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Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 I - Re-cobrando os sentidos

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Achiles
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MensagemAssunto: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySex Abr 15, 2022 9:31 am

Relembrando a primeira mensagem :

I - Re-cobrando os sentidos

Aqui ocorrerá a aventura do(a) Civil Silver Khan. A qual não possui narrador definido.
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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySex maio 06, 2022 9:11 am



 
Narração
18:40

- Chifre de jade... Pertence a pessoas interessantes do submundo. Mas você sabe muito bem que se eu te falasse muito mais que isso eu teria que mata-lo, não é assim que funciona nosso mundo? – Era possível ver que ele estava sorrindo quando falava aquilo – Se quiser me contatar basta ir no Sevilla Bar e pedir por um Coquetel de Coco duplo com tequila... – Por fim a conversa terminava e o homem sumia entre o enorme número de pessoas que pareciam se misturar com a multidão. Alguns navios da marinha paravam e despejavam pessoas e outros simplesmente seguiam seu caminho para fora da ilha. Silver chegava próximo de um homem que parecia muito interessado na movimentação e demorava até um segundo para perceber que o lanceiro estava falando com ele. – Você quer comprar maçãs? – Ele exibia seu produto no susto, mas logo percebia que o que Silver queria era apenas informação – A sim, parece que existe um homem perigoso vagando pela cidade que tem cometido diversos crimes. A marinha está em polvorosa com isso, eu não queria ser um pirata durante esse momento Hahaha – Ele gargalhava terminando de falar.

Silver então iria em direção a clínica, devido a viver boa parte de sua vida naquela ilha não seria difícil para o mesmo saber onde a mesma se encontrava, apesar de ser um local difícil para ele. Ele andava por um tempo até ver o Quartel da Marinha G-71, uma movimentação gigantesca de homens vestidos de azul e branco entravam e saiam do local, carregavam caixas e pareciam apreensivos, mas era difícil deduzir muito mais do que isso. A clinica Salvatore ficava a não muito longe dali a apenas quatro casas de diferença da mansão que agora era o Quartel reformulado. Chegando na porta do local era possível ver uma grande Placa com uma cruz vermelha acima da porta e um grande S verde ao lado demonstrando que era o local que procurava.

Entrando no local ele nem mesmo precisava procurar por Hen o homem estava sentado numa cadeira apoiando ambos seus pés em uma pequena mesa logo a sua frente enquanto ambos seus braços serviam de travesseiro para sua cabeça. – Oho, parece que nossa principal testemunha realmente retornou. – Ao redor do mesmo existia mais três marinheiros que pareciam querer levantar-se, mas Hen com um movimento de mão fazia com que eles baixassem sua guarda. Ele recolhia seus pés e braços sentando-se de uma forma mais normal onde apoiava seus braços logo em seus joelhos – Seu amigo parece estar bem, apesar de não ter acordado ainda, mas devido a seus ferimentos até você deve entender que vai demorar um pouco para que ele volte a andar despreocupadamente. – O marinheiro levantava apoiando-se no braço da cadeira, ele parecia um pouco cansado – Me siga, vamos conversar em particular. – O homem começava a andar e ele parecia conhecer aquela construção como se fosse sua própria casa, eles andavam por algum tempo até chegar em um consultório que parecia não ter ninguém apesar de estar prontamente mobiliado. – Esse lugar me traz lembranças... – Hen sorria – Não deixe ninguém entrar. – O homem ordenava para um dos soldados que parecia ficar de guarda logo ao lado da porta ao ser trancada.

- Pode se sentar, senhor... – Deixa a impressão que precisava do nome do homem com quem estava falando. Ele sentava-se em uma cadeira no lado contrario de onde estava Silver que também parecia conter uma cadeira simples de madeira, separando ambos por uma mesa de metal cinza. – Espero que sua “fuga” tenha sido frutífera, já que estava com tanta pressa. – Ele sorria e sua atitude astuta lembrava Silver de uma raposa – Pois bem, porque não começa me falando desde o começo quem é você, quem é seu amigo, quem é Greg Smithers o dono, a qual você me perguntou sobre no local e mais importante, quem é o falecido que até o momento tendo a acreditar ser a vítima disso tudo. – Ele mais uma vez demonstrava sua atitude despojada jogando seu corpo para trás fazendo a cadeira se apoiar em apenas duas pernas e apoiando seus pés na mesa. – Depois, vagarosamente, me fale tudo que aconteceu naquele ninho de rato, desde o começo. – Apesar de sua atitude seus olhos afiados demonstravam que ele não era um homem simples, tampouco bobo, ele parecia analisar Silver dos pés à cabeça.






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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySex maio 06, 2022 6:05 pm



Pessoas interessantes do submundo. Pessoas interessantes do submundo. Pessoas interessantes do submundo.

Essa frase ficava martelando em minha cabeça e apenas confirmava o quão poderosas e influentes poderiam ser as pessoas da minha família biológica. Agora, mais do que nunca, sinto que devo me associar a essa organização e me tornar um membro influente dela, para que possa confrontá-los com propriedade. Eu fui testemunha do que o Executor foi capaz de fazer com Greg e a fala mansa e desencorajada do falecido no trato com ele e o reflexo da pessoa que pretende me tornar daqui para frente. "Chifres de Jade... Eu vou fazê-los pagar caro pelo que quer que tenham feito comigo." — Refletia enquanto seguia meu trajeto até a clinica.
 
A informação de que Toru levaria algum tempo para voltar a andar em sua total normalidade era preocupante pela perspectiva de que ele era um membro bastante atuante e um dos bons combatentes que nossa organização possuía, ou seja, um desfalque e tanto. "Como nós chegamos até aqui?" — Perguntava-me para que os erros cometidos não voltassem a se repetir nunca mais. — Claro. — Eu o seguia conforme solicitado, sendo levado até uma sala toda mobiliada, mas sem uso aparente. — Tem certeza que não iremos atrapalhar aqui? Nem no caso de uma emergência? Falando em emergência, muitos colegas seu estão chegando na ilha, acredito que as coisas fiquem tensas a partir desse ponto. — Daria uma de João sem braço a fim de colher alguma informação solta.

— Ah, claro! Desculpe-me pelos meus modos, acredito que não tenha me apresentado ainda. — Levaria minha destra até a nuca e mexeria com o cabelo, aparentemente sem graça. — Meu nome é Silver, Silver Khan. — Sinalizaria. — Devo agradecê-lo novamente por mais cedo, eu não sei o que você fez, só que me sinto muito melhor após o tratamento. — Faria questão de ressaltar o meu agradecimento.

Agora voltando ao aparente interrogatório, começaria: — Tudo bem... deixe-me ver... por onde começar... — Faria uma pausa alongada, como se estivesse voltando ao início, assim a narrativa ficaria mais natural. —  Dinheiro... é sobre isso basicamente, dinheiro, grana, verdinha, tostão, bufunfa, há vários nomes para isso, afinal de contas, não é o que rege o mundo? — Indagaria. — O antagonista dessa história toda, Greg Smithers, é muito possivelmente o maior devedor de nossa ilha e eu talvez tenha pecado em confiar demais nele, até o momento que a sua divida comigo foi se acumulando, acumulando e precisei cobrá-lo, foi nesse instante em que convidei Toru para se juntar a mim nessa empreitada. — Acrescentaria.

