Capítulo III - O Começo Depois do Fim

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Relembrando a primeira mensagem :

Capítulo III - O Começo Depois do Fim

Aqui ocorrerá a aventura do Civil Takeshi Isamune. A qual não possui narrador definido.

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Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Dom Jan 09, 2022 8:54 pm

O começo depois do fim - 15

Toroa

Com o talento, valor e habilidades que Takeshi trazia consigo desde seus mais primordiais anos, tentava, acima de tudo, tirar ele e aqueles escravos das garras do ser predador que atormentava suas vidas e as ceifava por pura diversão e poder. Seus punhos desferiram golpes e seu corpo fora maculado, manchado pela própria existência de alguém cuja maldade jamais poderia ser replicada ou explicada; de tamanha complexidade, que nem mesmo os ataques mais frenesi de Isamune puderam encaixar em seu sorriso sádico. Após isso, só o restava o nada: um parceiro que não respeitava e uma dignidade abalada. Sua liberdade fora comprada e agora, não era mais dono de si mesmo, nem de seu destino, muito menos das suas ações.

Não se deixando levar por pensamentos de ódio e temor, persevera enquanto a Lei de Murphy era aplicada na sua vida, talvez pela primeira vez naquela escala tão estonteante. A cada passo dado, podia sentir mais e mais do seu próprio eu se esvaindo conforme perdia a liberdade, mas nunca parava de lutar para garantir o que realmente era a sua essência. Como prova disso, no meio de uma situação totalmente desfavorável, olhava para o interior e exterior daquele navio, bem como os seus arredores, varrendo tudo o que fosse possível para lhe dar uma rota de fuga. O que via, porém, poderia ser um tanto quanto desanimador: mais de 15 soldados fortemente armados, dos mais variados tipos, tamanhos e especialidades; talvez um time próprio com a maior sinergia possível.

Além disso, a embarcação, mais célere, bem cuidada e um tanto nobilíssima, passava um ar de fortaleza logo em suas proximidades, o que deixava bem claro uma mensagem simples: de lá não se sairia tão cedo, ou jamais encontraria a liberdade de qualquer maneira. Enquanto amarrado pelas correntes de aço, amordaçado pelo pano encharcado em suor e surrado quase ao ponto de não retorno, procurava por uma saída de lá, naquele exato momento. Talvez fosse desespero velado de heroísmo, ou até mesmo uma ingenuidade; em ambos os casos, sua resposta era única e bem óbvia: não havia saídas de lá.

Nesse momento, poderia dar suas boas-vindas ao inferno. As seguintes passagens foram breves, embora aceleradas pelos passos daquele nobre que pessoalmente desejava colocar suas mais novas aquisições nas gaiolas do interior daquele castelo flutuante. Adentrando algumas portas de ferro fortemente protegidas por dois guardas cada, passavam por diferentes corredores repletos de barras de ferro e um odor pútrido de loucura, fome e excrementos corpóreos. As celas para qual eram trazidos ficava no final do corredor longo, onde escutavam gritos e mais gritos de súplicas daqueles infelizes que acabaram ali. A escuridão naquele ponto prevalecia, bem como a esperança se desvanecia cada vez mais.

Após isso, eram jogados na cela. Esta parecia um pouco maior do que o restante, já que contaria apenas com dois detentos. Além disso, uma privada suja dava o maior luxo de todos naquele lugar, visto que era um artifício único daquela posição. Após a impressão inicial, todos os ruídos de dor, angústia e desespero eram suprimidos pelo forte impacto da porta de ferro com as grades, seguido pela sua tranca feita com o enorme molhe de chaves. Aquele mísero segundo era como uma grande hora, marcada pela fitada poderosa do nobre para os dois novos escravos de sua coleção, e um monólogo que talvez jamais esqueceriam — Esqueçam seus nomes; esqueçam seus passados; esqueçam seus sonhos; esqueçam seus futuros. Hoje são meus, seus passados são meus, seus nomes são meus, seus sonhos são meus. Daqui nunca partirão, nem em descanso eterno; bem vindos ao inferno! — terminava o homem com um semblante sádico e memorável.

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Capítulo III

O Começo Depois do Fim

Agora que fudeu de vez! Essa simples frase tem toda capacidade para definir a minha situação naquele momento, certo, as coisas já não estavam boas no primeiro navio, no entanto, era palpável uma possível fuga, como ocorrido momentos atrás. Ok, admito que as coisas não foram tão boas, mas se não fosse esse maldito arrombado, provavelmente eu e mais alguns homens conseguiriam fugir daquele lugar medonho. De qualquer coisa meu ímpeto ia por água abaixo, sem saídas e com homens armados, toda minha esperança ia esvaindo aos poucos - "Não, ainda tenho chance! Irei sair, eu sei que irei." - Uma simplório tentativa de manter meu ânimo.

