquela ilha havia melhorado meu humor, mas aquele travesti desgraçado tinha, como sempre, que destruir meu humor. Não muito antes do presente do pai de Myriam à jovem, aquela porção de comida passou ao meu lado com a mesma ameaça de um tiro de fuzil, e me forçando a esquivar à altura com um salto repentino - LEONHEART, O QUE VOCÊ TA FAZENDO?! - Elevava a voz com raiva. Feliz ou infelizmente eu já esperava alguma desgraça vinda daquele rosado, mas para meu pesar não era apenas ele - E VOCÊ TAMBÉM, MYRIAM?! - Meu humor havia saltado de 0 a 100 em um instante não apenas pela imbecilidade dos dois, mas principalmente por eles terem me posto em risco de sujar minhas roupas, o que quase me deixava com tique só de imaginar a sujeira que teria ocorrido - Por tudo que é mais sagrado, isso era pra treinar a mão ruim de vocês?! - Questionava sem esperar uma resposta, após ver a forma que estavam amarrados - Vocês por acaso já pensaram em começar pelo básico?! Tentar escrever, por exemplo?! Eu não esperava bom senso vindo de Leonheart, mas, Myriam, você parou pra pensar que podia ter ferido alguém seriamente?! - Pensava em ameaçar quebrar a mão boa deles se visse eles fazendo algo daquilo denovo, mas decidia me conter para não causar uma má impressão ao pai da jovem - Céus… Essa viajem vai ser mais longa que eu imaginei…

Assim, não era difícil entender porque acabava apenas quase me emocionando com aquele momento pessoal de Myriam. Desde aquele momento, me senti na obrigação de ficar de olhos muito bem abertos para Myriam e Leonheart não fazerem outra desgraça, e eu realmente não queria mais arriscar, até mesmo comendo o bolo afastada deles por garantia. Graças ao fim da minha paciência, eu apenas queria ir embora daquele lugar o mais rápido possível, o que fez o presente do pai de Myriam me pegar de surpresa, mesmo que ele houvesse dito para mim anteriormente - Ein? - Indagava, com uma parte, apenas uma parte, do mal humor substituído por dúvida e curiosidade. Quando finalmente vi o mapa na minha frente meu coração parou por um instante, e, erguendo-o, um sorriso se formou em meu rosto como um oásis no deserto - Finalmente! Senhor, você não tem noção do quanto isso facilita minha vida! Mesmo desgastado, com esse mapa a viagem até a entrada da Reverse Mountain vai ser como um passeio no parque! - Anunciava, animada, mas logo recobrou repentinamente a postura, percebendo minha exaltação e, é claro, lembrando de quem iria comigo nessa viagem - Ahem. Muito obrigada, senhor Leuchten. Antes eu já poderia prometer a segurança da sua filha em alto mar, mas acho que agora isso sequer é necessário no futuro próximo - Dizia, com um olhar triunfante mesmo que houvesse contudo a expressão de animação.

Após o fim da comemoração, não tardava de recolher minhas coisas para ir embora. Apesar da proposta do pai de Myriam ser tentadora por não precisar pagar a diária e ter acesso a comida mais decente, o risco de dividir teto com Leonheart por mais tempo que o necessario não me agradava, ainda mais que tinha ainda muito o que estudar. Assim, após me despedir retornaria ao hotel que havia passado os últimos dias, até o quarto que estava alugando. Antes de mais nada, iria direto para o banho me higienizar muito bem. Mesmo que não houvesse feito nenhuma atividade física durante o dia, o próprio ar da ilha de Stevelty me dava asco e agonia por não poder tomar banho a cada dez minutos, sem contar o susto na casa de Myriam. Resumindo, um banho bom e demorado era tudo o que eu mais queria depois daquele dia estressante. O cansaço mental logo me guiava a me arrumar para dormir, mesmo que eu soubesse que, assim como sempre, o sono nunca chegaria tão fácil. Os pesadelos e a insônia já eram companheiros das minhas noites a anos, mas uma parte de mim tinha esperanças da euforia de ter conseguido um mapa aliviasse o problema, por mais improvável que fosse ”...Bom, eu não posso usar o remédio para dormir inteiro nos primeiros dias, né?” Pensava decidindo por não tomar o remédio… Ainda. Assim, apenas me deitaria esperando o sono vir, esperando o cansaço se empilhar sobre meu corpo o bastante para meus olhos pesarem, mas, caso percebesse que horas haviam se passado e nenhum sinal de progresso fosse visível, cederia ”Vou precisar de um estoque maior…” Pensaria, tomando enfim o remédio para dormir, já pensando em como organizar o tempo no dia seguinte.

Histórico Ceji:

Objetivos:

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KIMBERLY DESHAYES


cactus



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Hoyu
Narrador
Hoyu


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Créditos : 77

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQua Out 05, 2022 11:40 pm

Leonheart Valentine


Apesar de toda aquela conversa depressiva sobre o passado da Myr, aquela festinha prosseguia muito bem, ou melhor, ia bem até eu e a celestial decidirmos inventar de fazer tudo com a mão não dominante. Em poucos instantes a cena que pelo visto era emocionando se tornou em caos absoluto com comida voando para todos os lados, não apenas por minha parte, mas de Myr também, e quase fazendo Kim ficar toda suja. - Hihihi. Foi mal. – Sem mais explicações e me fazendo de sonso, seguia como se nada tivesse acontecido, mas Kim parecia insistir em fazer cena. - Estamos apenas fazendo um importante treinamento, não precisa se preocupar. Além do mais, começar pelo básico não tem graça, assim a gente se força a aprender, igual tratamento de choque. - Ao testar a lança que recebi de Matt, um novo desastre aconteceu, comigo espetando o próprio criador da arma no braço, o que me deixava um pouco mais preocupado, mas vendo que ele não havia sido na serio me faria de sonso novamente. Enfim chegava a hora do bolo, que o sr. Leuchten trouxe de surpresa, e me animava ao ver o quanto ele parecia gostoso. Quando ele começou a perguntar quem gostaria de cortar o bolo, já me preparava para me oferecer, mas ele rapidamente mudava de ideia, me deixando triste de não poder tentar, mas no final receberia bolo de qualquer forma, então estava tudo bem. Para animar o clima, puxaria uma canção de parabéns, mas como não conseguia bater palmas, bateria minha mão esquerda contra o peito pra fazer som. - A chuva cai, a rua inunda. Oh Myr eu vou comer sua b... Não, pera.

Esperaria o sr. Leuchten cortar minha fatia pegaria o pratinho de sua mão, mas como estava com uma mão só, comer aquilo parecia ser complicado. Tentaria então apoiar o pratinho na mesa que havíamos acabado de comer e tentaria comer com um garfinho, usando só a mão esquerda livre, já esperando que um desastre fosse acontecer assim como antes. Se algo desse errado em meu plano de degustar a fatia, olharia para Matt com cara de cachorro abandonado. - Eu não consigo. Pode me dar na boquinha? – Abriria a boca e apontaria para ela com o indicador esquerdo para ele saber onde o bolo deveria ir. Se ele aceitasse, apenas aproveitaria o momento com um sorriso no rosto, mas se ele tentasse fazer algo contra mim, como jogar algo, tentaria evitar qualquer forma de agressividade rapidamente, ou apenas me afastando se ele começasse a surtar. - Tá bom, tá bom, também não precisa disso. – Pegaria um novo pedaço de bolo e, dessa vez, tentaria pegar na mão mesmo e levar à boca, para ser mais fácil, esperando que esse plano fosse à prova de idiotas. Aproveitaria ainda para pegar um pedaço extra e levar para Anais, para que ela pudesse aproveitar também a melhor parte da comemoração.

Por fim, ofereciam a estadia na casa, e como certamente parecia uma opção melhor do que em um hotel qualquer, eu prontamente aceitei. - Ah, que bom que não tem problema. Tchau pra quem vai, vou ficar por aqui. Myr, onde eu posso tomar banho? – Me fazendo em casa, procuraria tomar um bom banho para tirar não só a sujeira da comida que joguei por todos os lados, mas também a fuligem que estava em mim após a noite dormindo no meio da rua. Mesmo me banhando com um braço amarrado, tentaria bagunçar o mínimo possível, agindo com cuidado para não causar confusão, até porque eu precisava me concentrar para aprender como fazer aqueles movimentos no final das contas. Se acabasse causando um desastre e alguém viesse ver se eu estava bem, responderia alto para tranquiliza-lo. - To bem, to bem, nada pra se preocupar. – Terminado o banho e já bem cheirosinho, iria até o lado de fora, procurar algum lugar para Anais passar a noite, como uma garagem ou algo assim, para ela pelo menos não ficar do lado de fora, e procuraria coisas para fazer uma caminha improvisada, como almofadas e tapetes. procuraria algum lugar para lavar minha roupa suja, e se fosse à mão igual era em Momoiro, suspiraria e começaria o esforço de lavar tudo com a mão esquerda. Era um treinamento complicado, mas era treinamento, e não podia desistir na metade do caminho. Se percebesse que não estava dando certo, apenas desistiria e deixaria a roupa para secar, independente do quanto tivesse conseguido secar.

