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I - Re-cobrando os sentidos

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Achiles
Pirata
I - Re-cobrando os sentidos Sex Abr 15, 2022 9:31 am
Relembrando a primeira mensagem :

I - Re-cobrando os sentidos

Aqui ocorrerá a aventura do(a) Civil Silver Khan. A qual não possui narrador definido.

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Re: I - Re-cobrando os sentidos Ter Abr 26, 2022 8:48 pm


O combate continuava incessantemente, com chances reais para ambos os lados. Eu e Toru combinávamos bem nossos ataques mesmo que não vivêssemos situações como essas frequentemente, ele mostrava um entendimento e uma leitura de combate muito apurada, avançando contra o nosso oponente que nem uma fera para surrá-lo com toda a força que lhe restava. "Bingo!" — Eu não saberia explicar como ele havia conseguido aquela proeza, fato é que suas ações permitiram que eu conseguisse chegar até a criatura e a finalizasse com o chute.    

— Acho que o pegamos. — Diria confiantemente, antes de confirmar uma nova reação por parte da criatura. — Fala sério! — Compartilharia da frustração de Toru. — Merda, merda, merda... — A situação, contudo, se agravou com a queda de Toru. — Obrigado pela contribuição, irmão. — Suscitaria em um tom praticamente inaudível. — Então ficou entre eu e você, coisa?! — Estava mais claro do que nunca que o desfecho do combate recairia sobre os meus ombros, mas com a certeza de que a participação de Toru terá sido determinante para o resultado dessa batalha, qualquer que fosse ele. — Direi ao nosso mestre o que você fez aqui hoje e o que as suas ações provocaram. — Declararia, preparando-me para o pior.

— Eu estive aqui me questionando sobre a diferença entre nós e me preocupei, por um instante, em vista do desconhecido e o mistério que cobre a sua origem, mas logo cheguei a conclusão de que a natureza humana por si só é selvagem e agora posso seguir essa batalha sem nenhuma pressa. — Leria para o meu adversário, sem esperar que ele entendesse de fato. — Agora uma última informação antes de você partir dessa para melhor: homens vão presos, porcos são abatidos. — Finalizaria.

Minha provocação seria apenas uma forma de ganhar um pouco mais de tempo, controlar a respiração e acalmar o corpo e a mente. Começaria ajustando a pegada de modo que polegar a polegar de ambas as mãos estivessem juntos no centro do bastão e então os afastaria grosseiramente na largura dos ombros, enquanto o braço direito estaria direto para fora, com o final do bastão no nível da cabeça. Eu então puxaria a fim de mudar e deslizar a mão esquerda para frente, puxando a mão oposta para o quadril, assim, poderia criar uma série de aberturas, esmagando o bastão e fazendo-o acelerar cada vez mais. Manteria a palma da mão para baixo, certificando-me de que o punho estivesse firme no quadril para o melhor controle possível. O pulso estaria virado, o cotovelo mantido ligeiramente para cima e o ombro relaxado.

— Minha única decepção será que eu só posso fazer isso uma vez. — Prepararia-me confiantemente para iniciar minha investida.

De toda forma, eu começaria a avançar, dando um passo de cada vez, então, arrancaria em máxima prontidão em direção ao meu adversário, elevando a velocidade de minha arma ao extremo aliado com toda minha força restante em uma sucessão de golpes verticais e diagonais contra a criatura através de deslizamentos, esmagamentos e puxadas entre um golpe e outro - quase como uma remada - mudando do braço direito à frente para o esquerdo no instante seguinte. Um, dois, dez, vinte, trinta, quantos golpes minha mente e braços permitissem, mirando inicialmente na altura da sua mão que carregava o armamento, partindo para a cabeça, pescoço, tronco, pernas, barriga e braços nos movimentos seguintes, sempre com a mesma intensidade e estratégia anteriormente mencionada, indo de uma posição para a outra com o bastão no menor intervalo possível.

Esse meu ataque também seria o meu principal recurso de defesa, uma vez que ele me permitiria manter uma distância confortável do adversário e com os deslizamentos e as puxadas com o bastão entrar em minha guarda seria uma tarefa um tanto quanto complicada, certamente o atingindo e levando algum perigo nessas tentativas. Recuar não era uma opção, meus pés estariam buscando o tempo todo à frente do combate, passo após passo, como sinal de minha resiliência e a busca pela vitória. Uma evasão e outra, com o tronco do corpo, caso necessário fosse, seria adotado visando segregar o golpe inimigo que viesse em minha direção.

Eu estaria colocando toda a minha energia restante nessa investida a fim de tentar finalizar aquele combate de uma vez por todas, até mesmo me esforçaria para ignorar por completo a dor insuportável que o meu nariz me trazia.
          

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Re: I - Re-cobrando os sentidos Ter Abr 26, 2022 9:59 pm


 
Narração
14:57

As provocações de Silver pareciam pouco importar para o homem porco, seu frenesi animalesco parecia dominar seu corpo desde o momento em que eles tinham entrado dentro daquele açougue e com o tempo só parecia piorar, se é que isso era possível. Ele avançava, mas o lanceiro parecia mais focado no combate, em um golpe poderoso contra a mão do homem porco ele grunhia, pelo jeito segurar aquele cutelo já era difícil e com o golpe ele sentia se tornar quase impossível. Contudo Silver não parava por aí, em uma série de golpes que visavam acertar todo o corpo de seu inimigo ele lançava uma saraivada de golpes com velocidade e força equivalente. Aquele amontoado de carne de porco parecia receber os golpes e não se mexer para frente, mas pouco a pouco recuar, os golpes arrastavam Pit para trás consecutivamente enquanto sua carne vibrava com cada golpe, na cabeça, peito onde quer que a lança decidisse que iria ser seu ponto de impacto naquele momento.

Contudo os olhos vermelhos Pit brilhavam como rubis, depois de tantos golpes consecutivos tanto velocidade quanto força começavam a faltar no lanceiro, seus golpes que eram rápidos e fortes começavam a ficar lentos e fracos. – AAAAAAAAAAA! – O grito do homem porco parecia ecoar por aquele espaço pequeno. Ele avançava de uma vez, tinha uma velocidade de impulso para frente que não tinha demonstrado já fazia alguns minutos, se aquele era o ultimo recurso de Silver aquele também parecia ser as ultimas forças do homem que a pouco parecia ser imortal. Ele chegava próximo o suficiente para puxar e segurar a lança de seu adversário com sua mão esquerda, seu braço direito com velocidade em um golpe que não era nem um soco e tampouco um tapa, era apenas o que ele conseguia fazer no momento, um golpe forte e feroz que atingia o peito de Silver o jogando para trás como se tivesse sido atingido por um barco em movimento.

Pit então começava a andar na direção de Silver, porem suas pernas começavam a falhar, primeiro a esquerda não fazia o movimento certo da caminhada o fazendo se ajoelhar com apenas uma perna ao chão. Ele parecia encarar sua perna, mas era surpreendido por outra coisa, de sua boca que já estava inundada de sangue ele começava a vomitar. Restos de comida de coloração marrom assim como um vermelho escuro forte. Pit então caía de peito contra o chão em seu próprio vomito. Silver sentia uma dor inacreditável em seu peito, uma falta de ar que nunca em sua vida inteira pensou em sentir, era como se de uma hora para outra ele tivesse simplesmente esquecido que sabia respirar. Toru estava ainda desmaiado a não muito mais longe de Silver mas a uma distância considerável para o tamanho do ambiente de Pit.

