[Autonarrada/Fechada] O começo de tudo (+18)

Haror sabia que Sakura já conhecia o Haki e, por algum motivo, achava que era por isso que ela tinha conseguido “counterar” o próprio Haki de Haror. De qualquer forma, tinham que ficar cada vez mais fortes. Damon tinha despertado esse poder, mas ainda queria ficar perito nele, sentia que aquilo o tornaria poderoso o suficiente para alcançar seus objetivos ambiciosos.

Quando o homem se aproximou, Haror sorriu ao perceber que ele tinha uma postura arrogante, achando que era o maioral, que era superior a Damon, Sakura ou Lenore.

Enquanto as mulheres iam na frente, ele se postou em frente a Haror, e enquanto caminhavam, invés de olhar o caminho, ficava olhando para a bunda de Lenore.

Finalmente quando chegaram na sala, ele simplesmente deu uma olhada revirando os olhos vendo um homem franzino como Damon tentando entrar no submundo, complementando com um: Tsc...

- Garoto, o submundo não é local para fracotes como você.

Os olhos de Haror fitaram o homem, sem lhe dizer nada. A porta da sala estava aberta, e Lenore e Sakura já tinham entrado, até começaram a conversar com o homem que estava lá dentro. Haror não se importava de se “atrasar”, até porque Lenore precisava falar com o homem primeiro para dizer que um amigo também estaria presente.

Olhando nos olhos do capanga, Haror ficou o fitando, em silêncio. Pegou um maço de cigarros do bolso, colocou um na boca, acendeu. Tudo isso sem tirar os olhos do homem que lhe ofendera.

- Pegue um cigarro, por minha conta.

O homem deu um leve sorriso de canto de rosto, interpretou o que aconteceu como Haror com medo. Pegou o cigarro e começou a fumá-lo, ali mesmo.

“Imbecil...”

Spoiler:

Haror adentrou o recinto...

...

Enquanto isso, no lado de fora, o segurança acariciava as nádegas de uma das prostitutas do recinto enquanto se deliciava com o cigarro que Haror tinha lhe dado.

- Ahahahaha, aquele otário pode achar que tem futuro na máfia, mas logo logo ele vai cair morto. Submundo do crime não é lugar para pessoas franzinas e que se vestem chiquezinho, é um lugar de pessoal mais do gueto. Uma... Cof... Cof..

A prostituta olhava para o homem e saia de perto do mesmo. Toda a atenção do salão se virava para o homem. A prostituta se aproximava do balcão e chamava o garçom.

- Merda, ele fez de novo...

- Ahahhaah, o que esse otário fez para mexer com o Damon?

- Sei lá, tava falando mal do cara, parece que não sabe quem que manda por essas bandas, não é?

- Tem que ser muito otário... Bom, vamos ter mais carne para fazer a comida dos fregueses violentos...

A mulher voltou até onde o homem estava. Ele tinha ambas as mãos na garganta, sangue escorria de todos os orifícios de seu corpo. Esticou as mãos, pedindo ajuda para a prostituta, que se inclinou até seu ouvido.

- Aquele homem que você estava rindo... É o líder da Keres Company. Não devia ter se metido com ele...

Ela moveu seu rosto para ficar com os olhos no mesmo nível do segurança, dando um sorriso macabro para ele.

- Tem que ser muito burro para mexer com o Haror...

Sem conseguir respirar já por um bom tempo, o homem caiu no chão. Seus olhos vidrados. Sem vida.

....

O mafioso ria na cara de Haror, lhe humilhava, falando que não tinha espaço para um mero merda como Haror na máfia. Falava e balbuciava, mas Haror só ficava quieto. Finalmente, o empresário apenas sorriu.

- Não tem vagas mesmo com seu segurança tendo morrido?

Spoiler:

Damon dava um sorriso vilanesco quando via o caos se instaurando. Era uma cena que sentia prazer de presenciar. Claramente o capanga não tinha como saber que o cigarro que fumou continha partículas de fuligem da akuma no mi de Haror, e que no momento em que as mesmas se acumularam no pulmão do homem, começaram a espetar e furar seu pulmão de dentro para fora, entrando em sua corrente sanguínea e chegando a seu coração, onde bloquearam o fluxo de sangue a fizeram o homem morrer como se tivesse sofrido um ataque cardíaco.

- Uma grande pena que ele tenha sofrido um ataque cardíaco...

Damon removia sua boina e a colocava sobre seu peito, baixando sua cabeça em sinal de “respeito” e solidariedade. O homem era um perito em Etiqueta, e tinha uma língua afiada para farsas, era um mestre da retórica, sabia se portar e sabia como falar.

- Meus pêsames. Sei que é um momento delicado devido a perda de vocês, mas nesse ramo em que atuam, sei que não podem perder tempo. Me disponho a ajudar em qualquer que seja o trabalho para provar meu valor para a família. Espero que o que tenha ouvido falar de mim não altere a percepção para me dar essa chance, pois sei que quando estiver sob seu comando, vai ver o meu real valor por si mesmo!

