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Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 Capitulo 2 - Ticket To Ride

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Ravenborn
Achiles
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AutorMensagem
Achiles
Pirata
Achiles


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Créditos : 12
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MensagemAssunto: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptySex Jun 17, 2022 11:46 am

Relembrando a primeira mensagem :



Capitulo 2 - Ticket To Ride


[ Caçadores de recompensa]Kimberly Deshayes, Leonheart Valentine, Matteo Martini e Myriam Leuchten

não possui narrador definido.
Fechada

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Kekzy
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Kekzy


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Créditos : 46

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyQui Jul 21, 2022 9:08 pm




Próximo ao Centro Científico, em uma fornalha das quentes, Matteo ministrava a sua primeira aula sobre forja. Eram bons alunos que o rodeavam, olhando bastante atentos ao seu método, como crianças que descobriam um brinquedo novo - assim também agia a ruiva. Às vezes se aproximavam um pouco demais ao procurar um bom ângulo para acompanhar, causando algum possível incômodo. Escutavam com toda atenção do mundo às instruções do ferreiro, assentindo com a cabeça e guardando as perguntas ao final para não distrai-lo do processo. E o mais convincente de tudo eram as peças produzidas, de altíssima qualidade, diferente das produzidas ali, que davam para o gasto, mas o processo focava na quantidade e celeridade e não no primor de cada criação.

O chefe iria pirar se visse essas armas! - a ruiva fazia menção a lança, ao chicote e a espada forjadas pelo loiro. — Se conseguissemos fazer armas assim poderiamos atender a pedidos únicos e isso eleveria muito o nosso valor agregado - ponderava, com a voz exultante. Essa animação a levava a aceitar o pedido do rapaz, auxiliando-o a criar as peças de sua pistola, por fim exaurindo todos os materiais de forja que tinha consigo.

De quebra, ainda ensinava a mexer na máquina de forja e sobre os processos preparatórios, que em muito envolviam moldeiras - que tiveram que confeccionar, inclusive -, alavancas, água e vapor, pistões e roldanas. Nesse processo não era necessário temperar manualmente a arma, já que o ativar de uma alavanca simulava as batidas de martelo. Não era necessário manusear a matéria prima para deixá-la ao ponto do metal incandescente, bastava que se inserisse os materiais para que logo em seguida os retirasse para próxima fase. Era muito assim, a condução para a próxima etapa e a supervisão do processo era onde a força humana entrava.

Nisso, a tarde tinha passado e adentrava-se um pedaço da noite.

[...]

A ida ao psicólogo talvez fizesse Kimberly sair precisando de um. Era assim que Jin Meow mantinha seus clientes! Brincadeira, na verdade, Jin era uma psicóloga surpreendentemente séria quando atendia outros clientes. A reação com Kim com certeza tinha sido uma resposta à sua proposta inusitada. Felizmente, Kim era muito centrada e saiu quase ilesa dessa. — Você está de saída?! Como imaginei! Você é perfeita para ser a minha sucessora. Kimberry, eu te nomeio a próxima grande psicóloga fenomenológica, seu nome será mais famoso que o meu, porque além de carregar o meu, terá o seu! Não podia ser mais genial! - exclamava, nada cínica. — Quando você for rica, lembre-se de quem te deu a oportunidade de crescer e dividia um pouquinho, essa é a formula para a felicidade! - reivindicava, com uma risada espalhafatosa.

Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 Satania-laugh

Terminado suas lições de Psicologia que duraram uma tarde, saindo daquela clínica hospício, Kimberry voltava para a livraria de outrora, que ganhava um nome: NBR 6029. Inclusive, não era estranho que os locais de comércio fossem titulados de maneira que lembrasse uma codificação. Combinava com a estética da ilha, visto que os próprios robozinhos também tinham uma numeração de letras e números.

Para a sua sorte, ao voltar ao local, Valentine já estava tirando um descanso deitado com as pernas em cima do sofá no andar abaixo. Estava mentalmente cansado e superando o episódio anterior em que o gerente gostoso não tinha dado muito bola para o seu apelo visual. Entretanto, tinha conseguido um indicio ao perguntar como poderia retribuir: um convite para uma reunião quando pudesse. Bastava procurá-lo mais tarde ou outro dia. — Já que comentou, se puder me procurar mais tarde em minha sala, tenho algo a pedir, fica no segundo andar - tinha sido a sua fala, sem muita cerimônia, que antecedeu a sua saída enquanto a corujinha virava a cabeça em 180º para olhar para trás, em direção a Leon; o homem parava em frente a porta, esperando a coruja revirar a cabeça para frente para que seguisse adiante em seus passos. Ele estava ou não estava na dele? Infelizmente não tinha ninguém por perto para dizer "cara, ele tá tão na sua".

Só o tempo traria essa resposta, ou melhor, quando fosse encontrá-lo. Em relação ao horário, Leon podia ver pela janela de um dos lados do edifício que ao longe existia um grande relógio, de ao menos doze metros de altura, com ponteiros surpreendentemente grandes e pesados. E do centro do relógio uma cachoeira d'água caia e desaguava em canais fluviais que cortavam a cidade. Já eram 19h32. A tarde tinha sido bem aproveitada com um intenso estudo sobre forja especializada, uma das razões para o seu cansaço. Já era hora de comer alguma coisa e um lanchinho cairia bem antes do encontro com Myr.

Voltando para a cobertura, Leon e os demais, ou seja, Anais e Kimberly, se deparavam com uma cena quase mística. Naquele lugar alto, tinham um vislumbre de centenas de pontos luminosos amarelados ao redor do céu da cidade. Em cada nuvem de poeira/fuligem/sujeira vários desses pontinhos rondavam. Podia-se até pensar que eram estrelas em um primeiro momento, mas a poluição não deixava ver o céu com clareza. Era, na verdade, parte da fauna específica da ilha, uma espécie de vagalume que tinha se adaptado a se alimentar dos restos materiais expelidos pelas milhares de chaminés de Stevelty. Esse fenômeno era conhecido como céu de Stevelty. Valentine não sabia que eram vagalumes, logo insetos, e estava distante o suficiente para não perceber esse fato, podendo aproveitar a beleza peculiar da cena.

Comendo o seu sanduíche natural de B$ 3.000, Leon aproveitava junto a Kimberly, que aproveitava para comer uma Pasta Térmica de B$ 10.000 dessa vez. Talvez o seu momento de paz tivesse acabado, já que estava frente a frente com Leonhart, em lados opostos da mesa.  De alguma forma, no entanto, a cena podia trazê-los um pouco de calma diante do cenário turbulento que era a cidade. Era um pequeno milagre da natureza que embelezava uma paisagem urbana tão morta para quem não era entusiasta de tecnologia.

[...]

Longe dali, Myr esperava os seus companheiros para o jantar que o seu pai tinha preparado. Há algumas horas tinha deixado a livraria após estudar bastante sobre Mecânica, levando consigo cinco outros livros para casa, ao custo de B$ 1.500.000 ao todo. Uma coletânea inteira era chamada comicamente de Como ser notado pelo Governo sem ser preso, dividida em partes, Interrogatório, Investigação, Coerção e Rastreio, dentre outros volumes que não tinham sido comprados, do autor que escrevia sob o pseudônimo de Mister Low. Fora esses, a garota também tinha comprado um livro sobre Lições de Canto e outro sobre Lições de Instrumentos Musicais, ambos de autoria de Lady Huang, uma musicista local que costumava se apresentar em restaurantes chiques da ilha e em grandes eventos em datas comemorativas, como na virada do calendário.

Horas atrás, Myr encontrara-se com seu pai, um tanto tardiamente para o almoço, mas o seu velho tinha preparado uma prévia do jantar para o seu grupo de amigos, fazendo-a provar de seus pratos que envolviam uma pasta deliciosa e uma carne que lembrava em muito chorizo. Se tivesse a aprovação de sua joia preciosa, com certeza seria servido, do contrário o pobi teria que se virar nos trinta para arranjar outra coisa para que comessem. — Minha filha, que horas eles vem? Será que eles não esqueceram do horário? - questionava, com um certo cansaço e preocupação, arrumando as coisas que utilizaria para receber visitas em sua casa.¹

Noutro lugar, o pessoal já estava desocupado, tendo terminado seus afazeres a não muito tempo. Poderiam lembrar de supetão sobre o compromisso firmado com Myr e ir correndo ou caminhando até a sua casa.

Off:


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Ceji
Caçador de Recompensas
Ceji


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Créditos : 39
Localização : Stevelty

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyQua Jul 27, 2022 12:22 am



TICKET
TO RIDE
Preparações Cautelosas
Parte IV

Após finalmente me livrar daquela furada em forma de clínica que eu mesmo havia me metido, finalmente retornava um mínimo de paz de espírito. Minha mente e meu estômago necessitavam de um pouco de descanso e atenção, especialmente depois de quase o dia inteiro sem comer e fazendo meu cérebro trabalhar a mil. Ao menos a experiência prática havia servido para algo, fixando de vez o conteúdo lido no livro "Mas fora isso, acho que posso me dar ao luxo de ficar nos livros para o resto. Não tenho tempo de ficar gastando dias inteiros pra cada conhecimento que precise absorver. Especialmente meu aprofundamento sobre navegação, preciso saber tudo o necessário para fazer a travessia da Reverse Mountain assim que Myriam estiver com o navio pronto" Reformulava mentalmente minhas propriedades, conforme retornava à livraria-café de antes. Considerando tudo que havia passado em Stevelty, aquele estabelecimento estava sendo um verdadeiro salva-vidas, e eu faria questão de espremer até a última gota benefícios que eu pudesse ter nele.

