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Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 Capítulo III - O Começo Depois do Fim

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MensagemAssunto: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptySáb Dez 04, 2021 1:33 am

Relembrando a primeira mensagem :

Capítulo III - O Começo Depois do Fim

Aqui ocorrerá a aventura do Civil Takeshi Isamune. A qual não possui narrador definido.

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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 2:30 am





Capítulo III

O Começo Depois do Fim





A conversa com Frogg ocorreu de certa forma tranquila, a jovem externou algumas coisas da sua própria vida, pelo jeito ela realmente não conhecia a verdadeira dor dale pain. De qualquer forma após aquele breve papo as coisas se ajeitaram, ela não estava bem e estava tudo bem, já que um impacto como aquele não passaria de maneira tão simples assim – Assim que eu gosto! Vamos seguir em frente, no que precisar estarei aqui por você. – Após longos anos eu tinha encontrado alguém que realmente gostasse, não, não era de maneira superficial como ocorre em outras vezes, mas de fato carregava a sinceridade singular necessária para aquele tipo de sentimento.

Andar pela base me deixou um pouco incomodado, sério, aquele lugar era depressivo por natureza. A revolução não conta com fortes apoiadores? Como eles podem querer se opor ao governo mundial dessa maneira? Não! Isso está completamente errado – “Eles precisam de uma repaginada geral! A aparência é o chamariz para novos membros e apoiadores, precisam mostrar o diferencial.” – Pensamentos surgiam em minha mente a cada passo que era dado, sendo guiado pela pequena amante de sapos em meu ombro. Algumas dúvidas também surgiam em minha cabeça – “Como eles ajudam os escravos? Existe algum método de auxílio para eles? Um lugar único...uma proteção para as pobres almas que conhecem a verdadeira face do mundo, talvez... talvez seja esse o caminho.” – Não sabia como fazer ou se realmente era uma das melhores opções, mas estava claro que deixar aqueles ex-escravos voltarem para as amarras do governo não era algo bom.

Talvez Frogg tenha entendido errado, contudo, eu não queria pegar minha mochila e levá-la, na verdade, queria mesmo é deixar o montante de dinheiro adquirido na Hydra guardado, já que teria que realizar mais um trabalho antes de partir definitivamente para Kano. Se tivesse tempo hábil – ainda no dormitório – colocaria valor na mochila, deixando guardada por ali mesmo e voltando sem nada em mãos para o salão ou seja lá onde Frogg estava me levando – Vamos! Mas cadê meu traje, minha querida parceira? – Indaguei com um sorriso no rosto – Sabe que não posso ir assim na louca, pelo menos não por enquanto. – Complementei a primeira frase em um sussurro, audível apenas a pequena criatura ao meu lado. Acompanharia ela onde quer que me levasse, vestindo aquele sobretudo e colocando a máscara horrível novamente, isso é, em um lugar privado de existências externas – Se esconde aqui, não podemos dar na cara que você tá comigo. Você confia plenamente em todos aqui? – Perguntei terminando de me vestir. Aquele era um ponto forte da minha personalidade, viver sobrevivendo em uma luta diária gerou uma certa desconfiança nas outras pessoas, principalmente após as investidas da Centelha, das mais diversas formas possíveis.

Após tudo pronto – e de preferência com Frogg escondida no sobretudo – sairia do lugar em passos calmos e contidos, não estava levando uma arma novamente e aquilo poderia ser um grande problema, no entanto, como uma lâmpada ascendendo em minha mente a lembrança da batalha contra Rikimaru surgiu em minha mente – “As manoplas!” – Aqueles itens seria de grande utilidade na batalha e também em outras coisas, era melhor do que ir com a mão nua, aquela faixa não conseguia resistir a uma lâmina e aquilo se mostrou ser problemático – Precisamos voltar no dormitório, preciso daquelas manoplas.“Não posso usar algo sem os devidos testes, porra, deixa isso pra lá.” – Antes mesmo que a garota pudesse falar eu continuaria – Na verdade, não precisa. Deixa isso pra depois, vamos logo! – Falei em um tom mais alto, partindo na direção indicada pela garota em passos rápidos – E então, para que lado vamos primeiro? – Questionei em meio a corrida.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 3:03 am



O começo depois do fim - 08
Toroa



Chegando na base após incontáveis minutos de atuação nas ruas de Toroa, Takeshi, ainda com os ânimos aflorados, procurava primeiramente por sua parceira, Frogg. O estado emocional da garota estava claramente debilitado conforme ela encarava aquele uísque e o ingeria como se seu corpo não fosse consideravelmente pequeno para aquela dose. Seus olhos distantes indicavam a doença da sua alma que vinha com a falta de experiência e uma visão limitada ou amedrontada da vida e sua vivência. Isamune, com todos os seus anos na rua vendo e experienciando a dor e o sofrimento, parecia ser a pessoa mais conveniente para iniciar um monólogo e, após uma conversa, levantar o astral novamente daquela garota.

Entrando naquele quarto genérico, porém menor, ele pegava sua mochila e, para a surpresa da mulher, apenas depositava seu dinheiro conseguido pelas suas ações sangrentas mas claramente necessária. Vendo isso, Frogg descia de seu ombro murmurando algumas palavras. — Nesse caso… — andando até a bolsa, ela pegava a “fantasia” improvisada de Isamune e o entregava sem dizer palavra alguma, subindo em seu ombro novamente logo depois disso. Apesar de parecer uma inconveniência para um espectador de fora, o rapaz, após tanto tempo, passara a gostar de alguém de uma maneira um tanto quanto singular e sincera. Era um sentimento não superficial e talvez pioneiro para o coração jovem do artista marcial, mas que definitivamente o fazia bem.

O que não lhe agradava, porém, era a aparência da base em que estavam. Paredes de pedra, umidade, musgos e líquens tomavam contas das galerias rochosas que compunham 90% daquela base. O símbolo de esperança daqueles pobres e oprimidos não conseguia inspirar nem mesmo os próprios revolucionários, quiçá trazer segurança e conforto para aqueles que a dupla iria salvar agora. Enquanto se direcionavam para a saída, tudo o que podia ver era um lugar que se escondia em sua totalidade - talvez de si mesmo -; não apresentava perspectiva de melhora, tampouco se dava ao luxo de gozar de certas carnalidades às vezes necessárias para a complementação da esperança que aquela organização deveria passar.

Não externando seu pensamento quanto à falta de hospitalidade daquele esconderijo, apenas seguia com sua parceira até o final da base. Antes que saíssem, porém, terminava de colocar sua roupa e máscara, colocando Frogg dentro de sua capa encostada em seu peito. O calor transmitido era, de certa forma, aconchegante, apesar da natureza daquela ação indicar um sentimento totalmente diferente. De qualquer forma, sem muitas reclamações, a anã começava a indicar o caminho a ser seguido por um pequeno buraco naquela armadura, que não o protegia das ações contra sua integridade, mas protegiam sua própria persona.

Com apontadas aqui e direcionamentos para lá, chegavam até a costa Oeste da ilha, famosa por suas casas de show e comunidades festivas - talvez o lugar perfeito para esconder irregularidades: embaixo do nariz das autoridades e população. Olhando novamente para as fotos e as correspondentes localizações, Frogg levava aquela dupla improvável até a periferia da aglomeração urbana que se formava naquele local. Aquela parte da cidade não parecia nada nobre, na verdade, bem o oposto disso. Construções irregulares, sujas e mal cuidadas se espalhavam pelas ruas e vielas, não por desleixo, mas por simplicidade exacerbada. Além disso, lixo se espalhava pela rua e marcas da criminalidade eram mais que anormais naquele ponto: a população não se importaria se Isamune tirasse uma arma de dentro de sua roupa e apontasse para alguém.

— Encontrei! — exclamava a garota com voz baixa para não chamar a atenção, enquanto levava Takeshi para uma viela suja e fétida, impregnando suas narinas com o puro cheiro de urina com fezes humanas e animais. Andando mais um pouco por ela, poderiam ter a sensação de estarem sendo observados, mas não encontrariam nenhuma visão de vida naquele lugar inóspito. Parando em uma porta de ferro indicada, Frogg conferia a segurança do local para então sair dos bolsos onde se escondia. — Me espere. Eu vou conferir lá dentro. — com uma piscadela e uma profunda respirada para acalmar-se, ela pulava no chão e entrava pelos dutos de ventilação. Não demorava muito para que ela voltasse com uma notícia chocante: — Não tem ninguém lá dentro. Mas todos os documentos e informações estão lá… parece que saíram às pressas. Quer entrar? — indagava ela, quase o puxando para dentro do lugar para que conferisse sua visão também.



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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 3:31 am





Capítulo III

O Começo Depois do Fim





Tudo ocorria bem, o traje estava devidamente colocado, cobrindo todo meu corpo e mantendo minha identidade em segredo – “Caralho, isso é como um super herói!” – O pensamento cortava minha mente como um raio atingindo o solo em meio a tempestade. A viagem foi tranquila, um lugar novo para mim e nitidamente fazia bem o meu tipo, um antro de marginalidade e caos – “Certo, aqui estamos em casa.” – Me senti aliviado em não ter que caminhar tão sigilosamente como a incursão anterior, já que naquele lugar ninguém se importava com alguém trajado em uma fantasia estranha e nariguda. De qualquer modo, me sentir observado era algo que me incomodava ao ponto de querer correr dali, não em uma fuga, mas apenas usar daquela subterfúgio para encontrar o possível stalker, no entanto, a presença de Frogg e a missão em curso me barravam de cometer tal atrocidade.

O lugar encontrado pela pequena não era um dos melhores e suas palavras me fizeram arquear uma das sobrancelhas por baixo da máscara, a lembrança dos ocorridos pouco tempo atrás tomaram conta da minha mente, todavia, eu tinha que ter confiança em minha companheira. Aguardei apreensivo a sua volta e já imaginando mil e uma maneira de invadir aquele lugar com selvageria, jogando tudo para cima e dando bofetadas em todos que estivessem sem seu interior – “Uffa!” – O alívio veio de maneira mental ao notar a volta da revolucionária, mesmo que ela não trouxesse boas notícias – “Como assim não estão lá? Será que vazaram o resgate anterior? Mudaram os escravos de lugar?” – A mente de um gênio raciocinava com tamanha velocidade que meros mortais ficariam assustados! Brincadeira, aquilo era o caminho mais lógico a se traçar.

Frogg parecia querer me puxar para dentro do lugar e por um momento deixei meu corpo ser levado pela garota, afinal, aquele odor fétido de urina estava causando um ardor incômodo ao meu nariz – Espere. Se eles não estão aí, devem ter sido alocados em outro lugar, consegue encontrar alguma pista do novo paradeiro? Não podemos perder tempo aqui. – Bradei me recompondo e dando uma olhada ao meu redor, tanto no nível do meu corpo como também nas possíveis janelas e terraços existentes ao meu redor – seja de casas ou estabelecimentos – Talvez tudo isso seja uma emboscada, precisamos dá no pé, parceira. – Conclui o raciocínio da maneira mais clara possível, mantendo minha atenção nas alturas e meu corpo instintivamente se preparava para o combate iminente.

Aguardei por alguns segundos ou até mesmo minutos, quiçá a jovem pudesse encontrar algum caminho para ser seguido em meio aos documentos ou qualquer outro tipo de pista que pudesse indicar o caminho – “Espere... aquele fudido falou algo sobre Kano, ele iria levar aqueles escravos para lá, será que o restante do seu grupo tomou o mesmo rumo?” – As peças pareciam se encaixar pouco a pouco, no entanto, que desgraça tem em Kano para que tantos escravos estejam sendo levados para lá? Só no interior daquela cabana dezenas de homens, mulheres e crianças estavam trancafiados e teriam o mesmo destino – Talvez eles estejam no porto ou o mais próximo disso! Conseguiu encontrar algo por aí? Sabe algum local propício a navios aportados nesta área do Oeste de Toroa? – Indaguei de maneira súbita para minha parceira, aguardando uma resposta.

Para que lado fica? – Questionaria com pressa em minhas palavras, no caso da garota não encontrar nenhuma pista e minha dedução ser o único caminho a seguir, confiar nos próprios instintos era uma via de mão dupla, poderia me fazer ganhar uma bolada ou perder tudo em uma única jogada – Certo! Você fica aqui e procura alguma coisa, estou indo para lá verificar se meu palpite está certo. – Falei já correndo com toda minha velocidade, usando minhas habilidades com acrobacia para desviar dos transeuntes ou utilizar das próprias construções para me fazer poupar tempo em meu percurso. Minha velocidade como dito seria a mais alta que meu corpo pudesse alcançar, assim como meus sentidos e minha atenção estavam aflorados, dada a injeção de adrenalina no sangue. Olharia pelo caminho em busca de algum grupo de possíveis escravos, afinal, aquilo tudo não passava de um palpite e talvez meus alvos estivessem sendo levados naquele mesmo momento, ainda na cidade/distrito no qual me encontrava.

Caso chegasse à costa sem mais dificuldades, procuraria em sua extensão mantendo a velocidade, observando a existência de alguma embarcação suspeita, algo que não seria difícil de notar, dadas as circunstâncias atuais. Se meus olhos atentos encontrassem alguma coisa, aumentaria ainda mais minha velocidade em direção ao navio, ele estando atracado, partindo ou seja lá o modo que ele estivesse. Usaria as pedras do morro e do próprio terreno para alcançar patamares que me levassem até o convés da embarcação, entrando no lugar no maior estilo super herói. Já no lugar meus olhos viajariam por todas as direções com velocidade, observando as figuras presentes no lugar e vendo quem eram os meus inimigos no ambiente. Sem conversa e muito menos sem pensar duas vezes, partiria na direção do mais próximo com velocidade, usando o efeito surpresa ou só o impacto da entrada para ganhar alguma espécie de vantagem. Um chute usando todo o peso do meu corpo, acertando com o calcanhar na região que alcançasse para causar o máximo de dano possível, continuando com uma sequência assustadora de socos pesados para finalizar aquele primeiro oponente com velocidade. Acabando totalmente com ele ou apenas parcialmente, avançaria em direção ao segundo em zig-zag, isso é, se fosse necessário desviar de algum ataque ou projétil lançado pelo mesmo. Encurtar a distância seria minha primeira opção, já que no mano-a-mano as garantias de vitória sempre eram mais altas. Meus golpes eram limpos e usavam o movimento circular do quadril para intensificar a força dos mesmos, atingindo regiões sensíveis como as costelas, queixo, têmpora e o próprio maxilar, pontos onde me davam uma vantagem anatômica contra meus oponentes. Por fim, permaneceria repetindo esse ciclo de ações, usando de esquivas simples ou mais largas para desviar de possíveis golpes, mantendo-me sempre em movimento pelo ambiente em que estivesse como um modo de dificultar as ações inimigas, e também, me proporcionar um entendimento sobre aquelas figuras antagonistas que estariam – provavelmente – ao meu redor.

Porém, no caso de meu palpite estar errado, caminharia por algum tempo pela costa para ter certeza, retornando rapidamente ao ponto de partida – ainda na costa – na espera de Frogg, já que ela tinha me guiado até ali. No caso da garota não chegar e nada ser encontrado por mim, voltaria pelo caminho que me levou até aquele lugar em passos ligeiros, mas não tão rápido quanto os anteriores, já que precisava poupar meu fôlego para o que estivesse por vir. Encontrando Frogg no meio do caminho ou no próprio local alvo, diria com uma certa tristeza – Não encontrei nada, pelo jeito sumiram. – Era complicado, mas sem pistas a única coisa que poderia seguir era o meu próprio achismo – Conseguiu encontrar alguma coisa? – Indagaria com esperança de ter algo útil naquele lugar, já que não poderia deixar que mais pessoas tivessem suas liberdades furtadas por criminosos como aqueles.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 3:59 am



O começo depois do fim - 09
Toroa



Seguindo sua intuição e seu dever, sua bússola - embora não a moral - o levava até o Oeste de Toroa, onde Takeshi finalmente poderia se sentir em casa; ao menos em um ambiente mais familiar para si mesmo onde não se importariam com qualquer coisa. Seja urina nas ruas, lixo e a desigualdade presente que nem se dava o trabalho de ser mascarada, tudo naquele distrito fedia a podridão, porém, não uma qualquer, mas sim uma corrupção enraizada profundamente, se aproveitando da população não abastada e se inserindo naquele ambiente como um verdadeiro sanguessuga que já havia se estabelecido como uma identidade do local. Sem serem espantados pelos horrores da cena, Isamune manda Frogg até o interior do “esconderijo” encontrado, apenas para encontrar um verdadeiro mistério: ninguém mais estava ali presente, senão papéis e o cheiro de morte agonizante.

Intrigado por essa notícia, a cabeça genial do artista marcial se colocava para trabalhar como nunca antes havia feito, maquinando os possíveis paradeiros e checando os confins de sua mente para compreender o que ocorria ali. Antes que pudesse ser puxado para dentro por Frog para averiguar pessoalmente, aquele computador chegava em uma resposta que o fazia pensar duas vezes antes de perder mais tempo. Pedindo provas para a sua companheiro que comprovassem sua teoria, não demorava para que com um estalo ela tirasse dos bolsos alguns papéis dobrados, como quem havia esquecido de entregar previamente.

— Aqui, são papéis sobre um suposto navio… um contrato de aluguel com o… governo? — intrigada, ela repassava as informações enquanto Takeshi as lia, comprovando seu pensamento anterior e o colocando em uma súbita carga de adrenalina. Como um herói de capa, seu corpo se movia antes mesmo do pensamento para salvar aqueles possíveis escravos que seriam levados para as terras de Kano, passando por mais crueldades ainda. Ele não poderia deixar aquilo acontecer; seu corpo ardia em ódio com apenas a possibilidade, não deixando tempo sequer para falar com Frogg sobre suas ideias. Jogando uma torrente sem fim de palavras para a anã, e então perguntando para onde deveria ir, a moça, percebendo a seriedade de seu parceiro, logo indicava com o seu indicador para a posição onde logo o Sol iria se pôr.