Haror estendeu sua mão. O homem estava de certa forma intrigado, não era isso que tinha ouvido falar de Haror, mas tinha uma ideia do que poderia fazer. Onde ele e Lenore poderiam atuar.

- Pois bem...

Spoiler:

Haror observou que, mesmo com suas perícias e grande carisma, o homem lhe tratava meio mal e nem apertava sua mão. Isso só queria dizer que, provavelmente, ele estava profundamente irritado com o que tinha acontecido.

De qualquer forma, para Damon, isso pouco importava. Tinha conseguido o que parecia ser sua porta de entrada para o submundo, e agora só precisava concluir algumas missões para poder subir na hierarquia. Parecia um processo complicado, mas, para a mente genial de Damon, era algo muito simples.

- Perfeito, chefe. Pode considerar esse trabalho já realizado com sucesso, chefia!

Haror virou as costas, puxando Lenore para irem rápido. Queria sair daquele local e terminar essa missão para garantir o quanto antes o seu acesso ao mundo do crime. Depois teria que ver o que fazer, afinal ser subordinado de alguém não era muito o que desejava. Não se via tendo que lidar com palermas como aquele homem todos os dias.

- Você vai precisar trocar de roupa ou algo assim? Eu acho que minha vestimenta já é adequada, por mim posso ir assim.

Não era que Haror não tinha vaidade ou algo assim, mas sempre se vestia com roupas estilosas mafiosas. Hoje estava utilizando um terno de risca de Giz com um sobretudo negro sobre ele. Em sua cabeça, a famosa boina que era sua marca registrada.

Spoiler:

Haror já vinha sendo um problema para o submundo faz um tempo, mas realmente era estranho que tivessem aceitado assim, de boa. Lenore já tinha um grupo de seguidores, o que também era estranho ser aceito "na boa" por um grupo de mafiosos.

A lógica era de que, quando um grupo como o de Haror estivesse se formando, a máfia ia logo "cortar o mal pela raiz".

A situação toda do local cheirava a esquema para Damon, e o homem não deixava de fazer sua mente pensar em diversas possibilidades do que aquela missão seria.

Com certeza eles vão tentar algo engraçado. Mas com certeza não vamos poder levar seus subordinados, Lenore… Esse é um teste que nós dois vamos ter que passar, e vai simbolizar a nossa ascenção.

Enquanto Haror caminhava, pegou mais um cigarro para fumar e dar uma última tragada antes de chegarem ao local. A moda agora dos locais chiques era não permitir fumantes.

Quando chegarmos lá, temos duas opções: Seguir o plano e entregar o item, aceitando que vamos estar entrando em uma emboscada e indo apenas nós dois…

Ele soltou a fumaça para o céu, reflexivo.

Ou pegar seus subordinados e, com nossa força combinada, colocar o local inteiro abaixo…

O sorriso em seu rosto era pleno e diabólico, mas logo sumiu.

Como nosso objetivo é entrar na máfia para pegar os contatos, acho que devemos entrar com tudo na emboscada… O que me diz?

Spoiler:

A primeira coisa que Haror fez foi observar o quão fortes pareciam os seguranças. Estava querendo se aprimorar no quesito observação, queria desenvolver aquela habilidade que tinha descoberto.

E dessa forma, observou o hotel, vendo que, provavelmente, era um dos mais interessantes da cidade. Ele tinha um piso de porcelanato lustroso, assim como grandes lustres de cristais. Alguns concierges levavam as malas dos hóspedes para lá e para cá, enquanto em um dos cantos existia um bar em que um senhor de terno bebia. Mulheres que partilhavam da profissão de Lenore já estavam ao seu redor, inclusive.

Observando a mulher em sua frente, Haror pode ver que ela estava vestida de maneira social, com um batom na boca, e tinha um óculos que lhe dava realmente um aspecto de secretária. Não era bonita, nem perto disso, mas não podia passar por feia.

Claro que com uma beldade como Lenore ao lado dela, ela não tinha muito o que fazer a não ser ficar ofuscada.

- Viemos para o jogo de Poker, temos uma entrega.

A mulher logo se arrumou e os seguranças atrás dela ficaram atentos, lentamente baixavam suas mãos em direção das armas.

- Jogo de Poker? Não posso liberar a entrada de vocês sem informação nenhuma… Só um momento, senhores.

Ela então pegou um den den mushi e discou. O denden mushi assumiu a forma de um homem de barba e começou a cuspir fumaça, indicando que o mesmo estava fumando algo bem fumacento.

- Pode liberar a entrada, mande Julian e Capir os escoltarem para a entrada lateral.