Embora quisesse ver logo os livros que precisava, minha fome me impeliu a começar minha segunda passagem em NBR 6029 pela parte do restaurante, com a dita Pasta Térmica. Nada naquele restaurante era particularmente atrativo para mim, e os nomes temáticos me pareciam mais uma tentativa fajuta de mascarar a artificialidade e compostos nocivos da composição daqueles pratos; mas depois de algum tempo em Stevelty, sabia também que buscar algo melhor que isso era utópico. Assim, tentava apenas ignorar esse fato enquanto comia o macarrão, assim como ignorava também Leonheart que parecia estar ali desde cedo. Eu não sabia o que ele estava fazendo, e também não me importava em saber, porque a única coisa que eu tinha certeza é que me arrependeria se puxasse assunto com ele para questionar. Para minha sorte, as luzes que pairavam pelas nuvens de poluição do lado de fora atraiam as atenções, e eu torcia para fazerem o mesmo com o meu "companheiro" caótico. Se eu visse ele chamando atenção de alguma forma, porém, reviraria os olhos - Você é fisicamente incapaz de parar por um instante pra apreciar uma paisagem bonita? - Questionaria, incrédula, mesmo que a paisagem não estivesse sequer no topo da minha lista de belezas naturais, dada à poluição.

Após terminar a refeição, que mal compensava o dia inteiro sem comer, decidia me contentar con isso por hora e ir para a área da livraria, onde buscaria pelas estantes por um livro sobre Astronomia, um sobre Geografia, um sobre pintura, e por último um sobre Canto. Mesmo que não estivesse tão tarde, vez ou outra um pouco de sono pairava pela minha consiencia durante a monotonia da busca dos livros; era incrivel como durante a noite meus olhos sequer se fechavam, mas quando não queria ou podia dormir meus olhos flertavam com o sono. Depois de tantas noites em claro por causa dos pesadelos, meu relogio biologico havia se desregulado totalmente, e me restava apenas surpreender-me que isso não havia prejudicado meus estudos antes "De qualquer jeito não pretendia parar pra ler agora..." Pensava comigo mesma, balançando a cabeça assim que pegasse o último livro. Dessa vez não seria mesquinha a ponto de somente ler, até porque não estava com tempo no momento, e levaria os livros à área de compra - Boa tarde, querido(a), gostaria de comprar os quatro livros - E efetuaria então o pagamento.

Mais uma vez saindo do estabelecimento, cada vez mais se aproximava o horário marcado para encontrar-me com Myriam, e isso era um tanto desagradável. Não era como se eu não quisesse ver ela, mas era frustrante pensar que havia gasto basicamente meu dia todo apenas para ler e ter algumas experiências práticas de psicologia. Eu sentia que podia ter organizado tão melhor meu tempo, mas em vez disse tive um mar de desperdício em meio a um pouco de estudo "Se eu continuar nesse ritmo, até o imbecil do Leonheart vai estar mais preparado quando sairmos da ilha. Talvez eh consiga ser mais produtiva se dormir melhor?" Pensava, mesmo que não soubesse se era possível melhorar a qualidade do meu sono. O que eu imaginava, porém, era que uma ilha como essa talvez tivesse algum remédio nas farmacias que me ajudassem, e seria pra lá que eu iria. Buscaria uma farmácia pela região, e ao acha-la, iria até o funcionário na recepção - Boa noite, eu queria uma caixa de remédio para dormir - E se tivessem, efetuaria o pagamento. Conseguindo ou não o remédio, percebendo que já estava tarde, partiria logo para a casa de Myriam, buscando pela moça ou por alguma pessoas com traços parecidos. Quando enfim a achasse, me aproximaria - Espero que essa reunião seja proveitosa, eu tenho coisas pra preparar também - Diria, seguindo-a - Mas e você, alguma previsão quanto ao navio?

Histórico Ceji:

Objetivos:

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KIMBERLY DESHAYES


cactus



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Hoyu
Narrador
Hoyu


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Créditos : 77

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptySáb Jul 30, 2022 12:53 am

Leonheart Valentine


Tentando desenrolar algo com o gerente daquele estabelecimento, o provoquei após ele trazer minha comida oferecendo a salada de frutas de Anais de graça, e qual não foi minha surpresa quando me convidou para ir falar com ele quando pudesse. Normalmente sempre espero negativas aos meus avanços, e secretamente é com elas que mais me divirto, então aquela resposta havia sido inesperada. Entretanto, seu jeito ríspido me passava a impressão de que não era exatamente isso que queria dizer, o que ao menos me daria a chance de pegar ele de surpresa com um avanço não convencional. Toda a cena com a coruja me fazia ter quase certeza agora que ele realmente conseguia ver através dela de alguma forma, o que me fazia pensar sobre meu estado deplorável após ter dormido na rua, percebendo que talvez sua falta de interesse fosse devido a isso. - É, Nana. Tenho que lembrar de vir caprichada e arrumada da próxima vez. – Em seguida, voltei a estudar, mas todo aquele papo de forja e manejo de metais era muito mais cansativo do que eu esperava, definitivamente menos interessante que a confecção de roupas, mas não tinha muita opção se quisesse ficar ainda melhor.

Após um descanso ao fim dos meus estudos, voltei mais uma vez para a cafeteria aberta no último andar, encontrando novamente Kim ali. Não via o meu bofe nos arredores, então assumi o risco, sentando-me com a esverdeada para encher seu saco como sempre. - Kiiiiiim! Quanto tempo! Quer dizer, não tanto tempo assim, mas já sinto que somos tão próximas. – Faria biquinho, me inclinando sobre a mesa em sua direção. - E saiba que estou cuidando muito bem daquele presente que me deu, realmente não esperava que você fosse tão afetuosa a esse ponto. – Nem havia chegado a usar o chicote, então tecnicamente era verdade. Sendo chamado a atenção para apenas aproveitar a vista, não me sentia muito impressionado pelas luzes no céu. - Se não fosse essa fuligem toda, as estrelas no céu seriam muito mais bonitas, tenho certeza. Esse lugar aqui é horrível, cinza, e se contentam com pouco, não duvidaria se isso fosse um monte de luzinhas que penduram pra lembrar como as estrelas são. Ah, se fossem na minha ilha natal veriam o que é bonito de verdade.

Comendo a refeição junto de minha companheira, tiraria uma porção de cerejas das minhas coisas e ofereceria para Anais, como havia prometido. - Aqui, garota. Promessa é dívida. – Como ela não havia arrumado confusão, tendo se comportado o dia todo, precisava cumprir minha parte do acordo. Assim que Kim se levantasse para sair a acompanharia, porque na verdade não fazia ideia de onde a casa de Myr era. Lembrava de falarmos em nos reunir lá, mas estava muito distraído e levemente embriagado, então minha melhor chance de chegar lá era acompanhando Kim. Vendo-a comprar livros, daria uma risada sem o menor pudor. - Pra que comprar esses livros? Só entrar e ler tudo de graça, você tá sendo burra. – Não me importava nem um pouco de dizer isso na frente dos vendedores, pois realmente acreditava nisso. Além do mais, eu possuía outros motivos para voltar ali novamente, então eram duas vezes mais burrice comprar os livros para levar.

Terminando tudo que Kim precisava fazer, apenas seguiria ela, onde quer que ela fosse depois dali, até finalmente chegarmos na residência da espadachim, onde entraria sem pensar duas vezes, trazendo Anais comigo pelo provável curto espaço da porta para um cavalo. - Oh de casa? Como vocês estão? Tem comida e bebida? Onde eu me sirvo? – Olharia ao redor, buscando alguma comida preparada para a nossa reunião. - Ah, tem o navio, né. Já fez ele? – Eu nitidamente não fazia ideia de como era o processo de fazer uma embarcação, entretanto isso não me impedia de perguntar uma dúvida idiota como essa.



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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyQui Ago 04, 2022 6:59 pm



ticket to ride

The girl that's driving me mad is going away, yeah, oh


A tarde trabalhando e ensinando na forja foi longa, mas eu não podia dizer que não tinha sido divertido. Armas não eram o único tipo de coisa que eu gostava de criar, é claro, mas elas com certeza estavam entre as mais interessantes: existem tantos tipos diferentes, e mesmo assim você pode criar vinte espadas e fazer cada uma ser completamente diferente de todas as outras. Eram perfeitas pra deixar a imaginação correr solta, ou pra customizar até ficarem perfeitas nas mãos da pessoa que se tem em mente.

- Não que produzir em massa seja algo ruim. É impossível fazer armas personalizadas assim em quantidades muito grandes, então cada método tem suas vantagens. Mas como você disse, acho que vai ser uma ótima oportunidade se vocês aproveitarem! - respondi à ferreira, certo de que ao menos tinha subido um pouquinho no conceito dela apesar das primeiras impressões. Depois, dessa vez com ela me guiando, eu tive a chance de usar aquela forja automatizada que tinha dado início a toda a nossa interação, e ela era tão incrível quanto eu imaginava. Eu com certeza faria uma parecida pra mim no futuro, mas por enquanto, minha grana tinha outras prioridades.

Com a última arma - minha pistola - pronta, eu finalmente tinha terminado meu trabalho por ali. - Wow, o tempo voou mesmo. - reparei que o céu já vinha escurescendo, e que eu provavelmente não tinha lá muito tempo até o nosso encontro na casa da Myr. Arrumando o restante das minhas coisas, eu me despediria do pessoal da forja, voltando pras ruas da cidade - mas ainda tinha umas paradas antes de ir até a casa da minha nova amiga. O motivo? Digamos apenas que trabalhar numa forja não costuma te deixar limpinho e cheiroso, e eu também me recusava a aparecer de novo com a mesma roupa de sempre. Eu precisava de uma mudança no visual, urgente.

Assim, meu primeiro destino seria alguma loja de roupas, moda, ou qualquer coisa do tipo - a primeira que conseguisse encontrar. Honestamente, eu não entendia muito daquelas coisas. - "Ter o Leon por perto ajudaria bastante agora, lembro que ele tinha dado umas dicas pra Myr da última vez." - eu pensaria, dando uma volta em busca de alguma roupa que me chamasse a atenção. Pediria uma mãozinha pra alguma atendente, se houvesse, porque também não podia perder muito tempo ali: assim que tivesse feito as compras, precisava ir correndo pra algum lugar onde pudesse tomar um banho e me trocar - talvez voltando pro hotel, ou até indo pra alguma casa de banho, o importante era não demorar e acabar me atrasando.

Assim, quando estivesse de banho tomado e de roupas devidamente trocadas, eu finalmente poderia ir até a casa da Myr me encontrar com os outros. Não me esqueceria de levar as armas de todo mundo, é claro, e mal podia esperar pra ver as caras deles quando vissem em primeira mão o que eu sabia fazer. - Hmmm...acho que era por aqui? - eu caminharia pelas ruas de Stevelty com certa pressa, já que a essa altura, podia já estar até atrasado. Quando encontrasse o lugar, bateria na porta: - Myr? Galera? É o Matt! - diria em voz alta - Sigh...tomara que eu tenha chegado na hora. - apesar do suspiro, estava animado pra ver todo mundo. Essa reunião ia decidir os nossos próximos passos como caçadores de recompensas...como um time!

O que será que nos aguardava?



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Roupinha:


Post 04

Stevelty

Level 4




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Kekzy
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Kekzy


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptySeg Ago 08, 2022 8:10 pm




Após se bicarem na cobertura da livraria e café NBR 6029, para a infelicidade de Kim, Leon passava a acompanhá-la enquanto procurava de estante em estante os livros desejados. Empilhava-os sobre as mãos, carregando-os até a recepção, sob a agradável companhia de Leonhart. Essa era a lista de livros comprados pela garota, os quais perfaziam um montante de B$ 1.000.000.

Reflexão Astral - Ast M.M
Pathfinder: Topografando o básico - Owl
Estudos em tela: parte I - Calx
Encantando - Hatsune M.

Talvez tentando despistá-lo, em vez de ir direto para a casa de Myr, Kim desviava da rota para uma farmácia, onde comprava uma cartela de remédios para sono, com cinco unidades, pela bagatela de B$ 300.000. Para seu infortúnio, Leon continuava em sua cola, junto da satisfeita Anais, que estava bem dócil após encher o buxo, de vez em quando afagando a cabeça em Valentine. Fosse por querer ou não, colocava um pouquinho de força a mais e acabava quase desequilibrando-o.

Enquanto isso, Matteo se despedia do pessoal da forja. — Volte quando puder, tenho certeza que o chefe iria querer falar com você! Ele não está aqui agora, mas talvez outro momento... você vai passar um tempo por aqui? - a ruiva das orelhas pontudas indagava. — Uma pena... - responderia a uma negativa. — Ótimo, te vejo em breve então, só trate de se aproximar normalmente quando vier... - diria em tom amistoso.

Se o rapaz realmente voltaria ou não, só o tempo diria, mas no momento este tinha outro destino e um pequeno desvio. — Não quer testar essa? - a primeira vendedora indagava. — Que tal essa? Cairia muito bem em você, ficaria um gato! - um segundo vendedor exclamava, mostrando outro conjunto de roupas para o rapaz, que mesmo um pouco sujo ainda conseguia receber elogios. — Essa aqui com certeza cairia melhor em você, acho que o trocador está ocupado, bem que você poderia trocar aqui mesmo - tentava puxar o rapaz para uma sessão de roupas próximas. — Você já vai? Não quer experimentar mais nada? - questionavam, em tom descontente, diante da única peça de roupa que o rapaz tinha selecionado até então, o que não o impedia de levar mais umas, somando-as aos B$ 100.000 já gastos.

Visualmente renovado, os três faziam o seu caminho até a casa de Myr, encontrando-a parada em frente à casa. Assim, conseguiam encontrá-la com mais facilidade após perambular um pouco entre caminhos. Kim, Leon e Anais eram os primeiros a chegar, enquanto Matt chegava poucos minutos atrasado, mas cedo o suficiente para pegar o bonde entrando. — Entrem, entrem! Vocês não vão ficar aí fora comendo poeira, não é? São os amigos que minha falou, sintam-se bem-vindos, preparei um jantar para vocês, espero que gostem! - o velho se revigorava, puxando e empurrando todo mundo gentilmente com tapinhas nas costas. — Minha pimpolha parece um pouco aerea, imagino que esteja tendo lembranças... enquanto isso, permitam-me entretê-los - os guiava para a mesa de jantar.

A casa de Myr era um tanto distinta do que se podia encontrar em Stevelty. Havia mais madeira que metal, mas ambos se mesclavam para estruturar a casa e decorar os aposentos. Diferentes elementos contrastavam ali. No primeiro cômodo ao entrar se localizava um hall de entrada, com um tatame de madeira, paredes com vigas de ferro e uma mesa baixa de Ezomatsu ao centro, onde podiam se sentar sobre almofadas ao redor. Era um bom lugar para conversar e às vezes tomar um café da manhã mais leve ou mesmo um lamen.

O cômodo seguinte, entretanto, era uma verdadeira mesa de jantar de bronze, cerceada por cadeiras de madeira de mesma cor, mas em um tom mais fraco. Um lustre de energia elétrica com quatro lâmpadas iluminava a sala toda; uma delas encontrava-se apagada, enquanto a outra piscava fracamente. Era uma mesa grande, com oito lugares. Sobre a mesa encontrava-se uma travessa com diversos pedaços de filé de carne, arroz, caldo, macarrão e vários complementos como ovos, vegetais, etc, além de pratos e tijelas, talhares ou hachis. O velho tinha apostado em um menu inicial, mas permitindo que cada um montasse o seu prato como gostava. — Sirvam-se, fiquem a vontade - dizia, sentando-se na ponta da mesa. Myr sentava-se ao seu lado, como de costume, e como inquietamente nunca se habituariam, a outra cadeira ao lado permanecia vazia, sob a lâmpada não iluminada.

Poderiam explorar mais a casa de Myr, se assim desejassem, adentrando o corredor que levava a quartos ou passando pela porta que levava ao jardim. O pai da garota não se incomodaria se o fizessem, portanto que mantivessem o bom senso e não invadissem os cômodos privados. — Esses móveis, os fiz com as próprias mãos... essa cadeira em que você está sentado... quase perco um dedo serrando a madeira quando a pequena Myr ficava de um lado para o outro bagunçando, ahhh, como ela era enérgica, uma diabinha... - dava um sorriso saudoso. — Vocês acreditam que... - contava histórias sobre a infância de Myr, como todo pai faz no encontro com os amigos.¹


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptySeg Ago 15, 2022 9:38 pm


Myriam Leuchten
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POST 04





Eu podia já ter esse interesse, mas o que finalmente fez eu botar minhas mãos calejadas naqueles livros de música eram sua história — Ain, Lady Huang... — suspiraria os abraçando na saída da loja. Não seria exagero dizer que a moça havia sido minha primeira paixão, mesmo que na inocência infantil da época. Não era estranho ver a pequena diabinha de rosa com seus mal dez anos fugindo dos braços do pai pra ouvir a soprano um pouco mais de perto, até já cheguei a levar uma surra de alguns fãs mais "calorosos" por me embrenhar demais na multidão. Por sorte sempre fui forte, quando começou a doer eles já estavam cansados. "Ouvi falar que depois que ela alcançou fama além daqui, tinha montado um navio cruzeiro que faz shows desde os blues até a grand line com uma banda de tanto peso quanto ela, já que dizem que apesar dos perigos é lá que o verdadeiro dinheiro corre. Não é como se esse tipo de história fosse sempre verdade, mas se for, eu ia ficar feliz de pelo menos ter alguma chance na vida de reencontrar ela e poder devolver um pouco do prazer que ela me fez sentir naquela época, e não desperdiçaria a oportunidade".

Afiada no ritmo dos meus passos enquanto acelero irremediavelmente para finalmente abrir aquele escrito em casa, seria atraída pelo cheiro gostoso do lugar — Nossa, aí sim! — pegaria um pedaço da carne na mão, saboreando e depois lambendo os dedos — Relaxa paizin, ainda tá cedo, deve estar todo mundo ocupado. Precisa correr não, tá? —. Mesmo com as falas relaxadas, durante elas não iria parar de movimentar cadeiras e passar a vassoura naquele lugar cheio de pó.

