[Autonarrada/Fechada] O começo de tudo (+18)

Era engraçado o medo de Lenore. Estavam em uma sala cheia de pessoas que Haror conseguiria matar com um simples pensamento. O homem era tão genial que batia de frente com as maiores mentes do mundo vivo. Ele não botaria nada a perder sendo burro. Ao mesmo tempo, não tinha medo daqueles fracotes.

"Só na Grand Line para alguém poder bater de frente conosco. Se o mundo não fosse tão contra atentados e destruição nos blues, se não existisse uma mão de ferro tão grande da marinha, eu já teria destruído todas essas pessoas faz muito tempo!"

O homem retornava de seu estupor, ainda tinha que refletir sobre o que significava ter um subordinado tão inteligente e ousado, mas, por hora, o homem sentia no coração que estava satisfeito. A verdade era que Haror também tinha o dom da palavra, sua lábia era enorme, seu poder de mentir e persuadir, absurdo. Se o homem fosse mais do que uma pessoa comum, talvez não caísse nesses truques, mas por ser alguém medíocre, não tinha como resistir ao charme do logia.

- Certo… Bom, já que já sabem a missão… O dono de uma mercearia nessa rua aqui perdeu 4 milhões e não pagou. Ele sabe que as regras são claras. No entanto, ele chamou a marinha para se proteger e pagou a mão de um tenente para ter um soldado raso ao seu lado 24h por dia… Sabe que não podemos cometer crimes na frente da marinha, ou vamos ser taxados de piratas, então…

O dedo do homem apontava para um ponto no mapa. Damon conhecia o lugar, era onde Lenore comprava seus cafés da manhã.

- Imagino que Lenore conhece bem o local, senhor. Vamos ter sucesso. Considere esse homem morto.

Spoiler:

O homem refletiu sobre o que Lenore tinha dito, na cabeça do mesmo não fazia muito sentido, mas a mulher era muito persuasiva, então a própria mente do homem achou uma desculpa para validar o que ela falou, ao menos no que era possível dentro da máfia.

- Tem certeza que não vai envolver seu nome em um problema? Não acho que seria ruim você persuadir o homem a tirar o marinheiro, isso ao menos faria com que pudéssemos roubar a loja toda e recuperar nosso prejuízo, mas a morte de um traidor da família é algo escrito em pedra, tem que servir de exemplo aos outros. Ele tem que morrer igual…

O homem pegou um charuto embaixo da mesa, Haror estava se coçando para também fumar um cigarro, mas não tinha nenhum consigo. Tinha que pegar esse dinheiro que tinha recebido e comprar um maço depois.

- Vamos fazer o seguinte, mas a missão de vocês vai ficar um pouco mais difícil. Você, Lenore, convence o marinheiro a tirar seu subordinado e você, Damon, vai cuidar do assassinato. Após a confirmação da morte, precisamos que tragam a chave do local, para então podermos limpar todo o local. A morte vai precisar ser em algum local em público, e vamos precisar rapido da chave para fazer a limpeza… Consegue, meu jovem?

- Considere feito. Lenore?

Spoiler:

Haror dá risada com a cena de Sakura derrubando a bandeija no chão. Aquela mulher era, sobretudo, ousada. Haror gostava dela.

- Nos separamos e nos encontramos de novo aqui no hotel, então? Acredito que eu atrapalharia a sua arte da sedução. Ahahahahaha. Quer dizer, a não ser que o tenente goste do outro lado da fruta, mas não duvido que mesmo assim eu ainda te atrapalharia. Ahahaha

Haror estava bem humorado porque tinha conseguido algo muito relevante. Já estavam finalizando a segunda missão para a máfia, já tinham ganhado algum dinheiro, mesmo que um valor irrelevante, e agora podia mostrar seu potencial para conseguir acesso aos contatos do submundo.

- Certo, eu vou voltar para o bordel, tenho que pagar pelos cigarros ou suas irmãs vão comer o meu rim, fumei bastante a custas delas. Quanto tempo você precisa? Não quero também ficar mofando vigiando um padeiro… Esse modo da máfia de fazer as coisas escondido me dá um pouco de angústia, eu já trancaria todas as portas e madaria minha fulígem para dentro do local e mataria todos lá dentro asfixiados.

Dizendo isso, Haror foi embora, rumo ao bordel em que iniciou o dia. Contava nas mãos o valor da grana que tinha recebido.

Spoiler:

Damon se sentou em seu local de costume, no bordel, enquanto via o andamento de sempre da casa.

"Vou sentir falta desse local! É o mais perto de uma casa que eu tive, e o mais perto de uma famíla."

Olhou para o dinheiro em suas mãos, B$ 2.600.000,00. Sabia o quanto suas irmãs prostitutas tinham que ralar (literalmente em alguns locais de seu corpo) para adquirir aquele valor, e no mundo do crime, ele tinha obtido facilmente.

"Bom, parece justo eu ser honesto… Ao menos com essas pessoas que me criaram."

Indo até o balcão o logia contabilizou B$900.000 e separou em um monte, depois guardou os outros 1.700.000 em seu bolso do sobretudo.

Quando o garçom trouxe um compo de whisky, a bebida que Haror sempre tomava, o bruxo entregou o dinheiro para o memso.

- Pelo que eu fumei hoje, e também para me vender 2 maços de cigarro e 2 esqueiros. Já te agradeço de antemão.

O homem sorriu. Trabalhava ali faz tempo e mesmo que tivesse a liberdade para pegar e consumir o que quisesse, Haror sempre devolvia o pagamento das coisas que consumia.

- Claro chefe! Aqui está!

"Malboro? Porra, não tinha um frutado com bolinha de apertar?"

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Com tudo que precisava para saciar sua ânsia por nicotina, Haror finalmente começou a planejar o que faria na sequência. Precisava organizar as ordens das coisas para que pudesse tirar o melhor proveito da situação.

- O melhor vai ser, por enquanto, seguir o tal do padeiro e encontrar algum tipo de ponto fraco… Se eu tiver sorte já consigo assassinar ele mesmo com o marinheiro ao seu lado… Não, não posso fazer isso, pois a marinha vai saber logo da morte e a máfia não vai conseguir saquear a loja, e o marinheiro vai procurar por essa tal chave, fazendo eu falhar na missão.

Com isso em mente, o logia seguiu para a tal padaria. O cheiro fresco de pão que vinha, mesmo com o homem estando escondido na fuligem da calçada, fazia o estômago de Haror embrulhar. Não tinha percebido que não tinha comido o dia todo.

Após algum tempo em que apenas um moça estava atendendo os pedidos, finalmente o alvo de Haror apareceu de uma porta dos fundos da padaria. Ele estava com a cara toda branca de farinha e, ao seu lado, um marinheiro também todo branco de farinha estava com uma cara rabugenta.

- Meus alvos… Agora é a hora!

Controlando um filete de fuligem, Haror criou duas formigas com sua consciência, ordenando-as que se grudassem nas roupas tanto do marinheiro quanto do padeiro.

Depois disso, atravessou a rua e pediu um pratão de bife acebolado no restaurante oposto a padaria, estava realmente com fome. Sentou-se para esperar o pedido, enquanto de olhos fechados compartilhava sua consciência com as formigas, obtendo informações sobre o interior do local.

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Estava demorando um pouco para o marinheiro sair de perto do senhor Chio, no entanto, não era algo que Haror não pudesse esperar comendo um bifão acebolado.

Enquanto olhava para seu prato, ao mesmo tempo sua consciência sentia o cheiro delicioso dos pães da padaria.

"Entendo porque Lenore ficou triste… Mas se bem que ela andou ganhando alguns quilinhos recentemente, não? Sei lá, não é como se tivesse como julgar um colpo daqueles por padrões normais…"

Finalmente, Chio e o marinheiro saiam da padaria, estavam mais "limpos", mas ambos ainda tinham sinais de farinha pelas costas e em locais de difícil acesso. Farinha gruda, afinal.

Haror os seguiu até uma feira de produtos naturais, Chio começou a olhar as verduras e frutas, talvez ia fazer algum tipo de pão frutado ou algo do tipo.

Finalmente o den den mushi do marinheiro tocou, pela formiga Haror conseguiu escutar quando ele falou um "Obrigado deus, finalmente livre desse inferno branco!", e foi embora.

O logia deu um leve sorriso, enquanto começava a deslocar sua formiga pelo corpo do homem, subindo sua cabeça, indo até seu ouvido e ao chegar no local, correndo e entrando para dentro de maneira muito rápida. No ouvido, sempre em frente, finalmente a formiga chegou até o tímpano do homem, que já batia na própria cabeça por ter sentido algo estranho.

O homem se ajoelhou de dor, pois a formiga em sua cabeça começava a se expandir e solidificar formatos afiados. Como um porco espinho, a formiga se expandiu e começou uma perfuração diretamente na cabeça do homem. Em pouco tempo a formiga conseguiu acesso até o cérebro do mesmo, e Haror, por um pouco de misericórdia, mas mais porque o tempo era seu inimigo, perfurou o mesmo em vários pontos, fazendo o sangue entrar para o cérebro e o homem ter uma hemorragia cerebral.

A outra formiga, enquanto isso, já tinha encontrado a chave nos pertences do homem, e com a ajudar de outras formigas extras que Haror enviou durante esse tempo, trazia a chave para o mafioso.

- Queria ter provado o pão dele…

Dizendo isso, o homem voltou para o hotel, onde se encontraria com Lenore.

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Lenore também já tinha voltado para o hotel e, quando Haror adentrou a sala privativa de Matheus, se deparou com o grupo sendo servido champagne.

- Muito bem, vejo que já estão comemorando o sucesso absoluto de nossa missão.

O logia pegou a chave de seu bolso e caminhou até a mesa de Matheus, depositando-a em cima de algumas folhas que o criminoso tinha sobre a mesa.

- Acho que é de suma importância que agilizem o roubo dos itens, se precisarem de ajuda com isso, saibam que eu e Lenore ficamos mais do que a disposição para realizar, também, esse tipo de serviço.

Matheus deu um sorriso, acionando um tipo de campainha que ficava ao lado da mesa. Na mesma hora um subordinado entrou correndo, armas apontadas para o grupo.

- Calma, Jeison. Acionei o alarme para ter você aqui com rapidez. Eles trouxeram a chave, envie nossos homens que já estão a postos agora mesmo!

Jeison parecia já saber sobre o assunto, literalmente correu até a mesa e saiu correndo do local com a chave nas mãos.

- Sei que querem mostrar serviço, mas já deixei uma equipe preparada e com ordens, não podemos perder tempo aqui...

Enquanto dizia isso, ele entregava um papel para Lenore.

- As novas missões de vocês.

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