Correndo pelas ruas enquanto carregado pela adrenalina sem fim que permeava cada centímetro cúbico de suas veias, Takeshi desviava de tendas, barracas, transeuntes e até mesmo carroças para chegar no porto onde seus inimigos possivelmente estavam. O cheiro de peixe que emanava no ar era característico da região enquanto se aproximava das docas de madeira que abrigavam diversos navios - embora nenhum tão característico e imponente quanto o do Governo Mundial. De longe era possível ver seus mastros e velas, marcando, em cada uma dessas peças, o símbolo que amedrontava os bons e alegrava os maus. Coincidentemente ou não, aquele seria o navio que Frogg havia falado para ele, e aquele que a imagem era estampada na prova entregue a Isamune.

Novamente correndo até o seu alvo e perfurando as multidões como uma agulha, Takeshi tentava se aproximar do navio que já partia de seu estacionamento, levantando sua âncora e içando as velas que se excitavam com o contato do vento. Percebendo sua demora, não desistia mesmo assim; aliás, a esperança jazia no horizonte com um pequeno monte de pedras e grama que lhe daria uma posição perfeita para pular no navio em movimento e aceleração. Colocando seu plano em prática, acelerava mais ainda, começando a ficar ligeiramente ofegante enquanto o efeito da adrenalina passava a ser anestesiado pelo tempo. Ele subia no topo daquele cume, e como quem soubesse voar, assim o fazia.

A tensão que ele carregava pela operação o impedia de sentir a brisa batendo em seu rosto enquanto caía, a visão esplêndida que tinha de lá de cima e a própria experiência de pular daquela altura. Apesar disso, possuía sim um plano de queda: aterrissar no inimigo mais próximo, o imobilizando sem muitas delongas. Marcando, então, seu alvo, utilizava seu calcanhar para atingir suas costas, derrubando-o sem muitas demoras, ficando, estagnado, em cima de seu corpo decadente. Mesmo com o sucesso de seu plano, algo parecia errado: apenas um homem presente no convés de um navio enorme. Antes mesmo que pudesse pensar muito sobre isso, sua resposta era ouvida de todas as posições possíveis.

Chik! Em uníssono todas as carabinas, pistolas e rifles eram apontados para a sua face vindos de homens escondidos por toda a região do piso superior, rendendo Isamune em plena ação de justiça. Em suas costas, uma porta se batendo era ouvida, seguida por passos pesados e imponentes. Sendo impedido de se virar para não ser baleado, deveria esperar até que a figura chegasse em sua visão. Isso não demorava muito, quando a provável capitã do navio aparecesse para render o jovem Takeshi que havia se metido em uma grandiosa enrascada. Sua aparência era de uns 40 a 50 anos, cabelos grisalhos, pele preta e queimada pelo sol, além cicatrizes por todo o rosto. Seus braços musculosos estavam apoiados em suas costas, cobertos por uma farda de excelente qualidade que gozava de inúmeras condecorações. Sem dizer muitas palavras, apenas esboçava um sorriso debochado antes de estalar seus dedos, e, ao que parecia ser um comando, fazer Takeshi ser acertado na cabeça por uma coronha, deixando seu mundo preto e inconsciente - um desmaio.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 4:20 am





Capítulo III

O Começo Depois do Fim





Complicações; essa palavra define bem minha vida naquele exato momento. Certo, eu me encontrava um tanto quanto feliz em saber que meu raciocínio estava correto, no entanto, talvez eu devesse ter tomado uma série de ações um tanto quanto mais contidas. De qualquer forma, agora a merda já estava feita e chorar pelo leite derramado não fazia o meu estilo - "Certo, muitos homens e várias armas de fogo, será que consigo me mover sem ser transformado em uma peneira?” – Pensei rapidamente enquanto meus olhos vagavam pelo convés, buscando alguma brecha que pudesse ser usada – “Talvez se eu usar esse arrombado de escudo, consigo o que quero.” – Era esse meu plano, o único que passava pela minha mente. A adrenalina que percorria meu corpo fazia estar pronto para a leva de ações que tomaria para fugir daquele lugar, na verdade, eu ia mesmo é sentar a porrada em todo mundo ali, só precisava de uma pequena chama de caos para que tudo aquilo queimasse e virasse cinzas.

Com os músculos tensionados eu me preparava para a putaria, ignorando completamente aquela mulher cheia de coisa na roupa, eu iria passar por cima dela também. Contudo, nem sempre as coisas saem como esperado, não é? Nesse caso nem mesmo tive chance de tentar, o impacto do golpe percorreu meu corpo e me fez apagar, caindo ali mesmo no convés. Minha mente não trabalhava, parecia imerso em um abismo sem fim, acordar? Eu queria, meu corpo queria isso e eu podia sentir, mas como fazer? Droga, só me resta esperar.

Independente do tempo que passasse ou onde estivesse, no momento que recobrei minha consciência a primeira ação tomada seria tentar se mover, sim, como um animal preso. Quando o controle do meu próprio corpo voltasse, daria uma bela olha ao redor e também em mim, ainda estava com minhas roupas? Minha identidade ainda estava segura? Se bem que eles não me conhecem ou sabem do meu vínculo com o exército revolucionário – Ei ei ei! Acho que começamos com o pé errado. – Diria ao ver alguém por perto, principalmente um dos homens que me apontaram a arma anteriormente – Esse não é o barco do pirata Bem? Droga, como um caçador como eu pode dar esse vacilo. – Mentira, uma tentativa clara de me safar daquele problema que havia me metido – Foi mal ai pelo equívoco, pago os danos que causei, preciso capturar o criminoso! – Completei.

Agora no caso de estar sozinho ou de não ver uma das faces de antes, lharia ao redor para me situar da situação, vendo alguém por perto – que não fosse um dos homens do convés – diria sem pensar duas vezes – Ei, onde estamos? Que porra é esse barco? – Não queria dar a entender que já sabia do que se tratava, afinal, isso poderia piorar e muito a minha situação – “Certo, primeiro vejo como estão as coisas, depois dou um jeito de fugir daqui.” – Era o meu plano já traçado desde o momento que despertei, não podia continuar ali, naquele antro de lacaios do governo, reagrupar e ir para Kano em um grupo maior era a melhor opção, para liquidar de vez com aqueles escravistas de merda.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 5:00 am



O começo depois do fim - 10
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Takeshi Isamune: o homem sem freios na hora de ajudar os necessitados, ou pensamento lógico na hora de realizar o julgamento da justiça. Suas ações, embora muitas vezes impensadas e um tanto precoces, eram, no mínimo, louváveis. Sua bússola moral apontava para o rosto dos nobres escravistas e agentes do Governo Mundial, marcando em suas caras um alvo onde o Revolucionário pudesse socar. Apesar, porém, das suas imensas capacidades, acabou por se meter onde não foi chamado ou mesmo bem-vindo: um navio dos seus inimigos autoproclamados, lugar este que o proibia até mesmo de se movimentar para não virar uma esponja de balas e projéteis. Seu destino final? Kano, em uma viagem desagradável que já começara com um desmaio.

Acordando em um lugar visivelmente mais escuro que o convés, era possível que se confundi-se até mesmo com o iniciar da noite. Seus olhos demoravam para se acostumar com aquele breu, porém, quando seus sentidos retornaram para o funcionamento normal, a claridade se mostrava como o menor de seus problemas. Um odor pútrido se espalhava pelo seu sistema e tomava conta de suas narinas; uma mistura mortal de cadáveres, fezes, urina e doenças. Ao mesmo tempo, tosses e grunhidos poderiam ser ouvidos, além de um tilintar de metal característico de correntes. Seu tato rapidamente capturava sinais de algo gelado tocando e apertando seus punhos e canela, além de seu pescoço - o que causava mais incômodo.

Seu corpo, preso em posição sentada, logo sentia as dores de um longo tempo sem se mover, bem como a fome e a sede características que vinham sem demora. Sua máscara e sua manta foram separadas de sua pele, deixando-o despido enquanto o frio cortava sua pele e judiava de seu sistema. Além disso, suas costelas, antes tratadas, foram novamente feridas, e no mesmo lugar, um grande hematoma surgia como se houvesse sido espancado enquanto inconsciente. Com o poder do golpe da coronha, um enorme galo subia em sua cabeça e doía profundamente, enquanto Takeshi tentava raciocinar que lugar era aquele. Uma coisa era certa: o balançar característicos e o barulho das ondas indicavam estar em alto mar.

Usando seus instintos, poderia sentir uma presença mais próxima ao seu lado, junto de mais centenas de vidas em decaimento contínuo seja por doenças, vermes, inanição, sede ou a própria morte batendo na porta - todos estes causadores do cheiro pútrido sentido sem parar. Quando tentava se comunicar, ouvia uma voz que vinha do seu lado, da mesma altura onde estava, ao mesmo tempo que a corrente era ouvida. — Não está óbvio ainda? Um navio de escravos, eu diria. — com uma voz serena e quase nobre, apesar de sussurrante, mostrava a realidade que temia: de súbito, se via alvo daquilo que jurava destruir com todas as suas forças.