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Em meio ao ambiente que Stevelty é hoje, nossa casinha e, principalmente, nossa oficina, podiam ser consideradas lugares bem exóticos — ao invés dos tijolos e vigas férreas sustentando sua instituição, a área de trabalho era quase como um confortável chalé, só que bem grande e com bastante espaço lateral para confortar o estaleiro. Quase tudo era madeira, dos móveis às paredes e o piso laminado, todos de diferentes árvores que ajudavam a manter uma sinfonia de cores mais variada. Excessões notáveis seriam alguns dos pisos da oficina, emborrachados para facilitar a remoção da serragem e manutenção das peças, e os largos vidros que compunham as paredes laterais da casa. Pai disse que mamãe adorava eles porque todo mundo podia ver o trabalho belo dos dois até de dentro de casa, mal sabia ela a maldição que isso seria quando ninguém mais quisesse que estivéssemos lá.

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Aproveitando-me do tempo até que os dois chegassem, me sentaria num espaço à mesa logo após organizarmos sua estrutura e decorações de arranjos florais, e folhearia primeiramente o livro de técnicas vocais da senhorita Huang de maneira rápida. O objetivo era primeiro montar uma estrutura de ensino o mais rápido que eu podia, para que até o chegar do anoitecer já tivesse feito algum avanço. Felizmente não era muito necessário, a ordem do livro era perfeitamente organizada para iniciantes em mente, o que era um grande alívio.

Mi mi... Miiii... era um pouco vergonhoso fazer os exercícios e comandas do livro com gente perto, mas meu pai era também meu confidente, então a única preocupação seria eu cuidar da multitarefa de ler eficientemente enquanto pratico manter a voz na linha. Para compreender os encaixes de notas, pelo menos em sua base, também mantinha o livro de instrumentos aberto do lado como apoio e consulta. Para ter um reconhecimento breve melhor da minha própria voz, me poria num canto com mais eco na casa momentaneamente, fazendo ao mesmo tempo uma técnica de pressão na área ao redor da minha orelha que o livro recomendava para limitar a voz de cabeça, o que imitaria um "retorno".

Algumas das coisas ditas pareciam ser difíceis de se acompanhar só com um livro, é uma fonte muito limitada de conhecimento sobre uma disciplina que nem manifestação visual possui, mas faria o possível para contrabalancear isso usando de comparação entre o que é dito, o que consigo reproduzir com minha voz e o que me recordo de apresentações que vi durante o decorrer da minha vida. Aos poucos a manutenção do fôlego do pulmão vai pesando, então reforço o equilíbrio da respiração e cuidados da garganta com alguns goles d'água quase que cronometrados em pausas específicas.

Ao fim da tarde, todo o processo seria mais um "afinamento", decorar posturas mais sólidas e confortáveis, refinar a articulações vocal e mudanças naturais de tom e cuidar um pouquinho da minha garganta que ja estava o puro gosto de sangue ferroso a esse ponto. Certamente não esperava receber os convidados sem voz, o que era uma consequência perfeitamente evitável caso eu simplesmente não corresse com tudo, mas a empolgação desmedida costuma cobrar seu preço hora ou outra. Aquilo obviamente não era o fim da minha leitura e treino, só a corrida maior, meu contato principal com o que formava essa teoria tão bela da composição e atuação musical, a partir desse ponto teria de me esforçar muito mais se quisesse chegar perto de um músico de verdade, não é só talento natural e conhecimento da teoria que fazem de alguém uma artista, mas finalmente tinha em mãos os ladrilhos para eu mesma preencher o chão esburacado.

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Proficiência • Canto

O jantar ia ser na sala principal, que é próxima da cozinha. Os pratos do meu pai estavam incríveis a meu ver, e infelizmente não tinha muito o que eu mesma agregar a isso devido minha inexperiência com trato alimentício. Podia me virar, mas pros meus amigos do coração "me virar" não é o suficiente, ia ser patético "alguma outra hora eles comem da minha comida ruim, hoje quero dar uma boa primeira impressão! Quer dizer, segunda? Acho que a terceira na verdade, mas não importa".

Ansiosa, sentindo primeiro os traços de cheiro de gente de fora se aproximando de casa ao longe, me manteria de braços cruzando batendo os pés do lado de dentro esperando que aparecessem, mordendo os lábios de pouco em pouco até perceber que estava começando a machucar. Ao sentir adentrar na madeira da casa o perfume cuidadoso de Kimberly e ver sua figura de forma clara meu semblante se iluminaria vividamente, como se fosse uma velha conhecida que eu não vejo a anos horas. Passando por ela com um sorriso e olhar fixo, correria e abraçaria Leonheart e Anais cada um com um braço também, finalmente abrindo a boca com uma voz esganiçada de quem engasgou com pilha palito — Entra gente, entra! Repara na bagunça não, podem se acomodar tá? — também cumprimentaria Matt com um soquinho no ombro e uma bagunçada de cabelo extremamente pessoal — Último a chegar, último a se servir. Vai se arrepender, meu pai é o melhor cozinheiro da região. "... região da minha casa, no caso, mas vou dar uma elevadinha na bola do coroa. Não que ele não seja excepcional, longe disse, no meu coração e no meu paladar é o primeiro lugar de longe, ninguém bate os cozidos e massas do meu pai".

Sentando-me à mesa, mesmo empolgada com a comida, me restringiria primariamente a água. Queria aproveitar o momento de ver todo mundo escolhendo a comida e se aproveitando do ambiente, ia me deixar bem feliz do que atacar o filé direto, apesar do cheirinho estar me matando. Vendo as histórias, iria inevitavelmente rir um pouco sobre o comentário dos móveis, minha voz já começando a se recuperar e eu usando minhas novas adquiridas capacidades de canto para manter o discurso mais claro e sonoro, mesmo ainda sem conseguir falar muito alto — Aah cara, eu cortei uma asa fora e não tô reclamando, não vem pra mim falar de um dedinho! — riria, cobrindo a boca com um pouco com vergonha.


I KNOW IT'S NOT MUCH BUT IT'S THE BEST I CAN DO, MY GIFT IS MY SONG AND THIS ONE'S FOR YOU


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Ficha:

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Atributos:
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FALA | PENSAMENTO

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptySáb Ago 20, 2022 11:07 pm



TICKET
TO RIDE
Preparações Cautelosas
Parte V

Logo a hora de nos encontrarmos na casa de Myriam se aproximava, e, por mais que eu não visse motivo algum para nos reunirmos dessa forma antes de terminarmos os preparativos para sair da ilha, um compromisso social era um compromisso social, e não poderia ignora-lo. Sendo sincera, se a situação fosse outra, talvez eu houvesse tentado dar uma desculpa para perder o mínimo possível de tempo lá quando podia estar continuando meus estudos para a viajem, mas havia um fator que me fazia legitimamente pensar em ir logo para lá: Leonheart Valentine - Não precisa agradecer, não fiz pra agradar. Ia ter que arranjar um chicote novo de qualquer forma - ”Foi mais como jogar lixo na lata de lixo” Respondia à conversa fiada do rosado, por mais que não quisesse gastar saliva ou sanidade tentando dialogar com ele - E, porque diabos alguém penduraria luzinhas na cidade? Não é como se houvesse um domo acima de Stevelty pra dar suporte pra isso. Acho mais plausível serem algum tipo de luz de robô ou drones. Ou quem sabe vagalumes, vimos que existem na ilha, ou ao menos na floresta - Respondia, desistindo depois de mais tentativas dele, com ao menos uma esperança daqueles minutos pararem de parecerem horas.

Se o lanche foi desagradável, a saída do estabelecimento conseguiu ser ainda pior - ... - Tentava me controlar para não me exaltar ao ser chamada de “burra” pelo maior idiota crônico que já havia visto em toda a minha vida - Lembre-me de nunca confiar em qualquer capacidade sua que não seja costura. Ou melhor, não, não fale comigo, vai ser melhor pra nós dois - Respondia, deixando um pouco de veneno exalar pelas minhas palavras, próxima de desistir de tentar ser legal com Leponheart - Dinheiro vai ser o último dos meus problemas quando começar a capturar mais criminosos, mas, felizmente para nosso navio eu não sou idiota a ponto de abandonar o material de referência depois de um estudo, achando que não podem haver imprevistos. Se o bem estar do navio estivesse nas suas mãos, estaríamos mortos em menos de 24 horas - Me viraria após a compra, indignada, e seguiria meu caminho. Depois do passa fora, eu imaginava que nós fossemos seguir nosso caminhos separados até a casa de Myriam, mas ver o som de cavalgada próxima servia apenas para quebrar minhas esperanças "Porque justo comigo?!?" Pensava comigo mesma, conforme fazia o caminho mais alternativo possível até a casa de Myriam, e aproveitando até mesmo para passar na farmácia no caminho. Infelizmente nada parecia dar certo para fazê-lo seguir separado, então por fim desistia e ia direto à cada da carpinteira "Se eu chegar lá ao menos ele deve me largar e grudar no Matt" Mas, se ele me questionasse sobre meu caminho, responderia - Tenho coisas pra fazer, então estou seguindo por outro caminho mais longo - Na esperança dele finalmente desistir de mim.