Porem se Toru estivesse acordado ele sentiria o terror ainda mais uma vez, mas apenas mais uma vez, o homem porco rastejava na direção da dupla lentamente, seus olhos vermelhos e ferozes ainda permaneciam, mas toda sua expressão facial era de dor e uma fadiga inacreditável, uma determinação indomável de um monstro de aparência horrenda.







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Última edição por yatto em Qui Abr 28, 2022 11:34 am, editado 1 vez(es)
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Re: I - Re-cobrando os sentidos Qui Abr 28, 2022 1:14 am


Cãibras agonizantes pareciam esmagar minhas entranhas por dentro, enquanto uma dor aguda atingia meu peito. O pânico lentamente tomava conta quando, por um momento, uma saída começou a parecer cada vez mais irrealista. — Esse cra smplsment ñ mrre. — Bosquejaria com alguma dificuldade, minha cabeça parecia estranhamente leve. Então, a fim de me recompor, alcançaria com minha destra a estabilidade do chão enquanto a canhota buscaria o bastão, caso ele estivesse suficientemente próximo a mim.

Todavia, observar que a criatura se apoiava em seu próprio joelho me fazia acreditar fortemente que algo de certo nós havíamos produzidos naquele combate e permanecer no chão não era uma opção. Engolindo a dor provocada em meu peito, nariz e até mesmo o cansaço no restante do meu corpo, ignoraria-o da melhor maneira possível que era me colocando em pé novamente, procurando a estabilidade de um porco ali guinchado, da parede ou até mesmo do chão atrás de mim.

Quando finalmente me colocasse em pé novamente, daria dois leves tapas com a palma da mão na altura da cabeça, sem força, apenas para servir como um despertar e sentir todos os neurônios em seus devidos lugares. Naquela altura do campeonato, continuar com os movimentos com o bastão seria uma ideia bastante desagradável, como testemunhado momentos antes. — Então é isso, vamos voltar aos tempos de rua. — Desenharia, levantando os punhos acima da cabeça em posição de guarda. Nada próximo daquilo que os pugilistas profissionais fazem, mas uma versão um tanto quanto pobre e pragmática aprendida nos meus tempos de rua.

Eu me colocaria à frente de Toru e me aproximaria de Pit no mesmo compasso que ele buscava uma aproximação contra nós e quando atingisse uma distância suficiente de um metro, procuraria atacar a perna que ainda conseguia mantê-lo em pé. — Toma isso seu porco. — Um chute lateral, focado em sua canela, seguido de um chute reto, com a parte de dentro do pé, na altura do seu tornozelo. Se fosse feliz em colocá-lo de joelhos ou de quatro, iniciaria uma sequência de socos contra a sua cabeça. Direita, esquerda, direita, esquerda, até que ele finalmente sucumbisse.

Era possível que ele tentasse desferir novos cortes de todo jeito, nesse caso, se o corte viesse na altura dos meus membros inferiores, eu saltaria levemente para trás e então responderia com um chute com a parte de dentro do pé, com a perna correlata, na parte de fora de sua mão buscando derrubar o item. Caso o corte tivesse destino acima da linha da cintura, eu moveria todo o meu corpo para fora do ataque, em direção do braço que me atacara, a fim de agarrar o seu pulso com uma mão e com a outra tomar a posse do Cutelo, enquanto desferiria uma joelhada contra a sua costela, e então voltaria para a estratégia de ataque citada anteriormente.

Com a situação controlada, poria as mãos na altura dos joelhos e parcialmente curvado buscaria reunir o máximo de ar e oxigênio possível daquele ambiente. Respiraria profundamente e inspiraria rapidamente, uma, duas, quantas vezes fossem necessárias. Uma vez que tivesse reunido força suficiente, correria para fora daquele estabelecimento pelo mesmo local que havíamos entrado anteriormente e então gritaria em alto e bom som, para que todos os transeuntes e comerciantes daquela região pudessem ouvir e entender a mensagem, que se foda que se tratava de um distrito comercial.

— Um médico, por favor! Ou alguém que tenha conhecimento em primeiros socorros ou emergência. — Gritaria uma vez. — Por favor, um médico. — Gesticularia com os braços a fim de chamar ainda mais atenção. Caso ninguém se pronunciasse, eu passaria a abordá-los individualmente, agarrando através de seus colarinhos. — Ei, você é médico? Poderia me ajudar? — Diria para o primeiro que avistasse. — Médico? Conhece primeiros socorros? Por favor. — Perguntaria para o próximo.

Caso fosse bem sucedido em minha busca, eu colocaria minha destra sobre suas costas e com a esquerda sinalizaria a entrada do estabelecimento. — Por aqui, por favor. — Diria para a pessoa em questão. — Não ligue para o cheiro, mas no seu objetivo. — Falaria seriamente, guiando-o prontamente até Toru e ignorando o corpo de Pit. — Não pense no que pode ter acontecido aqui. Esvazie sua mente e foque única e exclusivamente em salvar a vida do meu amigo. — Sugeriria. Caso ele ou ela recuasse do atendimento, ante a podridão do cenário e os corpos ali esparramados, eu mudaria para uma abordagem mais agressiva. — Você não está entendendo, talvez eu não tenha sido claro suficientemente, mas é a vida do meu amigo que está em risco. Agora você já se pronunciou e vai concluir o atendimento. — Bateria o bastão no chão ao meu lado como forma de convencê-lo. "Aquele maldito pode muito bem esperar." — Pensaria, encarando a saída pela qual Greg havia tomado mais cedo.

— Ei, amigo(a), você teria algo para mim ai? Acho que meu nariz está quebrado e o meu peito também dói bastante. — Perguntaria apenas por garantia, sem de fato esperar por um atendimento. — Merda, Toru, vamos lá! Reaja, homem. — Torceria confiantemente pela sua total recuperação.
 
Caso minha procura não trouxesse resultados, voltaria minha atenção para o mercadinho ou bar mais perto de mim, de preferência no meu campo de visão e correria para lá. — Três garrafas de água, depressa. — Diria afoitamente para o responsável. — Com licença! Três garrafas de água, depressa. — Caso um cliente tivesse na minha frente, eu o atravessaria e voltaria ao pedido novamente. Na pressa, deixaria todo o meu dinheiro para aquele homem para que não perdesse tempo contando.

Com as garrafas em mãos, voltaria contrariado para o local da batalha, onde estava o corpo do meu amigo. Ali, eu me ajoelharia rente a sua cabeça e a apoiaria sobre as minhas pernas. — Aqui, beba. — Abriria uma garrafa de água e colocaria sobre a sua boca, tomando cuidado para não virar tudo de uma vez e acabasse provocando um novo problema: um afogamento. — Vamos, droga, resista. — Bateria em seu rosto com leves tapas a fim de mantê-lo consciente. Caso que ele tivesse ingerido uma quantidade suficiente de água, eu pegaria em suas axilas e o arrastaria, com cuidado, em direção da estabilidade da parede mais próxima, onde o deixaria com as garrafas de água e aguardaria pelos próximos minutos para assimilar a nossa real situação.
          

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Novato
Re: I - Re-cobrando os sentidos Qui Abr 28, 2022 12:05 pm


 
Narração
15:20

Finalmente o homem porco era derrotado, jogado ao chão inconsciente ele apenas parecia relaxar com uma expressão calma totalmente diferente da fúria que tinha demonstrado a tão pouco tempo, era uma diferença gritante. Silver corria em direção à rua, virava a esquerda chegando em uma das ruas principais daquele mercado e começava a chamar por um médico, aos gritos ele procurava por uma esperança que pudesse salvar seu amigo que agora permanecia deitado contra o chão em uma situação semelhante ao do homem porco. As pessoas ao redor ficavam surpresas com aqueles gritos, a maioria parecia ignorar ao mesmo tempo que mantinha sua atenção em uma situação desconfortável tanto para ele quanto para as pessoas que estivesse ao redor.