Quando finalmente seus olhos se acostumavam com as trevas, podia ver uma realidade pior do que os seus sentidos já demonstravam para ele: diversos minks e pessoas com características diferentes próximas da morte, com seus ossos criando diversas protuberâncias e cavidades nas suas peles finas e putrefatas. Erupções de pus e tecido necrosado marcavam pontos e se espalhavam pela derme, criando antros de todos os tipos de moscas e mosquitos, por sua vez, doenças que causariam suas mortes. Na frente de alguns, restos de comida jaziam no chão, impossíveis de serem alcançados por aqueles que não possuíam mais força para se movimentar e por aqueles que estavam presos às correntes enferrujadas. Essa em breve seria a realidade do herói que essas pessoas esperavam.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 5:20 am





Capítulo III

O Começo Depois do Fim





Certo, definitivamente as coisas não estavam boas para o meu lado. Diferente do esperado eu acordava com dor, não apenas no local atingido que me fez apagar, mas algo que se estendia por todo ele. Cada pedaço do meu corpo latejava como se aquele rinoceronte tivesse dançado tango em cima de mim, porra, para que tudo isso? Meus olhos aos poucos foram se acostumando com a escuridão do lugar – “Que porra são essas?” – Pensei assim que senti o frio em algumas regiões do corpo, na verdade, por todo ele, que desgraça é essa meu irmão? Caralho meu parceiro, onde eu fui me meter? Respirei fundo ouvindo a resposta me mantendo inerte durante todo o processo, apenas tentando observar mais do que existia ao meu redor – “Calma... você vai dá um jeito de sair, se pensar direito.” – Tentei me acalmar de maneira mental, não podia me desesperar naquele momento, por pior que a situação fosse.

“Essas pessoas estão em um estado deplorável, pelo jeito estão a bastante tempo nessa situação.” – Foi a primeira frase formulada em minha mente ao ver a real situação daqueles ao meu redor, era totalmente fora de questão achar meu estado ruim vendo aquela cena – Ei, sabe de alguém já fugiu daqui? – Sussurrei para o que estivesse mais próximo, precisava saber de mais pessoas já conseguiram se livrar das amarras da escravidão, se tivesse uma positiva ficaria de certa forma mais aliviado, já que as chances de conseguir eram altas. Enfim, continuaria ali me mexendo devagar, tentando sentir e segurar com minhas próprias mãos as correntes que me prendiam, para ter uma ideia do quão forte eu conseguiria puxar daquela posição, quebrar? Não era minha ideia, não acreditava que tinha força para isso, contudo, se conseguisse – mesmo que lentamente – danificar a base que a prendia na madeira do navio, talvez eu tivesse alguma chance.

Sem delongas assim começaria, dando leves trancos, puxando com força sem transparecer o que estava fazendo, afinal, não posso deixar que ninguém perceba, certo? Claro, contava que os próprios escravos mantivessem o sigilo, já que se algum deles abrisse a boca, eu estaria literalmente fudido. Tentei uma, duas, três, quatro vezes, na verdade, parei de contar na décima tentativa! Fiquei até mesmo em pé em alguns momentos – se fosse possível – para ter uma base melhor em minhas pernas, intensificando um pouco minha força explosiva. Não estava muito confiante em romper aquelas correntes, contudo, não podia deixar de tentar lutar pela minha própria liberdade.

Conseguindo folgar, arrebentar ou mesmo que não melhorasse em nada minha situação ali, observaria o estado das minhas pernas, se tivesse força o bastante para realizar alguns movimentos marciais com elas, optaria pelo meu plano B – OOOOOOOOOOH DE CASA! TEM ALGUÉM AÍ? – Gritaria esperando chamar a atenção de um dos homens responsáveis por me colocar ali – TEM ALGUÉM AQUI CHAMANDO, APARECEEE! JÁ BASTAM AGREDIR, AGORA VÃO SER SEM EDUCAÇÃO TAMBÉM? – Não sabia se minhas tentativas dariam certo ou não, mas repetiria o processo de gritar e se mexer, tentando fazer barulho com as correntes. Se por acaso meu plano desse certo e alguém chegasse ali, falaria com um olhar tranquilo – E ai cuzão do caralho! Cadê sua feche? Preciso falar diretamente com ela, pelo jeito aconteceu um engano aqui. – Mesmo tranquilo, falava com uma certa rispidez – Não são só vocês que são do Governo não. – Conclui com um olhar sério – Vamos, anda logo que não tô com tempo não! – Diria de maneira ainda mais séria.

Se por acaso a pessoa se aproximasse, tentaria aplicar uma rasteira veloz, erguendo minha cintura em seguida e dando um pequeno “salto” com a parte inferior do meu corpo, levando minha perna o mais alto que pudesse, descendo com o calcanhar na direção da sua face/rosto/pescoço ou peito. Claro, mesmo que não tivesse muito espaço para isso tentaria da melhor maneira que pudesse arrastar e acertar algum chute naquele homem, enquanto com meus olhos buscava uma chave ou algo que pudesse me libertar dali. Puxaria o antagonista com as pernas ou com as mãos se tivesse tal liberdade, atingindo-o com golpes quantas vezes fosse necessária para apagá-lo ou até mesmo matá-lo, não era de suma importância a integridade física daqueles escravistas. Ficando livre ou não, pelo menos tentaria descontar toda minha raiva naquele cara, já que meu corpo continuava machucado e alguém precisava se responsabilizar por isso.

No entanto, caso não chamasse nenhuma atenção, viraria para meus novos companheiros – Amigos, sabe que porra são eles? Para onde estamos indo? Sabe se eles tiram os escravos daqui em algum momento? – Perguntas que me ajudariam a escapar dali, isso é, se obtivesse a resposta para tal. Por fim, como uma última tentativa, se por acaso ficasse livre das algemas e com algumas chaves em mãos, libertaria o máximo de escravos possíveis – Vamos dar o troco nesses vagabundos! – Diria baixinho para que nenhum outro ouvisse, esperando libertar o máximo de pessoas possíveis e permanecendo no mesmo lugar, observando as ações tomadas pelos antagonistas no barco, me mantendo próximo a uma porta/escada ou qualquer lugar que desse para uma outra área do navio, me mantendo na espreita, para uma possível investida contra um novo inimigo.

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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 6:03 pm



O começo depois do fim - 11
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Preso em um navio escravocrata, o que deveria agir como herói daquelas pessoas em estado deplorável acabava por se tornar uma vítima, assim como eles mesmos. Suas esperanças morriam ao mesmo passo que seus corações paravam de bater, restando-lhes nada, senão uma pilha de cadáveres e memórias de uma vida melhor. Suas doenças se espalhavam tão rápido quanto uma prole de ratos, e o odor fétido impregnava os narizes e pulmões em uma velocidade semelhante. A morte por gases tóxicos advindos deles mesmos poderia ser algo comum naquele recinto, dada a péssima ventilação presente no interior daquele cômodo do navio mercante. Takeshi, no entanto, sendo um recém-chegado, mantinha suas energias ao máximo enquanto tentava estabelecer um plano de ação, começando por agora.

Sussurrando antes de iniciar aquele processo tedioso, buscava saber através de uma pergunta para o futuro escravo mais próximo de si se alguém já havia conseguido escapar daquele lugar. Sua esperança seria uma ótima maneira de melhorar sua moral e talvez até mesmo relaxar seus ânimos para continuar com seu plano que até o momento não fora planejado. A resposta dada era lenta e demorada - aquele que respondia à pergunta era o mesmo prisioneiro de antes, e aparentemente, um dos mais saudáveis dali. — Ninguém, eu diria. — começava — Mesmo se saíssem desse inferno e despistassem os amigos dos nobres lá em cima… mesmo assim… teriam que enfrentar a fúria dos mares… eu diria. — sua falta de esperança era palpável, mas Takeshi não deixava se levar pela maré negativa.

Deixando as palavras ditas pelo seu colega de lado, disfarçadamente tentava estourar as correntes, podendo, eventualmente, perceber arranhões em sua pele além da sensação fria e queimante. Algumas incisões leves feitas em sua derme descascavam, revelando ferrugem naquelas correntes devido à longa exposição ao sal marítimo presente até mesmo no ar. A cada força que realizava sobre aquilo, parecia estar mais fraco e menos resistentes às suas investidas contra ela. Levantando-se e fazendo o trabalho com ajuda de suas pernas, mesmo em uma posição ruim, era finalmente capaz de se libertar daquelas correntes, ficando presas em seus punhos apenas as algemas que outrora limitavam seus movimentos.

Antes que Isamune pudesse chamar a atenção de um guarda, porém, uma voz - a mesma de antes - o alertava para os perigos daquele lugar. — Não se engane rapaz… assim que entra nessa câmara nunca mais sai livre ou com vida… eu diria. — seus olhos não se abriam ao falar com o jovem, sequer seus lábios se moviam muito - parecia guardar energia e conservar o que lhe restava de calor humano. — Aqui nada é seu amigo… nem a natureza. Eu diria. — dando ênfase na primeira parte de sua marca registrada, abria algumas possibilidades interessantes a serem exploradas, mas que eram deixadas novamente de lado para uma conversa com aqueles que o colocaram naquela posição.

Inicialmente, seus gritos eram respondidos apenas com uma coronhada na madeira que separavam eles do piso do convés. Quando ele realmente começava a encher o saco, uma escotilha no teto era aberta - trancada por fora - e de lá surgia um rapaz que parecia estar no meio dos seus trinta. Com uma voz imponente, grossa e desafiadora, ele respondia Takeshi sem hesitar. Ow rapaz. Cale a boca ou eu meto uma bala na sua goela. — após isso, era ligeiro em fechar a escotilha, antes de perceber que os braços de Takeshi estavam soltos de sua prisão. Não satisfeito com isso, Isamune insistia mais um pouco, sendo capaz de novamente chamar a atenção, dessa vez, para uma resposta negativa. — Carlos, me ajuda aqui com esse palhaço! — chamando um colega, abriam a escotilha, revelando mais uma face.

Esta parecia estar em seus 50 anos, avariada pelo tempo e pelas inúmeras lutas que já testemunhara. A primeira coisa que seus olhos atentos captavam era o estado de Takeshi, o que fazia seu rosto se deformar em uma raiva queimante, o fazendo ignorar qualquer palavra que era proferida pela boca do prisioneiro. Não demorava muito, porém, para que ela se suavizasse. — Vamos dar um exemplo. — falava enigmaticamente, fechando a escotilha e desaparecendo de vista, deixando apenas o barulho de suas botas batendo furiosamente nas tábuas do convés que separavam aquelas pessoas do mundo real. Estas lentamente se desvaneciam, até que chegassem na mesma altura, ao lado da sala.

Com algumas chaves, a porta de ferro enorme e pesada se abria; era o portal de saída daqueles prisioneiros dali, tão perto embora tão distante. De qualquer forma, os dois agentes se aproximavam de forma célere de seu alvo, planejando bater no mesmo até que não aguentassem mais. Takeshi, no entanto, não era burro, e logo desferia uma rasteira no primeiro dos oficiais, o mais novo, enquanto partia para cima do mesmo agora no chão, desconsiderando a segunda figura no ambiente, esta mais velha e experiente. Antes de acertar o seu inimigo com o calcanhar, um soco atingia seu maxilar de forma potente e nunca antes sentida, o fazendo ficar atordoado por um momento.

Esse momento, no entanto, era o suficiente para aquela dupla que não tinha remorso em suas ações que apenas satisfaziam seu prazer pessoal. Com uma enxurrada de socos e chutes, atingiam Isamune em cada parte de seu corpo, lesionando e quebrando, machucando e tirando dele a sua dignidade que o formara. Enquanto faziam, os escravos apenas olhavam, impotentes, enquanto aqueles agentes riam da cara de seu colega; nada poderia ser feito, apenas rezar ou orar para que os membros daquele homens se cansassem antes que a vítima morresse. — Huff, é o suficiente. — dizia o mais velho, aparentemente cansado e agora de bom-humor. Um último chute era desferido contra sua costela como despedida, antes desse retirar um novo par de algemas de dentro de seus bolsos.

Takeshi, naquele instante, não podia sentir nada senão dor. Sua consciência ia e vinha do plano subconsciente, não podendo separar o que era real ou o que se tornava uma imaginação. Novamente se via impotente diante das garras dos Agentes do Governo Mundial e suas crueldades, podendo apenas assistir enquanto seu corpo ensanguentado era levantado e colocado de pé no mastro de madeira onde estava escorado. Suas mãos eram presas com as correntes no teto, para que isso o impossibilitasse de sentar e descansar. Como um toque final, aquele velho abaixava o zíper de suas calças e mostrava seu órgão excretor, logo liberando um grande jato de urina em direção ao Revolucionário surrado. Era provavelmente a única gota de água que teria em um bom tempo, e a única fonte de calor em dias. Findada a diversão, ambos saíam, deixando novamente o ambiente macabro e escuro às suas próprias sortes.

O silêncio era quebrado por seu colega de prisão, que o zombava por um momento. — Bela rasteira, eu diria. — pausava por um instante, o qual logo se via ausente de silêncio novamente. Para a surpresa de todos, um barulho de chave era ouvido, mas de dentro do ambiente. — Você me deu a oportunidade perfeita, eu diria! — levantando-se e com as chaves na mão, o homem retirava Takeshi daquele estado, o colocando no chão enquanto saía para libertar os outros. Seu roubo havia sido perfeito, e agora, dividiria o gozo com seus companheiros. — Não temos muito tempo até que voltem. Me traguem um médico para o rapaz e uma camiseta pelo menos! EU DIRIA! — embora falasse baixo, o entusiasmo era palpável.

Não demorava muito para que viesse um rapaz novo e franzino, de rosto pálido e doente, que possuía algumas talas e tecidos para serem usados de bandagem. Com estes itens rudimentares, o jovem pressionava e estancava os sangramentos no corpo de Takeshi, bem como arrumar as partes que estavam fora de normalidade. A dor sentida no processo talvez fosse maior que a dor do próprio espancamento, mas agora, possuía uma chance real de lutar após conseguir um certo descanso. — Talvez sejamos os primeiros a fugir… eu diria. — olhando para o Revolucionário e lhe dando uma piscadela, o prisioneiro mostrava sua gratidão, enquanto preparava seu plano para a tomada do navio.


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Capítulo III

O Começo Depois do Fim





Sinceramente, não tenho nem palavras para definir a cena que aconteceu naquela fúnebre embarcação. Sim, já tinha me metido em confusões e situações assustadoras, envolvido em combate de diferentes proporções, arriscando minha vida em todos eles. Entretanto, aquilo era novo, em nenhum momento da minha vida eu tinha perdido a liberdade, mas, naquela situação eu estava me sentindo um animal enjaulado. Um leão sem suas garras e presas, principalmente após a descida da dupla que ocasionou uma das cenas que levarei por toda minha vida, um momento único de horror, que me fez pensar em uma coisa de suma importância em minha vida – “Eu diria...” – Aquelas duas palavras ditas repetidas vezes pelo homem martelavam em minha mente, cada golpe conectado, cada pedaço do meu corpo sendo quebrado e aquelas malditas palavras vinham como sinalizadores em uma noite escura.

A dor percorria meu corpo em uma velocidade assustadora, o sangue vazava de mim como se estivesse fugindo da morte certa. Não sabia mais se o que estava em minha frente era real ou apenas um pesadelo tenebroso – “Eu diria...” – Aquilo parecia ser minha âncora, já que não me deixava apagar de uma única vez. A cada vez que minha mente desligava, a voz do infeliz me acordava. Aquilo era culpa dele? Não, ele é apenas mais um zé ninguém naquele navio, assim como eu. Meu corpo parecia que iria se quebrar completamente, talvez minha alma estivesse deixando meu interior a cada golpe desferido pela dupla – “Suas caras estão marcadas, eu diria.” – Um pensamento fervoroso surgiu em meio ao caos, aquela maldita dupla... um dia terei minha vingança.

Não posso desistir, o incrível Takeshi não deixaria suas fichas irem dessa maneira. O sangue acumulado em minha boca era posto para fora, carregado até determinado ponto pensei que seria o fim definitivo, mas a humilhação não parou por aí. A urina caiu sobre meu corpo e eu forcei meus olhos a enxergarem aquela cena, afinal, eu faria pior com aquela existência pífia, que em seu momento de poder despejou todas suas regalias daquela forma. Apaguei logo em seguida. Minha consciência foi recobrada com o desenrolar dos acontecimentos – “Eu diria...” – Sim, ele me usou, mas não o julgo. Na verdade, eu julgo sim, certamente iria ter a volta necessária, independentemente se aquilo ocasiona o controle da minha liberdade novamente, eu o mataria. Uma figura me ajudou, aquele rapaz parecia ter algum conhecimento médico, minha mente estava em meio a devaneios, contudo, sentia que aquilo não era o bastante, meu corpo necessitava de cuidados específicos para que tudo voltasse ao eixo, coisa que não encontraria ali.

Minha vontade era esbravejar maldições para aqueles capachos do governo, mas não tinha forças para isso. Os ferimentos pelo meu corpo falavam mais alto, a dor agoniante percorria cada parte do meu ser, ao ponto de me fazer querer morrer em um único momento – “Não!” – Afastei aquele pensamento sombrio instintivamente, eu não era assim, um sobrevivente não preferiria a morte, eu irei vencer, eu irei viver! O sangue escorria pelos meus lábios, pude sentir ao passar a língua e sentir o gosto ferroso ainda mais forte. O acúmulo do líquido da vida foi mandado para fora em uma única tentativa, sujando ainda mais aquele chão nada agradável. Eu consigo ficar de pé? Não sabia, então tentei pela primeira vez colocar meu corpo em pé, me apoiando na madeira do navio ou até mesmo em algum outro ser vivo que estivesse por perto. Tentaria mais algumas vezes, vendo que esse não era o caso, permaneceria ali sentado.

No entanto, conseguindo ficar de pé, a primeira movimentação que faria era levar uma das mãos na costela, como se estivesse segurando, mas mantendo a leveza para que não causasse ainda mais dor. Andar? Jamais! Observaria encostado por ali mesmo o desenrolar das ações, enquanto recuperava um pouco das minhas forças, que provavelmente precisariam ser usadas em pouco tempo. A costela quebrava era algo grave, minha movimentação estava extremamente limitada e aquela era uma das piores situações para um combatente – “O sol... a lua...” - O mantra aparecia em minha mente e era reconfortante, aos poucos minha respiração ia sendo controlada, mesmo que fosse necessário realizar movimentos curtos, para não causar a expansão total dos meus pulmões e ocasionar ainda mais dor. Por enquanto, me mantive como um simples espectador assistindo toda aquela trama, atento a oportunidades! Não ficaria totalmente parado, caminhava lentamente, me segurando na parede ou nos outros para me aproximar daquela porta de metal, tentando ficar fora das vistas daquela escotilha maldita.