Tendo feito tudo, independente de quanto tempo demorasse para concluir tais tarefas hercúleas, procuraria Myr. - Ei, psiu. Myr, em qual quarto eu durmo? Quer fazer festa do pijama? – Pensaria por um instante antes de me corrigir. - Ta, eu, não tenho um pijama e nem devo conseguir fazer agora, mas quer fazer uma festa do pijama sem pijama? – Se ela recusasse, apenas seguiria para o quarto designado para ter minha noite de sono, mas se aceitasse, a acompanharia para seu quarto para conversarmos, fofocarmos e fazer coisas de garotas até o sono bater e irmos dormir.




Histórico:

Objetivos:
 


Última edição por Hoyu em Dom Out 09, 2022 10:07 pm, editado 1 vez(es)
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Ravenborn
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Ravenborn


Créditos : 33
Localização : Stevelty

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQui Out 06, 2022 1:11 pm



ticket to ride

The girl that's driving me mad is going away, yeah, oh


A reunião na casa da Myr estava sendo incrível, mas me deixou sentindo todo tipo de coisa. Estar rodeado de amigos daquele jeito, planejando nossas próprias aventuras, era algo que eu nem sonhava que pudesse acontecer uns meses atrás. Mas ao mesmo tempo, o clima aconchegante me lembrava demais as noites em que eu e o Nicolò ficávamos batendo papo no Café, depois de fechar, tomando um bom copo de chocolate quente.

E enquanto eu relembrava aqueles dias, um voosh repentino me trouxe de volta à realidade, com algo voando de um lado da mesa para o outro. - Que porra foi...!? - eu acompanhei com os olhos o pedaço de comida voando na direção de Kim, que conseguia se esquivar por um fio, quase como se já estivesse esperando que fosse acontecer algo assim. Em seguida, eu me virei pra direção de onde a comida veio voando, e eis que o culpado era, obviamente, ninguém menos que Leon...mas é claro que não acabava por aí.

Em seguida foi a vez de Myr, que praticamente quebrou a mesa ao meio, derrubando a comida sobre si mesma. O caos tomou conta do que antes era um jantar divertido, e entre o desespero do pai da nossa amiga e a fúria de Kim, eu ainda acabei levando uma espetada no braço com a minha própria criação. - Ai, cacete! Vocês ainda tão com as mãos amarradas!? Eu vou confiscar essas armas, viu! - não foi nada sério, mas eu não tinha passado tanto tempo afiando aquela lança pra ele usar ela contra mim, inferno.

Depois de um longo suspiro, eu dei de ombros. A essa altura, já devia estar me acostumando com as maluquices dele, apesar de que a Myr tinha me pego de surpreso partindo a mesa de jantar com a espada novinha. Talvez a culpa fosse minha, de ter dado armas perigosas pra eles no meio de um jantar...? - Nah, minha consciência tá limpa. - felizmente a gente ainda tinha bolo depois de tudo isso, então o jantar não estava completamente perdido. E logo quando eu colocava o primeiro pedaço na boca, aproveitando a sobremesa, veria Leon tentando mais uma vez comer com a mão esquerda. Tendo em mente o que tinha acontecido agora há pouco, eu ficaria pronto pra me esquivar de um possível pedaço de bolo vindo na minha direção - ou pior ainda, do garfo que ele estava usando pra comer.

Se, depois de falhar miseravalmente tentando comer sozinho, ele viesse me pedir pra dar o bolo pra ele, eu o olharia incrédulo. Ele tava mesmo me pedindo aquilo logo depois de quase furar meu braço?


Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 Carnival-fantasm-anime


- Engraçadinho você. Não, obrigado, pode se virar aí. - e voltaria a comer meu bolo, me afastando. Dito isso, já estava ficando tarde, e apesar da oferta do pai da Myr, a maioria das minhas coisas tinha ficado no meu quarto do hotel, e eu não queria ficar incomodando já que não sabia quantos dias ainda íamos passar na ilha. - Eu passo, mas se forem fazer outro jantar desses podem me convidar. Eu tinha prometido à Myr que ia fazer uns drinks pra gente quando tivesse a chance, e não tô esquecido. - diria, me despedindo de todo mundo e caminhando pelas as ruas de Stevelty, possivelmente ao lado de Kim, já que estávamos ficando no mesmo hotel.

- Até amanhã, Kim. Boa noite! - diria ao chegarmos, indo para o meu quarto. No fim das contas, eu ainda tava meio cansado de ter ficado trabalhando na forja mais cedo, e ao me deitar na cama, observaria de relance um dos livros que tinha comprado pra estudar. - Hmm...fica pra amanhã. - e eu fecharia os olhos, sem demorar muito pra pegar no sono. Ainda tinha algumas coisas pra fazer em Stevelty, e felizmente tínhamos um tempinho pra isso...mas mesmo assim, mal podia esperar pra nossa viagem começar de verdade.



Histórico:

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Roupinha:


Post 07

Stevelty

Level 4




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Malka
Criador de Conteúdo
Malka


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Créditos : 20
Localização : Stevelty, North Blue

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyDom Out 09, 2022 5:19 pm


Myriam Leuchten
adv 2

Stevelty - North Blue
POST 06





Ficaria surpresa com todos tendo reações neutras sobre as asas, espera diversas coisas, menos aquilo. Esqueci por um breve momento que todos já haviam viajado — Não sei Matt... Todos os celestiais que eu conheci tinha asas assim, grandes. A minha era bem grandinha mesmo quando eu era pequena, e da mamãe e do Yose também. Pode ser coisa da sua irmã mesmo, acho? —. Era impossível de não ficar com um sorriso de bochechas vermelhas quando Leon me chama de "nossa anjinha", ou com Matt jurando me proteger, e ficava também feliz com as intimações estranhamente reconfortantes de Kimberly, mas a interrompia brevemente para corrigi-la — Ei ei, aspirantes não. Se temos recompensa pega, somos caçadoras! — concluiria.

Quase que ao mesmo tempo que finalizo a frase, um tanto desligada, perceberia a espada cruzando a mesa e estourando o coitado do prato. Minha roupinha estava suja de molho, o que me faria levantar olhando para ela e dar um pequeno urro de desgosto, mas em seguida após um pouco de silêncio, sento de novo e começo a rir da situação — Desculpa Kim, mas tô longe, ia ferir ninguém, e depois te compro outro, pai. E quanto ao molho, vou ter que lavar mais minhas roupas mesmo daqui em diante, não é como se eu fosse te ter pra dividir as tarefas. —, na hora que é mencionado de cortar o bolo, levantaria a mão me oferecendo, mas a recusa de meu pai de permitir tal ato também era mais que correta.

Ao ter finalmente o bolinho de chocolate branco e morango em mãos, desataria as amarras de meu braço — era um presente divino demais para eu estragar, e talvez o último bolo que eu comeria ali daquela forma. Imaginar isso me enche de pesar, mas o gosto doce e delicado me tiraria da fossa, me lembrando de como todo mundo estava lá, meu primeiro aniversário com alguém de fora da família a mesa. Bom, não exatamente de fora, eram só... Um tipo diferente de agregado, isso. A gente ia dormir juntos, comer juntos, se cuidar... Não é o mesmo que uma família? Entre felicidade e melancolia, seguraria o abraço com o meu velho, apertando o rosto e segurando as lágrimas de novo — Eu chorei demais já, chega vai. — diria com a voz toda coberta em prantos, mas ainda me esforçando pra me manter firme. Poria o colar no pescoço, guardando entre as roupas e sem esperança nenhuma de tirar ele em algum momento breve.

Me animaria com a idéia de Leon dormir em casa, e logo buscaria no lugar alguma toalhinha para guia-lo ao banheiro — Vem cá, deixa eu te explicar tudo, só toma cuidado tá? Se for continuar amarrado, faz as coisas com carinho, tá okay? —. Após o pedido, iria atrás dos outros, antes que fossem embora, para me despedir corretamente — Eu... Comecei o projeto do barco, mas não sei se tá tudo pronto. Eu chamei vocês aqui exatamente pra perguntar se queriam algo de especial nele, mas, né. — dou risada, abraçando Matt. Abraçaria também Kim se eu ainda não estivesse com parte da roupa suja de molho, e temia causar mais problemas do que já causei, então evito — Não deu muito tempo de fazer isso, mas eu acho que já sei como vai ser. Confiam em mim, né? — os olharia, expectante. Após a despedida, não seguraria mais a minha vontade e iria abraçar meu pai de novo — Eu tenho muita sorte de ter nascida sua filha. — e correria de volta para o quarto, fugindo do sentimentalismo antes que eu ficasse presa demais sem conseguir fazer nada de novo.

Me sentaria em algum lugar próximo do banheiro, esperando Leon, de ouvido aberto para ajuda-lo caso necessitado. Quando chega e me pergunta sobre a locação, penso um pouco, até ele mesmo chegar na conclusão — Festa do pijama? Massa! Então no meu quarto? — pegaria umas almofadas da casa, um cobertor que tivesse de sobra e já partiria com pressa para organizar uma caminha no chão — Eu fico no chão hoje, a cama é sua. Se quiser eu empresto um pijama. — buscaria em minhas coisas algum pijama ou outra roupa que fosse de quando eu era mais nova, Leon tinha o porte esguio então talvez servisse, e a parte de ser curto imagino que não ligaria. Iria tomar banho em seguida, lavando o vestido durante o banho e o colocando para secar. Se não encontrasse um pijama para mim só tiraria meu vestido mesmo, não me preocupava de minha colega de quarto me ver só de roupa de baixo. Já arrumadas e na cama improvisada, ficaria falando de como já tava com saudade da Kim, que ela é muito corajosa, e que o Matt era muito maneiro e agradável de se ter por perto, fico falando da minha arma fodástica que ele fez, olhando a bichinha com as costas de ferro encostadas na parede com os olhinhos apaixonados, e seguiria fofocando e brincando até não conseguir mais me aguentar acordada.


I DON'T WANT TO CLOSE MY EYES, I DON'T WANT TO FALL ASLEEP, 'CAUSE I'D MISS YOU BABY, AND I DON'T WANT TO MISS A THING


•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••:
Ficha:

Histórico:

Atributos:
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FALA | PENSAMENTO

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Kekzy
Narrador
Kekzy


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptySex Out 14, 2022 7:21 pm




As cortinas do dia atual se fechavam para os caçadores após a noitada. Matteo podia se arrepender por dar trabalho ao pai de Myriam após Leon derrubar bastante bolo no chão por Matt ter recusado por na boca dele. Myr, por sua vez, aproveitava a última sobremesa que comeria em casa, criando suas últimas boas memórias com o lugar ao qual pertenceu por tanto tempo; despedia-se de seus amigos Kim e Matteo, os quais retornavam para o hotel em que estavam hospedados, cientes do progresso do projeto da embarcação, e logo seria a
vez da garota de se despedir, o que a levava aos penúltimos ou últimos abraços e confortos com seu querido pai.

Enquanto isso, Leon cuidava de sua inseparável Anais, levando-a para a oficina coberta aos fundos da casa, com a permissão do senhor Leuchten. Só havia uma cerejinha no topo do bolo, e esta tinha ficado para a montaria, a qual se exultava com o presente de Valentine, ficando tão contente que todos os seus pecados das últimas e próximas vinte e quatro horas seriam perdoados.

O clima era ameno e o senhor Leuchten organizava a casa enquanto Valentine lavava as suas roupas coberto em uma toalha dada por Myr. Apesar do clima de paz, Leon vivia uma saga épica e sua cabeça agonizava com a dificuldade em realizar pequenos e suaves trabalhos com a mão não dominante. O problema mesmo é que sua roupa íntima - que o narrador não irá expor se é uma cueca ou calcinha - estava meio suja e ele não conseguia lavar propriamente com a auto imposta limitação. Se continuasse com isso, iria ficar sem roupa íntima e no guarda-roupa de Myr cabia nele apenas um vestidinho que cobria tudo, mas quase não.

Qual foi o fim da roupa íntima fedida não se sabe ainda, talvez o crime tenha sido ocultado a sete palmos debaixo da terra ou na lata de lixo... apesar disso, Leon, em si, estava muito bem cheiroso após um banho tão bem tomado que não relembrava a última vez que se sentira tão limpo e agradável. Dessa forma não passaria vergonha na festa de pijama junto a Myriam, que o esperava no quarto apenas de roupas íntimas, indo de lá para cá arrumando a nova cama improvisada e por fim mergulhando nela. Do lado de lá, a orelha de Kim coçava e Matteo espirrava sem razão, enquanto Myr e Valentine abraçavam as almofadas e conversavam noite a dentro lado a lado, deitados na cama improvisada, até todos caírem em sono profundo.

[...]

As cortinas deste dia também se fechavam na Livraria e Café NBR 6029. O gerente que conheceram encontrava-se esparramado no chão, com sua jaqueta branca completamente aberta, estendendo-se com um tapete no chão. Sua mão trêmula puxava  a gravata que apertava-lhe o pescoço avermelhado. Um cigarro ao lado soltava um fio de fumaça que subia ao teto. Sua outra mão tateava o chão a procura de algo. Encontrava a sua coruja, também caída no chão. Girava o seu corpo com dificuldade, levando desesperadamente ambas as mãos ao animal, com as mãos de chocalho. Tentava colocar-se sobre os joelhos e engatinhar. Apalpava o rosto da criatura, não encontrando ali os óculos biônicos que tinham chamado a atenção do grupo. No lugar de cada um havia um objeto que retirava da cavidade sem ver o que era, mas conhecia o seu cheiro, uma sutil e doce fragrância. Para os mais íntimos, o doce cheiro da morte, cheiro de lírio negro.

[...]

Ao acordarem, Matteo e Kim, que estavam em um local mais público, poderiam escutar algumas fofocas no ar. Seria difícil captar tudo, mas conseguiam compreender que algo tinha ocorrido na Livraria e Café NBR 6029. As notícias se espalhavam rápido, mas incompletas. O que tinha ocorrido? Ninguém sabia dizer ao certo, mesmo que perguntassem, mas era fato que algo trágico tinha ocorrido com a companhia animal do gerente do local, seus próprios olhos. Talvez os boatos despertassem-lhes a vontade de investigar, já que tinham visitado o local anteriormente e tinha sido o ponto de encontro do grupo.

Se não fosse o caso, era mais um dia cheio de possibilidades, mais um dia que Matteo recebia alguns estranhos olhares aqui e ali. Era difícil ser bonito demais.



Off:


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Hoyu
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Hoyu


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQua Out 19, 2022 10:35 pm

Leonheart Valentine


Acordava após uma bela e gratificante noite de sono. Após a comemoração na noite anterior, minha batalha hercúlea para lavar a roupa suja havia terminado em uma derrota humilhante, apenas separando minhas roupas para levar para lavar no dia seguinte antes que meu esforço exagerado acabasse estrando elas. Ao menos o banho havia ido bem, então ao menos me sentia perfeitamente limpo ao despertar na manhã seguinte. Com o tanto que Myr e eu havíamos conversado na noite anterior, não tinha como saber o quão tarde havia acordado, mas assim que abria meus olhos já me levantava, vestindo minha roupa usual, já que o vestido que havia feito ainda estava sujo por não ter conseguido limpar, e não vestia roupa íntima, pois essa também precisava ser limpa. - Já vou indo, querida. Tenho muita coisa pra fazer. Vê se agiliza esse navio também, beijinhos. – Após me despedir de Myr, iria com todas as minhas coisas até a oficina nos fundos. - Acorda, piranha, que o dia já nasceu. – Daria umas cutucadas com o pé em Anais para acordá-la, se ainda estivesse dormindo, e junto a ela sairia para a cidade.

Minha primeira parada seria uma lavanderia, e assim que encontrasse alguma, para enfim limpar a roupa suja que fui incapaz de o fazer na noite anterior. Entraria no estabelecimento e, ainda com apenas a mão esquerda, já que a direita ainda se encontrava amarrada, jogaria a roupa suja em uma máquina de lavar. Parando para pensar por um instante, tiraria também a roupa que estava no corpo, ficando como vim ao mundo, e jogaria tudo na máquina de lavar antes de colocar os berries necessários para ela funcionar. Caso alguém ficasse surpreso ou assustado com minha nudez, daria um sorriso obsceno para a pessoa. - Tá gostando do que vê? – Se ameaçassem chamar alguma força policial por indecência ou qualquer coisa do tipo, suspiraria e me cobriria um conjunto de pano qualquer da mochila de rodinha para me cobrir até a lavagem ficar pronta. Com tudo pronto, caso não houvesse alguma máquina para secar as roupas vestiria a roupa normal molhada mesmo e sairia de lá. Por outro lado, caso não encontrasse nem mesmo uma lavanderia, ficaria com a roupa suja mesmo.

Com essa questão de lado, caso ouvisse notícias sobre a livraria de antes, em especial sobre o gerente, seguiria imediatamente para lá para dar uma olhada. - Bora, Nana! Alguma coisa aconteceu com o meu bofe! – Chegando lá, me guiaria por qualquer multidão que encontrasse em busca de informações. Buscaria também ver se a livraria havia sido fechada ou ainda estava aberta, entrando caso fosse possível. Tendo ou não descoberto o que havia acontecido, daria continuidade com meus estudos de preparação para a viagem, buscando um livro sobre a fabricação de joias. Se a livraria estivesse fechada pelo que quer que tivesse acontecido, após tentar descobrir o que havia ocorrido iria atrás de outra livraria, em busca do livro que queria, até encontrar uma livraria que o possuísse.

- Aprendizado de Joalheria -
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Através do guia para joias, além de aprender sobre as diferentes joias e semi joias, aprendi como funcionavam todos os equipamentos necessários para manipula-las, como o maçarico, o compressor, o politriz e o esmirilho, entre outros, que serviam para transformar uma pedra preciosa ou liga metálica em uma bela joia. Tudo me parecia muito interessantes, já que certamente serviriam para não só fazer acessórios que complementariam muito bem qualquer peça de roupa que pudesse fazer, mas também para fazer detalhamentos muito mais sofisticados para as mesmas, abrindo grandes horizontes. Aprendendo sobre as etapas especificas do processo, a laminação e a trefilação se destacavam no inicio, servindo para moldar os metais nas formas especificas que seriam utilizadas, com espessura e formas adequadas, para então passarem por soldagem e então receberem acabamento pelo lixamento e rebarbação, finalizado pelo polimento. Nas etapas finais, a banhagem fazia as joias serem mergulhadas em ouro ou outro metal precioso antes de receberem o acabamento final. Aprendi também sobre os tipos de ouro, divididos pelos seus quilates, e como trabalhar com pedras preciosas, lapidando-as de sua forma bruta, para que a estrutura da joia fosse montada ao seu redor. Era muita informação, muitos processos e tipos diferentes de materiais que certamente um minerador conhecia bem mais do que eu, mas tinha convicção de que havia aprendido o necessário.

Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 ERMGZCe

Terminada a exaustiva leitura, colocaria o livro de volta no lugar, sendo minha cabeça pesada e um leve início de dor de cabeça após toda aquela leitura. O que precisava agora era descansar, ainda mais que o dia provavelmente devia estar se aproximando do seu fim. Esteja NBR 6029 ou em outra livraria, tentaria uma última vez conseguir alguma notícia, bisbilhotando o lugar atrás de alguma fofoca, mas caso não conseguisse, seguiria para algum hotel para passar a noite. Por mais que a noite na casa de Myr houvesse sido divertida, uma festa do pijama era ainda melhor se fosse exceção, valorizando as fofocas.




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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQua Out 19, 2022 10:44 pm

 

TICKET
     TO RIDE
         
Preparações Cautelosas
Parte VIII



Depois da reunião, ou melhor festa, na casa de Myriam, eu esperava que o cansaço e a euforia do mapa fossem me permitir ter uma noite mais tranquila de sono. A última vez que me lembrava de ter me desgastado tanto foi na noite da caçada de Toth, e, embora o cansaço físico dessa vez não estivesse sequer a altura, o convívio com Leonheart sempre era motivo mais do que suficiente para desgaste mental. Infelizmente, ao fechar os olhos, não era a imagem do jantar que se formava em minha mente, não eram as preocupações das próximas viagens, e sequer o estresse gerado pelas ações impulsivas de Leonheart. Essa era uma das noites em que minha mente caia rapidamente no sono… As piores de todas. Os barulhos de correntes ecoavam pelos meus ouvidos, seguidos dos passos no assoalho de madeira pela minha cabeça. Eu estava de volta naquele lugar, indefesa, fraca. Como em um reflexo, tentava me levantar, correr, mas um puxão nos pulsos fazia meus braços doerem como se fosse queimada com ferro quente, seguido de um tombo após um puxão nos tornozelos, caindo sobre o chão imundo ainda com vestígios de excrementos. Pelo barulho do chão de madeira, parecia haver movimentação ao meu redor, mas a escuridão limitava demais minha visão, e meu foco se concentrava no local dos puxões. Fixos como serpentes clamando sua presa, jaziam pesados grilhões, prendendo-me a escuridão - NÃÃÃOO! - Berrava, com lágrimas nos olhos, mas, ao piscar, não era mais a escuridão que se estendia sob minha vista, mas um mal iluminado quarto de hotel. Meu coração batia agitado, percebendo que havia sido um pesadelo, um dos que não tinha a muito tempo. Estava tão acostumada a dormir pouco e não me lembrar dos meus sonhos que aquela sensação se tornou muito mais real do que deveria. Eu estava bem, eu estava em Stevelty, mas ainda assim meus pulsos e tornozelos ardiam quase como uma dor fantasma, no local das cicatrizes dos grilhões. Eu não sabia porque havia tido aquele pesadelo denovo, mas eu sabia que dormir depois dele seria ainda mais difícil que o normal, senão impossível. Assim, sob o acalento do remédio para dormir, deixava a noite fechar suas cortinas em nome de um novo dia.

Assim, finalmente despertava, com o olhar e mente exaustas da noite anterior. mesmo que tentasse evitar, vez ou outra as imagens do pesadelo retornavam a minha mente, então tentar dormir mais para tentar me livrar do sono que restava estava fora de cogitação. Levantando-me, logo ia tomar um banho longo para tentar fazer aqueles pensamentos e lembranças escorrerem para o ralo junto do sono. Após minha higiene matinal completa, terminaria de me arrumar para descer novamente à recepção, em busca de comer algo para iniciar logo o dia. Após pagar a diária ao balconista do hotel, sairia pela porta da frente, antes de dar de cara com a provável multidão ao ir em direção do café que frequentei no dia anterior "Era só o que me faltava…!” Pensava, sem paciência nenhuma para o que quer que houvesse causado aquilo, ainda mais depois de uma noite de sono ruim. Eu só queria comer algo, tentar recomeçar o dia com o pé direito, mas parecia que nem esse “luxo” eu tinha. Estava quase virando de costas para procurar outro lugar quando algumas palavras em meio aos murmúrios alcançaram meus ouvidos, algo sobre a coruja do gerente. Aparentemente algum acidente havia ocorrido ali, mas, pra ser sincera, não era problema meu. Se um agressor fosse achado e ganhasse recompensa eu poderia pensar no caso depois, mas por hora meu precioso tempo e paciência mereciam ser gastos com algo mais produtivo e menos estressante. Logo procuraria outro local para tomar meu café da manhã buscando sempre a opção menos artificial que pudesse, e, após comer devidamente, retornaria ao hotel. Eram lá que estavam os livros pros meus estudos, que felizmente havia comprado antes do incidente no Café NBR 6029, e finalmente teria algum tempo para me dedicar.

–Aprendizado de Astronomía–

Começando minha leitura, logo percebi que aquela não seria uma absorção tão fácil. De cara era apresentada à conformação do universo visível, onde satélites naturais orbitam planetas, planetas orbitam uma estrela formando um sistema solar, que por sua vez se agrupam na casa dos bilhões ou mais para formar uma galáxia, que por sua vez eram contidas dentro do universo. A chave dessa disposição eram os campos gravitacionais, distorções espaço-temporais geradas por grandes corpos celestes que geram força de atração em outros corpos para manter a estrutura aproximada do universo. Satélites mantidos em órbita pela força gravitacional dos planetas, que por sua vez eram afetados pela força gravitacional de sua estrela, e todos mantidos juntos na galaxia por um buraco negro supermassivo em seu centro. Depois veio o conteúdo do universo, o meio interestelar entre os corpos celestes feito de poeira, gases, raios cósmicos e matéria escura, e foi depois disso que eu percebi que precisava de uma pausa. Era muita informação de uma vez, e sobrecarregar minha cabeça não ajudaria em nada os estudos. Após ir ao banheiro e beber água para manter o cérebro hidratado, decidi fazer uma marcação na parte da astronomia teórica e fui para a observacional, a que mais me interessava. Lá aprendi a usar um telescópio e outras ferramentas de observação, além de aprender a conformação das constelações visíveis e de fenômenos passíveis de serem observados no céu, além de eventos que alteram o ângulo das estrelas e fenômenos nas observações. Por fim, voltava à parte teórica, retomando a leitura na teoria da criação do universo, quente na época, e como a expansão do universo o esfriou. Composição dos corpos celestes, buracos negros, quasares, supernovas e outros fenomenos e corpos celestes foram sendo explicados, conforme minha leitura chegava ao fim. Com a quantidade de informações, eu sabia que futuramente precisaria consultar o livro de novo, mas apesar de tudo, ao olhar para o céu pela janela, eu sentia que entendia bem mais agora do que existia além.

–Fim do Aprendizado–

Finalizando enfim minha sessão de estudo, sentiria novamente meu estômago pedindo por ajuda. Estava tão imersa nas informações, pensando em como aquilo poderia me ajudar nas futuras navegações, que acabei não percebendo minha própria fome. Felizmente, agora que havia conseguido progredir mais na minha sessão de estudos, meu humor acabou melhorando um pouco em comparação à noite e manhã ruins. Assim, me permiti vagar novamente às ruas do lado de fora do hotel, para buscar outro lugar para comer ”Parando para pensar, o ‘Café NBR alguma coisa’ não era tão longe do hotel, ignorar um incidente lá talvez não seja a melhor das ideias. Não quero mais imprevistos atrasando minha saída desta ilha imunda” Pensava, vagando então até as proximidades do estabelecimento novamente. Antes de mais nada, observaria se o local ainda tinha certo tumulto na entrada, ou se estava fechado. Não seria surpresa uma interdição temporária no local se o afetado havia sido o gerente, mas ao mesmo tempo me questionava se iriam se permitir perder dinheiro pela morte de um animal. De qualquer forma, veria se o estabelecimento estava aberto para clientes. Caso estivesse aberto e sem muito mais comoção, entraria e buscaria uma mesa próxima de outros clientes, para o caso de ainda haver pessoas falando sobre. Quando alguém viesse me atender, perguntaria sobre o incidente sutilmente - Bom dia/tarde/noite, eu vi que havia uma comoção hoje cedo no estabelecimento, o que houve? - E então prosseguiria com mais algumas perguntas num tom meio baixo para não correr o risco de encrencar o garçom ou garçonete, tentando espremer as informações dele/a, antes de pedir uma porção do tal macarrão térmico. Caso não desse muitos frutos, tentaria a sorte puxando o mesmo assunto com alguém de outra mesa próxima que não parecesse ocupado.