Nesse instante eu me daria por conta de que já estava bastante tempo em missão e o cansaço no meu corpo e mente poderia estar cada vez mais latente com isso. Eu não gostaria de me tornar um dependente como Neville e nem seria positivo adquirir um vício nessa etapa da minha vida, mas acredito que um cigarro poderia ajudar a aliviar as tensões. — Você não teria um cigarro aí ou um dos seus homens lá fora? — Eu testemunhei o respeito que seus subordinados tinham com ele, em contraste com a minha personalidade, e poderia sim obter o cigarro se ele tivesse um mínimo de proatividade.

Se fosse atendido em meu pedido, colocaria o cigarro entre os dedos indicador e médio da mão esquerda e o levaria até a boca, onde acenderia com a mão livre se um isqueiro fosse me emprestado junto ou deixaria que Hen o fizesse. — Bem melhor. — Diria com o cigarro em mãos. — Tudo bem então, vamos seguir assim mesmo. — Diria caso contrário. — Pit... era assim que Greg o chamava e juro pela minha mãe que está no céu - essa parte era mentira - que foi ele quem nos atacou por primeiro, simplesmente pelo fato de Greg ter ordenado ao confirmar que estávamos ali para reclamar o que de direito era nosso. Pelo que consegui apurar, eles tinham uma relação de pai e filho... e... ah, é mesmo... — Faria uma breve pausa, relembrando a fala do próprio Hen mais cedo. — Você disse que ele estava mais para um mink, eu poderia jurar que se tratava de um experimento. — Confrontaria-o.

— Eu sei o que as pessoas podem pensar sobre essa vida de cobranças, pessoas apontando armas para as outras, sobre ameaças e coação, mas eu juro que estava ali na melhor das intenções, prestes a propor até o abatimento da dívida, mas de nada adiantou. Greg logrou fuga assim que nos viu e deixou Pit encarregado de nos matar, e ele se mostrou um oponente formidável, não gosto nem de imaginar o que seria de nós se não fosse o sacrifício feito por Toru. — Nesse instante, caso com o cigarro estivesse, daria mais um trago.

— Não demorou muito e nós conseguimos o neutralizar, eu apenas tentava imobilizá-lo o tempo todo, mas você chegou e acabou confirmando a morte, uma pena. — Acenaria com uma voz de lamento. — Logo após você ter me liberado, eu o encontrei em um galpão nos limites do porto e ele já estava com uma bala cravada em sua testa. — Diria olhando firmemente nos olhos de Hen, mesmo que aquilo pudesse chocar o marinheiro. — É como eu disse, Greg era um grande de um trambiqueiro e eu não seria a única pessoa em seu encalço, o lado negativo disso é que aqui estou... — Retiraria o tecido interior de ambos os bolsos para fora, para que ele visse que eu não tinha nenhuma enorme quantidade de dinheiro comigo como poderia imaginar. — De bolsos vazios. — Não esperaria que ele achasse qualquer graça.

— Pergunte a Margarete, croupier do cassino Omerta ou quem sabe Raphaela garçonete do Mozzafiato. — Usaria de uma informação privilegiada mencionada pelo Executor momentos antes para corroborar o meu discurso. — Elas podem confirmar o tipo de pessoa que Greg era. — Por último, eu me aproximaria um metro de distância de Hen e com os pulsos colados um no outro, como se eu tivesse oferecendo a ele minha própria liberdade, concluiria. — Se amar o dinheiro é um crime, então eu me considero culpado, pode me prender aqui e agora. Caso contrário, peço que me libere e me permita levar Toru comigo. — Esperava que tivesse sido suficientemente convincente para que superasse o mais rapidamente possível essa minha condição de testemunha.

Durante todo o meu testemunho, eu estaria evitando o máximo mencionar o nome do meu empregador ou de nossa organização e assumir todo o risco em meus ombros, nem que isso me custasse mil anos de prisão. Essa seria a principal maneira de provar minha lealdade.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySeg maio 09, 2022 8:05 am



 
Narração
18:58

O rosto de Hen parecia um pouco diferente do normal, sua expressão esperta de raposa se tornava um pouco mais simples, ele parecia não acreditar exatamente no que estava acontecendo, o homem tinha simplesmente ido a seu encontro e revelado que teve envolvimento na morte de uma pessoa. Ele deixava sua forma relaxada, recolhia suas pernas e sentava-se direito na cadeira. – Então tudo por dinheiro vale, é isso? – O marinheiro colocava seus cotovelos sobre a mesa e encarava Silver com um sorriso no rosto, ele parecia ter um tom sarcástico em suas palavras – Então o que você está dizendo é que um homem lhe devia dinheiro e com o não pagamento dessa divida ele teve que morrer, não é isso? – A expressão de raposa voltava a aparecer em seu rosto – Não apenas isso, mas foram os dois, você e seu amigo, com armas para cobrar essa dívida, então não imagino que uma conversa iria bastar, não é mesmo? – Ele retiraria os cotovelos da mesa e voltaria a encostar suas costas contra a cadeira – Cigarro... claro claro, um homem tem seus vicios... FIU! – Ele assobiava, a porta abria, ele fazia um movimento com ambas as mãos como se estivesse acendendo um cigarro. O marinheiro na porta retirava de suas coisas um maço ainda aberto com um isqueiro simples de coloração verde e deixava sobre a mesa – Pode se servir, mas isso um dia vai te matar. – Hen com ambas as mãos recolhidas para a parte atrás de sua cabeça como um travesseiro parecia relaxado – Então o corpo deste tal Greg está no porto? Aquele lugar está bastante agitado ultimamente... – Ele encarava Silver mais uma vez, parecia estar analisando o mesmo – Soldado Richard, vá ao tal galpão e confirme o corpo. – Ele ordenava para o homem que estava do lado de fora e logo que o mesmo saía outro aparecia para assumir seu lugar ao lado da porta.

- Resumindo tudo, por dinheiro você e seu amigo assassinaram um homem, que vocês alegam ser por legitima defesa claro e no fim o homem encontrado no galpão está morto por motivos desconhecidos, certo? – Aquele sorriso esperto surgia novamente – Você tem alguma ideia de quem matou Greg? Algum nome? Claro, assumindo que tal homem realmente exista e seu corpo esteja neste galpão. – Hen estava caçando mais informações de Silver e seu olhar esperto parecia cada vez mais aguçado, pelo jeito não confiava muito nas palavras do homem em relação a segunda morte, parecia achar que de alguma maneira ele estava envolvido de uma forma ou de outra, apesar de crer na explicação da morte do mink porco. – Enfim, acho que entendo agora a história e como ela ocorreu – Hen levantava-se da cadeira – E apesar de gostar de dinheiro não ser um crime, assassinato ainda é, e por esse crime você será preso, você entende o que estou dizendo? – A porta atrás de Silver então era aberta vagarosamente revelando os marinheiros que estavam com Hen a momentos atrás, eles estavam portando armas consigo, espadas e pistolas. – Você tem agora duas opções senhor Silver, você deve vir conosco até o quartel general que a proposito não está nem a um quarteirão de distancia de forma gentil aceitando sua pena ou pode fazer como antes e tentar “fugir”. Contudo desta vez não terei a mesma conduta de o deixar sair sem problemas. – Hen por de trás de retirava algemas que pareciam estar em seu bolso traseiro ou algo parecido – É sua escolha, mas devo lhe alertar, nossos amigos do lado de fora estão um pouco raivosos devido aos eventos recentes e parecem querer descontar essa raiva na primeira que eles tiverem motivo. – O sorriso de raposa em seu rosto se mostrava mais uma vez, sua voz era calma e demonstrava uma alta confiança.






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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySeg maio 09, 2022 11:48 pm



Eu poderia começar dizendo que minha mãe me avisou incansáveis vezes que minhas ações um dia me trariam para esse momento, mas eu não tive a oportunidade de conhecê-lá. Risos. Joana até tentou abrir a minha mente, é verdade, mas eu era teimoso demais para voltar atrás. Nesse instante, eu abriria um sorriso de canto da boca e relembraria dela com um carinho que não era comum. "Talvez ela não fosse tão bruxa assim... Como eu havia me esquecido disso? Ela foi a primeira a se sujar de lama por mim, até mesmo antes de Neville" — Sem contar que as outras crianças de rua contavam com a minha coragem e talento para briga para impulsioná-las a continuar lutando cada vez mais.  

Outro episódio que me vinha a memória é do dia em que eu estava para ser enviado com passagem só de ida para fora de Sirarossa, em outras palavras, eu seria banido permanentemente. "Não há progresso sem mudança, e não há mudança sem uma mente aberta. Eu consigo oferecer as melhores e mais confiáveis condições para a sua completa reabilitação, mas você está disposto a abrir a sua mente, criança?" — Com maestria, Neville surpreendeu a todos ao meu redor e o discurso que ele usou para me resgatar daquela situação de abandono ainda repercute em quem eu sou hoje.

A sentença de Hen serviu como uma faca em minhas costas, mas principalmente para abrir os meus olhos. Eu cogitei, nem que por um momento, que ele seria um homem integro, justo e faria a coisa certa acima de tudo, mas me prender por ter reagido à uma tentativa de assassinato, pois esse era o desfecho que Pit pretendia nos entregar, era simplesmente inaceitável. — Só há um Silver Khan no mundo inteiro, no dia em que um interrogatório me fizer agir como outra pessoa coloque uma bala em minha testa. — Vociferaria em alto e bom tom, engolindo à seco a voz de prisão, com minha postura reta, o peito estufado e a cabeça erguida antes de me render por completo. — Eu assumo total responsabilidade pelos crimes a mim imputados, ainda que eu não concorde. Apenas permita que Toru siga o seu tratamento na instalação apropriada e não em uma caixa de concreto de 5m². — Apelaria confiantemente.

Por fim, eu seguiria com o grupo de marinheiros até a prisão mencionada, inteligentemente sem esboçar qualquer tentativa de fuga ou apresentar qualquer outra dificuldade durante a operação. Não que eles se importassem com isso, pois acredito que se verdadeiramente quisessem acabar com a minha vida me dando um tiro no meio do trajeto, seria muito fácil. Meus cuidados vem do fato de eu não me considerar um principiante, pelo contrário, já fui detido inúmeras vezes e sei como o devido processo ocorre. Geralmente chegando lá eles me peçam para entregar meus pertences, isso se não vierem com aquela roupa listrada extremamente cafona para o meu gosto. — Vamos depressa, homens, com sorte eu ainda consigo pegar o café da tarde. — Ironizaria os serviços de "acomodamento" comumente oferecido por essas instituições e também corroborado pelo fato de eu estar desde a manhã sem comer.

Uma vez que lá chegássemos, interromperia qualquer um que tentasse me apresentar e com determinação eu mesmo o faria. — Prisioneiro Silver Khan se apresentando. — Diria, arregaçando as mangas da roupa. — Vamos terminar logo com isso. Quanto mais cedo eu entrar, mais cedo eu sairei. — Colaboraria pacificamente com as instruções que me fossem passadas, tais quais trocar de roupa, entregar meu bastão e outros pertences. — Se sumir um berrie que seja do meu dinheiro, eu irei até o inferno atrás de quem o roubou. — Prometeria, vide a minha ganância por dinheiro.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyQua maio 11, 2022 3:39 pm



 
Narração
20:01

- Já que você assume total responsabilidade não temos mais o que discutir. – Hen puxaria o braço de Silver para suas costas e colocaria as algemas em ambos os pulsos os prendendo juntos. Ele então conduziria o jovem para fora do quarto enquanto o restante dos marinheiros que estavam do lado de fora abria espaço. Ele então era conduzido para fora do local ficando Hen a sua frente enquanto o restante dos marinheiros parecia o seguir, contudo ainda ficavam alguns membros da marinha no local, provavelmente aguardando Toru se recuperar para também o levar em direção ao Quartel. Pouco a poucos eles iam andando em quase uma fila indiana até chegar a porta do Quartel General. Silver tinha passado por ali a não muito tempo atrás, o local era basicamente uma antiga mansão que agora reformulada para um quartel dava uma impressão estranha sobre o ambiente. Os marinheiros ainda pareciam agitados apesar de agora um pouco menos em relação ao momento que ele tinha passado por ali.

O grupo logo entrava no local, entrando era possível ver uma grande mesa de madeira que estava lotada de papeis e uma mulher baixinha logo atrás, quase coberta pelo tamanho das pilhas de papel. – Cabo Hen trazendo prisioneiro. – O marinheiro anunciava sua chegava assim como o motivo, a mulher olhava aquilo e parecia não dar muita importância, talvez estivesse ocupada demais com seus papeis. Apenas fazia um sinal de mão mandando o mesmo seguir seu caminho. Hen ficava para conversar com essa mulher enquanto Silver então era conduzido por um corredor onde a cada poucos metros existia um portão de barras de um metal cinza onde um guarda abria a mesma e fechava quando eles passavam. Era possível ver janelas onde as mesmas também tinham barras bloqueando a entrada e saída, uma das mesmas, logo a direita por onde estavam passando era possível ver um pátio, rodeado por grades gigantescas sem ter aberturas até mesmo por cima parecia uma gaiola quadrada. No local era possível encontrar uma quadra de algum esporte onde se utilizava uma bola laranja e diversos aparelhos de musculação. Dentro dela diversos detentos pareciam sair do local andando em direção a uma porta que dava em uma das entradas do prédio.

Chegavam a um local grande onde um grande numero de celas pareciam se fazer presentes em diversos andares, uma de frente para as outras, de lado com as outras e em cima das outras. Parecia ser uma construção diferente do restante do Quartel visto que as paredes e a estruturam tinham um tom mais industrial, diferente da mansão velha. Um dos marinheiros revistavam seu corpo e tiravam tudo que o mesmo tinha consigo, desde sua lança, os cigarros que tinha acabado de ganhar, o isqueiro e por fim seu dinheiro.

O grupo caminhava por mais algum tempo até conseguirem chegar a um quarto onde uma cela parecia estar preparada para o mesmo. A cela era simples, possuía uma cama que a muito tempo não parecia ter sido trocada, uma cadeira de madeira velha, uma pia acompanhada de um espelho trincado e uma janela mais ao alto onde barras de ferro faziam a ultima luz do sol sumir ao chegar. Acima da porta, na parte de dentro da cela, era possível encontrar um relógio que tinha uma espécie de cobertura de ferro e barras de ferro logo a frente, deixando um pouco difícil de verificar as horas. – Entre aí Silver. – Hen o fazia entrar logo após chegar vindo após alguns minutos de onde tinham vindo – Vire de costas. – Ele esperaria o homem virar-se de costas para as grades, fecharia a tranca e com uma chave tirada de seus bolsos tiraria as algemas deixando o mesmo preso e sem mais amarras em seu corpo. – Pois bem, falei com o sargento e depois de levantar os fatos, as denuncias e todas as outras situações envolvendo você e seu amigo que ainda está desacordado. O soldado que enviei quando estava no consultório retornou do porto... – Ele parecia encarar Silver nos olhos – Não encontramos qualquer corpo, claro, tirando os de mais cedo, você deve ter conhecimento do que aconteceu... – Ele tinha um olhar analítico – Não acho que você tenha mentido sobre o corpo, mas como não há qualquer sinal do mesmo não temos como lhe indiciar por algo que não existe... Você por acaso tem qualquer ideia sobre o que pode ter acontecido? Ou nunca teve um corpo afinal? – Ele mantinha certa distancia das barras de metal, mas nesse momento se aproximava um pouco, tocando ambas as mãos nas mesmas – Enfim, de qualquer jeito, sua pena por assassinato está sendo julgada pelas pessoas competentes e logo mais alguém irá lhe dizer o veredito...

Ele se afastava mais uma vez das grades largando as mesmas - Enquanto isso você pode se habituar a sua nova casa temporária, as refeições são distribuídas as 7 da manhã, 12 e 18 horas. Todas são servidas no grande refeitório, basta seguir as placas ou os outros detentos. Se posso lhe dar uma dica, é melhor chegar cedo ou pode ficar em uma situação complicada... Se quiser um pouco de ar livre pode ir ao pátio, a maioria dos presos vão ao local para treinar seus músculos ou apenas bater papo... Enfim, você está livre para fazer o que quiser, desde que não seja fugir daqui hahaha. – Ele então virava-se e ia em direção ao corredor por onde tinha vindo – Espero que não cause problemas para os agentes presidiários senhor Silver! – Ele então tinha a porta fechada por trás de suas costas e sumia. As pessoas nas outras celas escuras pareciam conversar com seus colegas de cela, deixando Silver sozinho já que não tinha alguém com quem dividir seu quarto pois estava sozinho. Pela janela e pelo relógio era possível ver que já passava das 20 horas.







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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyQui maio 12, 2022 12:03 am



— Uma cama, uma cadeira e uma pia para higiene pessoal. — Observaria logo de cara, quase como uma indireta e fazendo um semblante de "nossa, incrível". — E pensar que muitos meninos e meninas lá fora não sabem o que é ter uma cama. Que muitas vezes vão dormir de barriga vazia. Mas isso não é problema nosso, não é mesmo, cabo Hen?! — Salientaria, virando de costas como o solicitado por ele, com os pulsos na altura da abertura da porta. — Mas se um porco qualquer morreu, então parem tudo, vamos fazer justiça. — Massagearia um pulso logo após o outro. — Muito melhor agora. — Por último, pularia de costas na cama e cruzaria ambas as mãos na altura da nuca.

O que eu deveria fazer em relação à pergunta de Hen? Ele estava falando sério mesmo? Ele acreditava que eu iria respondê-lo amigavelmente depois de eu ter o feito uma vez e ele ter me colocado nessa cela como resposta?! — Esse cara é interessante. — Pensaria em voz alta, imaginando que o Executor tivesse dado um jeito com a ocultação do cadáver, era a hipótese mais lógica, mas principalmente para que Hen soubesse ou desconfiasse que eu pudesse ter a informação comigo. — Talvez eu tenha mentido sobre o corpo... Talvez eu tenha mentido até mesmo sobre as dívidas... Talvez eu esteja aqui porque eu quero ou preciso? Percebe que a nossa relação está cercada de talvezes? — Nesse instante, me levantaria da cama e me aproximaria das grades que nos separavam, colocando ambas as mãos com um espaçamento suficiente de um metro nas barras e olhando pelo corredor, como se buscasse algo.

Desistiria da ideia de me comprometer, mais do que já havia me comprometido, se isso ainda fosse possível, e voltaria para a cama na mesma posição de antes, onde terminaria ouvindo as últimas palavras de Hen com os olhos fechados e esboçando um ronco, como provocação. Assim que pudesse determinar a sua saída, pelo silêncio ou por sons de passos se distanciando, sentaria-me rente as grades e tentaria ouvir a conversação alheia. — Hey, vocês! — Buscaria chamar a atenção dos meus colegas. — Estão há muito tempo confinados? Querem saber de uma novidade fresquinha? — Independente da resposta deles e tampouco me importando se estaria ou não atrapalhando a conversa, emendaria. — Algum maluco tem cometido diversos crimes pela ilha e isso trouxe uma frota da marinha para cá, isso não é engraçado? HAHAHAHAHAHAHA! — Começaria a rir como um maluco. — A ironia da vida... Estamos mais seguros aqui dentro do que lá fora. — Expressaria.

Ouviria atentamente qualquer comentário a respeito e mesmo a falta deste, uma vez que não responder também é responder e sem mais a acrescentar, com os sinais de cansaço também batendo em meu corpo, diria antes de me dirigir para a minha cama novamente. — Era só isso mesmo. Boa noite, senhores! — Deitado, fecharia os olhos permitindo que o sono viesse e torceria para que um relógio ou alguém me despertasse pontualmente no horário das 7, como o indicado.  


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyQui Jun 16, 2022 10:32 am

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Silver Khan
Perder o horário não seria preocupação para Silver, todas as manhãs um dos oficiais passava batendo seu cacetete nas grades, o barulho era alto, se misturava com sua risada irônica e comentários ácidos sobre o começo do dia viraram rotina na vida de todos que ali estavam. A comida era ruim, quase sempre um pão duro do dia(s) anterior, purê de batata sem sal e um copo de suco de goiaba que mais parecia água misturada com algum pó estranho que gruda no fundo da garganta.

O pátio era apertado, o sol batia somente em um pequeno pedaço onde os mais fortes dominavam, ali faziam piadas com os novatos, levantavam pesos e viam o dia passar somente para fazer exatamente a mesma coisa no dia seguinte. Essa foi a rotina de Silva por oito longos dias, até que algo novo aconteceu.

Logo após tomar seu desjejum, um dos oficiais o chamou e disse que ele tinha uma visita, algo que não aconteceu anteriormente. Khan foi levado até uma sala apertada, suas mãos foram algemadas e ele ficou só, pela primeira vez em dias, sem algum guarda por perto. Sentado à frente da mesa, um sujeito de terno, com olhos frios e cansados, não havia nenhum pelo em seu rosto, isso inclui suas sobrancelhas ou a falta delas, sua pele era pálida, segurava o maço de cigarro na mão, acendeu um deles e ofereceu a Khan antes de começar a falar.

- Senhor Khan, meu nome é Karl Pasquale, fui enviado por um homem que viu um pequeno potencial em você naquele galpão … tudo que eu disser aqui, eu pretendo cumprir é preciso que você preste bastante atenção

A voz rouca do homem indicava seu vício em nicotina, seu queixo era largo e sua postura ereta mostrava que não era a primeira vez que fazia aquilo.

- Posso tirá-lo daqui, mas tem algumas condições - Ele levanta o dedo indicador - Primeiro, você irá fazer uns serviços para um certo alguém em troca da sua liberdade e da boa vontade dele em lhe ajudar - levanta o dedo médio - Segundo, se você sair daqui e não cumprir com os serviços que lhe foram ordenados, você será convidado a conhecer os peixes - por fim, levanta o dedo anelar - Terceiro, uma vez que pagar esse favor, estará livre para ficar conosco ou seguir seu rumo.

Tragando novamente o cigarro, o homem soltava a fumaça para cima, esperando pela resposta de Silver. Apesar de nenhum nome ser dito, podia-se entender quem era o homem que estava lhe ajudando, será que Khan poderia confiar em tudo que foi dito? Era-lhe oferecida uma saída, mas o quão profundo era esse túnel?


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyQui Jun 16, 2022 3:59 pm



Em minha juventude como delinquente, todo dia era um leão diferente que eu tinha que matar para sobreviver. Minha dieta era como posso dizer, muito flexível. Tinha dias que eu encontrava um hambúrguer ou resto de ensopado no lixão ao fundo de um restaurante pós-expediente, tinha dias que eu passava com fome e aqueles mais raramente que eu dava a sorte de encontrar um anfitrião bondoso o suficiente que me oferecesse um alimento digno. Com essas minhas experiências, não seria em uma prisão como essa que eu começaria a fazer pouco caso para comida, mas sim fiz das tripas, coração, sempre fazendo questão de agradecer pelas refeições que eram oferecidas.

Em relação a ter mantido ou ao menos ter tentado manter um corpo saudável e ativo, ainda que sem a facilidade do meu bastão e principal item que me acompanhava em minhas atividades físicas, e uma vez que não era do meu interesse disputar espaço com aqueles que pudessem se sentir donos do pedaço, visto que em minha mente eu sempre fui convicto de que sairia no dia seguinte, eu mantive uma rotina de flexões e abdominais dentro da minha própria cela ali perto do horário de dormir, inclusive quanto mais cansado eu era, melhor eu dormiria.

Após esses oito dias intermináveis, ouvir que alguém esperava pra falar comigo me deu um novo ânimo. Será que finalmente eu vou poder encontrar o caminho de casa novamente? E como vai ser encarar Neville? O estado de saúde de Toru já teria melhorado? Muitas duvidas pairavam sobre minha cabeça nesse momento.

— Qual foi, isso é realmente necessário? — Debruçaria sobre o guarda ao ver que o mesmo me algemava. — Não é como se eu representasse alguma ameaça de fuga. — Sinalizaria. — Que seja, vamos descobrir logo quem é o príncipe no cavalo branco que veio ao meu resgate. — Diria ironicamente.

Naquela sala, diante daquela figura engraçada, precisei segurar o riso para não parecer desagradável, mas que era engraçado o fato dele não ter nem um fio sequer na sobrancelha, era. — Os dias aqui são incrivelmente chatos e um maço de cigarros é o equivalente ao ouro aqui dentro. — Aceitaria o cigarro, aproximando o meu rosto em uma distância suficiente para que ele pudesse colocar entre os meus lábios e acender. — Hã?! — Reagiria com estranheza ao escutar sua promessa de me tirar dali, jorrando a fumaça para a lateral.

— Esse cigarro é de alta qualidade. — Diria, mesmo que não tivesse a menor propriedade para atestar isso ou aquilo. — Você gosta de bebidas? Pois eu sei desse bar chamado Sevilla Bar, os drinques ali oferecidos são incríveis, você já teve a oportunidade de visitá-lo? — Esse estabelecimento era o mesmo que o Executor e a única pessoa com quem eu interagi naquele espaço, havia me indicado, e se o homem respondesse positivamente, eu poderia confirmar de quem estávamos falando. — Claro, eu entendo. — Responderia em caso afirmativo.

— Meu empregador é um homem importante, que também tem seus recursos, basta eu fazer um telefonema e ele irá providenciar minha saída daqui, então me diga por que eu iria assumir um fardo, que mais tarde pode ficar impossível ou muito difícil de carregar, com um completo desconhecido? — Questionaria-o.

De fato, o que aquele homem estava me propondo, e o pior, me deixando totalmente no escuro para decidir, não me parecia nem um pouco razoável e o excesso de confiança foi, inclusive, o motivo que me trouxe até aqui, eu não poderia cometer o mesmo erro duas vezes. Por outro lado, ele era a primeira pessoa a vir me visitar em muito tempo, uma porta que eu não poderia fechar assim facilmente, e acredito que ele possa ser sim um facilitador para a minha saída antecipadamente.

— Realizar o serviço em si não é o problema. Sou um homem jovem, tenho braços fortes e um objetivo para alcançar que impede que eu caia diante de qualquer oponente que seja. — Realizaria uma breve pausa para dar mais um trago e depois de espalhar a fumaça a minha frente, continuaria. — O segundo e o terceiro ponto também não são uma preocupação. A partir do momento que eu assuma um trabalho, eu irei até o final para cumpri-lo. — Acrescentaria. — O que me impede de aceitar a sua oferta prontamente é o meu outro trabalho e como isso possa afetá-lo, direta ou indiretamente. Eu sou muito leal ao meu empregador, ao ponto de atravessar uma bala por ele se necessário for e, se eu desconfiar que esse trabalho tenha qualquer relação ou entre no caminho de Neville e sua organização em algum momento, nem que seja minimamente, eu terei que recusá-lo. — Diria em um tom sério e determinante.

— O que eu estou dizendo basicamente é que eu quero garantias de que não existirá conflito de interesses entre o trabalho a ser realizado com a organização que eu atuo regularmente. Com esse obstáculo superado, eu estarei inclinado a aceitar a oferta. — Estenderia minha destra a fim de cumprimentá-lo e selar o acordo, caso ele se mostrasse favorável. Caso contrário, levantaria-me e me colocaria frente à porta, onde aguardaria que um guarda viesse me buscar para me guiar até minha cela novamente para, sabe-se lá quando, outra oportunidade como aquela surgiria.
 


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyDom Jun 19, 2022 4:12 pm

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Silver Khan
A fumaça procurava uma saída daquela sala apertada, o ar ficava pesado, não havia nenhuma corrente de ar que pudesse tirá-la daquele local, Silver era um sujeito malandro, no bom e no mal sentido, pensava em muitos caminhos que sua escolha poderia lhe levar, tentava puxar frivolidade com o careca em sua frente, mas nenhuma expressão surgiu, era como conversar com um monólito de pedra, ele escutava tudo com atenção, isso era inegável, até estranho, se reparasse bem, o homem demorava bastante para piscar, parecia de fato uma estátua mal encarada.

Por fim, ele respirou fundo, levemente irritado pela falação, como se estivesse buscando oxigenar seu cérebro para não agir de forma imatura - Sr. Khan, se o seu empregador fosse de fato bom, acho que ele teria lhe tirado daqui antes que me mandassem - levava o cigarro até seus lábios - Não entenda mal, não estou diminuindo o Sr. Neville, mas se fossemos comparar baseado em animais, ele seria uma mera mosca que estaria rodeando a carcaça que o meu Chefe não quis terminar - de fato, era uma comparação estranha, Khan poderia interpretar como quiser - Não terá conflito de interesses, por um simples motivo - dizia, enquanto se inclinava para frente - Se houvesse um conflito, o restaurante do Sr. Neville iria arder como se o inferno fosse - concluía, se recostando na cadeira novamente.