Ele passava mais algum tempo procurando por alguém e começava a se ver sem esperança de qualquer pessoa ao menos parar de caminhar naquela rua para atender seu pedido. – Me leve ao local! – Uma ajuda inesperada, não era alguém que ele esperava, mas se era a única ajuda que tinha então não deveria desperdiçar. Um jovem que não tinha mais que vinte anos. Seus cabelos azulados assim como seus olhos azuis o deixavam todo em sintonia com suas roupas tão azuis quanto da marinha. – Cabo Hen, eu tenho conhecimento médico, você está ferido?. – Ele observava o estado que o bandido estava, seria difícil para Silver rejeitar a ajuda do mesmo pelo fato de seu colega estar em uma situação difícil e depois de todo aquele escândalo ele tinha recebido a ajuda que tanto pedia. – Soldado Brand, vá buscar reforços. – Comandava um homem que estava junto com ele que ao receber suas ordens corria em velocidade. Hen então ia logo atrás do lanceiro em direção ao local onde estava Toru.

Chegando no local o jovem Hen se demonstrava surpreso, primeiramente pela precariedade do ambiente, depois pela destruição da porta e por fim por todo a cena digna de histórias de terror dos dois homens jogados ao chão envoltos em sangue em meio a um monte de cadáveres animais. – Mas o que diabos aconteceu aqui? – Ele encarava Silver mas sem esperar por uma resposta de imediato ele corria primeiramente para o homem porco – Morto... – Ele sem perder tempo avançava em direção de Toru – Ele ainda está vivo, me ajude aqui! – Ele abriria uma pequena mala negra que tinha consigo, dentro havia todo tipo de coisa desorganizada, desde roupas, comida e por fim instrumentos de primeiros socorros. – Retire as gazes de suas embalagens, precisamos de agilidade. – Silver poderia não entender do que o mesmo estava falando, mas a única coisa que parecia estar dentro de uma embalagem eram pequenos pacotes de coloração branca. Dentro existiam alguns pequenos paninhos de fibra cortados em tamanhos únicos. – Isso não vai bastar... – Hen retirava seu colete da marinha e colocava sobre o peito de Toru tentando estancar o sangramento. Era uma situação irônica, afinal, homens que participavam de atividades criminosas pareciam receber ajuda da pessoa que era tecnicamente seus maiores rivais, a cena do logo da marinha logo em cima de seu amigo era uma imagem inusitada.

- Obrigado – Ele agradeceria enquanto retirava os pequenos paninhos e começava a limpar com algum tipo de liquido transparente os ferimentos de Toru. Conseguindo estancar o sangramento ele então retiraria com pressa o colete da marinha jogando ao chão completamente manchado de sangue. De dentro de sua maleta ele parecia pegar algum tipo de seringa e injetar no braço direito de Toru que desmaiado não conseguia reagir – Precisamos costurar isso enquanto temos tempo. – O jovem começava a retirar tudo de dentro de sua mala jogando contra o chão até achar uma pequena embalagem de papel onde retirava uma linha acoplada a uma agulha e em uma velocidade incrível começava a costurar o peito da vítima.

- Acho que está na hora de você começar a falar, o que aconteceu aqui? Quem são essas pessoas? – Ele não retirava os olhos de seu trabalho mas o tom de suas palavras pareciam calmos agora, era notório que estava prestando bastante atenção no que Silver diria.







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Re: I - Re-cobrando os sentidos Sex Abr 29, 2022 1:16 am


Aquela cena seria trágica se não fosse cômica, visto que minha ajuda calhou de ser logo um soldado da marinha. "Ele não deve ser tão mais velho ou mais novo do que eu." — Analisava-o enquanto o assistia no atendimento ao meu amigo e eu só conseguia pensar que estávamos em lados opostos da moeda. Talvez ele tivesse nascido em berço de ouro e com as raízes já fincadas dentro da marinha. Sim, provavelmente fosse isso mesmo, afinal de contas, garotos de rua como eu não possuem o poder de escolha em suas mãos. "Siga o caminho em que você está e chegará ao seu destino." — Era o que Neville costumava nos dizer.

Outra lição importante que Neville me ensinou está no momento em que você se depara com um problema. Diferentemente do que se possa imaginar, esse não é um sinal para parar, mas uma deixa para que você possa mudar seus planos ligeiramente. Com esse ensinamento em mente, eu atendia prontamente todos os pedidos do marinheiro. — Tem certeza que não corro o risco de infectá-lo?! — Titubearia conforme abria os gazes. — Aqui está. — Eu repassava com cuidado.

— O que você está fazendo? — Na dúvida, ameacei levar minha mão sobre o antebraço que ele segurava a seringa a fim de interrompê-lo. — Isso é mesmo seguro? Não é perigoso aplicar injeção em alguém sem saber suas fraquezas como alergia ou algo do tipo? — Mas recuei assim que pude ver em seus olhos a convicção com que ele realizava o seu trabalho.

— Aquele verme ali se chama Pit, pelo que o dono do estabelecimento falou. — Começaria a respondê-lo e, assim como ele não deixava de prestar atenção em mim, eu também não tiraria os olhos do trabalho que estava sendo feito no peito do meu amigo, para o caso de precisar agir novamente. "Quem vê pensa que posso fazer algo com essa minha costela toda fodida." — Pensava. — Greg Smithers é o dono dessa espelunca e muito provavelmente o criador ou o mais próximo de um pai que essa criatura já teve algum dia. — Diria. — Você o conhece ou já ouviu falar nesse nome, Greg Smithers? — Repetiria o seu nome para uma absorção maior.

— Cabo Hen, certo? — Tentaria uma aproximação amigável. — Esse símbolo costurado em sua camisa traz consigo muitas responsabilidades, acredito. — Prosseguiria. — Como parte dessas responsabilidades, você irá buscar conectar eu e o meu aliado, esse que você está costurando, à uma cena de crime e quem sabe imputar a nós um status de criminosos que não condiz com a realidade. — Faria uma leitura do cenário mais provável com o uso da minha proficiência em psicologia.

— Eu não sei como vocês marinheiros fazem para subir de hierarquia, se é por tempo de serviço ou pela quantidade de criminosos que vocês entregam e se for esse último caso, eu receio que eu e meu amigo possamos estar sendo usados como palanque para uma eventual promoção. — Sugeriria. — Não... — Desarmaria essa minha suspeita. — Você se mostrou ser alguém bastante humano ao nos ajudar e eu não quero acreditar que tirar vantagem de dois inocentes faça parte do seu perfil. — Apelaria para o seu lado humano. — Se você quiser mesmo se destacar, eu sugiro que investigue o que ocorre nos limites dessa loja de carnes e até mesmo me comprometo a entregar Greg em uma bandeja para você, depois que terminar os negócios inacabados que possuímos, claro. — Ofereceria a ele uma oportunidade.

Ser reconhecido como um herói, ganhar o reconhecimento das pessoas e chamar a atenção da marinha não seria interessante para mim, até por isso julgo que nada do que eu estava propondo era algo irreal. Meu único objetivo, na verdade, é me associar ao submundo, por eles ser reconhecido e adquirir a maior quantidade de riqueza através de cada contato e serviço que essa carreira irá me proporcionar. — Você chamou por reforços e eu devo dizê-lo que irei sair daqui antes que eles cheguem, com ou sem o seu consentimento. — Garantiria. — Com ou sem Toru. — Iria mais além, para que ele testemunhasse a determinação em meus olhos. — Temos ou não temos um acordo? — Aguardaria confiantemente pela sua resposta, tentando passar a impressão de saúde forte e inabalável, com a postura o mais reta que eu conseguisse e com a minha canhota apertando com vontade no centro do bastão.    

          
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Re: I - Re-cobrando os sentidos Sex Abr 29, 2022 11:07 am


 
Narração
16:00

O marinheiro tinha grande convicção no que fazia e as vezes parecia ignorar as perguntas de Silver como se não entendesse o que uma pessoa que não entendia estava falando, talvez até passando uma sensação de arrogância. – Pit... Greg... Nunca ouvi tais nomes antes. – Ele finalizava de costurar Toru e com a ponta de uma faca que carregava consigo cortava a linha por fim finalizando. Ele então pegava as gazes retiradas por silver e com auxilio do liquido mais uma vez limpava o local que agora estava bastante vermelho, mas ao menos parecia mais limpo do que antes. – Criatura? Parece ser algum tipo de Mink... – Ele virava seu rosto por um segundo para encarar Pit ao chão, mas logo se virava a Toru. Hen então caía sentado ao chão, com a manga de sua camisa branca ele limparia o suor de sua testa enquanto começava a analisar a situação em que estava. Não entendia como tudo aquilo tinha acontecido, mas seu olhar para Silver era penetrante, talvez fosse por isso que levava Silver a fazer afirmações tão fortes para o mesmo. – Eu ainda não falei nada, porque de repente se tornou uma pessoa tão desconfiada? – Seu olhar sério e afiado demonstravam que aquele homem parecia ser uma pessoa complicada de lidar, a sua mão direita portando uma faca, mesmo que de forma não agressiva ainda assim parecia intimidadora.

O sorriso no rosto de Hen ao continuar a ouvir as palavras de Silver poderia ser lido como deboche, ele balançava sua cabeça de um lado para o outro e apoiava-se em ambas suas mãos as colocando atrás de seu corpo – Eu não sei de onde você chegou a qualquer conclusão sobre minha índole e fazer presunções sobre o que irei pensar ou fazer. Hahaha – Ele ria um pouco – Abaixe sua guarda soldado, eu sou apenas um oficial cumprindo meu dever cívico de salvar uma vida, isso não é o suficiente? – Ao mesmo tempo que falava aquilo ele começava a se levantar do chão, dando pequenos tapas em sua calça procurando retirar o sangue que parecia sujar a mesma, mas sem sucesso. O sorriso em seu rosto demonstrava certa sinceridade em suas palavras, mas ele era um homem difícil de se ler. – Você diz que quer sair daqui de forma opressora, ao mesmo tempo que de alguma forma diz não ter envolvimento de culpa nessa história toda. – Mesmo ainda com a expressão feliz em seu rosto, ele agora parecia mais ameaçadora – Contudo seu nariz e o estado geral de seu corpo me dizem o contrário... – Ele parecia olhar de cima a baixo Silver apesar de não mover um único centímetro seus olhos, era apenas o sentimento que ele passava.

- Imagino que esse homem ao chão é seu amigo certo? Se não levar ele para um hospital talvez ele não acorde mais, apesar de ter feito o melhor que pude aqui foi apenas isso, o melhor que pude. – Ele virava um pouco, mas apenas um pouco seu rosto observando seu paciente que agora descansava ao chão com uma expressão calma, ainda desmaiado – Eu não tenho provas ou motivos para lhe prender aqui, apesar de ter minhas suspeitas, então não posso impedir sua “fuga”, apesar de que se quisesse o poderia fazer sem dificuldade visto o estado em que você se encontra. – A mão direita ainda com a faca parecia mais ameaçadora, mas ainda não demonstrava qualquer sinal claro de agressividade – Você tem duas opções, pode ficar aqui, acompanhar seu amigo para o hospital e por fim dar seu depoimento sobre o caso... – Ele virava seu rosto novamente para Silver o encarando mais uma vez, como uma raposa – Ou você pode ir embora, mas saiba que você irá com certeza ser chamado para depor e o problema só irá ocorrer quando e se, você se negar a comparecer ao chamado. É sua escolha. – Naquele momento Silver estava com uma decisão difícil, o homem que era o foco de sua missão Greg estava em fuga e com certeza tinha deixado traços de para onde tinha ido, afinal, o jeito que corria dali com certeza tinha chamado atenção e quem sabe poderia até mesmo ser encontrado. Por outro lado, iria abandonar seu amigo Toru e teria problemas no futuro dependendo de algumas circunstâncias. Hen estava a sua frente e não parecia de forma alguma bloquear qualquer das saídas do local, ele apenas realmente esperava pela resposta do homem que por algum motivo tinha feito toda aquela situação tensa.






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Re: I - Re-cobrando os sentidos Sex Abr 29, 2022 6:32 pm


Talvez eu tivesse sido precoce demais em minha leitura, talvez eu devesse ter esperado que a conversa se aprofundasse, talvez, talvez e talvez. — Obrigado por confirmar minhas expectativas sobre você. — Abriria um sorriso de orelha a orelha, fitando-o dentro dos seus olhos azuis como o próprio oceano, antes de me ajoelhar próximo de Toru, ignorando as fincadas de dor que pudessem surgir em minhas costelas e dizer em um tom confiante, mesmo que ele não pudesse me escutar no momento. — O deixarei em boas mãos, meu amigo. Estou seguro de que o Cabo Hen irá tomar as devidas providências e oferecer um tratamento digno e humano para você junto ao hospital. — Colocaria minha destra na altura do seu ombro esquerdo ao me despedir.

— Você está certo. — Voltaria a encarar o marinheiro olho a olho. — Meu nariz parece mais uma maria mole e minhas costelas estão lascadas. Se você for mesmo forte como a sua aparência entrega, eu estaria em desvantagem, é verdade, mas nunca entregue. — Concluiria. — Você não teria como me ajudar aqui, teria? Talvez você tenha uma atadura ou tala disponível para as minhas costelas ou pudesse colocar o meu nariz no lugar novamente. — Aguardaria por uma posição, favorável ou não. Caso ele assentisse positivamente em me ajudar, ergueria os braços para cima em sinal de confiança, deixando a minha costela livre para o atendimento e aguardaria pelo seu término. Caso ele recusasse, talvez por um sentimento de se tornar cúmplice ou algo parecido, eu ainda assim o cumprimentaria com uma breve mesura e a destra diagonalmente na altura do peito pelo seu cuidado com meu amigo, sinal de minha lealdade. — Em qual hospital você estará o levando? — Perguntaria pela sua localização. — Eu prometo buscá-lo e então oferecer o meu depoimento para você. — Indicaria.  

Independentemente do meu estado, eu sairia por aquela porta atrás de Greg e não voltaria atrás em minha decisão. Talvez essa minha escolha repercutisse negativamente nos meus outros colegas além de Toru e como resultado eu me tornasse um pária, em compensação, se eu fracassar nessa missão não poderei encarar uma certa pessoa nunca mais. De um jeito ou de outro, eu perco. — Você e eu poderíamos ter sido amigos em outras vidas. É uma pena que estejamos em lados opostos de uma mesma moeda. — Diria para Hen ao virar as costas, confiante que Toru teria o tratamento adequado.

Do lado de fora do estabelecimento, eu olharia para um lado e depois o outro atrás de vestígios que pudessem me levar à captura de Greg. A feição de espanto na cara dos  pedestres e o olhar deles para determinada direção também poderiam apontar para o caminho que eu deveria seguir. — Por aqui. — Iniciaria um trote e, se visse que meu corpo poderia continuar, aumentaria o ritmo. Caso minhas costelas não me dessem tréguas, apoiaria minha mão oposta sobre ela a fim de aliviar os esforços e então seguiria caminhando. — Para onde foi o homem gordo de óculos escuros? — Lançaria para o civil mais próximo a mim que pudesse ter testemunhado a fuga de Greg. Se não obtivesse uma resposta logo de cara, faria a mesma pergunta para um segundo, terceiro, quantos civis fossem necessários. Também procuraria pelo chão pegadas com um aspecto vermelho, semelhante ao sangue das carnes encontrados no chão pútrido de sua loja.

Caso eu o visse, o filho de dançarina com segurança de boate, gritaria a fim de alcançá-lo. — Pit está morto e o seu comércio infestado de marinheiros uma hora dessas. Você não sairá impune, desgraçado. — Chamaria a atenção para o humanoide porco e a sua loja que, se tivessem um mínimo de valor para ele, certamente o traria até mim. — Onde é que está o dinheiro, filho da pu!@. — Com ele sequer titubeando, eu ainda assim continuaria em seu encalço.    

Se minha procura se mostrasse longe de ser atingida e para o caso de Hen não tivesse me atendido anteriormente, procuraria a assistência de uma farmácia pela região. Caso não fosse possível encontrar de vista, perguntaria para um civil. — Com licença, onde posso encontrar uma farmácia por perto? — Aguardaria por uma resposta e seguiria prontamente para lá. Chegando à farmácia, eu procuraria por um atendente responsável. — Por favor, eu preciso de ajuda. Sofri um acidente e acabei quebrando as costelas e o nariz, também perdi todos os meus pertences, será que seria possível me ajudar a colocá-los no lugar ou mitigar os danos? Pode fazê-lo sem a aplicação de remédios, eu aguentarei a dor. — Solicitaria ao atendente, colocando-me a sua completa disposição. Com a possibilidade do atendente se recusar a me atender, insistiria. — Qual é... Onde foi parar a sua ética? Você deve ter jurado nunca deixar de prestar ajuda ou algo do tipo. — Diante de uma insistência de sua parte, procuraria entre as prateleiras o medicamento com a palavra morfina que pudesse ser usado oralmente, afinal não sou nenhum especialista para a sua aplicação e o pouco de conhecimento que possuo vem das minhas experiências do meu inicio como gangster, e o tomaria, tentando não chamar a atenção antes de virar as costas e sair do estabelecimento. Caso algum funcionário ou cliente denunciasse o roubo, eu ingeriria o medicamento ali mesmo e me livraria do frasco, uma vez que sem o item do furto eu não poderia ser preso, ou era nisso que eu acreditava. Caso tivesse passado despercebido e uma vez longe de confusão, tomaria o remédio fora do local.

Com ou sem tratamento, sairia da farmácia com o próximo destino pronto em mente, o primeiro bar que visse pela vizinhança, local esse onde correm muitas fofocas e informações valiosas através de cada circulante. — Boa tarde, amigo(a). — Dirigiria-me até o balcão. — Me vê a dose mais forte que você tenha. — Pediria, no caso de não estar sobre efeito de morfina, para não o comprometer. — Estou vindo da loja de carnes de Greg Smithers e não o encontrei, você o conhece? — Perguntaria. — Se ele não está em sua loja, saberia me dizer onde poderia encontrá-lo? Seu endereço, talvez? — Insistiria, pagando o valor da dose que me fosse atribuída. — Ou então poderia me apresentar algum cliente seu que o conheça, costume trabalhar com ele ou tenha essa informação? Ficaria muito agradecido. — Encerraria, virando a dose de álcool garganta abaixo, permitindo que a queimação da bebida servisse como uma rota de escape de toda essa confusão.


          
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Re: I - Re-cobrando os sentidos Sáb Abr 30, 2022 7:49 am


 
Narração
16:15

- Claro, afinal como eu disse, sou apenas alguém cumprindo meu dever cívico. Ele estará primariamente na clínica Salvatori. – Ele se aproximaria de Silver – Com licença. – Com técnica e pouca força ele puxava o nariz do mesmo que apesar de não aparentar qualquer tipo de agressividade fazia o nariz doer quase na mesma proporção de quando tinha sido atingido – Deve estar no lugar agora... – Ele falava baixinho enquanto voltava a pegar algumas gazes e colocar no nariz do mesmo para estancar o sangramento – Não vá se esforçar muito ou vai tudo voltar e talvez até pior. – Ele então colocaria uma faixa branca no rosto de silver fazendo com que as gazes ficassem no local onde deveriam além de imobilizar o nariz para que permanecesse no lugar. – Agora esse seu peito... deixa eu ver... – Ele analisava um pouco – Tome isso, vai ajudar. – Ele procurava um frasco que continha algumas pílulas dentro e entregava duas para o jovem tomar – Tem medo de coisas pontuas de metal? – Ele meio que abria um sorriso sarcástico enquanto retirava uma seringa acoplando uma agulha – Vai ser só uma picadinha. – Ele então injetaria um liquido tirado de um pequeno frasco de vidro de coloração laranja no braço esquerdo de Silver. Logo após ele enrolaria o peito do mesmo com uma faixa branca para tentar imobilizar todo o tronco – Mais uma vez, cuidado com esforços. – Ele terminava fechando sua pequena maleta negra e logo Silver começava a sair do local, porem um grande numero de soldados da marinha apareciam, eles apontavam espadas e pistolas para Silver mas Hen levantava sua mão esquerda – Deixem ele ir... – E assim eles faziam liberando passagem para que o homem saísse correndo pelas ruas. Era possível ver que Hen sorria ao ver o homem sair.

Silver corria por entre os becos procurando por pistas de por onde o homem havia fugido, no beco por onde saía do estabelecimento era possível ver um grande acumulo de lixo que agora estava no chão, era obvio para onde Greg tinha fugido em velocidade e sem qualquer jeito, tinha deixado um verdadeiro rastro. Como em uma floresta de pedra o homem corria procurando por onde o mesmo havia ido mas era certamente mais difícil do que ele imaginava, o tempo que tinha passado em sua batalha tinha dado chance para um homem em fuga mesmo que em desespero ter uma vantagem sobre ele. – Homem gordo... acho que sei de quem você está falando. – Uma senhora que não tinha menos que 60 anos parecia ser sua primeira pista, ela estava sentada fora de uma pequena porta em um dos becos que ele passava correndo, ela fumava um cigarro – Ele passou a algum tempo por aqui, tinha um olhar de medo em seus olhos, mas foi eu quem sentiu mais medo sabe, ele estava com uma faca na mão. Achei a cara de um criminoso... – Ela falava aquilo sem olhar para Silver, mas ao virar seu rosto para o mesmo meio que se assustava com o homem com quem estava falando e meio que era impossível não notar sua expressão mudar – Mas não sei mais que isso... Ele foi por ali. – Apontava para mais um beco a sua frente.

O lanceiro continuava a correr e se deparava com um porto, as pessoas pareciam ir e vir como se fossem verdadeiras formigas em um formigueiro porem quem ele mais procurava parecia invisível a seus olhos, mas não por muito tempo. Sua busca incansável parecia ter trazido frutos, ao longe quase que impossível de enxergar ele conseguia ver aquela forma redonda, as cores da roupa de açougueiro que ele vestia não poderiam enganar os olhos furiosos de um caçador, Greg estava conversando com um homem logo ao lado de um grande galpão mais a nordeste da localização de Silver. Após alguns segundos o homem sumia em meio a entrada do local entrando acompanhado de mais uma pessoa que de longe era meio difícil de identificar.

Chegando no galpão era possível ver que era bastante velho, o que parecia comum para Greg visto o estado que estava seu estabelecimento. A ferrugem corroía a estrutura e as pessoas pareciam evitar passar em frente sendo uma parte mais afastada do porto. De fora era possível escutar a voz de Greg gritando algo mas não conseguia distinguir o que exatamente ele falava, contudo sua voz parecia temerosa e a segunda que falava com ele parecia calma e relaxada.






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Re: I - Re-cobrando os sentidos Dom maio 01, 2022 6:58 pm


Eu ainda podia ouvir o estalar do meu nariz martelando no meu ouvido e sentir a dor do momento em que ele o colocou de volta no lugar. Eu não saberia dizer ao certo o que Hen havia feito comigo, mas eu poderia garantir que estava me sentindo muito melhor. "Respirar é realmente uma dádiva." — Afirmava conforme respirava e minhas costelas e peito não mais operassem como se tivessem mil agulhas me cravejando. "Deixe-me ver do que isso é capaz." — Nesse instante, se eu ainda não tivesse tomado as pílulas, aproveitaria para engoli-las a seco.

Já durante minha investida, eu era mal-entendido por uma local, que me deixara ligeiramente encabulado com a situação. — H-hey! H-h-hey! Tá tudo bem, eu não vou te fazer mal. — Gesticulava com as mãos em sinal de negativo ante a mudança brusca no semblante da mulher. — Mas eu não garanto o mesmo tratamento para uma certa pessoa... — Mirava determinado para a direção apontada por ela. — Obrigado, senhora! Tenha uma boa tarde. — Despedia-me e seguia para a direção indicada.

O cenário apresentado bem diante dos meus olhos era um porto e apesar de não ser necessariamente uma taverna ou bar, tinham uma característica em comum; a rica rede de informações que circulam através de todos os novos viajantes, marinheiros e funcionários que atuam em um porto. Após uma dificuldade inicial, até meus olhos se adaptarem com a grande quantidade de pessoas no local, eu finalmente consegui localizar meu alvo - o que não era uma tarefa tão difícil visto a sua grande estrutura - o que fez meu corpo ferver e minha expectativa aumentar pela sua captura.

Inicialmente aproveitaria o fato de o galpão estar localizado em um lugar ligeiramente afastado e procuraria melhor me inserir naquele ambiente e talvez que com minha boa aparência, bons modos e sem o cheiro característico do litoral, verdadeiramente como um peixe novo, pudesse me sobressair. — Com licença, camarada. — Aproximaria-me do primeiro trabalhador que visse pela frente, de preferência aquele que carregasse algum crachá de identificação ou prancheta em mãos para a verificação das embarcações ou características correlatas de um trabalhador portuário. — Meu nome é Silver, tudo bem com você? — Apresentaria-me. — Claro, mil desculpas, meu intuito aqui não é atrapalhar, apenas uma informação rápida, por gentileza. — Era possível, talvez pela pressa que exigia o trabalho local, que eu não fosse muito bem atendido, então buscaria me adaptar conforme a situação exigisse. — O galpão ali. — Indicaria com o dedo indicador da mão direita o local para o funcionário. — Que tipo de atividade eles realizam? — Perguntaria. — Você saberia me informar quem é o responsável e que tipo de negócios eles fazem com... Greg Smithers? — Prosseguiria. — Aliás, esse nome Greg Smithers lhe é familiar? É um nome forte pela região? — Insistiria.

Para o caso do homem desconfiar de minhas intenções, esboçaria estar sem jeito. — Ah, claro! Desculpe meus modos, mas é que visitei recentemente sua loja de carnes e não o encontrei e a informação que me foi dada é que ele estava por essa região e fiquei curioso. — Explicaria. — É preciso conhecer onde você está investindo o seu dinheiro, não é mesmo? — Expressaria aquilo que Neville deveria ter feito há muito tempo atrás.

Eu aguardaria por respostas que me dessem as ferramentas necessárias para abordá-los e caso não a encontrasse de primeira, seguiria a mesma estratégia para uma segunda, terceira tentativa, sempre de maneira calma e pacifica. Manteria a todo instante um olho no peixe e outro no gato e, no menor indicio de que Greg se afastaria, pediria licença para a pessoa com quem eu estivesse falando e me certificaria de manter uma distância suficiente entre nós.


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Re: I - Re-cobrando os sentidos Ter maio 03, 2022 8:54 am


 
Narração
16:30

Silver se aproximava de uma jovem, ela tinha um vestido longo de coloração azul e branco. Seus cabelos ruivos em conjunto com sua pele branca davam um destaque para a mesma. Ela parecia carregar algumas caixas e colocar em cima de outras caixas, trabalho braçal comum em um porto. Ao escutar as palavras de Silver ela limpava o suor que escorria de sua testa com seu braço direito e virava-se para o mesmo – Se não tivesse que trabalhar estaria melhor... – Ela respondia com um sorriso a primeira pergunta introdutória do mesmo – Aquele galpão? Não sei sobre o passado, mas atualmente ele parece estar abandonado, depois do fogo parece que nunca tentaram reconstruir o mesmo. – Ela parecia tentar buscar lembranças enquanto coçava seu queixo com a mão esquerda – Nunca ouvi esse nome, Greg Smithers, mas se não me engano o antigo dono daquele lugar era algum mercador especializado em peixe, não é Henry? – Ela gritava no final para um outro homem mais ao longe que apenas respondia com um sinal de mão positivo.

O homem cujo nome a mesma chamava de Henry aparecia andando vagarosamente, seus cabelos de mesma coloração e cor de pele davam a impressão dos mesmos serem bem parecidos fisicamente. – Se quer minha opinião deveria se afastar daquele local, toda vez que chego perto dele me da uma sensação ruim. – Sua voz firme e forte combinava com seu tamanho grande e com o montante de músculos que apresentava por baixo daquela roupa preta. – Segundo os boatos foi um espirito de fogo que arruinou aquele local, não sei você, mas eu não acredito nessas coisas, mas eu prefiro evitar hahahahaha. – Ele gargalhava enquanto passava sua mão sobre o cabelo da garota e fazia um carinho – Joana, que tal voltar ao trabalho? O capitão está esperando... – As palavras do mesmo faziam a garota ficar mais atenta e começar a correr em empilhar as caixas novamente enquanto corria em direção a uma embarcação não muito mais longe de onde eles estavam.

Henry acendia um cigarro e olhava bem nos olhos de Silver – Enfim, acho que era isso... – Ele olhava bem para o rosto do lanceiro – Esteve em uma briga recentemente? Parece que ainda está se recuperando... – Ele analisava o jovem com seus olhos afiados. – Enfim não é da minha conta, espero que consiga achar o que procura. – Ele virava-se e ia voltando em direção a sua companheira para a ajudar em seu trabalho de empilhar caixas. Ao redor de silver agora existiam uma diversa gama de pessoas que apesar de estar bastante agitado ainda assim existia certa distancia entre cada pessoa. Desde que Greg tinha entrado no galpão não se tinha escutado mais nada e tampouco notado alguém entrando ou saindo do local, precisaria ele mesmo ir para averiguar que assuntos o homem que procurava tinha ali.






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Re: I - Re-cobrando os sentidos Qua maio 04, 2022 7:36 am


Infelizmente minhas perguntas não alcançaram as respostas com conteúdo o suficiente que agregassem em minha busca, exceto uma história ou estória sobre um espírito de fogo que levara suas chamas até aquele galpão. — É... Você está certo... Eu também sou cético em relação a isso. — Concordava com o homem. — Mais uma vez você está certo. — Acharia graça da leitura cirúrgica feita pelo marujo. — Você tem que ver como ficou o outro homem. — Lembraria-me do estado de Pit, abrindo um sorriso confiante no rosto. — Enfim, agradeço pela disposição e pode ter certeza que irei. — Diria em relação a conseguir achar o que procurava.

Sem mais delongas, eu tomaria a curiosidade de conhecer o galpão. Caminharia com vontade, confiante que iria conseguir obter o resultado confiado a mim por Neville e ansioso pelo momento que me encontraria para tomar uma gelada com Toru. Com os ombros relaxados, a coluna ereta e o queixo alto, bateria à porta ou o objetivo que mais parecesse com uma, com três toques medianos. Meu intuito ali era justamente ser reconhecido. — Esse lugar precisa passar por uma reforma urgente. — Analisaria junto aos meus anfitriões. — Bem como um novo local para você estabelecer seus negócios, Greg. — Fitaria o meu algoz nos olhos. — Você aí. — Apontaria para a pessoa que conversasse com ele. — Sabe com quem está lidando? Greg Smithers, se não for o maior, esta entre os maiores pilantras e maus pagadores de nossa Ilha. — Confirmaria a ameaça feita para ele anteriormente.

Mas é óbvio que o tipo de homem que tivesse negócios com ele já deveria saber disso ou até mesmo fosse conivente e eu verdadeiramente não acreditava que minhas palavras fossem o desfavorecer de alguma maneira. — É verdade, eu já estava me esquecendo, seu amigo Pit está morto, mas isso não deve sensibilizá-lo de qualquer maneira, não é? Você só sente amor pelo dinheiro, talvez nem por isso. — Tentaria desestabilizá-lo de alguma forma. — Sua loja de carnes também está infestada de marinheiros e muito provavelmente é o novo local mais condenado da vizinhança. — Continuaria. — No entanto, mostrando ser uma pessoa superior a isso tudo eu posso garantir passagem segura para fora de Sirarossa, uma passagem só de ida, desde que claro, que você honre os compromissos assumidos com meu empregador. — Ofereceria. — Essa vai ser minha melhor e última oferta. — Asseguraria.

Eu estaria em máximo alerta para o caso de ser necessário agir e além da postura de Greg diante do nosso confronto eu estaria prestando atenção nos movimentos do terceiro envolvido. — Aliás, meu nome é Silver e trabalho para Neville, você já deve ter ouvido falar nesse nome. — Faria-me sem jeitos por não ter me apresentado antes. — Com quem eu estou lidando? — Perguntaria pela sua identidade. — Devo dizer que o seu amigo Greg possui uma divida com meu empregador e ele tem se mostrado bastante ardiloso, escorregadio e longe de querer honrar esse compromisso. Se você me ajudar aqui, eu garantirei para você uma oportunidade de negócio junto ao meu empregador e me coloco a disposição para colaborar com alguma pendência que você esteja buscando resolver. — Buscaria-o trazer para o meu lado.

Até o momento estava muito claro em minha cabeça que aquela estaria sendo uma oportunidade de dois homens acertarem suas contas, mas nada impediria que o terceiro sujeito se mostrasse arredio com a minha oferta e quisesse intervir em defesa de Greg, nesse caso eu estaria pronto para tomá-lo como meu inimigo direto.  


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Re: I - Re-cobrando os sentidos Qua maio 04, 2022 1:41 pm


 
Narração
16:55

Silver batia na porta do local, só de fazer aquele movimento os nós de sua mão ficavam escuros da ferrugem e pelo que parecia fuligem do fogo deixada naquele local. – Você está esperando alguém? – Era possível ouvir a voz de Greg do lado de dentro – Você? Do que você está falando? – A outra voz respondia e parecia apreensiva. – Não fode comigo Greg, eu sempre soube que você devia para Deus e o mundo, mas nunca achei que você fosse tentar armar uma para mim! – A segunda voz gritava e parecia furiosa – Se acalme, eu vou lhe pagar, eu só preciso de um pouco mais de tempo, quem sabe você não pode me emprestar mais alguns berreis para comprar material sabe... – A voz de greg parecia mais fraca e em uma tonalidade defensiva – Então quem diabos está lá fora? Não fode comigo Greg, se for aquele animal que você chama de filho eu vou te matar. –  Um corvo era possível ser escutado do lado de dentro, como se o mesmo estivesse repetindo alguma palavra ou algo parecido, era meio difícil de identificar o que a ave falava.

Era possível escutar um barulho agudo do lado de dentro, como se fosse o estalar de uma arma pronta para executar seu tiro, mas o barulho era tão distinto que Silver poderia jurar que não era uma arma simples. Silver poderia forçar a porta, porem ela parecia trancada por dentro, contudo não seria difícil arrombar a mesma apenas com força bruta, um empurrou ou dois seria suficiente para causar a derrota daquele pedaço de metal negro de ferrugem. Era possivel escutar greg falando baixinho mas Silver não conseguiria entender o que ele estava falando devido o quão baixo ele parecia falar ao mesmo tempo que parecia chorar. BANG! – Eu falei para você não foder comigo Greg! – A voz do homem ecoava logo após o disparo. Caso silver resolvesse por entrar no local ele encontraria a sua frente um homem alto, vestia roupas de coloração preta e marrom que cobriam todo seu corpo. Utilizava um chapéu característico e seu rosto era de difícil visualização devido a escuridão do ambiente, que apenas tinha furos no teto enferrujado como transmissões da luz do sol. Apontado para o corpo no chão o homem portava uma espécie de rifle que tinha quase o tamanho da lança de Silver.

O homem com sua mão direita fazia um movimento na arma que fazia o mesmo estalo característico que Silver tinha escutado do lado de fora, a arma soltava uma capsula de munição que tinha uma fumaça branca ao seu redor de um pequeno buraco e caía no chão logo ao lado de Greg. O homem gordo estava caído ao chão com os olhos bem abertos, lagrimas que escorriam de ambos os olhos e um grande buraco bem no meio de sua testa onde pouco a pouco começava a escorrer, jorrar sangue. O homem então se surpreenderia com a presença de Silver, ele apontaria a arma para o lanceiro mirando bem em seu rosto – Quem diabos é você? Você tem três segundos para responder antes que eu enfie uma bala bem no centro de seus olhos. – O corvo que estava pousado logo ao seu ombro direito fazia o barulho característico que Silver tinha escutado do lado de fora mas que agora era possível entender com mais clareza “Morte, Morte, Morte”.






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Re: I - Re-cobrando os sentidos Qui maio 05, 2022 12:42 am


Ante a poeira levantada pelo meu movimento, eu bateria minhas mãos na calça na altura do joelho a fim de remover os resquícios de pó impregnados. "Filho... Então é isso." — Eu aguardava com atenção pelo avanço ou término da conversa entre os homens e confesso que esse foi o trecho que mais me marcou. É verdade, eu sou uma pessoa gananciosa, penso que as pessoas devem viver confortavelmente bem e qual maneira melhor de tornar isso realidade que não seja pelo dinheiro? Mas também tenho muito apreço pela família e amigos e isso me faz questionar se quando chegar o momento de ser provado verdadeiramente eu permitirei que os laços criados prevaleçam ou se assim como Greg, deixarei com que o dinheiro fale mais alto e sacrificarei até mesmo um aliado? "Filho de uma puta!" — Cerraria os punhos e arquearia a cabeça pelo sentimento em mim desencadeado.

Eu encarava a porta à minha frente prestes a tomar a iniciativa de arrombá-la quando o estalo de arma de fogo pôde ser ouvido. Uma execução, óbvio. No final das contas, Greg teve o final que merecia e não foi pelas minhas mãos. Minha missão estava terminada? Eu deveria dar as costas e voltar de mãos abanando? E quem pagaria a conta por isso? Com cuidado, aproximaria-me da porta com o ombro esquerdo apoiado sobre ela e a mão esquerda na altura do trinco e fazendo um sinal de abrir com a maçaneta, daria investidas com o ombro na porta até que a passagem fosse aberta.