Caso, porém, o estabelecimento estivesse fechado e ainda houvesse pessoas por ali, questionaria alguém, esperando que as informações já houvessem circulado o bastante. Se, porém, no melhor dos casos, houvesse marinheiros fazendo guarda ali, me aproximaria de forma amigável - Bom dia/tarde/noite, eu vi que havia uma comoção em frente a esse estabelecimento mais cedo hoje, o que houve aqui? - E, se tentassem me repelir como uma civil curiosa, insistiria - Senhor/a, eu sou uma caçadora de recompensas. Se houve algum incidente aqui que possa causar problemas para a população da ilha, é meu trabalho também me preparar - Diria então, tentando convencer o marinheiro. Conseguindo ou não a informação, partiria em busca de outro local para comer, sempre em busca de alguma opção menos artificial. Após procurar a informação e comer, mais ou menos irritada se houvesse ou não conseguido informações relevantes sobre o incidente, retornaria ao fim para o hotel, tanto para descansar quanto para buscar por Matteo. Seja achando-o ou tendo que ir bater na porta de seu quarto, puxaria o assunto com ele - Matteo, você ficou sabendo o que houve naquele café e restaurante aqui próximo? - Tentaria ver se ele havia descoberto algo a mais que eu - Mais cedo eu havia ouvido falar de um incidente com a coruja do gerente, mas não havia me preocupado muito. Mas depois… - Terminaria contando o que havia descoberto na minha investigação após os estudos - Eu não tenho certeza do que está acontecendo, mas não tenho uma boa impressão. Melhor ficar atento, pode ser um mau presságio a caminho - Diria enfim, antes de retornar ao meu quarto para tomar um novo banho e me preparar para mais uma noite.

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KIMBERLY DESHAYES


     
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Última edição por Ceji em Dom Out 30, 2022 4:54 pm, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQui Out 20, 2022 12:13 am



ticket to ride

The girl that's driving me mad is going away, yeah, oh


Naquela noite, eu sonhei com minha família outra vez. Era algo bem comum, na verdade, mas o dessa vez tinha sido influência da nossa festinha na casa da Myr. Eu levava os outros três até o Café, os apresentava pro Nicolò e pras meninas, e depois a gente se empanturrava de comida e bebida gostosa, contando histórias das nossas aventuras. - Heh...algum dia, quem sabe? - eu disse, depois de acordar com os primeiros raios de sol batendo na minha cara, e me levantei da cama, indo até o banheiro para lavar o rosto.

- Hmmm...eu não acho que a gente vai sair pra caçar algum pirata até o navio ficar pronto. - eu disse comigo mesmo, me olhando no espelho e ajeitando o cabelo desarrumado - Acho que eu posso tirar o dia pra estudar aqueles livros que eu comprei, aora que as armas de todo mundo tão prontas. - eu levei a mão até a cintura como que por instinto, sentindo a pistola no coldre, sempre ao alcance. Eu estava ansioso para poder finalmente vê-la em ação, mas acho que ainda ia ter que esperar um pouquinho pra isso.

Depois de tomar uma ducha rápida pra me lavar, já que tinha caído direto na cama na noite anterior, eu me vestiria e desceria as escadas do hotel, optando por tomar o café da manhã ali mesmo dessa vez. Nisso, eu acabei ouvindo algumas conversas aqui e ali, algo sobre o gerente daquele café que a gente tinha visitado ontem e sua coruja. - "O que será que rolou?" - me perguntaria curioso, mordiscando a comida. Bem, eu podia sempre dar uma passada lá depois que terminasse por aqui. Pegando uma das minhas amadas trufas de chocolate e jogando-a na boca, eu puxaria um dos três livros que eu tinha comprado - "Lógica para gênios, idiotas, e todo o resto" - e me ajeitaria na cadeira, abrindo-o sobre a mesa. Era hora de estudar.

- Aprendizado: Lógica -

O livro começava com uma pergunta aparentemente simples: "O que é Lógica?". Aparentemente, eu digo, porque ele logo partia para uma série de explicações abstratas e filosóficas sobre a origem da palavra e seus diversos significados, a maioria dos quais eu admito nem ter entendido direito, mas no final das contas, ele chegava a uma conclusão: "lógica é a disciplina que estuda a inferência formalmente válida". Não que escrever desse jeito fizesse fazer muito mais sentido, mas beleza, era um começo.

Depois da introdução meio complicada de entender, o livro felizmente optou por uma abordagem mais prática, explicando um pouco sobre silogismos com o uso de exemplos, e falando de conectivos lógicos como "e", "ou", "se...então" e "se e somente se", que praticamente transformavam as frases em equações - com ajuda da tal da tabela-verdade, foi fácil pegar o jeito da coisa e começar a resolver os primeiros exercícios.

Era surpreendentemente divertido, até. Claro, tinham coisas um tantinho mais complexas, como o conceito de paradoxos e toda a parte mais subjetiva do assunto, mas conforme eu ia entendendo melhor, ficava muito mais claro por que aquilo era tão importante. Não seria errado dizer que era uma ferramenta essencial, inclusive, para a programação efetiva de máquinas e robôs. Assim, com mais algumas horinhas de leitura e resolução de exercício, eu finalmente me sentia preparado pra dizer com certeza que estava entendendo bem do assunto.

- Fim do Aprendizado -

Quando finalmente tivesse acabado, eu daria uma boa espreguiçada ao me levantar da cadeira, minha cabeça ainda um pouco confusa com toda aquela parte sobre paradoxos. - Bem, hora de ir dar uma olhada no que causou essa confusão toda. - mesmo enquanto eu estudava, tinha ouvido as conversas indo e vindo a respeito do que tinha acontecido no tal café, embora nenhuma tivesse feito o favor de ser lá muito clara quanto à situação. Eu sairia do hotel e me dirigiria até o local, lembrando de cabeça o caminho que tinha feito no dia anterior, e possivelmente me deparando com a Kim por lá.

- Ei, Kim! - chamaria a sua atenção, caso a visse primeiro - Curiosa com o que rolou aqui também? - me aproximaria, ouvindo o que ela tivesse a dizer. Pelo visto, ninguém sabia direito o que tinha acontecido ainda. - Tudo que eu sei é que não terminou bem pra corujinha. É uma pena, eu tava tão interessado nela também. Lembra daquelas lentes que ela tinha nos olhos? - eu diria, fazendo círculos com os dedos e colocando-os na frente dos olhos - Parece que chamam de Óculos Liondearg, coisa daqui de Stevelty mesmo. Eu tava afim de pôr minhas mãos num daqueles pra ver como funciona. - expliquei, voltando meus olhos para o estabelecimento. Talvez a gente conseguisse descobrir algo a respeito se fosse lá dentro e perguntasse?

E assim, quer tivesse me encontrado com Kim ou não, eu iria pra dentro do Café, prestando atenção nas conversas e tentando achar algo que chamasse atenção lá dentro. Pra não acabar sendo mandado embora, porém, aproveitaria pra pelo menos pedir alguma bebida. - Eu ouvi que aconteceu alguma coisa com a coruja do gerente. - eu puxaria assunto com alguma pessoa aleatória que não parecesse estar ali só pra fofocar - O que foi que houve, exatamente? Ele deve ter ficado desolado, o coitado. Era o bichinho dele afinal. - com um pouquinho de sorte, talvez eu encontrasse alguém que sabia um pouquinho mais da situação, pra entender melhor aquilo tudo.

De qualquer forma, quando anoitecesse, eu retornaria ao hotel, tentando ligar os pontos que eu tivesse conseguido juntar ao longo da investigação. Se não tivesse me encontrado com Kim mais cedo, seria essa a hora de falar com ela, e compartilhar o que quer que eu tivesse descoberto também, antes de ir pro meu quarto pra ter uma - com sorte - boa noite de sono.



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Stevelty

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Última edição por Ravenborn em Dom Nov 27, 2022 3:44 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptySeg Out 24, 2022 8:31 pm




Valentine se despedia de Myr, a qual continuava em um sono profundo, babando a almofada. Reunindo-se novamente com Anais, ambos estavam para jogo novamente nas ruas de Stevelty, causando na primeira parada da dupla. O atentado ao pudor de Leon causava espantos e ameaças de chamar a guarda local, o que restringia um tanto o exibicionismo deste, o qual se limitava a pegar uma toalhinha que nem era dele e que o dono descontente não ia querer mais, mas não tinha a audácia de reivindicá-la.

A fofoca rolava solto e apesar de Valentine ter conseguido mudar o foco do que era dito, antes de cometer um ato atentatório ao bem público, escutara menções a um ato de vandalismo na livraria de seu bofe. Cheio das preocupações, o cavaleiro errante era imediatamente guiado pela galopante Anais até o local.

Enquanto isso, mais baba caia nas almofadas de Myr. E do lado de lá, um pouco antes, tendo acordado mais cedo, Matteo e Kim já tinham pego algumas informações aqui e ali, mas nada concreto o suficiente para fazê-los priorizar a incógnita. Levaram o seu início de dia como Leon também levaria após cuidadosa e passivamente investigar a situação na livraria. Este lia um livro sobre Fabricação de Joias (Joalheria), enquanto Matteo curiava os segredos da lógica e dos chocolates e Kim se iluminava em reflexões astrais.

[...]

O dia passou rápido com os protagonistas imersos nas páginas de livros. Era hora de parar antes de ter um piripaque e Kim e Matteo se esbarravam a caminho da livraria onde encontrariam Valentine, para infelicidade de sua admiradora secreta. Apesar dos rumores que tinham escutado, a livraria continuava funcionando normalmente; ao menos, em relação ao expediente. Fora isso, era possível notar um clima de tensão no ar entre os funcionários sempre que alguém adentrava o estabelecimento, como se esperassem ou temessem a chegada de alguém.

A busca por informações não passava despercebida e, no que pese a relutância em falar abertamente sobre o ocorrido, uma das funcionárias, uma adolescente ou jovem adulta, colava em Kimberly, bastante ansiosa, mas contida — Vocês estiveram aqui ontem, não foi? E se não estou enganada, foram vocês que lidaram com a ameaça das ruínas! — exclamava, exultosa. — Se vocês são mesmo caçadores, ajudem , por favor! — suplicava, falando baixo e puxando quase que forçosamente Kim para o escanteio, entre prateleiras, longe de audiência. — Desculpa, mas o chefe Garasuno é como um pai para mim! Ele que cuidou de mim desde pequena e agora... agora não consigo retribuir e se isso continuar nunca conseguirei, eu posso dar todo o meu dinheiro! Não é muito, mas... é tudo que eu tenho — fazia um esforço herculeo para engolir as lágrimas, com a cara mexida e olhos marejados cheios de expectativa em Kim — Aqui! Se isso não for suficiente... eu investiguei o que pude e descobri que as pessoas que estão mexendo com o tio tem uma recompensa pela cabeça! E-eu quero ser jornalista — empurrava uns papeis amassados contra o peito da caçadora.

Se Kim desamassasse os papeis na hora e os outros esgueirassem o olhar, veriam o causador dos problemas e sua recompensa.

Spoiler:

Acompanhado deste cartaz, outros quatro com recompensas menores chamavam atenção, que variavam entre 14 e 18 milhões. Eram valores altos e dignos de oponentes difíceis. O grupo sabia que era um peixe grande dentro dos Blues e que a empreitada poderia ser arriscada. — As fotos não são exatamente como eles são, tirando esse Kuroyuri, mas tenho quase certeza que os capangas que estavam com ele são esses das outras recompensas, eu investiguei muitos casos passados, até de outras ilhas, para concluir isso! Sobre o tio, ele não está bem hoje e acho que não irá querer visitas, mas eu poderia dar um jeito de fazê-lo recebê-los... ou vocês podem voltar amanhã, talvez... cinco dias é o que temos, contando com hoje... e esses carrascos do submundo irão voltar para cobrar uma dívida que não existe, mas eles não ligam para isso, só querem nos oprimir, tirar cada centavos que temos... — sugeria, cabendo ao grupo decidir o que fazer no restante da tarde/noite ou no próximo dia.

[...]

Em um lugar familiar, na calada da noite, vultos se esgueiram sob onde as luzes artificiais de Stevelty não chegam. Uma jovem mulher se encontra esparramada em uma pilha de almofadas, com os braços abertos como um anjo de neve. A casa vive um silêncio soturno, enquanto o bom pai está fora de casa comercializando seu trabalho. A porta se abre em um estridente e lento relinchar metálico e Myr acorda inicialmente despreocupada, sem alarme, ainda mal vestida. O sutil som de passos, que passariam despercebidos em outro piso, no tatame de madeira de sua casa, não soam familiares. Seu pai não anuncia a sua chegada como sempre, chamando por sua pequena Myr, e nem Leon está fazendo um estardalhaço. Se busca, sua nova espada está ao canto, além de conhecer lugares para se esconder. Os passos avançam lentamente, em busca dos rastros daquele loiro rapaz.


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyDom Out 30, 2022 10:42 pm



TICKET
TO RIDE
Flores da Morte
Parte I



Depois de ter visto a comoção ao redor de NBR 6029, eu já estava preparada para aquele incidente ser algo a favor ou contra nós. Por um lado, problemas na ilha poderiam significar problemas também para terminarmos nossas preparações e sairmos em viagem, mas criminosos também poderiam significar oportunidades de arrecadar mais recursos para a partida. Apesar disso, o que eu não esperava era que uma das pessoas próximas da "vítima" me viesse pedir ajuda diretamente - Querida, um passo de cada vez. Respira fundo, nervosismo e desespero não vão ajudar ninguém - Tentava ajudá-la a manter a calma, antes de ouvir o resto do que tinha a dizer. Sendo pragmática, ter suposta exclusividade em uma caça assim era um privilégio, ainda mais sabendo onde eles estariam daqui a alguns dias, mas as recompensas, apesar de monetariamente generosas, passavam um senso de perigo enervante - Hmm… Eu preciso pensar, e debater com todos os meus colegas. Acha que consegue arranjar uma reunião com o gerente amanhã à noite, entre 19 e 20 horas? Se formos entrar no meio dessa disputa, precisaremos saber exatamente com quem estamos nos metendo, E… Não se preocupe demais com seu dinheiro. Não acho que você teria o bastante para um pagamento adequado de qualquer forma - Responderia, enfim, com um olhar confiável esperando que ela não desistisse do pedido - Por hora, deixe os cartazes comigo, tudo bem? - E, guardando-os, retornaria para a mesa.

De volta, encarava Matteo, e, infelizmente Leonheart, com uma expressão séria. Mesmo que aquela fosse uma boa oportunidade, eu sabia também que era também a chance perfeita de Leonheart estragar tudo, e eu não queria ter meu momentâneo bom humor fosse sumariamente destruído por ele. Caso algum deles não houvesse ouvido a conversa, ponderaria por um instante como falar de uma forma que nem uma criança de cinco anos fosse se exaltar, e logo começava, com um tom baixo - Problemas com alguns criminosos prepotentes. Ela deu algumas informações, mas é melhor falarmos melhor quando estivermos os quatro juntos. Seria uma boa oportunidade de juntar mais recursos, mas tem um porém: o líder da equipe parece ser um figurão daqui do North Blue - Dizendo ao fim, quer eles tivessem ouvido a conversa ou não - O criminoso da vez parece ser mais perigoso que Toth. Matteo, você tem confiança nessas armas novas que fez? - Questionaria, já que duvidava que experiência sozinha fosse preencher a lacuna entre Toth e um criminoso de 55 milhões de recompensa. Aquelas armas precisariam estar mais mortais do que nunca, em comparação com as armas velhas e enferrujadas que usamos contra o mink enfurecido - De qualquer forma, a reunião com o gerente está marcada para amanhã entre as 19 e 20 horas. Leonheart, se estiver ainda dormindo na casa de Myriam, pode avisa-la? - Mas então me recordava das tendências caóticas dele - …Você seria “uma péssima amiga” se deixasse ela de fora dessa oportunidade - Completava, tentando apelar pro emocional.

Antes de ouvirmos o que o gerente e a atendente tinham a dizer não havia motivos concretos para investigar, então logo que terminava meus assuntos no estabelecimento, retornaria ao meu quarto no hotel para o fim do dia. Mesmo que o véu da noite já houvesse coberto Stevelty, como sempre o sono era uma sensação tão distante que minha noite parecia que havia sido uma vez mais abandonada aos meus pensamentos. Infelizmente eu sabia que os remédios para sono que havia comprado poderiam me causar problemas se tomados constantemente, e eu também não queria os esgotar antes mesmo de sair da ilha, então me restava ao menos aproveitar a noite. Dessa forma, após um belo banho para me acalmar e preparar minha mente, logo buscava um dos livros que havia comprado, o livro sobre geografia, para continuar meus estudos. Se tivesse sorte, ao fim da sessão de estudos estaria mentalmente cansada o bastante para a insônia perder a batalha… Ou ao menos, torcia por isso.

–Aprendizado de Geografia–

(Insiro depois)

–Fim do Aprendizado–

Depois mais um importante aprendizado absorvido para a futura segurança das minhas viagens, era hora de dar ao meu corpo o descanso que merecia. Estivesse já com sono ou não, tentaria deitar-me para dormir. Tentaria permanecer o mais relaxada que conseguisse em uma esperança do meu corpo reagir com o inicio do sono, embora sem muitas expectativas. Como já havia tomado o remédio no dia anterior, me recusaria a tomar outro seguido, e permaneceria na cama até minha mente se render, não importa quanto tempo demorasse, e quantas vezes acordasse por pesadelos. Eu sabia que isso significava que a noite não seria das melhores, claro, mas foi exatamente por isso que marquei a reunião com o gerente pela parte da noite e deleguei o repasse da informação aos outros caçadores. Dessa forma, se o sono realmente demorasse e a luminosidade adentrasse no quarto enquanto ainda estivesse exausta de sono, apenas continuaria a dormir o resto da manhã, pra ao menos ter condições de ficar acordada o suficiente no dia seguinte para ler os livros e absorver seus conteúdos. Podia apenas torcer para esse pequeno luxo não significar dormir demais.


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyDom Out 30, 2022 11:49 pm

Leonheart Valentine


Em meio àquela lavanderia, parecia que ninguém era capaz de apreciar meu corpo escultural, o que me deixava indignado, mas por um lado, era eu quem estava cometendo atentado ao pudor, então nos consideraria quites naquele momento, apenas pegando uma toalhinha aleatória que encontrei para cobrir minhas partes. - Não sabem apreciar uma obra de arte quando veem uma, né, Nana? – Já fora da lavanderia, tendo algum tipo de secador para pegar as roupas já prontinhas ou estando úmidas mesmo, pouco me importava, na verdade o que realmente me chamava atenção era os murmúrios sobre o café-livraria que havia ido no dia anterior. Entretanto, quando cheguei lá, apesar dos olhares estranhos dos funcionários, não parecia ter nada de diferente que justificasse todo aqueles murmurinhos, e sem muito mais o que fazer apenas peguei um livro sobre um assunto que queria aprender e me sentei para estudar. No final, não tinha muito mais o que pudesse fazer enquanto todos se preparavam para partirmos, então que mal faria aprender sobre algo, não é? Horas se passaram enquanto estava imerso no conteúdo daquele livro, e ao terminar, qual não foi minha surpresa ao me dar de cara com Matt e Kim vindo para o NBR 6029 também.

- Que coincidência ver os dois por aqui! – Sairia saltitando até eles, para nos unirmos. - Meu namorado e minha segunda melhor amiga nos encontramos por acaso no mesmo lugar, só pode ser o destino. – Caso perguntassem como foi meu dia, fingiria estar encabulado. - Fofo você querendo saber como estou. Tivermos uma ótima festa do pijama, mas quando sai ela ainda estava dormindo. - Entretanto, mal andamos juntos pelos corredores quando uma funcionária jovem se aproximou, agarrando-se à Kim. Ela parecia nos reconhecer, e mais do que isso, saber sobre nossos feitos nas ruínas alguns dias atrás, o que me fazia estufar o peito em orgulho ao seu reconhecido. Aparentemente precisando de ajuda para algo, foi puxando a esverdeada para um canto, e sem pensar duas vezes fui seguindo atrás para participar de qualquer conversa que fossem ter, até porque havia citado nós quatro, então estava querendo nossa ajuda como um grupo, não apenas de Kim, entretanto logo que começou a falar eu comecei a ligar os pontos. - Espera, espera. Esse Garasuno é o gerente que tava aqui ontem? O com a coruja? – Meu coração apertava, imaginando o que podia ter acontecido com o gostoso que eu estava secando, e percebendo que eu não havia o visto o dia todo.

Pensava em começar a fazer escândalo questionando se algo havia acontecido com ele, mas parei de imediato ao ver a expressão que a garota estava fazendo. Era claro que aquilo era doloroso, e ela fazia o máximo que podia para manter a compostura, mas não era o suficiente. Mesmo que não fosse para ajudar um homem pelo qual me sentia atraído, ao ver uma cena como aquela, como poderia me recusara a ajudar? Além do mais, pelos cartazes que ela entregava, só a recompensa daqueles caras já valia o esforço. - Ei, não se preocupa. Somos caçadores de recompensas, esses caras serem procurados já é mais do que motivo o suficiente para irmos atrás deles. Mas se quer ajudar, repasse todas as informações que puder. Não é todo dia que temos informações privilegiadas. Rijajajaja! – Com isso resolvido, retornaria com Kim, onde fazíamos uma pequena reunião estratégica sem a Myr.

- É um bom horário. – Respondia, quando Kim repetia a hora que havia marcado para o encontro. Sentia certa ansiedade em ver como o gostoso havia ficado e o que havia acontecido com ele, mas sem nem saber onde ele estava, isso estava fora do meu alcance. - Não se preocupa, vou avisar a nossa anjinha, estaremos lá amanhã. Tchau tchau. – Me despedindo, seguiria junto de Anais novamente para a casa de Myr, avançando com bastante velocidade aproveitando as novas rodas do poder da equina. - Oh de casa! Voltei, Myr! – Gritaria, entrando pela porta da frente e seguindo para o interior da caça, a procura de Myr. - Novos procurados, 55 milhões, amanhã no NBR 6029 às 19h00, é isso. – Tendo passado as informações, ouviria o que ela tivesse a dizer, e se não houvesse mais nada de importante, seguiria para a cama emprestada novamente após um cansativo dia de estudo.



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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptySeg Out 31, 2022 12:32 am



ticket to ride

The girl that's driving me mad is going away, yeah, oh


Os rumores se espalhavam como o fogo por Stevelty, já que quando eu e Kim chegamos até a livraria para descobrir o que exatamente tinha acontecido por lá, acabamos dando de cara com o Leon também, que se aproximou saltitando, animado como sempre. - Seu namorado uma ova. Mas e aí, como foi lá na casa da Myr? Aliás, ela não veio com você? - perguntaria, entrando na construção junto com os outros. Infelizmente, conseguir informações sobre tudo o que tinha acontecido acabou não sendo lá muito fácil, já que a maioria dos funcionários não parecia querer tocar muito no assunto. Talvez tivesse sido mais sério do que a gente pensava?

Aproveitando que estávamos numa livraria, no entanto, eu procuraria alguma área que tivesse obras mais focadas na própria ilha, tentando encontrar algum livro que falasse nos tais Óculos Liondearg que eu tanto procurava. Se encontrasse algum, folhearia as páginas em busca de qualquer informação interessante, e se precisasse, levaria até o caixa pra comprar e ler o resto depois. Nesse meio tempo, porém, parecia que Kim e Leon tinham ido conversar com uma garota que trabalhava por ali, e em seguida vieram me deixar por dentro de tudo. Parece que tinha sido coisa de um procurado dos grandes, já que a recompensa dele era mais que o dobro da de Toth.

Com o sufoco que tinha sido lutar contra o Mink lobo em sua força total, eu não sabia nem o que imaginar de um oponente cuja cabeça valia mais de cinquenta milhões. Dito isso, a pergunta que Kim fazia acabou sendo bem inesperada, e eu acabei deixando uma risada escapar. - Heh. Olha, eu passei o dia inteiro trabalhando junto com ferreiros daqui, e te garanto que você não vai encontrar armas melhores do que essas aí em toda Stevelty. - eu disse, apontando com a cabeça para o chicote e a lança que eles carregavam. Depois, porém, olhei um pouco mais sério pra Kim. - Mas vai por mim, você vai sentir a diferença quando usar. Isso eu te prometo. - meu orgulho pelas minhas armas não era infundado, e eu tinha noção disso.

- Amanhã, não hoje? Se bem que se a Myr ficou dormindo em casa, sabe-se lá que horas alguém vai conseguir tirar ela da cama...tá, amanhã então. - eu então me despediria dos outros dois, deixando a livraria e tendo duas opções a partir daí: se eu tivesse encontrado alguma coisa sobre os óculos, essa seria uma boa hora pra tentar ir atrás deles. Talvez eles fossem vendidos em alguma loja específica, ou talvez eu pudesse descobrir como fazer um com os materiais certos; de qualquer forma, eu iria atrás das pistas que tivesse encontrado, na esperança de conseguir um par daqueles. Do contrário, eu voltaria direto pro hotel, usando o tempo livre pra estudar mais um pouco. Eu tinha comprado um livro sobre Química, e com sorte, podia aprender a fazer umas coisas legais pra usar nas minhas criações depois.

- Aprendizado: Química -

(Adiciono depois, se o Matt não for fazer alguma outra coisa nesse horário).

- Fim do Aprendizado -


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Post 09

Stevelty

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQua Nov 02, 2022 6:34 pm


Myriam Leuchten
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Stevelty - North Blue
POST 07





Antes mesmo do fim da noite, não desligando as luzes e morrendo de ansiedade para ler os livros dispostos agora no canto do meu quarto, esperaria que Leonheart dormisse para não interromper o seu provavelmente estimado sono da beleza. Tentaria furtivamente pegar um livro. O gosto belo das palavras escritas por Lady Huang ainda me causavam sentimentos ótimos, estava ansiosa para o segundo capítulo mas não era o melhor momento para um livro de treino, seria melhor me focar em um conteúdo majoritariamente teórico.

Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 Ys3iSZ1
Pego em minhas mãos um dos livros de Mister Low, o primeiro que me chamou atenção e que me levou a comprar o que imaginava ser quase a coleção inteira. Podíamos ser lutadores muito bons, fortes, bem treinados, mas não era muito sábio dizer que nosso talento residia na capacidade de encontrar criminosos. No último encontro, ficamos os quatro perdidos na floresta sem saber o que fazer até sermos salvos pela matilha, o que não é uma sorte da qual poderíamos depender sempre.

Felizmente, assim como os minks, eu tinha um certo talento para sentir o cheiro das coisas, me guiar pelo olfato como sentido principal já me salvou de enrascadas. Pai me disse uma vez que mamãe também sentia algo parecido, que nós, celestiais, costumamos ter um senso de direção um pouco melhor. Talvez fossem as asas? Os pássaros costumam saber pra onde e quando voar. Sinceramente, eu não entendo nada de celestiais ou o que fazem, nem se eu saber sentir bem os cheiros tem algo a ver com minha raça, mas o importante não era como, e sim que eu podia.

O conteúdo do livro parece conter uma certa quantidade grande de metáforas, seguindo por detalhes de rastreio de animais, mercadorias, mas tudo podia ser trazido de volta a um ponto principal em comum: sua usabilidade ao ser aplicado ao cotidiano humano. Pessoas, no fim, tem suas rotinas exatamente como animais, elas comem e bebem por subsistência, deixam restos e rastros de detrito e desgaste, tem obrigações e desejos repetitivos... Ao se conhecer alguém, saber os arredores de onde está e pensar um pouco, tudo se torna mais claro, o que resta para encontrar um alvo é ter as técnicas para definir o quão cedo os rastros observáveis foram deixados, que era o grosso do conteúdo.

Mais para frente no livro, me interesso pelo capítulo que fala especificamente sobre os tipos de rastros mais comuns. Pegadas são fáceis de ver quando se está procurando por elas, mas saber a "raça", a "marca", a logística daquela pegada não é a tarefa mais fácil. O ponto mais importante é buscar aproximação: se é uma pegada pequena, provavelmente é de um bicho pequeno. Se é funda, ele deve ser pesado. Se tem buracos de garras, dá de se buscar buracos de escavação, e se não tiver sinais de que houve provavelmente é um predador, se a vegetação do lugar não for fina ou as árvores também não tiverem sinais de escalada. Se é uma bota, há de se pensar quem usaria essa bota, se tem alguma marca que indique se é uma bota cara, se a pessoa estaria ali ou não, pra que lado as pegadas vão e quão sua constância. No fim, tudo leva para uma outra pergunta, que mantém a lógica do ponto anterior e forma uma linha quase que visível para se seguir.

No fim, com um pouco mais de revisão e backtracking, tudo estava mais compreensível. Rastrear não era só sobre ir atrás de algo usando de informações, mas também como obter informações através de poucas coisas, como um cheiro característico, um comportamento esperado consequencial ou um detalhe esquecido por um descuido que todo mundo sempre tem. Me sentia poderosa e confiante, parecia que não tinha mais ninguém que não pudesse encontrar no mundo.

Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 FKfzTen
Proficiência • Rastreio

Deitaria o livro do meu lado com o olhar agora focado no teto, esperando o sono vir. Contra a minha ansiedade, a noite passava quieta, sem mais perturbações fora o cansaço de meus olhos vermelhos segurando um pouco do meu sono. Olhos estes que me cobravam mais do que eu desejava — quando finalmente chega, a noite me domina. Já era tarde, e o sono ainda dura horas a fio, fico grudada na cama mesmo após o despertar de minha nova colega de quarto.

...

A tarde passa. Me levantaria tendo perdido aquela manhã em troca dessa pequena aventura noturna. O ranger da porta me alerta, não muito, mas o suficiente para que eu acordasse — Pai?! —  me levantaria espreguiçando-me, imaginando que fosse ele ou Leon, mas ao focar os ouvidos e não reconhecer os passos, vou direto em direção à minha espada forjada por Matteo. Pararia de falar assim que ouço, me escondendo num lugar próximo e tentando sentir o cheiro dos invasores de longe para identificar sua natureza e de onde vinham "Tá, sem pressão, só relaxar e prestar atenção. Isso vai acabar logo" relaxaria meu peito ao igual passo que aperto e levanto o cabo da grande espada para que não esbarrasse em nada.

Spoiler:

I DON'T WANT TO CLOSE MY EYES, I DON'T WANT TO FALL ASLEEP, 'CAUSE I'D MISS YOU BABY, AND I DON'T WANT TO MISS A THING


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Ficha:

Histórico:

Atributos:
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FALA | PENSAMENTO

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptyQui Nov 03, 2022 9:05 pm




Primeiramente, para fazer justiça à nossa anjinha, ela não havia vadiado o dia todo anteriormente, até o narrador se surpreendeu ao olhar para casa dela e encontrá-la dormindo e horas depois olhar de novo e vê-la ainda dormindo, mas este olhar estava acolá no meio tempo e durante este breve intervalo a garota não queria ficar para trás da tripulação no quesito conhecimentos, imergindo num livro sobre Rastreio por longas horas a fio, até dormir novamente no lugar outrora narrado, babando os travesseiros, com o livro jogado ao lado no chão, culminando na cena da invasão.

[...]

Na NBR 6027, Kimberly liderava as tratativas com a informante, obtendo os cartazes de procurado e conseguindo marcar uma reunião com o gerente do local. A garota jornalista realmente parecia abalada, mas também determinada a conseguir mais informações sobre os alvos, após o grupo aceitar o pedido de caçada. — Darei o meu melhor! — era assim que se despedia. Às 19h de amanhã teriam um compromisso agendado com o Garasuno, se tudo ocorresse bem.

Enquanto o amanhã não chegava, Kim e Matteo voltavam aos estudos. A garota estudava os caminhos geográficos, enquanto Matt se debruçava sobre a química, já no hotel. A sua tentativa de descobrir mais sobre os Óculos Liondearg rendiam frutos, mas não o davam um caminho certeiro, porém já tinha uma boa ideia de como funcionava a invenção.

Entrementes, o galopante Valentine voltava para casa de Myr, o que encontraria no local?

Só o Hoyu e Malka leem, quem abrir leva paulada:

Noutro lugar, horas após a invasão da casa de Myr, Kimberry já se preparava para dormir, deitada na cama, enquanto no quarto ao lado Matteo também já se sentia sonolento, com o livro de química aberto ao lado. Talvez devessem se recuperar para enfrentar um agitado próximo dia!



Off - treino de ambidestria:


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 3 EmptySáb Nov 12, 2022 12:27 am

Leonheart Valentine


Seguindo rapidamente em direção à casa de Myr, me havia ficado encarregada a tarefa de repassar para nossa amiga anjinha tudo que havia acontecido e o que havíamos decidido, mas também queria aproveitar um pouco de descanso. Seguia despreocupado, assobiando uma canção junto à Anais, mas ao enfim chegar na residência e dar um grito para avisar de minha chegada, a falta de resposta me deixou alerta. Será que eles haviam saído? Mas a porta não estava trancada, o que só poderia se justificar caso tivessem feito isso para caso eu voltasse enquanto estavam fora. Mas isso não explicava as pegadas de sujeira que seguiam para dentro. Toda a situação estava muito estranha, mas ainda não estava convencido, e segui até o quarto de Myr, tentando encontrar a garota lá, mas sem sucesso. Sem Myr nem o pai em casa, a porta entreaberta e pegadas na entrada, aquilo era totalmente suspeito, e tudo indicava que uma invasão havia acontecido, ou talvez estivesse acontecendo, aproveitando a ausência de ambos.

- Tá bom, seus otários, se é assim que querem brincar, é assim que vou brincar. – Correria rápido até a entrada, me reencontrando com minha parceira equina. - Se prepara pra confusão, Nana. Não sei o que tá rolando, mas coisa boa não é. – Deixando a porta da frente aberta, me posicionaria nas costas do cavalo entre a mesma e a entrada da garagem, com visão das duas saídas, para então falar bem alto, com a intensão de que todos lá dentro pudessem ouvir. - É o seguinte, seus manés! Eu sei que vocês estão aí, são horríveis em encobrir seus traços! E para o azar de vocês, não vou sair daqui até dar uma surra em cada um de vocês, então vocês tem duas opções: Um, vocês ficam escondidos quietinhos fingindo que eu sou otário, até os outros chegarem e a gente fazer uma busca completa pela casa até achar vocês, ou dois, vocês vem aqui fora enquanto eu tô sozinha e tentam me eliminar juntos para fugir. – A verdade é que eu não realmente sabia se estavam ali mesmo, era um chute no escuro, pois podiam ter invadido e ido embora bem mais cedo, mas um blefe nunca atrapalhou ninguém.

Se nada acontecesse mesmo após meu anuncio, esperaria ali entediado por alguns minutos, esperançoso que alguém aparecesse. Eu não fazia ideia de onde eles estavam, ou se ao menos estavam ali, do contrário já teria pulado na confusão faz tempo, mas naquela situação só me restava me fazer de isca, e se mesmo após um tempo ninguém desse as caras, daria um suspiro derrotado. - Parece que já foram embora faz tempo... – Decepcionado, levaria Anais mais uma vez para a garagem e seguiria para o interior da casa, esperando Myr ou o pai. Se visse a própria Myr aparecendo, apontaria a lança para ela por reflexo, segurando a arma com a mão esquerda enquanto a direita se mantinha amarrada, até perceber o que estaria acontecendo. - Ei, então você tava aqui? Viu essas marcas de invasão aqui?

Mas se, conforme esperava, os invasores dessem as caras, daria um largo sorriso. - Boa escolha. – Ainda estava com a mão dominante amarrada, mas esperava que isso não fosse um problema tão grande, e no final combate real seria uma boa experiência para o treinamento. Aproveitando que estava a cavalo, montado naquela cela surpreendentemente estável que me permitia não precisar me segurar para não cair, seguraria a arma como uma lança de justa, bem na pontinha do cabo, com a parte da lâmina apontada para frente, passando os comandos de movimento para Anais com os pés, através de batidas e pressão em seu abdômen, além de comandos ocasionais. Assim, avançaria contra eles para tentar estoca-los com a lança, sempre me mantendo atento a todos eles, e caso algum tentasse se aproximar por trás, gritaria rapidamente para Anais. - Coice! – Um golpe daqueles com a roda giratória provavelmente doeria bastante. Também tentaria evitar ser cercado, sempre dando comando à minha companheira de como evitar qualquer tipo de cerco, enquanto eu tentaria abrir espaço ao brandir a lança forçando-os a recuar alguns passos. Seguiria sempre em movimentos através das rodas giratórias da Shari Shari no Mi, fazendo rápidos avanços e curvas para dar golpes de justa e, mesmo se errasse tudo devido à minha completa incapacidade de usar o braço esquerdo em combate, instruiria Anais em como ataca-los com coices e trombadas usando as rodas.

Se visse claramente que a lança não estava funcionando, apenas a guardaria, seguraria a rédea com a mão esquerda e começaria a dar comandos mais precisos para a própria Anais fazer o serviço. Na hipótese de algum deles tentar fugir, usaria a velocidade aprimorada de Anais para o alcançar rapidamente, visando passar por ele encaixar um coice bem dado de Anais, tentando desmaia-lo ou, no pior dos casos, jogar ele de volta para onde estava. Se tivesse terminado o serviço, tentaria juntar todos os invasores desmaiados logo em frente à casa, esperando a chegada de algum dos Leuchten, caso já não estivessem por ali. Procuraria alguma corda ou qualquer coisa parecida na garagem para amarrar eles caso não tivesse algemas suficientes para todos.



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