Silver podia sentir uma presença estranha, quase ameaçadora vindo do homem - Você a vida inteira nadou em um aquário, alguém viu algo em ti e está lhe oferecendo a chance de pular para o oceano, se for demais, não precisa ficar com vergonha, muitos não aguentam, é mais comum do que pensa - ele já afastava a cadeira, se preparando para sair - Então, se quer uma garantia … não terá, volte para sua cela e reze para que Sr. Neville consiga algo ou aceite trabalhar para alguém que pode lhe abrir portas e sair agora, cabe a você decidir - terminando de fumar o cigarro, jogava o mesmo no chão e pisava.

O homem se preparava para deixar, Silver teria que escolher agora, confiar que Neville iria lhe ajudar no futuro ou ser livre no momento. Qualquer que fosse sua escolha, iria impactar seu futuro, seja negativamente ou não, era o cavalo da oportunidade passando, bastava agarrar a rédea.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyTer Jun 21, 2022 8:44 pm



A forma convicta como Karl representava o seu empregador me deixava curioso para conhecer todo aquele mundo que ele dizia existir com orgulho e que eu não tinha experimentado ainda. Minha lealdade para com Neville é um tema irretocável e assegurado, mas com as novas informações obtidas sobre os meus raptores, ou ainda aqueles que fizeram parte desse esquema e a grandeza apresentada por Karl em relação à esse universo que eu tanto almejo me deixa bastante animado e confiante para fazer parte e quem sabe fazer disso um facilitador para os meus objetivos.

— Tudo bem, nós temos um acordo. — Diria conforme colocaria a ponta do cigarro sobre a mesa para apagá-lo. — Então, como vai ser? Eu preciso assinar um termo de compromisso ou faremos à moda antiga, no fio do bigode? — Sugeriria. — A minha saída se dará imediatamente ou daqui a alguns dias ainda? — Procuraria saber. — Entendido! Considere feito. — Com as respostas obtidas, apresentaria-me ao guarda responsável atrás daquela porta para fazer a minha remoção novamente.

Se eu ainda tivesse que esperar mais um ou dois dias para ser libertado, voltaria para minha cela para voltar para a agenda anterior. Caso contrário, faria questão de, como prometido anteriormente, acompanhar a retirada de todos os meus objetos e caso confirmasse que qualquer item ou quantia em dinheiro estivesse faltando, faria questão de arrumar uma nova confusão ali mesmo.

— Meu bastão. — Admiraria o item por alguns segundos. — Senti sua falta. — Diria assim que pudesse ter o item em meus braços novamente.
— E essa roupa, hein? Muito melhor do que aquela cor que fazia meus olhos arder. — Diria em relação à roupa.

Os dias presos com certeza me ajudaram a colocar a cabeça no lugar e me tornar uma pessoa mais fria na tomada de decisões e sem sombra de dúvidas, essa vai ser a última vez que ando por esses corredores frios e tenebrosos.

Caso Karl ou algum enviado por ele estivesse esperando por mim durante minha saída, solicitaria. — Gostaria de passar no restaurante de Neville, existem assuntos pendentes e que preciso resolver, seria possível? — Com uma resposta positiva, ofereceria ao homem o nome do restaurante, isso se ele já não soubesse. — Eu já disse que uma vez que aceito um trabalho eu farei de tudo para concluí-lo da maneira mais satisfatória e favorável possível para o empregador. Você tem certeza de que essa mensagem de desconfiança logo de cara é a que vocês querem me passar? — Com uma negativa, insistiria.

Aguardaria confiantemente que minhas expectativas fossem atendidas e eu pudesse me encontrar com Neville nas próximas horas, ou então, faria questão de externar a minha insatisfação ao próximo superior que apresentassem para mim.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyQui Jun 23, 2022 10:19 pm

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Naquele momento, Khan não conhecia, mas Pasquale era um homem renomado e ensinado na arte da lei, uma língua afiada que conseguia confundir a cabeça da justiça com enigmas e malabarismo jurídicos, ele iria sair daquela sala como um homem livre, obviamente, Karl sabia de tudo isso, mas ele era orgulhoso e gostava de ser elogiado, ver a surpresa no rosto dos seus clientes, esse era sua melhor característica, depois que sofreu aquela derrota, suas mãos não tem força para um soco, sua batalha agora era em prisões e cadeias, entre celas e paredes, era uma vida aceitável.

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Ele se levantou, ajeitou seu terno e olhou para Silver - Assim que sair por aquela porta o senhor é um homem livre, foi dado um dia para ajeitar sua coisas, depois disso, alguém irá entrar em contato com você - completava, dando alguns passos para fora do quarto - Lembre-se, esperamos que seja discreto sobre tudo que foi falado aqui, se pegarmos você bêbado em alguma esquina não teremos piedade - assim, o homem saia do local, deixando a porta aberta para Silver, destarte, Khan ainda via Karl apertando a mão de um guarda e ligeiramente, algo foi passado para o sujeito, que sorriu logo em seguida.

Dito isto, Khan teria de volta seus pertences e teria exatamente um dia para fazer o que bem entendesse, visitar algum bordel, comer algo saboroso, ir até Neville, era quase como a calmaria antes da tempestade, ele tinha apenas uma certeza, alguém iria lhe visitar.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptyDom Jun 26, 2022 12:05 am



— Lar doce lar. — Diria assim que pudesse olhar para o letreiro da fechada do restaurante de Neville, e quando eu digo fachada, pode ser interpretado também como o método de Neville esconder os seus verdadeiros negócios obscuros. — Que saudades que eu estava. — Suspiraria feliz por ter retornado, a pé ou por uma possível carona que Karl tivesse me oferecido.

Depois de admirar a frente do estabelecimento por alguns minutos, ainda descrente por ser um homem livre novamente, ingressaria em alto e bom som para que todas as caras conhecidas pudessem ver que eu estava de volta. — Silver Khan está de volta, cambada. — Aproximaria-me do balcão e nesse instante daria três tapas estridentes sobre o mesmo. — O atendimento continua péssimo por aqui, hein! — Diria em um tom de brincadeira. — Pode mandar o prato do dia que eu estou varado de fome. — Pediria, uma vez que eu era um cliente VIP. — E toma cuidado pra não derrubar pelanca de sovaco na minha comida. — Diria voltado para a cozinha, com as mãos em formato de cone em frente à boca, visando provocar a nossa cozinheira, uma mulher grande e gorda.

— O patrão está por aí? — Perguntaria ao responsável pelo bar enquanto aguardava pelo meu pedido. Meu corpo denunciaria uma tremedeira e minhas mãos suadas na altura dos quadríceps confirmariam o nervosismo que eu estava sofrendo. — Ele vai levar muito tempo? Eu o espero. — Responderia em um cenário negativo. Aproveitaria então, desse intervalo de tempo, para aproveitar o prato que eu já sentia bastante falta e então procurar pelo estabelecimento algum outro entretenimento que ele pudesse me oferecer para aguardar. — É mesmo?! Aonde? — Caso a resposta fosse positiva e Neville ali se encontrasse, seguiria para o local indicado pelo meu colega. — Ótimo, vou ali e já volto, veja se mantém a minha comida armazenada e bem aquecida pra quando eu retornar devorá-la como ela tem que ser. — Solicitaria antes de sair.

Assim que o encontrasse, eu me colocaria em estado de vênia, como um verdadeiro soldado que respeita o seu superior deve fazer e ficaria naquela posição durante todo o meu discurso. — Mestre. — Iniciaria. — O que foi esse último serviço, não é mesmo? — Tentaria aliviar a tensão. — Vocês tiveram noticias de Toru nesses últimos dias? Como ele está? Espero que já tenha voltado para casa ou eu juro... — Trancaria as mandíbulas e cerraria o punho direito em sinal de fúria. — Sobre o resultado da missão, bem, não saiu como esperado e eu quero deixar registrado o quão envergonhado e decepcionado eu estou comigo mesmo. — Diria em um tom punitivo. — Eu aceitarei de corpo e alma qualquer que for a punição e me coloco a inteira disposição para reparar os diversos erros que cometi. — Como um soldado que eu sou, qualquer palavra de conforto que pudesse partir de Neville não poderia ser melhor do que cem chibatadas. Verdadeiramente eu esperava que ele me desse um soco ou um tiro ali mesmo do que ele pudesse me desculpar.

Após fazer uma breve pausa, até para dar a oportunidade de Neville se manifestar, retomaria. — Sevilla Bar, esse nome lhe é familiar? Você já ouviu falar dos negócios que ocorrem por lá? — Indicaria. — O homem que entrou em meu caminho e acabou matando Greg, o que impediu o sucesso da missão, denominado Executor, disse que eu poderia encontrá-lo por lá. Ele também demonstrou respeito e conhecimento sobre você, como o seu péssimo hábito de fumar, e garantiu que se você não parar com isso, acabará morrendo. Ele também disse... — Nesse instante, abriria uma aspas. — Que Greg pagou sua dívida com a própria vida e que você acabaria aceitando esse resultado. Ele disse algo como "demonstrar poder também é uma forte moeda de troca". — Encerraria a primeira parte que considerava importante.

Relembrando como eu havia ido parar atrás das grades, eu começaria a rir involuntariamente e colocaria a destra atrás da cabeça como se estivesse coçando algo. — Como eu fui parar na cadeia é uma parte engraçada dessa história. — Começaria, visivelmente sem graça. — Com Toru entre a vida e a morte e sem a quem recorrer, encontrei ajuda em um marinheiro que passava pela vizinhança. Por sorte, ele tinha os conhecimentos necessários para salvar a vida de Toru. Ele no entanto condicionou a liberdade de Toru ao meu depoimento, o que acabei fornecendo mais tarde e, talvez por uma sinceridade excessiva, acabei sendo preso com base nesse meu depoimento. — Agora parando para pensar, conforme eu digo essas palavras em voz alta, soa mesmo muito ridículo. — Novamente peço desculpas por isso, mas pode ficar tranquilo que nenhuma informação relevante ou que coloque em risco a nossa organização foi revelada. — Repetiria, consternado.

— Dos meus dias como presidiário, nada de relevante aconteceu, nenhum inimigo sequer para dar as caras, absolutamente nada, até o dia de hoje e o motivo de eu estar livre. — Salientaria. — Karl Pasquale, você reconhece esse nome? — Podia ser apenas um nome entre vários, mas esperava que Neville reconhecesse com o próximo detalhe que eu iria apresentar agora. — Ele tem uma característica única, não tem nenhum pelo na cara, inclusive naquilo que deveria ser as suas sobrancelhas. — Complementaria, inclinado a rir, mas me esforçaria para continuar sério. — Mas indo direto ao ponto, basicamente ele ofereceu a minha liberdade em troca de eu realizar uma missão e por eu estar em pé aqui, na sua frente, mostra qual foi a minha resposta. — Prestaria muita atenção à reação de Neville nesse instante. — A única certeza que eu tenho no momento é que ele tem ligação com o Executor. Ele mencionou algo sobre terem visto potencial em mim, no que eu sinceramente acredito, uma vez que ele teve a chance e não me matou. — Acrescentaria.

— Eu dei a minha palavra para ele que cumpriria o trabalho, com a condição de que não teria nenhum conflito de interesse existente entre as nossas organizações e meu desejo é em cumprir com a minha palavra. No entanto, eu sou leal a você e somente a você. Não vai ser a palavra que eu dei para um completo desconhecido, em um momento de dificuldade, que vai colocar em dúvida o meu caráter. Se você me ordenar para recuar e não fazer esse serviço, eu atenderei sem hesitar e, se eles quiserem arrumar briga por isso, que tentem a sorte. — Finalizaria confiantemente, desejando que ele consentisse com a minha ida, mas também me preparando, com os punhos cerrados, pela expectativa de uma briga, enquanto aguardaria pela resposta de Neville.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySeg Jun 27, 2022 12:35 am

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O local estava exatamente igual, mesmo cheiro, mesmos rostos e os mesmos problemas, o restaurante tinha alguns clientes, a rotina pesada de sempre, mas quando Khan entrou, viu que os olhos do pessoal se viraram para ele, apesar de estarem felizes por ele estar ali, havia algo estranho, algo indescritível que ele não sentira antes. Ele era um cliente conhecido, seu prato foi preparado assim que ele pediu, demorou alguns minutos para chegar, ninguém estava brincando com ele, apesar de o cumprimentarem com sorrisos e darem tapinhas em suas costas.

A comida? Normal, muita gordura e um gosto forte, mas extremamente saboroso, gordura pingando pelos lados, cada mordida lhe retirava alguns dias de vida, mas valia a pena. Neville por fim apareceu, viu Silver sentando comendo o lanche e deixou que terminasse antes de dizer algo - Parece gordo, vejo que lhe alimentaram bem na prisão - disse, rindo por fim, antes de estender a mão para cumprimentar seu garoto, que tinha muitas perguntas - Calma garoto, vejo que já comeu algo, vamos nos fundos, preciso fumar um cigarro - completou, começando a caminhar para o depósito.

Trancou a porta, ficando no cômodo sozinho com Khan, havia caixas com alimentos pelo local, três freezer com carnes e alimentos perecíveis, Neville acendeu um cigarro e entregou o pacote e o isqueiro - Toru está bem, em casa, se recuperando … mas antes de começar, eu tentei te tirar de lá, mas não consegui nada, no começo achei estranho, não havia provas - tragava o cigarro - Somente quando um homem me procurou que entendi o que estava acontecendo- Ficava calado, apenas escutando, então continuou - Esquece a missão, aquele miserável não valia nada, que o diabo o escravize por séculos - Era possível ver uma ruga nova na testa dele enquanto falava - Sim, conheço esse bar e conheço o Executor também - se escorava em uma pilha de caixa, jogando fumaça pelas narinas.

Silver continuava a contar sua saga, da morte de Greg e os acontecimentos, até chegar na prisão - Dr. Pasquale é um advogado famoso no … bem, ele é conhecido por trabalhar com homens perigosos - Khan continuava, contava sobre a conversa e sobre o trabalho ao qual ele tinha aceitado, Neville ouvia tudo, parecia nervoso, mas tentava não demonstrar - Não tem isso de recuar, Garoto, escute bem, o Executor, Sevilla Bar, Pasquale, todos eles são membros e locais do submundo, pessoal influente, eu sou um peixe pequeno perto deles, faço minhas coisas, não intrometo com eles e eles me deixam em paz - acendia seu segundo cigarro nesse momento - Eles vão te testar, uma missão simples, se você cumprir, poderá virar um Associado, caso contrário, terá o mesmo destino de Greg - Concluiu.

Temeroso, explicava o que sabia sobre o grupo, mesmo não sabendo exatamente sobre todos eles - Se fizer certo, poderá subir na vida Silver, ganhar muita grana, não queria que fosse assim, mas você entrou em um trem apenas de ida, um mundo novo, cheio de oportunidades - Nesse momento, olhava diretamente nos olhos do seu amigo - É um bilhete dourado, não se preocupe comigo, nossos negócios são diferentes, você deu sua palavra, eu sei que você vai se dar bem em tudo que fizer, basta ter culhões - Assim, dando um último apoio, dava dois tapas de leve no rosto de Khan - Beba e descanse, amanhã eles devem aparecer aqui - Terminando o segundo cigarro, abria a porta, deixando Silver sozinho com tudo que tinha ouvido ali, o que será que o destino lhe guardava? Em breve ele irá descobrir.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySeg Jun 27, 2022 11:48 pm



Ter o consentimento de Neville me tranquilizava bastante para assumir esse novo compromisso com pessoas tão importantes. No entanto, durante a nossa conversa, eu pude sentir meu mentor um pouco tenso, nervoso e por vezes distante. — Tudo bem com você, mestre? Tem algo que te preocupa? — Perguntaria a fim de sanar qualquer dúvida que pudesse existir ou poderia sair dali sem a confiança necessária para realização da missão. — É só me dar um nome e um endereço, acredito que dê tempo suficiente de resolver um último assunto. — Acrescentaria. — Se for em relação a mim com esses caras ditos barras pesadas, por favor, não se preocupe. Você sabe que no fundo eu sou melhor do que qualquer um desses caras. — Diria em um tom confiante.

Era difícil para mim assumir minhas qualidades e principalmente que outras pessoas o façam, o que me deixa bastante sem jeito quando isso ocorre, todavia, essa era uma situação extrema e eu precisava saber que Neville ficaria bem com a minha partida. — Diferente do que aconteceu com Greg, eu irei concluir esse próximo trabalho com êxito e além de conhecer esse novo universo, deixarei todos vocês orgulhosos. — Prometeria convincentemente, já sem o peso nas costas o qual havia iniciado aquela conversa. — Beber e descansar... e tudo não se resume a isso? Pode deixar, já sei até por onde começar. — Falaria em tom de despedida. — Até a próxima, Neville-senpai. Deseje-me sorte! — Realizaria uma completa mesura em sinal de respeito e então partiria.

[...]

Com a chegada de um novo dia, só esperava que minha roupa e todos os meus pertences estivessem juntos de Karl como ele havia prometido ou então, para cometer um crime e retornar para a cadeia seriam dois palitos. Como primeira ação do dia, eu tomaria todos os cuidados básicos de higiene como me lavar e escovar os dentes, dar aquela balançada no cabelo, vestir uma roupa provisória e por último comer o café da manhã mais acessível que encontrasse pela cozinha, como uma fruta ou cereais.

Depois de pronto, ajudaria com as atividades corriqueiras existentes em um restaurante, como a disposição das mesas, limpeza do palco principal, o que quer que fosse necessário para ajudar os nossos colaboradores e de quebra matar o tempo até a chegada de Karl ou os seus enviados.

Uma vez que ele(s) chegasse(m) procurando por mim, interromperia as atividades e me apresentaria para o serviço. — Como o acordado, Silver Khan se apresentando para o serviço. — Diria, batendo continência, até para tornar o ambiente mais leve. — Estão com as minhas coisas como prometeram? — Com uma resposta positiva, a primeira coisa que eu faria seria abraçar o meu bastão e maior aliado de todas as lutas. — Senti tanto a sua falta. — Sinalizaria, esboçando alguns movimentos circulares com ele. — Parece inteiro, espero que não o tenham sabotado, mas não duvido nada do que os marinheiros são capazes. — Assim que pudesse, colocaria as minhas peças de roupa embaixo dos braços e me dirigiria até o banheiro mais próximo, onde me trocaria.

Após todos os preparativos concluídos, voltaria-me novamente para o(s) responsáveis por mim no momento. — Então, por onde é que começamos? — Faria questão de mostrar todo o entusiasmo e a vontade de vencer com que eu estava a fim de deixar a melhor impressão possível. Estaria vigilante a todo instante, ouviria atenciosamente sobre tudo que fosse dito e seguiria para onde quer que fosse me indicado.


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MensagemAssunto: Re: I - Re-cobrando os sentidos   I - Re-cobrando os sentidos - Página 3 EmptySex Jul 15, 2022 2:11 am



Normalmente quando um jovem sai para procurar por um emprego as atividades costumeiras envolviam o cotidiano, o dia a dia, pescadores, mercadores, prestadores de serviços em geral, e bem, Silver tinha algo assim, contudo, haviam partes não explícitas do mundo que reservavam mais, mais dinheiro, mais perigos. Quando o grupo de homens mal encarados chegou, Silver já estava aguardando por aquilo, ansioso para reaver seus pertences outrora tomadas durante sua estadia na prisão. O grupo consistia em três membros, dois deles eram genéricos, não tinham traços que chamassem atenção ou características sólidas que fizesse qualquer lembrar de seus rostos, ainda mais quando os trajes de todos eles eram completamente semelhantes, ternos de cores escuras, todavia, o sujeito que caminhava dentre aquela dupla era realmente diferente, muito mais velho que seus companheiros, os fios de cabelo grisalhos e barba mal feita davam o tom de que aquele homem estava no controle — Ei garoto, — soprou dentre os lábios e o charuto que carregava na boca — vá com calma. Não fazemos promessas, fazemos acordos — soprou a fumaça em direção ao rosto de Silver — e estamos fazendo nossa parte, você fará a sua? Eu não sei, então me vejo obrigado a garantir o nosso lado, você quer ficar com as roupas ou com esse bastão? Escolha com sabedoria, só poderá levar um — sua faceta era séria, ele não estava brincando, por mais que fosse evidente que se divertia com a situação.

[...]

Um de seus homens puxou uma cadeira para que o “chefe” pudesse repousar — Você gosta de lutas? Eu adoro lutas — disse de maneira despreocupada — e aqui nessa ilha criamos um bom entretenimento para pessoas que gostam de lutas, torneios clandestinos nos esgotos, eu o chamo de Torneio Clandestino do Esgoto, é um nome perfeito, não é? — com um olhar torto os outros dois homens consentiram com um movimento de cabeça — o chefe organiza tudo, os lutadores são ‘nossos’, abrimos o espetáculo para o público interessado vir e apostar, vamos contra a onda e manipulamos os resultados. Bang! Grana fácil, sacou? Estamos no fim da semana e o lucro precisa ser recolhido, hoje acontecerá a última rodada de apostas, quero que você vá lá, dê uma olhada em como as coisas funcionam e traga todo o dinheiro, sem nenhum berrie a menos, entendeu?  — sua grande mão afundou em seu paletó retirando uma carta da veste — entregue isso ao responsável, ele saberá que fui eu quem te enviou e você não terá problemas.

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