A situação só se tornava pior a cada segundo que passava naquela fortaleza, um barco completamente diferente, com um certo requinte e muito bem estruturado. Claro, aquele homem tinha mais escravos e mantinha-os trancafiados como animais, o odor fétido já era algo que meu olfato estava se acostumando, por mais horrível que ele fosse. A dor percorria meu corpo enquanto eu forçava meus olhos a captar tudo o que fosse possível, afinal, não sabia quando passaria por aqueles locais novamente. A amarra em minha boca era incômoda é começava a causar uma dor chata naquela região, por mais que as piores vinham de outros pontos do meu corpo - "Estou na merda… eu diria." - As palavras daquele homem eram a única coisa que conseguiam me animar, de certa forma aquele vício de linguagem era algo engraçado.

Respirei fundo, tentando ter uma real noção do quão quebrado meu corpo estava. Como um médico sabia e entendia do corpo humano e do que era necessário para realizar o devido tratamento, uma pena não contar com os itens necessários à disposição. Preso naquele muquifo, observava meus novos companheiros, buscando encontrar uma face conhecida do navio anterior. Rapidamente voltei minha atenção ao homem que expressava uma faceta sádica, suas palavras foram mais dolorosas do que todo o sofrimento sentido até então, logo eu? Takeshi Isamune, conhecido como falar abertamente como sobre sua liberdade era importante, sendo um escravo? Não, isso não era possível, certamente o destino está me pregando uma peça.

Não deixaria que meu nome fosse esquecido, muito menos permaneceria naquele lugar. Aquelas duas coisas eram ditas repetidas vezes em minha mente, como se precisasse ser cravadas no meu cérebro para que o pior não ocorresse. Sim! Isso mesmo, não posso deixar minhas esperanças sumirem completamente, muito menos meu ímpeto ser quebrado dessa maneira. Eu irei conseguir sair daqui, tentarei uma, duas ou quantas vezes forem necessárias! O pior que pode acontecer é a morte...que talvez fosse uma boa opção, não é? Não! Calma Takeshi, respira! Como é mesmo o mantra? A verdade? Droga, como é? Como posso ficar calmo? Respira! Respira! O desespero começava a bater aos poucos, a situação complicada e sem saídas aparentes me deixava desnorteado, pior ainda após as palavras daquele homem.

Por fim, permaneci apenas seguindo o fluxo do destino, observando a situação e tentando notar se o barco continuava sua viagem ou estava ainda parado. Tentava ouvir as palavras do homem em meio aos devaneios em minha mente tempestuosa, ao mesmo tempo que tentava me acalmar, sentia como se a morte fosse a única opção que me restava. Uma oportunidade irá surgir, isso eu tenho certeza.

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Ryuji Ito

Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Dom Jan 09, 2022 10:44 pm

O começo depois do fim - 16

Toroa

O ímpeto incessante de Takeshi chegava a um fim não desejado, forçado e imposto sobre ele de maneira nociva física e psicologicamente. Como a frase entoada para ele e seu novo parceiro de cela, agora não eram donos mais deles mesmos, muito menos de quem eram ou quem viriam a ser. Suas liberdades, direitos inalienáveis e intrínsecos, foram cerceadas sem dó ou piedade, por um criminoso que parecia estar acostumado com a cena, apesar de feliz com a nova aquisição de “produtos” - era o que eles eram agora -, meros estoques na sua grande gaiola de seres vivos sencientes. Sua mente, único parâmetro livre dentro daquelas barras, estava livre para oferecer um pouco de conforto ao corpo, em situação decadente, eu diria.

Algum tempo se passava enquanto sua mente devaneava pela cela, até ouvir um barulho talvez familiar para seu cérebro. Uma espécie de raspagem, vindo de seu companheiro de cela. Não muito tempo depois, as luzes precárias e amareladas dentro de suas cadeias eram ligadas, revelando, finalmente, a aparência completa daquele ser, que se encontrava com um caco de vidro na mão e um grande corte em seu quadríceps. Suas mãos não estavam mais atadas, já que conseguira cortar a corda em seus membros, logo partindo para os pés e então a mordaça que fechava sua boca. Grunhindo um pouco, cochichava para não levantar um grande alarde. — Meu esforço foi útil, eu diria. Huff... — dizia ele, se encaminhando para Takeshi enquanto segurava seu ferimento não letal na perna, autoinduzido para poder ganhar sua liberdade quando a mesma fosse comprometida - ele sabia que alguma hora iria.
Quando finalmente prestava a atenção, veria um mink símio, com aparência primal e um pouco senil, apesar de não ser tão velho. Seu corpo já era cheio de cicatrizes e desgastes por conta de suas histórias não contadas, mas apesar disso, trazia uma aura de conhecimento e classe consigo. Sua pelagem estranhamente roxa e olhos amarelos trazia uma certa estranheza, mas aquele ser tratava aquilo com uma certa normalidade. O mesmo não demorava muito para caminhar até Isamune, liberando-o de suas amarras com aquele pedaço de vidro ensanguentado pouco a pouco, dando uma nova esperança para o rapaz que precisava de algo para se agarrar.