Tentaria não lutar naquele momento, apenas se fosse de extrema necessidade ou surgisse uma boa oportunidade. Movimentos curtos, com os dentes cerrados para aguentar um pouco mais da dor que aquelas ações causariam, mas eu precisava – se fosse necessário – intervir de alguma forma. Buscaria por uma espada, soqueira ou até mesmo uma faca em meio ao combate, usando no oponente em questão sem pensar duas vezes. Mesmo sem nada, atacaria com os punhos ou pernas com a força que pudesse aplicar naquele momento, mirando nos olhos, na garganta, têmpora, clavícula e esterno, lugares que com certa força com certeza causariam danos significativos. Tomaria cuidado com a presença de mais de um inimigo, tentando rolar pelo chão se fosse necessário, talvez ficar escondido embaixo de algum dos escravos no chão ou que caíssem sobre mim, aproveitando da oportunidade para segurar ou literalmente dar um chute em meus oponentes fazendo-os cair, dando tempo para que os outros que quisesem lutar pelas suas vidas, fizessem seus devidos trabalhos.

Por fim, permaneceria observando, seguindo o fluxo que parecesse melhor, mantendo uma posição na retaguarda, ficando longe dos combates reais. Procurava reunir forças para uma eventual luta pela liberdade, que certamente aconteceria.

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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 8:35 pm



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Imerso em uma constante de dor que não podia ser controlada, muito menos combatida, Takeshi conseguia pensar apenas em maldições que ainda ancoravam sua consciência àquela realidade. Suas costelas eram o maior mal de todos, não o permitindo movimentos bruscos ou até mesmo uma respiração um pouco fora de controle. A mazela moral que havia sofrido, porém, passava a ser mais alimento para seu sentimento rancoroso e corrodente. A frase “eu diria”, como um furacão, girava pela sua cabeça o colocando em um estado de ira interior. Talvez matasse aquela dupla, talvez matasse também o homem que havia salvo todos à custa de sua dignidade; o fato é que Takeshi Isamune não ficava assim, jamais.

Inicialmente na periferia do navio, apenas podia olhar em volta e espectar o que ocorria naquele barco escravista. Um a um, o homem misterioso que havia alegrado a todos ao sorrateiramente roubar a chave do guarda, desprendia cada um de seus companheiros que o agradeciam na medida do possível. Alguns não podiam reagir pela falta de força resultada de dias em encarceramento em condições desumanas; outros, levantavam de seus lugares para poder ajudar na revolução que acontecia ali, possuindo sempre os mesmos perfis: magreza extrema, marcas por todo o corpo, erupção pela pele e doenças terminais que, a qualquer momento, ceifaria suas vidas. Apesar disso, agindo em coletividade, o egoísmo e a falta de senso saíam de seus corpos para agir como um só.

Nesse momento, Takeshi tentava se levantar com um pouco de dificuldade. Se esgueirando no mastro que estava encostado, conseguia, após mais uma torrente de dor, se colocar em equilíbrio com os dois de seus pés. Sabendo que em breve aquilo viraria um campo de batalha, não tentava muito daquela ação, apenas colocando os braços e abraçando seus ossos fraturados como quem tentava segurar a dor, que era apresentada como represa prestes a estourar e devastar o que estivessem em sua frente; sem exceções. Notava, no entanto, que apesar da excitação de todos, a sala continuava mórbida e quieta. Seja pela responsabilidade de não chamar a atenção dos guardar fora de hora, ou até a falta de condições de fala, aquela ação mostrava o trabalho em equipe performado por aqueles que se tornaram colegas de sofrimento.

Não demorava muito para que as botas do guarda fossem ouvidas, e em simultâneo, o homem da frase icônica se punha ao lado da porta para surpreender quem quer que saísse de lá. Quase de imediato, assim que a pesada porta metálica se abria, o intruso era recebido com uma bela paulada em seu crânio, caindo rapidamente no chão e sendo saqueado quase de forma instantânea. De si, eram removidos uniforme, arma, distintivo, carteira e afins, deixando-o praticamente nu naquele lugar que se tornara um antro de bactérias e inflamações. — Temos que trazer a briga para lá em cima, eu diria. Não quero comprometer os doentes aqui. — anunciava o rapaz que havia soltado todos. Como consequência, era visto como um chefe, um herói a cavalo que os levaria para a liberdade certa.

Logo, assim que saía pela porta que demarcava a área onde era livre ou não, era seguido por cerca de uma dúzia de homens e mulheres, todos diferenciados pelas suas características exóticas e às vezes incompreensíveis aos olhos não convencionais. Takeshi, apesar da movimentação, desejava apenas observar pela retaguarda, mantendo-se fora da visão naquele momento inicial. Indo atrás do grupo ou não, presenciaria todos os tipos de atrocidade advindos do ódio reprimido e o desejo ardente por vingança, este que simpatizava com a raiva que estava em seu peito por tudo o que lhe havia ocorrido. Por um breve momento, no entanto, os únicos sons eram as batidas das ondas no casco e uma brisa gostosa, digna do meio da noite. Tudo isso, no entanto, era ofuscado pelo súbito som de guerra: armas se colidindo em uma faísca característica e inimigos se digladiando até a morte. A batalha havia, enfim, começado - traria Takeshi alguma ajuda ou se manteria imóvel até o momento correto?


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Capítulo III

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Ao longo da minha vida me deparei com várias situações onde a dor foi minha única companheira, claro, isso nunca me fez alguém resistente a ela, mas sim uma pessoa que entendia sua finalidade. A dor servia unicamente para mostrar as lacunas em minha própria força e personalidade, já que era visível que o que me colocou naquela situação foi unicamente o meu modo de enxergar as coisas. Podia ter me preparado? Sim! Podia ter pedido reforços? Sim! A teimosia em tentar abraçar o mundo cobrava seu preço - "Estou velho demais para mudar?" - Aquele pensamento correu minha mente enquanto via toda situação, a luta pela liberdade sempre foi tão dura assim? Pelo jeito, existiam coisas que eu nem sequer conseguia ter a dimensão real da sua face.

Agora já era tarde, recuar podia ser a melhor opção, no entanto, naquele momento de dor a única coisa que podia seguir eram meus instintos. Eles me levaram até ali, eles me tirariam dali. Eu estava enganado? Talvez, mas as mudanças não ocorrem de uma hora para outra, a necessidade de enfrentar aquela situação de frente era o único caminho em minha mente. Os escravos estavam lutando pelas suas respectivas vidas e liberdades, não posso deixá-los arcar com esse peso. Peguei o rumo tomado por eles, caminhando da maneira que podia e usando as estruturas disponíveis ao meu favor, sejam as paredes da embarcação ou qualquer tipo de corrimão existente no lugar. A batalha estava acontecendo, em meus pensamentos torcia para que os homens pudessem ter sucesso em seus combates, pelo menos o tempo necessário para que eu conseguisse alcançá-los.

Forcei a arcada dentária uma contra a outra, respirando de maneira ainda mais pesada, como um touro prestes a atacar. Aquilo tudo era unicamente uma forma de aumentar a adrenalina em meu corpo, trazendo as lembranças da humilhação sofrida e dos golpes que recebi anteriormente. Eu necessitava de um combustível e o que melhor que a raiva e o ódio? Era isso, domine tudo, tome tudo o que é seu por direito e me dê em troca a força necessária para lutar mais uma batalha. A dor era grande, mas não era maior do que o sofrimento de continuar naquela situação. Meu primeiro passo em direção ao combate era tomado com um forte pisão, que fazia o impacto percorrer todo meu corpo e lembrar cada parte dele da dor que estava sentindo, mas ela não me pararia, não naquele momento. Eu iria matá-los, pelo menos era essa a vontade que guiava meus passos pesados.

Quando chegasse no lugar do combate, independente se a vitória ou derrota já estivesse sido cravada, vasculhava como um animal selvagem no convés ou onde estivesse, buscando pela face daqueles que outrora me fizeram sofrer. Mas em meio aos meus pensamentos, não perderia tempo em uma busca fadada ao fracasso, me aproveitando de quem estivesse perto para avançar o mais rápido que meu corpo permitisse, literalmente chocando toda minha estrutura contra o alvo, de modo que derrubasse-o no chão. Montaria em cima dele com velocidade, enfiando ambos os polegares em seus olhos e apertando seu crânio com toda força existente no meu ser, seguido por uma série de socos em sua face, com o máximo de selvageria possível.

Naquele momento não ligava para esquivas ou bloqueios, queria unicamente causar o máximo de dano possível naqueles que estivessem ao meu alcance. Chutando, pisando, derrubando, acertando por trás ou lateralmente, cada golpe carregaria o peso da dor que meu corpo sentia, mesmo que meus movimentos pudessem piorar aquele incômodo. Se tivesse a oportunidade colocaria ambas as mãos no pescoço do primeiro agente que passasse pela minha frente, caminhando em direção a uma estrutura como uma parede ou o próprio mastro, talvez até mesmo pudesse dar uma rasteira e cair por cima dele, apertando seu pescoço com ferocidade, como se quisesse enfiar meus dedos em sua garganta. Não pararia por métodos comuns, continuaria até ver a vida se esvaindo dos seus olhos.

Se em algum momento fosse pego, tentaria me desvencilhar usando a força bruta. Mexendo os braços e o próprio corpo, como uma criança fazendo birra. Tentaria de todo jeito golpear, da melhor maneira que podia, talvez até mesmo encontrando uma espada, para facilitar minha vida. Movimentos amplos na diagonal ou estocadas furiosas capazes de atravessar os corpos inimigos, não queria saber como, mas tentaria matar aqueles homens, mulheres ou quem julgasse ser inimigo, sem um pingo sequer de piedade. Me manteria sempre ativo e no ataque, por mais que caísse, me levantaria com ainda mais ódio em meu coração. Se fosse acertado? Revidaria como um animal contra parede, sem defesas elaboradas e nem esquivas, minha atenção, meus músculos e minha vida estavam unicamente voltados ao ataque.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 9:34 pm



O começo depois do fim - 13
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Com o início da peleja pela liberdade daquelas vidas que estavam prestes a acabar, o barulho do confronto também se iniciava, amalgamado com o som que vinha das águas calmas do West Blue. Takeshi Isamune, aquele que gostaria de abraçar o mundo com seus pequenos membros, realizava as consequências de sua inconsequência, e todos os danos que as ações dele haviam causado. Apesar disso - apesar de ser esmagado com o peso da culpa e da dor -, ele se mantinha firme e não se arrependia de seus atos guiados pela fome e sede de justiça bem feita. Todos aqueles malfeitores iriam pagar, seja pelas suas mãos ou pela sua ajuda na caçada que se iniciava pelo navio de carga.

Visando essa visão de vida e protocolo que tinha para si mesmo, não se afugentava diante o perigo, muito menos se acovardava quando o assunto era uma boa batalha; essa, mais que boa, era importante e necessária para a sobrevivência de todos ali, tal qual a queda do Governo Mundial, evento que tanto o inspirava a realizar as ações que realizava. Saindo, então, pela porta de ferro que marcava o lugar de seu curral, podia rapidamente notar a leveza do ar e da brisa que vinham do mar. O cheiro de morte não impregnava seu nariz mais, porém, com uma leve olhada para trás, era tudo o que poderia ver naqueles humanos, minks, anões e celestiais, largados às traças e mais doentes do que poderiam imaginar.

Apesar dessa visão do inferno, Takeshi já se sentia nele, não se deixando abalar pela realidade que o acertava como um trem. A sua dor era excruciante, sua incapacidade e impotência desanimadoras; seu silêncio? Ensurdecedor. Mesmo assim, não desistia. Se apoiando nas paredes e mastros que encontrava pelo caminho, seguia o som do tilintar dos metais e dos tiros provenientes do convés, passando por um corredor escuro e cheio de corpos amigos e inimigos. Ao final, uma escada que levava até seu destino, por onde, com muita dificuldade, passava para revelar um mundo completamente diferente. Talvez um pouco desnorteador para seus olhos acostumados com a escuridão extrema ou para seus ouvidos que até o momento só ouviram choro e ranger de dentes.

Mas, como uma besta enjaulada e um rato encurralado prestes a virar contra seu caçador, Takeshi agia de maneira veloz e brutal. Não preocupava o resto de vida que tinha com defesas ou esquivas, tampouco estratégias de ataque para maior eficiência - estes não eram luxos que o Revolucionário poderia ter no momento. Como um urso, pulava em um inimigo que fazia defesa contra um dos escravos mais parrudos, derrubando-o e colocando seus polegares nos globos oculares do Agente, que apenas gritava de dor enquanto tentava segurar o braço de Isamune, em profunda dor, mas causando dor em mesma intensidade. Suas mãos apertavam aquele crânio, que cada vez mais faziam barulhos traumáticos e doloridos para aquele que suportava a investida kamikaze.

Como um sádico, não de nascença, aquele que foi levado a esse ponto, o rapaz assistia aqueles olhos se desvencilhando da realidade enquanto a vida se esvaía de seu corpo, que lentamente perdia as forças que apertavam os pulsos do jovem. Olhando, talvez, para o lado, veria o campo de batalha sangrento que aquilo virara, assim como o tempo que havia passado desde a sua invasão mal-sucedida. O líquido rubro, tanto inimigo quanto aliado, se espalhava pela madeira suja daquele barco, enquanto refletia a luz da Lua e das estrelas que iluminavam a tripulação no lugar do Sol - O Astro Rei. Poderia ver, inclusive, que ambos os números haviam se digladiado o bastante naquele momento, mas não estava nem perto do total de membros que aquele navio possuía, nem ao menos o maior perigo para eles: a capitã.

Aceitando, porém, essa vitória momentânea ao lado dos outros oito escravos que haviam restado, continuava com o avanço pelas estruturas do navio à vela, deixando os corpos dos que se foram para trás em honra e saqueando os espólios daquele embate: armas, botas e armaduras, além de soqueiras e lâminas para enfrentar o resto da tripulação de agentes e o que quer que viesse. Mesmo com seu corpo naquele estado, Takeshi não iria parar; não agora que havia chegado longe e seu ódio o corroía por dentro. Em uma busca que já nascia fadada ao fracasso, tentava depositar seus sentimentos negativos na dupla que lhe havia causado tanto mal, mas eles não estavam ali por perto - nem mortos, nem vivos.

De qualquer forma, uma ilha próxima agora se aproximava no horizonte. Bem apagada e visivelmente repleta de mata e vegetação, era fácil identificar o lugar como Derlund, onde o navio iria parar para um carregamento. Ao mesmo tempo, uma luz vinda dessas terras encurtava a distância a cada segundo de maneira célere; se tratava de um pequeno barco de tripulação com no máximo três pessoas, não identificáveis até aquele momento. Mas isso não seria um problema para o presente. Agora, estavam focados em conseguir a tão almejada vingança pelos atos hediondos do Governo, e como quem quisesse responder de maneira similar, este aparecia com seus homens para mais uma batalha. Dessa vez, um grupo maior que o anterior, mais bem preparado e determinado. Como uma cereja no bolo, a dupla que havia arrasado a dignidade de Takeshi aparecia com os olhos fervendo por sede de sangue.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 10:05 pm





Capítulo III

O Começo Depois do Fim





Parecia que finalmente eu teria minha vingança, pelo menos era isso que esperava daquela situação. De qualquer maneira, já estava distante de Toroa e aquilo era complicado, como poderia voltar naquela situação? Talvez com uma melhor condição física fosse possível, no entanto, as coisas estavam de fato mais complicadas - Não podemos deixar eles se sentirem confortáveis, alguém viu… aquela mulher grande? - Indaguei sem sentido, afinal, a dor corria pelo meu corpo intensamente - "Aquela gigante é um problema, onde está? Pensa, pensa!" - Minha mente parecia ligeiramente melhor, mas não estava em seu melhor estado ainda.

Observei por alguns momentos a situação, os escravos iriam continuar lutando e aquele grupo estava vindo com sangue nos olhos para liquidar com aquela rebelião. Eu deveria tentar fugir, essa seria a opção mais viável se estivesse em um estado normal, mas fazer aquilo naquela situação trazia riscos que eu não gostaria de correr. Para piorar, caso partisse em fuga certamente seria seguido por terceiros e complicaria ainda mais toda situação, já que a vantagem no momento eram os números. De qualquer modo eu precisava permanecer ali e lutar junto com aquele povo, até porque precisava lidar com aqueles que me humilharam, isso ainda me incomodava.

No momento deixaria que meus companheiros agissem primeiro, ficando na retaguarda como outrora. Claro, não estava me acovardando, mas sim recuperando minha força e melhorando pouco a pouco. Porém, no momento em que alguma das figuras agressoras de antes surgisse em minha visão, voltaria minha visão para eles, me aproveitando da bagunça para tentar uma espécie de furtividade. Independente de como fosse, partiria para cima no momento mais oportuno, ignorando as dores em meu corpo e ficando unicamente em acabar com a vida daquelas criaturas. Um pulo? Sim, faria isso se fosse possível, visando cair com um soco na altura da sua face, acertando com toda força que meu corpo pudesse nutrir naquele momento. Continuaria? É claro! Movimentos curtos, a cada dor que sentisse em meu ser com aqueles movimentos, tentaria causar o dobro em meu oponente. Repetidas vezes acertaria da maneira que pudesse, com socos ou até mesmo "martelando" sua face.

Sem defesas e esquivas, tomado pela vingança tentaria acabar com a vida daqueles responsáveis por me colocar naquele estado. Chutes, pisões, o que fosse melhor dentre as oportunidades seriam realizados, principalmente para me dar uma vantagem sobre eles, caindo por cima e me dando abertura para causar danos nos pontos sensíveis dos mesmo - como olhos e pescoço. Se surgisse a chance - estando por cima - seguraria na cabeça e bateria com força no convés, repetidas vezes e com o máximo de ferocidade possível, eu queria matá-los e faria isso uma hora ou outra. Se por acaso desse uma merda muito grande, tentaria como último recurso pular em direção ao mar, não era um exímio nadador, mas sabia o básico pelo menos. Iria em direção a costa, afinal, naquele momento precisaria do egoísmo para me manter vivo.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 10:42 pm



O começo depois do fim - 14
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Liberto de seu cativeiro de medo e podridão, agora Takeshi só se via impedido pelas amarras da dor e do sofrimento causado ao seu corpo. Apesar disso, a chave que lhe libertava dessas prisões era nada mais, nada menos, que sua raiva acumulada; o ódio adquirido à partir do momento em que o “eu diria” grudara em sua cabeça e que aqueles dois oficiais da injustiça o bateram até um ponto de quase morte. Nesse momento, chegando em Derlund, lá estava ele, esperando o momento certo para dar o bote e se vingar enquanto seus colegas de luta partiam para o ataque em um uníssono que carregava o peso da luta que eles batalhavam: a da liberdade.

Prestes a também entrar na luta que acabava de começar, Takeshi inicialmente se indagava onde estava a “mulher grande”, uma referência à capitã daquele navio e sua aparência medonha. É claro que sua voz não alcançava o ouvido dos guerreiros, que com todas as suas forças, derramavam sangue e suor pelo convés do navio em busca daquilo que sempre foi deles por direito: a liberdade, a vida, a dignidade. Enquanto isso, Isamune martelava em sua cabeça aquela indagação, afinal, a mera presença daquela mulher poderia determinar negativamente o rumo da missão deles ali.

De qualquer forma, não se esperaria por muito tempo, afinal, não estava na retaguarda por ser covarde, e sim por uma mera questão de sobrevivência e eficiência. Focando na luta que parecia mais favorável aos agentes, procurava por momentos oportunos para liquidar seus inimigos em movimentos rápidos e ágeis, apesar da sua condição física. Esperando e esperando, seu momento vinha quando os soldados começavam a focar muito em seus inimigos a ponto de negar a visão e sentidos periféricos; era o começo do fim para aqueles criminosos que agiam assim na frente de Takeshi Isamune. Com uma corrida improvisada e um pouco desajeitada, chegava no ponto certo para finalmente desferir um golpe contra seu alvo: o mais novo dos homens que lhe causou tanto dano.

Um pulo era efetuado, não tão alto quanto de costume, mas o necessário para que seu soco descendente causasse o dano necessário. Em um centésimo de segundo, o criminoso que estava prestes a desferir um golpe contra o aliado era posto no chão atordoado, onde Takeshi não tinha piedade e continuava com uma torrente de ataques que fuzilavam o rosto daquele rapaz contra o convés maciço. Sangue jorrava para todo lado enquanto Isamune destroçava o crânio de seu inimigo já caído em um coma profundo por conta dos impactos fortificados. Cada dor sentida em seu corpo era distribuída entre os socos, na esperança de acabar logo com aquele que havia lhe feito tanto mal.

A reviravolta vinha quando, em meio a cegueira do ódio, um chute poderosíssimo acertava sua face. Seu corpo já debilitado era arremessado contra o convés novamente, e assim que seu atordoamento passasse, poderia ver a fonte de tal golpe: o mais velho, aquele que havia feito a maior barbárie contra ele e seu corpo. — Voltou para mais, hein? — proclamava o senhor, com um sorriso sádico que ia de orelha a orelha enquanto estralava seus punhos e seu pescoço eventualmente. Vendo, então, que ficar ali daria em uma situação mais negativa ainda, levantava-se com certo esforço, não sendo perseguido por ninguém, para pular para fora daquele navio que estava prestes a chegar em Derlund.

Enquanto corria até a beira, podia ver a situação de seus colegas de sofrimento: muitos já haviam caído, e agora os agentes superavam os números com uma grandeza ainda maior. Outros eram subjugados e espancados até a morte, até mesmo assassinados a sangue frio com tiros em suas têmporas. Abandonando aquele navio, não estava sendo covarde, mas sim um sobrevivente das atrocidades ali cometidas. Não demorava muito para que seu corpo encontrasse a água fria e começasse a nadar com tudo o que tinha - mesmo sendo pouco -, encontrando dores e mais dores que nem mesmo o gelo do mar podia anestesiar. E mesmo quando parecia encontrar triunfo, descobria a luz estranha que outrora observara antes da luta começar.

Um pequeno bote movido à motor, carregando em seu espaço diminuto um nobre de aparência forte e sádica. Sua roupa militar não deixava dúvidas no ar: definitivamente se tratava daqueles que ficam atrás da mesa movimentando tropas e brincando com vidas através de papéis e caneta. Ao seu lado, dois homens que pareciam ser guardas não necessários, e um condutor simples daquela embarcação humilde. Assim que Takeshi colocava sua cabeça para fora, era surpreendido por uma arma mirada em sua testa, mais um pequeno sorriso e outra coronhada que lhe levava para o inconsciente. Não demorava muito para que voltasse ao navio, carregado pelos ombros e dificilmente consciente enquanto seus olhos captavam flashes daquele convés.

O navio já havia parado, e novamente ouvia os passos pesados que ouvira antes daquele inferno começar. A capitã do navio conversava com o nobre, e ambos então olhavam para Takeshi assim que o mesmo recobrava sua consciência, minutos após ser atacado. Seus braços estavam amarrados e sua boca amordaçada; em seus pés, uma corrente novamente o prendia ao convés, e dessa vez em perfeito estado. Ao seu lado, sangue inimigo e aliado - principalmente escravo - inundava a madeira velha que compunha aquele barco. Além disso, o rapaz que havia liderado aquela rebelião, “eu diria”. Tão surrado quanto ele, o homem, com muita dificuldade, respirava e se mantia são após ser espancado tanto.

— Vocês possuem sorte de serem mercadoria valiosa… ou acabariam como seus amigos ali. — proferia tais palavras de uma maneira debochada enquanto apontava para o monte de corpos que agora era amontoado em um só lugar, para ser jogado ao mar. Virando para seu colega de alta sociedade, dizia em uma voz mais mansa algumas palavras que revelavam o destino dos dois dali em diante — Aí estão, Drak, como prometido. Creio que o pagamento já foi feito, certo? — indagava a mulher, respondia apenas com um aceno breve na cabeça. Assim, um aperto de mãos selava aquela união e separava Takeshi e seu colega para sempre daquele navio de horrores.

Agora, sendo guiados pelos dois seguranças do nobre, passavam pelo convés e pelo monte de corpos com certa dificuldade após tanto apanhar. Eram dirigidos até uma tábua que ligava um navio ao outro - este maior, aparentemente melhor e mais bem cuidado -. Suas grandes velas ainda não foram içadas, bem como seus remos movidos a trabalho escravo não foram utilizados naquele momento; era para lá que iam, sofrer mais um pouco até chegarem ao destino daquele homem torpe, um lugar onde Takeshi não fazia a mínima ideia qual era o destino, muito menos como seria a jornada. Tudo que esperava podia ser um caminho mais tranquilo e uma tripulação menos violenta, afinal, a partir de agora, sua vida já não era mais sua.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo III - O Começo Depois do Fim   Capítulo III - O Começo Depois do Fim - Página 2 EmptyDom Jan 09, 2022 11:21 pm





Capítulo III

O Começo Depois do Fim





Sabe quando você pensa que nada pode piorar e aí tudo piora? Então, esse é o exato sentimento que está percorrendo o meu corpo. Por um momento pensei que nós iríamos encontrar nossa liberdade, mesmo que fosse de certa forma estranho toda aquela situação de vantagem, já que nossos números não eram tão grandes assim. De qualquer modo, estava preparado para a morte, sabendo que durante a fuga poderia ser um alvo fácil para meus inimigos, principalmente por conta do meu estado físico.

Certo, eu estava confiante que pelo menos conseguiria chegar em terra firme e me esgueirar pela Ilha em fuga, no entanto, aquele maldito bote fodeu comigo. Eu estava irritado por dentro, porque todo mundo usa arma de fogo dessa maneira? Cadê aquela galera resolvendo as coisas com os próprios punhos? Porra! - SEU FILHA DA … - Algum desgraçado não deixou nem mesmo eu terminar minha ofensa. Novamente minha consciência tinha se esvaído e mais uma vez me encontrava à mercê daqueles maníacos de merda.

Quando acordei estava preso e pior, amordaçado como um animal selvagem. A capitã estava presente, assim como outras figuras que certamente um dia eu me vingaria, isso é, se eu continuasse com vida. As palavras ditas pela mulher me deram mais do que qualquer pancada, ser tratado como um verdadeiro nada era um sentimento realmente ruim - "Malditos de merda…" - Aquele homem queria me comprar? Mercadoria? O que esse merda vai fazer comigo? Não, essa é uma boa oportunidade - "A primeira brecha que me derem, irei matá-los e irei alcançar minha liberdade." - Era isso, menos homens armados e versados nas artes marciais, mais chance para que meu plano pudesse ser eficiente.

A embarcação era digna de alguém com dinheiro, mas aquele sentimento por dentro era estranho. Não era como se eu fosse um simples prisioneiro, mas sim como se minha própria vida não fosse mais minha. Aquilo era a escravidão? Não! Não posso deixar isso continuar desse jeito. Observei tudo ao meu redor com atenção, por mais que as dores em meu corpo incomodassem, não ser livre estava sendo algo bem pior. Sem muito o que fazer, apenas continuei por ali observando e tentando encontrar todo tipo de informação que fosse possível: quais eram as possíveis rotas de fuga? Quantos homens tinham por ali? Consigo ter alguma abertura naquele exato momento? Quantos escravos tinham ali? Meu plano inicial era juntar o máximo de informações que conseguisse naquele momento, tendo uma noção do terreno no qual estava inserido.


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