Spoiler:

Vendo Lenore se divertir com os apalpamentos, Haror seguiu para o mesmo processo, no entanto, um muito menos abusivo mas, ao mesmo tempo, muito mais detalhado e cuidadoso.

"Não é como se eu precisasse de alguma arma para acabar com todos aqui presentes… Será que terei paciência para lidar com essa gente até quando?"

O logia sabia que, mesmo se entrasse pelado, aqueles homens não tinham capacidade para lhe atingir algum ataque, afinal, para que Haror sofresse dano, era necessário que o mesmo fosse atingido por um golpe com Haki do Armamento, mas nem mesmo o próprio Haror sabia disso ainda.

Até esse ponto, Damon achava que era um deus. A presença dos dois no recinto foi percebida por todos ao redor do local. Haror já ia se precavendo, lançando de seus pés fuligem e fazendo as mesmas, por sua finura, ir espaçadamente subindo e entrando nas cavidades anais das pessoas ali peladas. Também escondia fuligem aos poucos nas roupas e objetos da sala, até mesmo introduzindo pequenas quantidades nos drinks, charutos e cigarros, fazendo com que as pessoas ali absorvam a fuligem e se intoxiquem sem saberem. Claro que o homem esperaria o momento certo para ativar seu trunfo, mas já estava criando um plano de contingência para caso fosse uma armadilha.

Segundo seu empregador, a pessoa que deveriam entregar o pacote reconheceria Lenore e entraria em contato, então Haror apenas observou.

Spoiler:

- Entendo… Hmmm… Compreendo…

O homem lia o conteúdo do pacote e logo compreendia a situação dos dois ali presentes. Era duas pessoas que queriam entrar para la famiglia.

- Que missão de entrada mais tosca que vocês receberam, hein? Mas é interessante por nossa parte ver como se comportariam tendo que ser colocados em uma situação que, talvez, parecesse uma emboscada.

Parecia que a máfia não era tão burra assim, até mesmo eles sabiam que a situação era, no mínimo, estranha.

- Mas era isso mesmo, um teste. Vocês podiam ter lido o envelope, e eu saberia, poderiam ter causado confusão, ou até mesmo fugido. Seguiram as ordens como ordenado, inclusive nem vieram armados para um local que podia muito bem ser o fim de vocês… Não sei até que ponto isso é inteligência, confiança ou burrice, mas vou acreditar que é confiança de que a família iria lhes tratar bem.

O homem abriu uma gaveta e pegou dois maços, entregando-os um para cada um. Dessa vez, olhou para Haror.

- Temos outro serviço para vocês. Mas antes disso. Foi você que matou nosso capanga lá na casa das acompanhantes?

- Haror sabia que ali estava falando com um dos grandes, mas, enquanto eles estavam achando que podiam enrolar Haror, um homem genial e estrategista como ele já estava "duas casas" na frente no jogo de xadrez da persuassão.

- Fui eu sim, senhor.

- E como fez isso?

- Após ele ter me humilhado, lhe ofereci um cigarro envenenado e… Bom, o idiota fumou. Após ter me humilhado em minha própria casa, ele achava que as coisas ficariam assim? Imaginei que suas ações logo colocariam em risco as nossas operações e dei o veredito final a sua vida.

- E você me conta isso, assim?

As palavras do homem pareciam que ele estava nervoso ou irritado, mas Haror conseguia ver em seus olhos que ele pouco se importava, pelo contrário, tinha achado interessante a honestidade e confiança de Haror de contar a verdade.

- Desculpe, senhor, mas acho que o senhor não se importa que eu tenha feito isso, até mesmo porque não quer ficar brincando de baba de seus subordinados, precisa de pessoas com capacidade de tomar suas decisões pensando no bem da família. Além disso, acho que não quer perder um homem que matou um de seus capangas sem gerar nenhuma prova e de uma maneira misteriosa, ainda mais quando esse subordinado lhe poderia ser útil.

- Ser útil?

- Sim, o senhor não vai nos pedir agora para, complementando a missão anterior, que assassinemos uma das pessoas que jogam nesse cassino e que tem alguma dívida?

- Mas… Como que você sabe isso?

Dessa vez finalmente o homem ficava de boca aberta. Era exatamente isso que ele iria fazer na sequência. A inteligência de Haror primeiro lhe era interessante, depois lhe fascinou, mas agora começava a criar um certo medo.

- O senhor tem outros dois maços sobre a mesa aí junto com esses dois que nos entregou, o que só pode significar que temos outra missão. Além disso, no caminho para cá, escutei as conversas sobre o ocorrido de ontem. Além disso, existia algum conteúdo nessa carta, que provavelmente indicava que tínhamos algum potencial para algum trabalho que precise de descrição e infiltração… Não foi díficil chegar a conclusão que precisa ainda de nossas habilidades com uma tarefa, mas saiba que estamos aqui para servi-lo, padrinho!

Spoiler: