[Autonarrada/Fechada] O começo de tudo (+18)

Era uma noite bem movimentada no bordel, a maioria das prostitutas estava ocupada entretendo os clientes que bebiam a gargalhavam enquanto suas mãos bobas acariciavam os seios e pernas das garotas. Lenore assistia a toda movimentação do bar com um semblante de indiferença enquanto apreciava sua bebida favorita quando sente uma mão sobre suas costas, ao se virar nota um homem jovem usando um terno preto e óculos escuros, ele não diz nada apenas aponta para uma mesa no canto e Lenore calmamente se levanta ajeitando seu vestido e segue na direção apontada caminhando graciosamente enquanto é seguida pelo sujeito.

Ao se aproximar da mesa vê um homem com duas outras garotas a sua volta, ele deveria ter pelo menos uns 3 metros de altura e era bem gordo e careca, estava com um sorriso estampado na cara e dava para ver claramente que boa parte de sues dentes eram de ouro, avaliando o sujeito Lenore nota que seu terno era bem fino e de grande valor, assim como os anéis e correntes de outro que usava, havia um anel em cada dedo cada um deles cravejado com diamantes e outras joias caras.

O homem faz um sinal chamando a meretriz para se juntar ao seu lado fazendo as outras garotas se afastarem em respeito a Lenore que era conhecida na casa, a morena logo abre um sorriso carismático enquanto caminha em direção ao sofá se sentando ao lado do sujeito e se debruçando sobre ele fazendo-o sentir seus seios contra seu corpo.

- Eu pedi pela puta mais cara da casa e pelo visto você vale cada centavo. – Diz o homem com um seu grande sorriso amarelo estampado na cara.

Agora mais próxima Lenore podia sentir o desagradável cheiro do sujeito, era uma mistura de suor e bebida que fazia ela sentir ânsia de vômito, mas mesmo assim o sorriso elegante e provocador não some de seu rosto, mantêm a postura mesmo quando sente a mão do sujeito da a volta em seu corpo e apertar o seu seio com força.

— O melhor para os clientes que realmente merecem. — Responde e bela morena com sua voz melodiosa que encanta imediatamente o homem.

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Lenore se esforçava para manter a postura enquanto buscava entreter o cliente, notava que a mão dele sobre sua perna ia subindo cada vez mais indo em direção a sua vagina, um movimento que muitos tentavam, mas com um leve cruzar de pernas ela impede que ele vá mais longe em sua investida.

— Que tal guardarmos o melhor para o quarto querido? —O sujeito abre um largo sorriso empolgado, como se já estivesse saboreando a refeição que estava por vir, mas uma das garotas da casa vem por trás do sofá e se debruça para falar algo ao ouvido de Lenore.

— Seus convidados estão na casa. —

Ela diz somente para os ouvidos da meretriz, ninguém mais foi capaz de ouvir, o cliente fica intrigado e olhando de canto de olho, mas não diz nada, apenas pega mais uma garrada de whiskey e vira ela completamente dando uma baforada ao final.

— Querido, infelizmente surgiu um assunto urgente, mas não se preocupe, outra garota irá tomar o meu lugar e garanto que lhe dará uma bela noite de prazer. — Diz Lenore com toda calma do mundo enquanto sorria para o sujeito para amaciá-lo, sabendo que ele ficaria no mínimo desapontado, mas o homem reage de uma forma muito mais intensa.

— NADA DISSO VADIA, EU PAGUEI PELA MELHOR PUTA E É VOCÊ QUE IREI FODER. —

Ele grita chamando a atenção de todos em volta, os outros clientes na mesa também param e ficam observando a confusão que se instaurou, mas Lenore nem sequer se vira e continua a caminhar quando o segurança toma a frente dela e o cliente se irrita ainda mais e a agarra pelo pulso.

— EU DISSE PRA SENT... —


Mas quando ele olha para os olhos de Lenore percebe ela olhando para ele com um olhar frio e penetrante, como o de um predador encarando sua presa, e nesse momento percebeu que a bela dama diante dele poderia tanto lhe dá o maior dos prazeres quanto ser seu maior pesadelo. Os seguranças também ensaiam se aproximar de Lenore, mas recuam quando percebem os olhares das prostitutas e da casa, assim como dos seguranças que surgiram como se tivessem saído das sombras, e assim sentem seu corpo gelar como se estivessem cercados por lobos em meio a escuridão da noite.