Mancando para o lado, encostava na parede para um descanso merecido e necessitado, enquanto abria a boca para conversar com o rapaz. — Creio que temos muito tempo a gastar, eu diria. — começava, talvez acostumado com a sensação de estar enjaulado ou cético de alguma melhora, pois não apresentava nenhum sinal de desespero aparente pelo lado de fora, impossível de se saber o que acontecia dentro. — Sou Julian, e você rapaz? Desculpe pelo incidente mais cedo… foi necessário, eu diria. — continuava, oferecendo suas desculpas para o homem cujo incidente de violência fora utilizado para um motim. Sem o que fazer na cela fria com o chacoalhar do barco e a pouca iluminação, talvez nada restasse senão uma breve conversa.

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Capítulo III

O Começo Depois do Fim

Nessa altura do campeonato tudo que vier é lucro, pelo menos era o que eu achava de toda aquela deplorável situação. Meu estado mental estava nitidamente abalado, por mais que eu tentasse manter minha autoestima, parecia que as coisas iam piorando gradativamente. A liberdade já havia sido tirada de minha posse, restava-me apenas encarar a vida como um escravo, pelo menos por enquanto - "Em algum momento irei conseguir, isso é fato." - Pensei enquanto notava a presença daquela figura, suas palavras me fizeram entender de quem se tratava, era o homem responsável pela tentativa de fuga anterior - Pode me chamar de Takeshi. - Admito que fui curto e gordão em minhas palavras, no entanto, não estava podendo gastar minha energia em um falatório desnecessário.

Com as luzes ligadas pude ter uma real noção de quem aquela figura se tratava, um tanto quanto estranha, diga-se de passagem. O ferimento em sua perna era algo incômodo, mas meu estado não era muito diferente do dele, pelo menos agora tinha alguém para partilhar a dor da derrota - Bela tentativa lá atrás, pena que não deu certo. - Bradei do jeito que pude, já que minha respiração não estava em seus melhores dias. A dor era agoniante, por isso me mantive parado mesmo podendo mover um pouco meu corpo, não podia e bem queria piorar aquela situação - Vai tentar outra coisa? Pelo menos espere eu ficar melhor. - Falei mantendo um sorriso no rosto, mostrando minha arcada dentária manchada com o líquido rubro da vida, assim como os lábios cortados e inchados por conta das pancadas recebidas pelo pilantra de antes.

Não me restavam muitas opções, sendo bem sincero, aquele estado eu só tinha em mente recuperar minhas condições físicas, para talvez ter alguma chance de sobreviver. Não, talvez seja melhor apenas aproveitar os últimos momentos e desejar com todas as forças que a morte venha me buscar, é um destino melhor do que esse que estou vivendo agora, pelo menos ficarei livre. Não! Não! Não! As coisas irão melhorar, não posso deixar esses pensamentos tomarem conta de mim, como posso morrer sem me vingar daqueles que me prenderam? Sem me vingar do Governo que banca todo esse grupo de malfeitores ordinários? Irei atear fogo em cada aliado do Governo, matarei seus apoiadores e suas famílias! Isso, é nisso que irei me prender, permanecerei vivo não importa o que aconteça.

Volta do dos pensamentos retornei minha atenção para meu companheiro - Alguma noção para onde estamos indo? Ou quem é aquele homem que nos comprou? - Questionei de olhos fechados, tentando recuperar o máximo de energia e buscando ter uma real noção do quão ruim meu corpo estava, movendo lentamente meu tronco para os lados e esticando minha perna devagar.

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Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Qua Jan 12, 2022 2:51 pm

Narração

Dentro da desesperadora situação, havia em Takeshi alguma aceitação sobre o seu possível destino, ao menos por hora enquanto ainda não tinha forças ou condições para lutar, havia pouco que pudesse fazer que não fosse tentar recuperar-se o máximo possível, onde seu companheiro de cela que parecia ter uma natureza rebelde muito mais intensa, o observou, respirou fundo e psssou a mão pelo rosto enquanto sua expressão claramente mostrou que ele precisava pensar sobre a situação. - Talvez em terra tenhamos uma oportunidade.- Era o que ele havia dito recostando sobre um canto do local por um tempo em silêncio, antes de responder.

- Não sei exatamente pra onde estamos indo mas, suponho que não tenha muitas ilhas que estejam ok com a escravidão… Não sei se isso te da alguma pista, a mim, não diz muita coisa. - Resmungou fechando o punho, e olhando pela cela até que algo diferente havia surgido a vista de ambos, tratava-se de uma figura de estatura baixa se comparada a ambos, com uma voz feminina ainda que não fosse possível ver nada devido as roupas - Vocês terão os tratamentos cuidados antes de serem entregues , para que não tentem nenhuma gracinha, ambos vão ser sedados, ok? - Apesar de ser uma retórica, haveria a espera para a confirmação antes de qualquer coisa ser feita, tendo tempo assim também de conversar ou tentar descolar alguma informação caso fosse do desejo do jovem, ao alcance de suas capacidades, palavras seriam o que ele poderia usar no momento.

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Capítulo III

O Começo Depois do Fim

O novo companheiro não parecia ter muita ideia do nosso destino, aquilo era algo preocupante. Respirei fundo sentindo as dores espalhadas pelo meu corpo, tendo um foco maior na costela e cabeça, ambos os lugares onde havia sofrido anteriormente mais danos. Naquele momento, por mais que quisesse fugir dali, não tinha forças nem o armamento necessário para uma investida, já que o navio contava com um número elevado de seguranças, como pude ver no caminho até a minha prisão - Também não me vem nada em mente, mas agora não posso fazer nada, pelo menos até me recuperar completamente. - Respondi a figura eu estava na mesma situação.

Olharia novamente ao redor para ter uma noção maior de quantas pessoas estavam naquela sala, enquanto sentia o gosto ferroso se formando em minha boca, me forçando a cuspir meu próprio sangue misturado com saliva - ”Merda, que porra!” - Reclamei mentalmente enquanto voltava minha atenção a figura de antes, no entanto, fui interrompido pela voz feminina que cortava o ar - ”Certo, cuidados médicos, isso é bom...” - Foi a primeira coisa que surgiu em minha mente, ter meu corpo curado era algo extremamente necessário para uma possível fuga, já que mesmo sem armas, eu sabia como me defender usando meu próprio corpo - Certo, certo! Só cuide logo da gente. - Falei em alto tom me escorando na parede ou no que estivesse ali para ser usado - Aliás, para onde estamos indo? Pode pelo menos dizer isso? - Indaguei sem nenhuma esperança, não acreditava que receberia uma resposta verdadeira por parte daquela mulher.

Por fim, permaneci ali aguardando os cuidados, já sabia que seria sedado e aquilo claramente iria diminuir o controle do seu próprio corpo, tentar algo naquele momento seria extremamente prejudicial ao meu estado, restava apenas aceitar os cuidados e aguardar um momento oportuno, talvez aquela garota fosse meu caminho até a liberdade?

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Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Qua Jan 12, 2022 3:30 pm

Narração

Olhando ao seu redor, Takeshi havia notado que dentro das salas, aprisionados haviam ele, seu parceiro de cela e mais alguém em uma cela mais distante, ao qual ele só pôde enxergar parte do sapato, não lhe dando tanta informação assim sobre como era o terceiro integrante das vitimas que lá haviam junto a ele, a moça teria puxado de dentro do seu capuz uma espécie de lamparina, enquanto a outra mão carregou uma espécie de máscara ao próprio rosto, parecia que a sedação deles seria por gás.

- Vocês estão indo para Kano, mais especificamente devem ir para a tutela do mestre Aemon.- Era pouca a informação mas, era alguma informação, e quando disse aquilo a moça teria colocado algumas folhas dentro da lamparina para que queimassem e liberassem um gás inodoro mas não incolor, sendo possível ver a fumaça a invadir o campo das celas em uma coloração vermelha, aos poucos ainda que prendesse a respiração, poderia sentir que as forças começariam a abandonar os músculos, tal como também seria em relação a dor, tendo um efeito analgésico e relaxante que transitaria até a falta de consciência que eventualmente chegaria.

Não se sabia quanto tempo havia passado mas, ele seria o primeiro de sua cela a despertar e quando isso ocorreu, poderia ter visto que seu corpo tinha faixas e poderia sentir um cheiro fresco vindo de suas feridas, em uma sensação gelada que lhe proveu conforto para respirar.

Poderia ver que próxima a cela estava a garota que estava sentada em um banco de madeira, agora, sem o capuz era possível ver que tratava-se de uma Mink de cabelos e pelagem vermelha, sua pele no entanto tinha muito pouco pelo a cobrindo como se tivesse acontecido algo que lhe roubou a característica principal da raça, contudo sua aparência era bem atrativa e um silêncio de sua parte era presente, em um olhar quase que vazio, o cachoalhar do barco, daria a pista de que logo mais estariam chegando a algum lugar.

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- ”Kano...” - Kano era um lugar pelo qual já passei anos atrás, não tinha boas lembranças de lá e retornar não me agradava nem um pouco. O ambiente no qual estava contava com mais pessoas, inclusive um deles não pude obter muitas informações, mas pouco me importava, sendo bem sincero. Aos poucos pude sentir meu corpo ficando relaxado, pelo jeito a sedação havia começado e agora só restava-me aceitar o que o destino tinha preparado. Adormeci confiante nas palavras daquela garota, com sorte acordaria recuperado e aquilo era algo bom.

Sem saber o quanto tempo permaneci desacordado, despertei com cautela, abrindo meus olhos vagarosamente e levantando a parte superior do corpo com a mesma lentidão, como um médico sabia que naquele momento inicial não teria muito controle do meu corpo, mas logo recuperaria os movimentos por completo. Aquela técnica de sedação fez minha mente pensar, talvez pudesse criar algum composto com a mesma finalidade em outro momento, ou pior, utilizar de venenos para prejudicar aqueles que inalaram. Já tinha uma ideia inicial do que fazer com o malvelo, agora precisaria pesquisar algumas plantas e produtos químicos que poderiam ser utilizados, alguns nomes surgiam em minha mente, mas eu tinha preocupações maiores naquele momento.

A figura de capuz revelou ser uma Mink diferente dos demais que já vi, a falta de pelo em seu corpo tirava parcialmente a característica dos selvagens – ”Alopécia?” - Questionei mentalmente observando a condição da garota - Obrigado... - Falei um pouco sem jeito, ainda sentindo meu corpo recebendo os efeitos do sedativo - Mesmo que saiba que provavelmente irei apanhar novamente, afinal, é isso que acontece com os escravos não é? - Falei em um tom mais alto, mas sem nenhum pingo de hostilidade em minhas palavras. Me ajeitei onde estava, repousando meu corpo com um pouco mais de conforto, mesmo que o lugar não proporcionasse muito disso - Se posso perguntar, você sofre de alguma condição para não ter esses pêlos ou nasceu dessa maneira? - Indaguei de maneira tranquila, observando o cuidado tido pela garota com meu corpo.

Conversar era uma das melhores formas de encurtar laços e também criá-los, talvez aquela garota pudesse me ajudar a sair dali ou quem sabe eu não conseguiria um trabalho mais tranquilo? Era isso, talvez meus conhecimentos como médico possam me ajudar de alguma forma - Pergunto pois também sou médico e está é a primeira vez que encontro um Mink sem a quantidade padrão de pelos no corpo. - Conclui na expectativa que aquela assunto rendesse, talvez ela pudesse interceder por mim com algum dos seus superiores? Não Takeshi, tenha calma, tudo no seu tempo…

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Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Qua Jan 12, 2022 5:21 pm

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A figura havia lhe levantado a curiosidade, o fato de antes ter encontrado alguém que estivesse apto a lhe responder, lhe deu uma nova possibilidade, uma que não dependeria de seu corpo e que talvez lhe abrisse portas… Talvez não celas mas, já era um começo. - Eu espero que isso não aconteça, o mestre é bem gentil com suas aquisições, mesmo as defeituosas. - A garota comentou soltando um longo suspiro, dando a pista de que para o que viria, não era mesmo o ideal que ele estivesse ferido, mostrando alguma lealdade por parte da garota em relação ao homem e quando ela o fez, seria possível ver uma pequena marca em seu ombro que havia lhe sido queimada, dando uma possível pista sobre sua interlocutora.

- Quando eu era mais nova, eu fui capturada, de forma parecida com você, ou pelo menos penso que seja de forma parecida.- Ela abaixou um pouco a cabeça e comentou - No meu caso, eu tentei roubar um pouco de comida, já que eu estava com fome a algum tempo e como ainda era uma criança e minha aparência não era muito bem vinda bem… Você imagina que não há muitos caminhos a se seguir. - Ela colocou então a mão sobre a marca, dando uma pausa antes de continuar a explicar - Fui pega e servir se tornou o único caminho mas, meus antigos donos eram cruéis e gostavam de me maltratar… Aos poucos eu fui perdendo os pelos, fosse pelo stress, por ter eles queimados e eles não nascerem novamente ou… Por arrancarem puxando… Felizmente eu fui resgatada pelo mestre Aemon.- Era possível ver enquanto a garota falou a expressão de dor, transicionar aos poucos para um olhar mais esperançoso, como se tivesse lhe sido dado um propósito, enquanto ela agora, fechou os olhos e encostou a cabeça na parede perguntando - Por qual motivo eles lhe capturaram? - Ela finalizou com uma pergunta extremamente estranha ao qual poderia fazer surgir perguntas sobre tudo o que havia acontecido ali, incluindo a estranha garota que os tratava de forma tão diferente.

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Quando aquela garota começou a falar, pude perceber que as coisas no mundo nem sempre eram preto no branco, na verdade, isso era algo que eu já sabia. Por muito tempo a liberdade era um ponto em minha vida imutável, não que isso tenha mudado, no entanto, o egoísmo existente em meu cerne aos poucos está se esvaindo. Frogg foi a primeira a me alertar sobre isso, não, esse ponto da minha personalidade já havia sido sinalizado em outros momentos. Enfim, voltando a selvagem com quem trocava palavras, sua história triste me fez ficar envergonhado, minha situação para entrada no navio escravo não podia ser verdadeiramente revelada, só me restava mentir mais uma vez - Um acidente... - Falei um pouco sem jeito.

Em partes eu não estava mentindo, afinal realmente tinha sido um acidente cair no meio do convés repleto de escravistas, mas em partes também não foi tão acidental assim - Sou um caçador de recompensa, ou quase isso. Soube de alguns criminosos saindo do porto de Toroa e parti em direção do lugar, caindo de paraquedas no barco com as características que recebi. - Pausei por alguns momentos, lembrando de Frogg conseguindo as informações e eu partindo em disparada na direção do porto, se talvez fosse reagrupar com os aliados da revolução da garota, as coisas teriam acabado em uma situação totalmente diferente - Acabou que era um navio com alguns agentes do governo, levando escravos sabe lá para onde. - Conclui com um pouco de desdém em minhas palavras, lembrar daqueles idiotas era algo que doía, principalmente em minha alma.

- ”Aquele fudido que mijou em mim, na real, aqueles fudidos! Certeza que irei encontrar com eles em algum momento da minha vida, eles irão pagar.” - Por breves momentos me deixei consumir pelo ódio sofrido naquela humilhação, mas aqueles sentimentos ficariam guardados nos confins do meu corpo - E onde você aprendeu sobre medicina? - Questionei a selvagem com um olhar curioso, pelo jeito ela teve uma vida sofrida, talvez meu caminho fosse seguir o mesmo destino ou ainda pior. Certo, ela falou bem do “dono” dela, mas aquilo podia ser unicamente da boca pra fora, não era algo confiável sabe? De qualquer maneira, guardava aquilo com um bom sinal - Se me permite perguntar, esse que chamou de Aemon, o que ele faz? - Aquela pergunta tinha como objetivo conseguir informações, usar escravos não era algo bem aceito em todos os lugares, então aquela figura citada pela Mink certamente fazia aquelas coisas por baixo dos panos - Está com ele a muito tempo? - Perguntei lobo após bter – ou não – uma resposta por parte da garota – Ah! E qual seu nome? Acho que não perguntei ainda. - Finalizei a sabatina com aquela última pergunta, sentindo uma melhora significativa em meu corpo que aumentava gradativamente, um outro bom sinal.

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Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Qua Jan 12, 2022 6:56 pm

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Na curiosidade da Mink, pareceu que havia curiosidade genuína, o fato de ela ter pouca informação era estranho dada toda situação em que estava até a pouco tempo atrás, onde sofrera muito nas mãos de homens crueis que estavam dispostos a fazer de sua existência a mais miserável possível - Entendi, navios como estes não são fáceis de se diferenciar a menos que você já tenha sido transportado ao menos uma vez em um desses.- A garota teria então se erguido e observado os outros que estavam por ali que ainda não eram capazes de despertar por algum motivo.

- Não fui eu que cuidou de seus ferimentos, eu apenas fiz com que você não sentisse dor no processo… Quem fez isso esta lá acima. - Ela apontou em direção a escada que levaria para a parte central do navio, onde possívelmente teria sido uma rota de fuga. - Ele é um nobre que usa da sua posição social para permitir que coisas assim aconteçam sem maiores problemas. - Ela explicou com alguma calma, então respondendo ambas as perguntas em simultâneo - Sou Nisha, apenas Nisha… Eu fui resgatada a uns seis anos? É, seis anos. E o seu nome? - Ela esperou pela resposta antes de dar ainda mais voltas.

Com o nome ela então teria dito - Os outros dois, vão acordar só depois que partirmos. Não haveria como conversar e… Pelo que sabemos, não perderam seu status social, então devem seguir com a sua vida… E você? Quão longe foram com você?- a garota começou a fechar o cerco, enquanto pareceu que um pequeno solavanco ocorreu, junto a várias vozes que pareciam mais agitadas como se tivessem muitas tarefas a fazer em um curto intervalo de tempo no entanto, nenhuma alma havia descido até lá.

- Sendo mais direta, não encontraram uma marca de escravo em você. E preciso saber, se eu te soltar você vai me atacar?- Ela então teria mostrado a chave a Takeshi, suas respostas poderiam guiá-lo ao mesmo caminho dos demais que estavam desacordados ou talvez a uma oportunidade diferente, como seu coração o guiaria?

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Capítulo III

O Começo Depois do Fim

A situação estava estranha, aquela garota não tinha cuidado de mim, outra pessoa tinha feito aquilo. Agora ela citou alguns pontos importantes, inclusive uma possibilidade de liberdade, a questão é, aquilo era verdade? E se fosse uma diversão para os nobres? Aquelas dúvidas martelavam minha mente fervorosamente, a situação se tornava ainda mais confusa e sinceramente não sabia o que fazer naquele momento - Me chamo Takeshi, Takeshi Isamune. - Falei calmamente alguns após algum tempo calado - ”E se isso for apenas uma brincadeira? Posso acabar em uma situação pior...” - Ponderei mentalmente enquanto observava a jovem Nisha.

- Não encontraram nenhuma marca, pois como falei, não sou um escravo. - Falei de maneira tranquila - Não, quero apenas sair desse inferno e continuar minha vida atrás de criminosos por aí. - Conclui esperando uma reação por parte da selvagem, se ela me soltasse certamente não lhe faria nenhum mal, pelo menos inicialmente. O problema maior era todo o barulho vindo do andar superior, talvez aquilo realmente me colocasse em uma situação complicada, mas não podia deixar essa oportunidade passar - Mas espere... - Parei por um momento olhando um pouco mais sério para Nisha - Por que você está querendo me ajudar? Não deveria apenas seguir as ordens do seu chefe? - Aquela resposta me trairia a iluminação necessária para minhas próximas ações, por mais que tivesse sido um pouco invasivo demais, era necessário.

Por alguns segundos esperei, cerca de três ou quatro - De qualquer forma, não farei mal. Quero apenas resolver essa situação e desembarcar em Kano, preciso voltar para Toroa pegar algumas coisas deixadas no hotel. - Concluí o falatório esperando e escutando as possíveis palavras lançadas pela garota.

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Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Qua Jan 12, 2022 9:13 pm

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Aquilo era tão estranho ao jovem como tudo havia mudado que as peças não se encaixavam, seria um jogo doentio dos nobres pra se divertirem ainda mais ao dar-lhe a esperança apenas para o tirar? Era um ponto bem válido de se brincar para quebrar as esperanças de um escravo de que poderia almejar a liberdade mas… Se era esse o caso não faria mais sentido dar aos mais rebeldes essa esperança? A moça ouviu o que Takeshi tinha a dizer e então respondeu - Entendo, faz bastante sentido….- A mink colocou a mão sobre o queixo pensativa.

- Meu chefe quer que ajudemos o quantos pudermos, se você fosse um escravo, pouco haveria o que fazer legalmente para lhe dar condições de vida melhores se não tendo um bom empregador.- Ela suspirou com alguma tristeza no olhar o desviando um pouco - Se você ainda é livre, você pode aproveitar essa liberdade, inclusive para evitar que outros acabem nessa situação.- Ela então se levantou e deu alguns passos para mais próxima da cela, segurando com ela agora a chave a deixando próxima da cela, o que forçaria Takeshi a se esticar para pegá-la, não sendo algo muito rápido.

- É uma forma incisiva de pedir alguma retribuição, este navio que tomamos vai ser útil de outras formas quando vocês seguirem com seus caminhos… Ou caso deseje seguir conosco. Eu vou avisar as pessoas sobre você, caso quiser um trabalho, como um homem livre apenas aguarde e eu virei lhe soltar… No entanto, caso quiser apenas seguir o seu caminho, a chave esta ao seu alcance.- Teria dito a garota com uma atitude estranha? Sim, mas também em sua frase muitas perguntas poderiam ser solucionadas afinal… Porque seu tratamento mudou tanto em tão pouco tempo? E mais importante… Porque não ficou evidente que o navio foi tomado enquanto ainda navegava?

Caso Takeshi resolvesse ficar e esperar, a garota voltaria após cinco minutos, caso resolvesse sair sozinho, poderia ver que junto a ela havia um grupo de pessoas, o navio já estava aportado e a prancha já estava abaixada, o ambiente era completamente diferente de onde havia partido as estruturas tinham prédios e casas em uma arquitetura diferente e única ao qual apenas Kano poderia ter, era um presente aos olhos.

Histórico:

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Desenvolvedor Imagem : Créditos : 73

Capítulo III

O Começo Depois do Fim

QUE PORRA É ESSA? Foi a primeira frase que passou pela minha mente naquele momento, afinal, aquilo era muito estranho. As palavras da garota me deixavam com suspeita, realmente, ela falava de um jeito totalmente estranho, não foi assim que vim parar nessa embarcação, será mesmo que eles são os mocinhos? As dúvidas continuavam a bagunçar minha mente, quanto mais tempo passava, pior ficava - ”Porra... que merda é essa? Por que só eu?” - Perguntas e mais perguntas surgiam e algumas respostas realmente foram obtidas, no entanto, a quantidade de perguntas criadas superaram-nas.

De qualquer forma, não me restavam muitas opções, meu corpo parecia melhor e eu sabia que podia lutar, pelo menos não morreria como um merda naquela cela. No momento em que ela saiu me movi lentamente, esticando meu braço e/ou perna para pegar a aquela chave, tentando abrir o cadeado ou tranca daquela prisão - ”Certo, primeiro passo já foi... - Pensei um pouco confiante, mas não poderia deixar aquilo atrapalhar minhas ações. Antes que pudesse sair voltei minha atenção aos companheiros presos, era uma boa ideia tentar acordá-los? Sim, eu tinha um tempo antes que a garota retornasse.

Assim fiz, tentei acordar aqueles que estavam perto de mim e se conseguisse explicaria por cima todo o ocorrido, falando sobre a mulher e tudo o que ela falou comigo, dando ênfase na oportunidade que me foi dada. Respirei fundo antes de sair, observando cada pequeno detalhe da embarcação no qual estava, buscando ver as faces e trajes daqueles no convés ou nos corredores do lugar. Meu objetivo? Queria saber se aquelas pessoas faziam parte da revolução, pois se fizessem, facilitaria e muito minha vida e confiança nos mesmos, já que antes dessa merda toda ocorrer, eu estava ajudando a revolução.

Como supracitado, meus olhos estariam atentos aos detalhes, não só dos homens e mulheres naquele navio, mas também da Ilha onde estava, era realmente Kano? Sim, pela arquitetura das suas construções aquele era o único lugar com itens como aquele, mas, eu ainda estava com um pé atrás - Realmente posso ? - Perguntaria diretamente a selvagem de antes, isso é, se encontrasse ela por ali. Se me fosse permitido realmente sair em paz, caminharia em passos lentos em direção a liberdade, virando-me para aquela mulher antes saísse definitivamente do navio - Quem são vocês? - Sim, simples e direto, como deve ser feito em todas as situações.

Por fim, estava pronto para qualquer coisa que pudesse acontecer. Meu corpo estava recuperado e tentaria usar esquivas mais amplas, principalmente visando sair do navio sem pensar duas vezes, caso algo de ruim estourasse naquele convés.

Legendas:
Fala
"Pensamento"

Takeshi Isamune - Histórico/Objetivos:

Informações do Personagem:

Técnicas/Habilidades:

@Liezi

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Ryuji Ito

Assunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim Qua Jan 12, 2022 10:37 pm

Narração

Com suspeitas que só se somavam, Takeshi se esforçou para pegar a chave e conseguiu, como ela havia previsto, não havia sido algo rápido e mesmo que ele quisesse a agredir, ela já teria chegado em meio aos companheiros, seu teste de fé tinha alguma lógica, pelo menos em sua cabeça. Quando dirigiu-se até o que estava mais próximo que havia tentado fugir, ele acordou meio atordoado e até assustado - Como você saiu?! Me arruma essa chave ai irmão, só a chave, rapido rapido, posso usar pra golpear o guarda quando ele vier… Pensando melhor, é melhor você ficar com ela, vai dar certo!- Com um sorriso no rosto o anterior fugitivo despositava as esperanças em Takeshi, mal sabendo de tudo que havia ali ocorrido.

Enquanto isso, quando aproximou-se de ultima cela, pôde ver, havia uma moça ruiva de cabelos cacheados com degradês tão bonitos que beiravam o sobrenatural, ela estava claramente fingindo que estava dormindo a um tempo e com um sorriso em seus lábios enquanto semi-cerrou seus olhos a ruiva teria dito - A garotinha tem medo de mim então? Pff… Só faz seu caminho, eu tou legal cara, se não for uma zoeira, eu acho que me soltam antes do seu amiguinho ali.- Ela comentou com um tom de voz que acabaria mexendo na estrutura do mais firme dos homens, apesar de toda aquela situação o modo como ela estava confiante de si e de que as coisas dariam certo a faziam ou corajosa ou louca… Talvez os dois mas, definitivamente alguém forte para não se abalar.

Quando subiu até a parte superior, poderia ver que a Mink estava segurando uma ampulheta nas mãos, ela realmente estava contando cinco minutos antes de descer e quando o viu, era fácil ver que ela estava decepcionada quando disse - Pode, tome cuidado quando entrar em outros navios assim. - Ela teria dito e quando ela terminou de dizer outro navio aportou bem ao lado com um moreno que tinha uma aparência nobre que ficara bem visível - Alguma sorte Nisha, alguém que queira se juntar? - E então enquanto caminhou para mais distante ele teria ouvido a mink falar - Pensei que havia achado um mas… A garota… Talvez, ela pareceu forte. - E a voz do homem poderia ter sido ouvida novamente - É uma pena… De toda forma, nosso tempo por aqui não vai ser longo.- Era possível ouvir um tom mais desanimado.

- Tem quem nos compare aos revolucionários mas, somos só um grupo de pessoas tentando fazer o certo.- A mink respondeu, deixando a Takeshi livre o caminho para ir, vir, conversar ou só seguir com a sua vida.

Histórico:

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