Após a provável falha em me separar de Leonheart, logo seguia as direções que Myriam havia me passado, em mais de uma ocasião, até aquela inusitada casa em meio ao mar de ferro de Stevelty. Ver pela primeira vez a casa de Myriam foi realmente uma surpresa, uma vez que aquela madeira parecia quase fora de lugar longe da restrita floresta das ruinas, e definitivamente era uma surpresa bem vinda depois de tanto tempo me contentando com aquele metal frio. O ranger da madeira sob meus pés me lembrava da época que pisava sobre o assoalho do navio, e me fazia esquecer o inferno de aturar Leonheart que havia passado a pouco tempo atrás, dissipando um pouco da carranca em meu rosto. Para completar, o pai da espadachim havia preparado uma refeição, e não uma refeição qualquer, mas uma normal. Meus olhos quase lacrimejavam ao ver o arroz, o caldo, os vegetais... Fazia dias que eu não via uma refeição decente como aquela, e, junto do ambiente mais agradável, agradecia por ter achado ao menos um misero lugar decente em meio ao monte de sucata que chamavam de ilha - Não sei quanto ao sabor, mas já ganhou alguns pontos comigo de não fazer um “bife de engrenagem” ou qualquer coisa do gênero - Respondia à moça orgulhosa da comida de seu pai. Sem mais delongas, me sentaria antes que Leonheart tivesse tempo de me envolver em algum barraco desnecessário, e pegaria um pouco do caldo para comer, junto de alguns legumes e um pequeno pedaço do filé; já havia comido um pouco de macarrão a não muito tempo atrás, e não adiantaria nada a comida dali parecer mais saudável se eu acabasse comendo demais e ganhando peso.

Enquanto eu saboreava o caldo, o pai de Myr começava a contar historias da infância da garota; historias que para ela poderiam ser vergonhosas, mas para mim era uma ótima oportunidade de entender melhor a mentalidade da futura colega de barco, especialmente depois das lições com Jin Meow - Ainda lembro de quando comecei a ensinar minha piquitucha a trabalhar com madeira. Ela era ainda muito novinha, e vocês sabem como crianças são, não é? Quando se sentiu confiante, ela construiu uma espadinha de madeira por baixo do meu nariz e começou a brincar de lutinha pela casa! - Uma risada se seguia, e eu conseguia ver uma clara nostalgia em seu olhar - Para minha sorte não havia muitas coisas frágeis em casa, os moveis e decorações que eu faço são bem resistentes. Mas, apesar do desastre, olhe onde ela está hoje, com uma espada de verdade, conseguindo seu próprio dinheiro - Ele terminava a história, e eu não conseguia evitar de olhar para a moça, imaginando-a tantos anos mais jovem. Ouvir as travessuras dela me lembrava das minhas próprias no antigo navio mercante, e me perguntava se ela também tinha saudade desses tempos passados. Esses pensamentos, porém, duravam apenas até ouvir os comentários da própria Myriam - ...”Asa”? Não sabia que vocês criavam pássaros também. Você não me pareceu exatamente a entusiasta quando fomos à floresta – Comentava, puxando assunto com Myriam, como se tentando fazer ela falar mais. Eu conseguia sentir que havia algo de errado, só não conseguia dizer exatamente o que...

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KIMBERLY DESHAYES


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyTer Ago 23, 2022 5:06 pm



ticket to ride

The girl that's driving me mad is going away, yeah, oh


Com tudo resolvido na forja, eu me despedia da ruiva de orelhas pontudas, cuja impressão de mim eu felizmente consegui melhorar com o trabalho que fiz durante a tarde. - Eu provavelmente ainda vou passar um tempinho na ilha, então nem se preocupa, vou ter certeza de dar outra passada por aqui depois. - eu disse, e ao ouvir ela comentar sobre me aproximar normalmente, daria uma bela gargalhada, respondendo com um sorriso: - Heh, se você tiver trabalhando em algo legal quando eu chegar, não prometo nada! - e assim, eu deixei o lugar, atrás de um banho e roupas novas pra ir até a casa da Myr.

Pensando agora, aquela devia ser a primeira vez que eu visitava a casa de um amigo - ou amiga, nesse caso. O fato de eu nunca ter saído muito do Café quando a gente parava nas ilhas não ajudava muito, é claro, mas ainda assim. Eu fui andando pelas ruas com um friozinho estranho na barriga, me perguntando se as roupas que tinha comprado estavam combinando, ou se ainda tinha ficado algum cheirinho das horas trabalhando na forja, apesar do banho. E por falar na forja, eu ia levando um monte de bagagem comigo, já que as armas da Myr e do Leon eram especialmente grandes.

Quando eu finalmente cheguei no endereço, os outros dois já estavam sendo recebidos pela nossa espadachim de cabelos rosas favorita, mas por sorte o meu atraso não foi tão grande assim. Ela me cumprimentou, e eu devolvi o soquinho no ombro com um sorriso no rosto. - Foi mal, acabei me ocupando com umas coisinhas de tarde. Tenho uma surpresinha pra vocês, mas primeiro vamos ver se o seu velho é isso tudo mesmo na cozinha. - e seguiria junto com todo mundo lá pra dentro, chegando a salivar um pouquinho com o cheiro da comida tomando o ambiente. Por um momento, eu senti saudades do Café, já que a comida que o Nicolò preparava também era divina, mas afastei o pensamento. Não era hora de ficar pra baixo.

E olha, depois de ver o pai da Myr pela primeira vez, não era difícil de adivinhar de onde vinha a beleza dela. Ele aparentava até ser jovem, ou pelo menos bem mais jovem que o meu velho, e não dava pra dizer que o cara não era bonito. - Meu nome é Matteo, mas todo mundo me chama de Matt. É um prazer, tio. - me apresentaria, só agora me dando conta de que não fazia ideia de qual era o nome dele. Dito isso, toda a comida servida na mesa parecia estar maravilhosa, e eu aguardaria ansiosamente a minha vez de me servir, encaixando tudo que conseguisse em meu prato - estava faminto depois daquele tempo todo trabalhando. O jantar foi bem animado, com o pai da Myr contando histórias de quando ela era mais nova.

- Quê? - eu ergui uma sobrancelha, confuso, quando Myriam comentou sobre "cortar fora uma asa". Como assim uma asa? A conclusão de Kim foi mais assustadora ainda, no entanto. - Não, não, pera aí. Não acho que ela tá falando de um passarinho, que dó. Deve ser a asa de um...é...barco...? - eu percebi que não estava fazendo o menor sentido, e limpei a garganta - Digo, eu aposto que é alguma peça que a gente não conhece. - expliquei. Mas sendo sincero, isso também não fazia muito sentido. Nunca tinha ouvido falar num barco com asa. O que será que a Myr tava querendo dizer com aquilo então? Só continuando a conversa pra descobrir.

Dito isso, quando todo mundo tivesse terminado a janta, eu me levantaria da minha cadeira e iria até as bolsas que tinha trazido comigo, fazendo um sinal pra que se virassem pra mim. - Eu tinha dito que tinha uma surpresinha, não tinha? Deixa eu ver...aqui, Myr, primeiro você! - diria, tirando da bolsa a grande espada que tinha forjado mais cedo, abrindo um belo de um sorriso no rosto ao entregá-la nas mãos da espadachim. Em seguida, faria o mesmo com os outros dois, entregando o chicote de Kim e a lança de Leon. - Heh, podem apreciar à vontade, porque deu trabalho. Eu falei pra vocês que era bom com essas coisas. - sorriria, orgulhoso dos resultados, e ficaria de olho na reação de cada um - tinha esperado bastante por esse momento!



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Stevelty

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Hoyu
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Hoyu


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyQua Ago 24, 2022 10:56 pm

Leonheart Valentine


Kim parecia especialmente determinada em me fazer parar de a acompanhar, mas essa insistência toda só fazia tudo ficar mais divertido, seguindo-a de um lado para o outro apenas para a incomodar enquanto ela fazia seus afazeres. Estava tudo indo muito bem, mas um comentário da esverdeada levantando a possibilidade daquelas luzes no céu serem vagalumes me causou um calafrio, e se não fosse todo depilado, certamente sentiria meus pelos enriçarem. - T-tá brincando, né. Essas coisas não são vagalumes, né? Né? – Apesar de tentar não acreditar muito naquilo, passei o resto do trajeto colado em Anais como uma medida de segurança, olhando os arredores vez ou outra. Ao chegarmos finalmente na casa de Myr, fomos recebidos alegremente pela rosada, que veio abraçar Anais e eu assim que chegamos à porta, enquanto Matt chegava logo em seguida. - Tá vendo, Kim? Parece que ela tem favoritas. – Olharia de canto de olho para a esverdeada com um sorriso zombeteiro antes de retribuir com força o abraço, ou ao menos o mais forte que conseguisse, o que para Myr não deveria ser muita coisa.

Entrando na casa, ver um lugar naquela ilha que não era feito de bugigangas causava até uma sensação de estranheza, e o que parecia ser o pai dela fazia um pequeno tour, mas ao chegarmos na sala de jantar, com toda aquela comida na mesa, meu foco mudou completamente. - Opa, cheguei primeiro! – Correria rapidamente para me sentar na cadeira mais próxima. Estava prestes a pegar a comida, quando pensei em uma coisa: desde aquela noite, na qual enfrentamos Toth, não consegui tirar da minha cabeça a forma com que usei o chicote que Kim me deu, enrolando-o em uma pedra para ganhar mais força, mas quanto mais pensava naquilo, mais me questionava se conseguiria fazer algo do tipo também com uma lança. Se conseguisse prender um chicote ou uma corda na base da lança e usar ela para manejá-la à distância, minha habilidade de luta aumentaria muito, mas tinha um problema. Se fosse manejar a lança e o chicote ao mesmo tempo, precisaria das duas mãos para isso, mas minha mão esquerda certamente não era hábil a esse ponto. Assim, só me restava uma opção.

Pegando da mochila de rodinhas o casaco rosa da minha outra roupa, iria até Myr ou o pai dela, viraria de costas e colocaria a mão direita para trás. - Me dá uma ajudinha aqui. Usa esse casaco pra amarrar minha mão atrás das costas. – Se fosse questionado o intuito daquilo, apenas daria um sorriso. - Estou passando por um treinamento de extrema importância. – Tendo o braço amarrado, teria então a certeza de que só conseguiria usar a mão esquerda para qualquer tarefa que fosse fazer. Estava decidido que ficaria assim até ter confiança em usar a mão esquerda com propriedade, e poderia causar bagunça no início, mas não seria nada que não pudesse escapar com boas gargalhadas. Assim, faria o possível para me servir do máximo de comida possível usando a mão esquerda, recusando qualquer ajuda, e comeria de forma bem desengonçada com um único garfo.



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Kekzy
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Kekzy


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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyQui Ago 25, 2022 8:38 pm




[Algum tempo atrás, antes do pessoal chegar na casa da Myriam]

Ler um livro é sempre uma experiência especial, ainda que seja um livro ruim, mas e quando ele já significa algo de bom para nós? Aquele amontoado de folhas reunia mais que apenas palavras para Myr, a qual revisitava memórias mornas e que lhe acalentavam o coração tanto quanto a gentil temperatura entre os revestimentos de madeira que garantiam que sua casa estivesse sempre agradável, diferente do exterior em Stevelty.

As horas se passam rápido quando se faz o que gosta e a garota se via perdida no tempo até subitamente se dar conta que seus amigos tinham chegado. Alguém com a audição aguçada poderia até mesmo escutar as últimas notas desse canto celestial. Só não saberiam que era realmente uma anjinha cantando.


[Presente]

Com todos sentados à mesa, conversa vai e vem, os ânimos momentaneamente apaziguados entre Kimberry e Valentine, todos primeiramente voltavam o foco para os presentes. Matteo tinha feito um trabalho digno e alegrava os seus companheiros com os mimos feitos com suas próprias mãos. Os presentes não fortaleciam apenas os laços do grupo, mas também o poder de combate deste. Sentir as novas armas com a própria pele retrazia uma leve sensação de tensão, por trazer consigo as memórias de guerra. Aprimorar-se era uma necessidade diante dos perigos que enfrentariam.

Escutar as histórias da pequena Myr não era a única coisa que o pai dela queria hoje, pois este também queria conhecê-los e escutar as histórias que tinham para contar. — E então, o que vocês fazem? Alguma notícia boa? — questionava. O homem direcionava a fala para todos, mas esperava uma resposta em especial de Kimberly, a quem tinha a melhor impressão até o momento, considerando que tinha sido levado pelo elogio à sua comida e à atenção às suas histórias. — Me lembre, mocinha, antes de irem embora, tenho um presente para deixar com vocês e espero que cuide dele — informava.

O que roubava mais a atenção, no entanto, não era a comida, nem os presentes, nem as histórias do pai de Myr, impressionantemente também não era Leon fazendo muganga, talvez querendo dizer algo nas entrelinhas para seus amigos sobre seus gostos peculiares por bondage, mas sim o que a anfitriã deixava escapulir de sua fala durante a ceia. O seu pai a olhava, pelo que ela compreendia bem o que ele queria falar: — Está tudo bem, são seus amigos — não sabia até onde a garota tinha compartilhado ou iria compartilhar, mas se referia aos seus segredos, aqueles que manchavam a saúde de sua alma. Nesse momento, todos encaram a anjinha, percebendo que tinha algo a ser dito ali, mas também tão desnorteados quanto o robozinho que limpava o chão da livraria batendo na perna de Kim, sem saber para onde ir, como prosseguir - restava esperar um pronunciamento de Myriam.

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptySex Set 16, 2022 5:27 am


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POST 05





Ver Leon pegando aquelas roupas e chegando perto de meu pai com propostas indecentes daquele tipo me gera certo desconforto — Ei, ou ou ou, no almoço de família não, sei que o pai é gatão mas sem jogar esses seus fetichismos encima dele. Dá aqui que eu faço. — pegaria a blusa e viraria Leon de costas como se fosse um poodle magrelo, amarrando a sua mão direita — Mas pra que diabos você precisa disso mesmo? —. Recebendo a resposta inesperada do motivo, me animaria bruscamente, de meu olhar já fugindo algumas pequenas faíscas de chama pelos cantos por um mísero segundo. Me poria de costas com o braço direito para trás, olhando expectante para Yose — Por que não disse antes? Vai pai, amarra esse braço, tô a muito tempo sem treinar, minha testosterona já deve estar baixando!

Avançando o almoço com uma mão só, percebo os olhares de todos, que apesar de suas confusões e tentativas falhas de compreender o conceito daquela tal "asa" se focavam cada vez mais em mim, e era impossível não notar. Até agora, desde o começo do dia, em nenhum momento sequer eu pensei sobre a condição que me afligia — não a maldição do sangue, mas a de minha raça mestiça. Acariciaria as minhas plumas com ternura, olhando para elas com olhos marejados quase cerrados, e depositando em meus amigos toda a confiança de que compreenderiam — Minha mãe vem de... Um povo. Uma família podre, gente ruim. E eles tem isso. — levantaria a asa que repousava delicada em meu ombro, antes mesclada ao vestido como um adorno, agora grande e imponente ao lado de meu corpo — Não sabia como iam reagir se me vissem assim. Os Cabanashe... Não gostam de gente como eu, que "carrega a marca da família em vão". O diabo não pode ser da realeza. O diabo não pode ser Cabanashe. — minha asa neste momento, confraternizando com meu sentimento de perda, começaria a se recolher, mas retomando um olhar de confiança eu a abriria novamente, olhando para todos — Nunca vou sentir raiva do meu sangue, meu pai não é um doente, é um artista, e o melhor. Minha mãe não era mesquinha como os pais dela, ela era uma alma gentil que amava as flores, por isso também carrego seu sobrenome. Não por aqueles infelizes, devo nada a eles. — suspirando em uma larga lufada de ar, voltaria a comer como se não tivesse trazido a conversa à tona, retomando meu ânimo em silêncio ao abstrair a situação e seus sentimentos aflorados. Talvez não entendessem bem o que eu tinha a dizer sobre, mas era mais sobre dizer do que entender.

Satisfazendo-me com o jantar, voltaria a me empolgar como uma criança assim que Matteo mencionasse a surpresa — Papai já prometeu presentes, e agora uma surpresa?! Caralho, essa é a melhor festa de aniversário que eu já tive! — iria me levantando para ir ver o que é, na mesma hora, quase subindo na mesa "Já faz alguns dias, mas como não teve festa não acho que tem problema considerar que é isso agora. Ai, tô tão feliz!". Meu sorrisão em receber a espada era ainda maior, acompanhado de um grito doce cheio de empolgação — Eeu AAMEEI! Ai meu deus, ai meu deus, que coisa mais linda! — uns agudinhos quebrariam no meio da frase animada, fazendo minha garganta voltar a dar o gosto de sangue de novo. Carregando-a no ombro, iria para o lado de fora sem nem esperar muito pra ver o resto, já que a curiosidade de balançar aquela coisa linda era mais forte que a de ver os outros, um pequeno impulso egoísta mas cheio de agradecimento. Ficaria lá no quintal movendo rapidamente meu novo bloco de metal favorito, ouvindo o vento ser cortado com um brilho inexplicável no olhar. Os cortes eram meio tortos, arqueados e perigosos, já que não estava usando a minha mão destra, mas ainda assim, já dava pra perceber uma diferença gritante só da empunhadura e da velocidade com que conseguia mover. Além é claro, do peso, que tanto sentia falta, uma arma para verdadeiramente acompanhar minha força, mesmo que no momento toda aquela força aplicada doesse meu pobre bracinho esquerdo.

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"Hehe, que levinha! Que gostosa de balançar! A da mamãe tava travando no vento, devia ser aquele acúmulo de ferrugem e dano nas bordas, era como tentar cortar algo com um cajado." olharia para os outros lá dentro, já toda descabelada de me embrenhar e balançar ao vento, e daria meus passos para dentro de volta — No fim das contas não é tão diferente de quando eu brincava com a espadinha de madeira. Só é mais forte, mais mortal, real, e mais afiado, e eu sou uma... Caçadora de recompensas, é, talvez seja um pouco diferente sim. Ei, tem nome? Posso nomear ela? Deixa?! — após o surto de empolgação, apoiaria a arma no chão e começaria a arrumar o cabelo com os dedos, fechando o carão e tentando retomar a postura de durona.



FEELING HEART BEAT SO CLOSE, WILL THIS LAST LONG?


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Atributos:
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FALA | PENSAMENTO

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Última edição por Malka em Qua Set 28, 2022 10:21 am, editado 2 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyDom Set 25, 2022 5:37 pm

 

TICKET
     TO RIDE
         
Preparações Cautelosas
Parte VI

Eu sabia que havia algo de errado naquela situação toda desde que Myriam soltou aquele comentário de “asa”, e o jeito que ela e seu pai começaram a sussurrar com um tom receoso só servia para comprovar minhas suspeitas. Se ela não quisesse falar, eu certamente não a obrigaria, uma vez que eu mesma odiaria que outros tentassem me forçar a falar do meu passado, mas eu estaria mentindo se dissesse que aquele comentário não havia atiçado minha curiosidade ”Ela falou da asa respondendo o comentário do pai sobre cortar o dedo. Não me diga que a asa é dela? Esse receio… Myriam por acaso comeu um Fruto do Diabo?!” Pensava, mas logo minha teoria era desmentida por uma realidade muito mais simples, que eu sequer havia cogitado depois do que passamos juntas - …Ah. Uma Celestial - Comentava de forma até decepcionante ao ver a asa abrindo de suas costas - Quanto suspense pra algo tão simples. Digo, claro, vocês são raros por aqui, mas nós vimos aqueles humanoides não faz muito tempo, e, perdão, mas asinhas não são tão surpreendentes em comparação - Dizia à Myriam, mesmo que no fundo soubesse que o fato de já ter visto um celestial provavelmente estava influenciando no meu julgamento. E é claro, eu nunca admitiria que o vi naquela masmorra suja do navio de tráfico de escravos, muito menos que ele foi vendido rapidamente como um produto de luxo… Caso ela me questionasse, rapida e sutilmente alisaria meus pulsos por baixo da luva, como num movimento instintivo sobre as cicatrizes das correntes - Foi… Em uma ilha longe daqui. Muito tempo atrás, não lembro os detalhes - Tentaria encerrar o assunto.

Mesmo que não houvesse me surpreendido tanto com a revelação, havia sim algo que havia me deixado incrédula, e era o fato de eu não ter percebido isso antes. Céus, nós havíamos nos banhado juntas na madrugada da batalha contra Toth! Tudo bem que havia alguns galhos entre nós, Myriam manteve certa distância e eu estava mais focada em esconder meus pulsos, mas na minha cabeça nada disso era o bastante para me impedir de ver asas. Ou eu estava cansada demais naquela noite depois da batalha, ou Myriam era particularmente boa escondendo coisas, e nenhuma das duas possibilidades me parecia boa ”Céus, eu preciso ficar com os olhos mais atentos!” Pensava comigo mesma, sem deixar esse incômodo transparecer; não apenas para escondê-lo dos outros, mas também porque quem parecia mais incomodada com aquilo tudo era a própria Myriam - Myriam, acho que não compreendi nem metade do que você falou, mas tem algo que ficou bem claro para mim, é que você precisa parar de se remoer por comentários ruins de outras pessoas - Movia o resto de comida no meu prato com um olhar sério para ela - Pessoas terríveis existem aos montes nesses mares, mas a elas não pertence o direito de julgar o valor da sua vida. Quanto mais se render ao julgamento alheio, mais você perde o controle do seu próprio destino. Não se esqueça disso - Dizia com convicção, como se por experiência própria.

Mas é claro que as inusitadas asas de Myriam não seriam as únicas coisas que agitariam aquele noite, ainda mais depois da ideia "genial" de Leonheart que me fez ficar ansiosa o jantar inteiro, pronta para saltar para longe caso ele começasse a espirrar comida para todos os lados. Foi em meio a essas emoções à flor da pele que Matteo aproveitou para mostrar a contribuição dele da noite, revelando as armas que ele mesmo havia feito para nós - Hmm, não é como se nós tivéssemos feito nada demais por você, mas agradeço da mesma forma - Dizia, pegando o chicote e o analisando de perto, esticando-o mas sem brandir para não causar problemas na casa de Myriam - Impressionante! Eu não sou expert em armas, mas a diferença de qualidade com nossas armas de antes é clara como o dia. Aposto que a batalha com Toth teria sido muito mais fácil se tivéssemos armas assim antes - Elogiava o trabalho do rapaz enquanto guardava meu novo chicote. Matteo havia comentado que sabia forjar, mas o presente certamente era algo que eu não esperava, embora mais uma vez tivesse tentado esconder a surpresa no meu olhar. Eu não via muito motivo para gastar tanto tempo e recursos com pessoas que mal havia conhecido, mas, parando para pensar, se sairíamos da ilha juntos, precisariamos todos estar bem equipados para um possível ataque marítimo de piratas. Se essa havia sido a linha de raciocínio de Matteo ou não, não importava, mas eu ao menos me sentia agradecida pela economia de tempo e dinheiro por uma arma de alta qualidade, já que agora não precisaria mais ir atrás de um chicote novo antes de sair de Stevelty.

Com o fim das surpresas, ou ao menos assim eu esperava, me voltava novamente ao pai de Myriam para não falhar-lhe com a educação depois de receber a pergunta - Enfim, receio que não tenha muito o que falar - Respondia, sem muita vontade de realmente responder sua pergunta. Meu passado e fraquezas era algo que eu não revelaria nem para Myriam, que salvou minha vida e eu a salvei, quanto mais para seu pai - Sou apenas uma aspirante a Caçadora de Recompensas, como sua filha. Como vim de fora da ilha, acabamos nos unindo por praticidade - Dizia, já terminando de comer a refeição feita pelo pai de Myriam - E como o senhor talvez já saiba, planejamos partir da ilha em busca de oportunidades melhores, mas pra isso precisamos ainda de muitos preparativos - Dizia, olhando para os outros, especialmente Leonheart que ainda me fazia temer por possíveis desastres por aquele braço amarrado, como que avisando para prestarem atenção no que eu estava falando - Então, apesar de ter gostado da refeição e companhia, não temos condições de ficar a noite inteira. Concordam, Matteo, Leonheart? - Perguntava mais para saber se eles haviam ouvido do que para saber se realmente concordavam. Apesar das coisas boas que aquela “reunião” trouxe, eu ainda considerava aquilo essencialmente uma perda de tempo, especialmente com o tanto de preparativos e estudos que tínhamos que fazer ainda, mas isso não significava que eu seria rude o bastante para sair sozinha na frente. Dessa forma, permaneceria esperando algum sinal de um dos dois, torcendo para que ao menos Matteo houvesse concordado comigo.

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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyQua Set 28, 2022 10:49 pm

Leonheart Valentine


Só precisava ter meu braço direito amarrado para finalmente começar a comer, do contrário aquele treino todo não adiantaria de nada, mas assim que fui até o pai de Myr, a própria veio até mim indignada com o que eu estava fazendo. - Sobre ele ser um pedaço de mal caminho eu concordo, mas se realmente quisesse investir nele, eu seria um pouquinho mais ousado que isso. – Daria uma risada. - Mas para sua sorte, tô me segurando em respeito a você... Mas se quiser me dar carta branca, quem sou eu pra reclamar, né? – Não tinha esperanças que recebesse permissão, mas isso não me impediria de devorar o sr. Leuchten com os olhos. Com o braço devidamente imobilizado, faria o possível então para prosseguir com a refeição como os outros, mesmo sabendo que provavelmente sujaria tudo de comida. Tudo parecia ir relativamente bem, considerando dois idiotas comendo com o braço esquerdo, até a conversa seguiu para um assunto estranho.

Matt e Kim pareciam confusos e surpresos com o comentário repentino de Myr sobre cortar uma asa, mas eu não podia estar ligando menos, afinal minhas preocupações estavam em outro lugar, mas não pude de deixar de perceber o clima pesado que foi instaurado de repente. Olhando para todos os presentes, parecia que o clima de festa tinha morrido por um instante, enquanto Myr começava a desabafar sobre algo que eu não entendia bulhufas e mostrava uma asa em suas costas. - Ah, ser celestial não tem nada de mais, já vi vários em Momoiro. – Me mostrava sumariamente não impressionado pela revelação, que para ela parecia ser um enorme segredo por algum motivo, e Kim acompanhava minha reação, começando um discurso motivador para animar nossa companheira. - Isso aí que ela disse. Deixa desse blá blá blá sem sentido no passado, você mesmo disse que é baboseira, o que quer que signifique. No final, só significa que você é nossa anjinha. – Esperava que Myr se animasse afinal, pois odiaria que aquele clima triste se mantivesse no que deveria ser uma comemoração, e felizmente a surpresa de Matt pareceu o suficiente.

- Oooohhhh! Presente! Presente! – Saltaria de um lado para o outro, animado, ao ver que o loiro parecia ter uma surpresa para cada um, começando por uma espada para Myr. Quando recebi minha linda lança rosa, meu rosto se iluminou de felicidade. - Ownn, nem é dia dos namorados ainda e já tô recebendo presente. Valeu, mozão. – Lançaria um beijinho para Matt e pegaria a lança com a mão esquerda, tentando girar ela da mesma forma que fazia com a direita, tentando checar seu peso e equilibro, mas como não possuía nenhuma proficiência com minha mão canhota, o que mais provavelmente aconteceria seria um pequeno desastre. Tendo ou não ocorrido algo desastroso, guardaria a lança com uma risada nervosa de desculpas.

Ao final, Kim parecia já fazer as despedidas, buscando encerrar a reunião. Por um lado, realmente ainda tinha muita coisa para fazer antes de partirmos, mas por outro ficava triste em pararmos a pequena festinha. - Ah, se a Myr quiser, não me importo nem um pouco de ficar essa noite, quem sabe fazemos uma festa do pijama? Se me derem tempo acho que consigo fazer um pijama pra cada um. Rijajajajaja! – Apesar de tudo, ainda tínhamos coisas para fazer, então entendia o lado de Kim. - E o navio, Myr? Tá pronto? Melhor acelerar isso, senão não saímos daqui. – Terminado oficialmente o jantar, se me permitissem ficar essa noite, procuraria um quarto para dormir, nem que fosse junto de Myr, do contrário seguiria Kim até o hotel em que ela estivesse ficando para passara noite também. Apesar de tudo, havia sido uma boa noite, e pressentia que acordaria revigorado no dia seguinte para dar prosseguimentos aos preparativos para a viagem.




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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyQua Set 28, 2022 11:58 pm



ticket to ride

The girl that's driving me mad is going away, yeah, oh


A conversa com Myr acabava tomando uma direção um pouco inesperada quando nós tocamos no assunto da tal "asa cortada", e apesar de parecer hesitar no início, quando ela ergueu suas plumas por debaixo das roupas, tudo finalmente se encaixou. - Ah! - eu exclamei, quase levantando da cadeira. Pensando agora, eu deveria ter imaginado, mas a possibilidade não tinha sequer passado pela minha cabeça. - Ér...foi mal, heh. Eu fiquei surpreso porque não achei que fosse encontrar mais alguém assim por aqui. Uma das minhas irmãzinhas, eu falei delas pra vocês? Ela tem asas nas costas também. Apesar de que as da Dawn são beeem menores que as suas. Será que é porque ele é mais nova? - eu me perguntei, curioso, já que as de Myr tinham uma proporção completamente diferente das asinhas da Dawn. Parecia que se ela se esforçasse, conseguiria até mesmo voar...se tivesse as duas, é claro.

Os outros dois não pareciam nem um pouquinho surpresos, já que aparentemente esses "celestiais" eram bem mais comuns na Grand Line. Não que eu esperasse algo muito diferente, mas era bom ver que estavam todos apoiando a Myr e deixando claro que ninguém se importava com aquilo. - Eu faço das palavras dos Leon as minhas. E ei, nós somos amigos, não somos? Se alguém te olhar feio por conta de algo assim, vai ter que se ver com a gente. - daria um sorriso confiante pra ela, torcendo pra que tivesse soado tão bem quanto soou na minha cabeça. Eu podia até não saber bem qual era a do problema dela com a família, mas não precisava: se eles tinham algum problema com ela, eu tinha um problema com eles também.

Depois dessa conversa, finalmente foi a hora de entregar as armas pra todo mundo, e como sempre, me enchia de satisfação ver alguém apreciando meu trabalho duro. Myr parecia até uma criança, animada com um brinquedo novo, e se era mesmo aniversário dela, parece que eu tinha escolhido uma boa hora pros presentes. - Ei, Leon, cuidado com isso aí! - eu diria em advertência se o visse começar a balançar sua nova lança enquanto estava com um dos braços amarrados, sabe Deus lá por que. - Mas é, agora que você tocou no assunto, a gente precisa mesmo de um barco. Não vamos começar a fazer dinheiro esperando sentados aqui, Toth devia ser a última cabeça que valia algo decente nessa ilha. - não que eu não estivesse adorando a companhia de todo mundo ali, mas a gente não podia perder tempo ali. Quanto mais rápido eu arrumasse o dinheiro, mais rápido poderia ver minha família de novo - e eu realmente não queria demorar.



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MensagemAssunto: Re: Capitulo 2 - Ticket To Ride   Capitulo 2 - Ticket To Ride - Página 2 EmptyTer Out 04, 2022 8:45 pm




Caoticamente Myr aderia a ideia de Leon e ambos limitavam o braço predominante como uma forma de treino. Era uma sensação esquisita e incômoda, tendo em vista que sempre que pensavam em fazer algo sentiam um impulso nervoso no braço amarrado, um prelúdio de movimento, que logo era detido para conscientemente usar o outro. Tudo que faziam era um pouco mais lento, e muito mais desastrado.

A conversa intercalada revelava os segredos de Myr e trazia à tona as memórias do grupo, com palavras acalentadoras para a anjinha, a qual poderia estar mais surpresa que os demais com a reação destes, tal como seu pai, que tremia um tanto o queixo perplexo e emocionado. O destaque estava na fala de Kim, que encontrava as palavras certas para a situação, exercendo o seu talento na área recém descoberta. Nem sempre ou até nunca estaria em uma clínica para atender, pois a vida no mar exigia a ação lá e agora. — Você fez boas amizades, minha pim...vuuush! um pedaço de comida voava do prato de Leon e cruzava a mesa, passando em frente ao pai de Myr, em direção a Kimberly.

Parecia até de propósito. E talvez fosse. Parecia tão proposital que Kim já tinha antecipado algo do gênero e imediatamente pulou da cadeira para o lado, derrubando os seus próprios talhares no ato, mas evitando de sujar-se. Desconcertada com a situação, Myr, que testava o balanço do espadão presenteado por Matteo, também se atrapalhou com a cena desengonçada e ficou ela mesma assim, errando o senso de espaço e batendo no prato e na ponta de mesa com tudo, emborcando-o para cima de si e quebrando-o na metade vertical. O desastre já estava feito em sua roupa, temperada com o molho da carne que anteriormente escolhera.

Se a espada Quebra-Pratos receberia um nome com a benção de Matteo, um nome associado à sua estreia seria mais que justo. O coitado do pai da anjinha ficava embasbacado em como o caos tinha escalado tão rápido, externando um rosto de preocupação. — Vocês estão bem?! — indagou, ajudando Kim a se levantar e Myr a se limpar, entregando um pano e lenços para ela. Valentine, fazendo a sonsa, parecia fingir que o incidente com a amiga não tinha relação com ele, brincando um pouco com sua lança após perder a comida, resultando em um Matteo espetado no braço, com o dom de parecer proposital. Desse jeito suas chances com o anfitrião iam por água abaixo!

O momento podia render algumas risadas, até a voz da sensatez se pronunciar em relação às necessidades de transporte do grupo. O assunto do barco era algo ainda a ser resolvido e exigiria alguma concentração do grupo para fazer acontecer. Abordar a questão era, também, uma forma de tornar o clima mais sério após as festanças. — Apesar de vocês terem queimado a largada, sou de deixar os presentes para depois do bolo! Sei que estão com pressa, mas esperem ao menos o bolo que encomendei! Alguém quer corta- na verdade, é melhor eu fazer — a sábia desistência da ideia veio ao ver a filha com aquele espadão e as mãos atadas. — Os primeiros pedaços para os bem comportados — servia. Sem dúvidas era um bolo do sabor favorito de Myriam, aos seus gostos!

Após isso, chegava a hora dos presentes e com um abraço, o pai de Myr selava um presente de despedida, um pendente envolto em aço, em forma de asa, a asa que lhe faltava, que quando aberto revelava uma pequena família habilidosamente talhada em madeira. — Para que você possa voar pelo mar em segurança, sem cair — abraçava-a mais forte, por um bom tempo, com o rosto meio contorcido, desviando o olhar para o fundo da casa, em direção à oficina, onde enxergava fragmentos de memórias felizes e distantes.

Se quiserem ficar aqui, há lugar para dormir, já tivemos mais gente na casa — dizia, com a voz meio murcha. — Mas se forem, antes que partam — pegava uma caixinha de madeira, talhada à mão e entregue a Kim. — Vejo que você é muito responsável, sei que irá cuidar bem de minha filha e dos outros e isso pode te ajudar — entregava a caixa que protegia um mapa das más condições ambientais da ilha. Na verdade, era apenas um fragmento de um mapa que um dia foi inteiro, o qual traçava bem a rota entre Stevelty e Lvneel. — Foi de muito uso quando comercializava mercadoria para fora, o nosso navegador marcou pontos perigosos com rochas submersas, fluxos estranhos de corrente, a rota mais segura e até mesmo a localização aproximada de boatos sobre monstros marinhos. Há esse X estranho aqui também, mas não sei dizer o que é... — informava.

Se decidiriam ficar e dormir ou voltar para o hotel, podiam decidir logo e já se preparar para um novo dia.

[...]


[Em outro lugar]

Com uma mesa torta e as coisas sobre ela derramadas, as cadeiras tortas e um olhar que tudo registrava, três homens de roupas formais e adereços escuros cercavam um homem, deixando-o sem espaço contra a mesa — Mandamos uma mensagem e você ainda não pagou o empréstimo do chefe, não foi? Você não teria esse lugar se não fosse com nosso dinheiro, então por que acha que não podemos tomá-lo como forma de pagamento?! — um deles vociferava em tom de ameaça. Um deles tomava a frente, se aproximando com passos perigosos. — Sou tão cego quanto você, mas não preciso de outros olhos para ver que você andou em contato com alguém que temos interesse... então vamos fazer um pequeno negócio, me fale o que sabe e amortecemos parte de sua dívida... — perigosamente próximo do ameaçado, com as mãos sobre sua venda, fazia a proposta. — Temos um acordo? — indagava, com um sorriso malicioso estampado no rosto e as narinas próximas ao rosto do outro, cheirando-o analiticamente.



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