O cliente tremia e começou suar frio enquanto encarava a meretriz, e lentamente foi soltando seu braço e Lenore então sorrir docemente para o mesmo, mudando drasticamente sua expressão para algo muito mais doce e convidativo.

— Novamente peço desculpas pelo transtorno, farei com que mais uma garota extra o acompanhe até o quarto para compensar a minha indisposição, tenha um boa noite. —

Lenore então caminha até a mesa onde estava Damon e Costello e já mostra para os dois que não estava de bom humor.



— Estão atrasados! —

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Lenore sorrir levemente com a piada de Damon a respeito da virilidade do gordão, ela então puxa uma cadeira e se senta entre os dois homens levantando a mão para pedir uma bebida a um dos garçons próximos que acena positivamente para a meretriz enquanto vai até o bar pegar algo, ele nem mesmo pergunta o que ela queria, apenas já sabia exatamente o gosto de Lenore e corre para conseguir a bebida.

— São poucos aqueles que realmente me dá algum prazer. — Comenta em resposta a Damon.

Damon então já diz logo de cara qual o intuito da reunião em um linguajar que não agrada muito à meretriz.

— Ahrr, tem que falar dessa maneira? —

Em seguida, ele completa citando os pontos anteriormente combinados entre os três, que ela seria a ligação do bando com o submundo enquanto eles se aventurariam de uma forma mais...direta nas questões que envolvem roubo, assassinato, contrabando e etc.

— Sim, não gosto e não posso ter problemas com autoridades, sou uma mulher muito mais discreta, além disso, muitos deles são clientes meus, então prefiro ter uma relação muito mais proveitosa com eles. —

O garçom então se aproxima com a bandeja e serve um martíni a Lenore que agradece com um sorriso e então dá um leve gole na taça.

— Além disso, tenho uma pequena reunião com quem comanda esse lugar mais tarde, acho que ele finalmente notou minha influência por aqui e vai me colocar em um cargo mais oficial dentro da organização, sabe, esse lugar que estamos agora é um dos negócios de Cesare Costa, um dos figurões da ilha, mas obviamente ele nunca vem aqui, fica sempre no cassino é o que dizem, seu homem aqui dentro é apenas um dos seus capangas, Joseppe, ele comanda a casa. — Ela dá mais um gole no martíni. —  Não acho que vai me colocar em uma posição e poder ou algo do tipo, apenas me oficializar já que hoje sou apenas uma das garotas da casa, mas vai me trazer mais para perto e tentar usar a influência que consegui, além de obviamente tentar construir uma relação de domínio sobre mim, algo que já espero que aconteça, muitos aqui estão mais comigo do que ele e acho que ele já percebeu isso e vai tentar me trazer para perto, o próximo passo pode ser o próprio Cesare e depois a família Nava. —

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Quando Lenore ouve a proposta de Damon para entrar no submundo junto a ela a meretriz fica surpresa, ela não o via como alguém que seguiria esse caminho, para ela, Damon é uma pessoa que gosta de chamar a atenção e sempre estava no caminho da pirataria, mas parece que ele quer saber como o submundo do crime funciona antes de se aventurar por aí.

— Acho que posso fazer você participar, ele com certeza já deve ter te visto por aqui e sabe do meu contato com você, provavelmente tem homens fieis a Joseppe nos espiando agora mesmo. —


Haror então se inclina e toca o braço da meretriz enquanto pede para ela tomar cuidado e avisando sobre o risco de lidar com os mafiosos, Lenore por sua vez sorrir levemente.

— Sei lhe dar com eles, não se preocupe, além disso tenho pessoas comigo que podem me proteger caso as coisas não saiam como planejado. —

Lenore então levanta seu olhar e passa a olhar para alguém atrás de Haror, e imediatamente essa pessoa abraça Haror delicadamente e sussurra em seu ouvido de maneira bastante sedutora.

— Olá querido, a quanto tempo? —

É a jovem Sakura, fiel subserviente de Lenore que apareceu atrás do homem sem que ele nem mesmo percebesse. Depois ela vai para o lado de sua mestra se sentando aos pés de Lenore que começa a acariciar a cabeça da jovem mexendo em seus cabelos rosados enquanto a mesma alisava a perna da meretriz.

— Sakura vai estar comigo, não é mesmo querida? —

— Sim senhora. — Responde a jovem com um sorriso no rosto olhando para sua mestra como um cão olhando para seu dono enquanto recebe um carinho.

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Haror fica mais tranquilo quando sabe que Sakura esta sempre por perto de Lenore, a espreita e atenta para proteger sua mestra, a meretriz da mais um gole de seu martíni e, ao mesmo tempo, percebe alguém entrando no lugar, era o próprio Joseppe, ele entra no local com dois seguranças a sua volta andando apressadamente em direção aos fundos, onde ficava a escada que leva até o próximo andar que é onde está sua sala.

— Falando no diabo. —

Lenore sinaliza levemente com a cabeça para Haror olhar na direção apontada para que ele possa dar uma boa olhada em Joseppe, que era um sujeito baixinho e gordinho que estava usando um terno preto com listras brancas e um casaco sobre os ombros, assim como um chapéu bem característicos dos mafiosos da região.

— Vamos dar um tempo para que ele possa se acomodar e então vamos a ele, isso se ele não me chamar antes. —

Lenore então volta a acariciar a cabeça de Sakura que continuava sentada no chão a seus pés e volta seu olhar a Haror.

— Agora, pergunto se está disposto a uma tomada mais direta se necessário? Acredito que possa ter homens suficientes para isso apesar dos nomes poderosos que controlam a ilha enchendo os bolsos das autoridades. —

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Haror parecia saber do que estava falando, a meretriz vê razão nas palavras dele sobre não só limpar a ilha, mas ter ela “Nas nossas mãos”, ela não é muito fã de planos muito elaborados, mas sabe que esse é meio que o lance de Haror, ela simplesmente respira profundamente sabendo e meio que deixaria ele cuidar dessa parte.

— Parece que isso vai ser demorado, mas se prefere assim —.

— Isso quer dizer que não vamos matar ninguém? — Pergunta Sakura com uma expressão meio triste.

— Não querida, posso garantir que irá se divertir bastante. —

— O que planeja fazer realmente? Podemos pensar em uma maneira das famílias lutarem entre si, causar uma pequena guerra na cidade, mas isso é arriscado já que se a situação ficar bem ruim, a lei pode se envolver, e um dos grandes da cidade não é conhecido por ser uma pessoa muito sensata e discreta. —

— Mas é só uma ideia, vou deixar essas estratégias e tramoias para você, eu sinceramente não tenho muita paciência para essa parte do plano, sou uma mulher de ação se é que me entende. —

Lenore então toma mias um gole de sua bebida mexendo na azeitona presente na taça enquanto encara Lenore.

— Mas devo dizer que estou de olhos nos hotéis e cassinos da cidade. —

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Haror explica a Lenore que não precisavam de pressa, que como tudo estava ainda no começo seria melhor conseguir alguns aliados primeiro e nisso ela poderia ajudar, convencer os outros e o seu forte já que ela tinha bastante carisma. Depois ele começa a falar sobre um poder que tanto ele quanto Sakura pareciam possuir e que ela ficava meio intrigada, mas sua subordinada parecia conhecer bem.

— Haki. — Diz Sakura com um sorriso no rosto.

Depois ele fez uma pequena demonstração de um poder até então desconhecido para a meretriz, fazendo as cinzas de seu cigarro dançarem no ar.

— Você é cheio de surpresas, não é mesmo? Isso vem daquelas famosas frutas, as akuma no mi?— Comenta a meretriz.

Até mesmo Sakura fica encantada se debruçando para ver a demonstração de Haror, depois disso enquanto falava sobre adquirir poder Lenore é alertada pelo companheiro que um segurança se aproximava vindo a suas cotas, infelizmente não era um daqueles que era fiel à meretriz e sim ligado a Joseppe, Sakura fica imediatamente com uma expressão mais séria quando percebe o sujeito se aproximando, Ele chega perto de Lenore e coloca a mão esquerda no ombro direito da morena.

—O chefe está te chamando agora mesmo em sua sala.—

Ela sorrir gentilmente para ele e responde com toda sua elegância e carisma.

— Irei agora mesmo, obrigado querido. —

— Vamos Haror, está na hora de lhe apresentar a quem manda. —

Ela então se levanta ajeitando o seu vestido e começa caminhar atrás do segurança que a escolta, Sakura a segue de perto enquanto anda mexendo tranquilamente em seu cabelo, quando passa pela mesa onde estava anteriormente com o cliente de mão boba ela dá uma pequena piscada para o mesmo seguido de um sorriso provocador o que o irrita bastante.

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