Não entraria imediatamente, assim que a passagem fosse liberada, mas aguardaria alguns segundos de suspenses até a poeira abaixar do outro lado. — Meu nome é Silver e venho amigavelmente. — Prepararia pela minha entrada. — Estou entrando... — Anunciaria. — Como eu havia imaginado. — Sussurraria em um tom quase que inaudível ao testemunhar o corpo do homem caído com uma bala cravada em sua testa.

Com minha impassibilidade, eu ignoraria por completo suas tentativas de ameaça e me agacharia próximo ao corpo, rente a sua cabeça, onde eu teria como objetivo remover os seus óculos escuros. — Eu me considero um cara vaidoso, gosto de acessórios e itens de boa qualidade, é verdade, mas no meu ramo é muito importante olhar nos olhos das pessoas, o chamado fio do bigode e é por isso que acho um desrespeito o uso de óculos escuros. — Leria para o homem em pé ao meu lado. — Desde o início fiquei intrigado com o tipo de olhar que dividia com o meu. — Eu estava confiante que não demonstrando nenhuma ação combativa, ele não iria atirar contra mim e mesmo que ele atirasse para cima, em um tom ainda mais ameaçador, eu iria me manter focado.

— Como dito anteriormente, meu nome é Silver e trabalho para Neville, você já deve ter ouvido falar nesse nome. — Levantaria-me e articularia um estado de vênia ao assassino, uma demonstração de respeito. — Assim como com você, Greg também devia para o meu empregador e minha presença aqui se devia justamente para fazê-lo honrar esses compromissos. — Responderia. — Estamos em um impasse aqui, meu amigo de nome... — Abriria o caminho para que ele se apresentasse. — Com ele morto, quem irá pagar suas dívidas? Sabe ao menos onde ele guardava seus pertences de valor? Eu, sinceramente, não acredito que ele tenha pegado dinheiro nosso e torrado sem ter feito um pé de meia qualquer. — Apontaria. — Você sabe de algum trabalho que pague o valor de quinze milhões de berries? Tenho certeza que se me ajudar aqui, poderemos desenvolver uma relação de negócios promissora no futuro. — Estenderia minha destra como um sinal de boa intenção. — Meu empregador saberá muito bem como recompensá-lo. — Aguardaria pela sua posição seguramente.   


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Re: I - Re-cobrando os sentidos Qui maio 05, 2022 9:17 am


 
Narração
17:25

O homem levantava sua cabeça e parecia querer ter uma visão melhor de Silver, mas devido a escuridão e a luz que se fazia ao abrir a porta deixava apenas uma grande silhueta para ser vista. Silver ia em direção ao Greg e parecia analisar o corpo morto de Greg, o homem não retirava a mira da cabeça do mesmo – Parece um olhar... de peixe morto, não é mesmo? – Ele não mudava sua expressão por nem um segundo enquanto ainda apontava o rifle para a cabeça do lanceiro até escutar suas próximas palavras – Neville? Entendo, faz sentido... – Ele puxaria seu rifle o escorando contra seu ombro fazendo o corvo se assustar com o movimento e sair voando “Morte, Morte, Morte” ele fazia seu barulho característico – Cala a boca animal imundo! – O homem de chapéu gritava com sua própria mascote – É mais difícil achar alguém nessa ilha que Greg não estivesse devendo, um maldito ganancioso... – Ele parecia encarar o corpo morto do homem, mas devido a escuridão era possível ver apenas sua barba mal aparada devido ao feixe de luz que pousava sobre seu chapéu.

- Pode me chamar de executor e não existe impasse algum aqui... – Ele começava a caminhar em direção a saída por onde Silver tinha entrado a pouco tempo – Quer saber onde ele guardava seus pertences? Hahahahaha – O homem gargalhava enquanto passaria logo ao lado de Silver, com sua mão esquerda colocaria sobre o ombro esquerdo de Silver – Pergunte a Margarete, croupier do cassino Omerta ou quem sabe Raphaela garçonete do Mozzafiato, Greg era um homem que gastava o que não tinha por um luxo e vicio que não podia pagar... – Ele largaria o ombro do jovem e finalmente alcançaria a porta logo a sua frente – Apenas diga a Neville que Greg pagou sua dívida com a própria vida, apesar de achar que a vida deste porco não vale nem a menor das moedas ele deve aceitar. Demonstrar poder também é uma forte moeda de troca garoto, você ainda vai aprender isso. – O sol parecia fazer o homem sentir incomodo em seus olhos, ele puxaria seu chapéu com sua mão direita um pouco mais a baixo – Creio que lhe ajudei em seu trabalho, mas não se preocupe não irei cobrar nada, ele também devia para pessoas importantes... – Ele estalava seu pescoço, jogando sua cabeça de um lado para o outro - Enfim, acho que é isso, diga a Neville que mandei um oi e que é para ele parar de fumar ou vai acabar morrendo. – Ele apesar de estar de costas parecia estar sorrindo. Calmamente ele começaria a andar em frente deixando Silver sozinho junto do corpo morto de Greg.

Dentro daquele galpão o calor parecia pouco a pouco consumir o ambiente, talvez fosse pelo sol que fazia do lado de fora e aquele lugar fechado feito de metal. Caso Silver saísse do local conseguiria ver uma movimentação anormal da marinha, muitos navios estavam chegando no porto, navios característicos de tom azul com um símbolo azul em suas velas brancas “MARINHA”. Um grande montante de soldados parecia lotar a marina e todos pareciam com pressa, ele poderia apostar que algo grande estava acontecendo na ilha.






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Civil
Re: I - Re-cobrando os sentidos Qui maio 05, 2022 9:46 pm


"Executor... Então isso explica o ocorrido." — Ficava murmurando seu nome em mente. Eu o tinha escutado pacientemente e pelo fato dele até mesmo conhecer características de Neville, tal qual o seu vício em cigarros, algo me dizia que eu poderia confiar em suas instruções. — Executor, não é? — Buscaria chamar sua atenção antes que ele saísse daquele lugar. — Você tem um companheiro e tanto ao seu lado, devo dizer que sinto até inveja com isso. Através de sua fala "morte, morte e morte", arrisco dizer que ele deva ter testemunhado inúmeras de suas execuções. — Daria continuidade a conversa. — Mas não é sobre isso que eu gostaria de falar e sim lhe perguntar algo, se você pudesse me dar alguns minutos do seu tempo. — Insistiria.

Caso ele concordasse ou simplesmente não desse sinal de que iria embora, perguntaria: — A casa de banho Chifre verde de Jade, localizada em Kano, esse nome lhe é familiar? Lembra-se de já ter realizado algum trabalho com relação a eles? E uma última informação, como eu posso contatá-lo? — Seria sucinto e breve em minhas palavras, entregando meu olhar para que ele pudesse enxergar através de minhas órbitas a determinação que essas perguntas carregavam. Ante a uma possível recusa ou caso eu não tivesse conseguido me expressar a tempo, levaria o óculos de Greg em meus bolsos e então sairia do galpão com a consciência tranquila de que havia dado o meu melhor, apesar das circunstâncias que surgiram no meio do processo, ossos do ofício.

Já do lado de fora do galpão, uma atividade anormal de marinheiros me chamava atenção. — Isso não vai repercutir bem para os negócios, tenho que avisar Neville o mais rápido possível. — Eu olharia para um lado e outro e então me aproximaria do primeiro mercador que avistasse em minha frente, não queria ter que incomodar meus dois amigos novamente e eles já deviam ter se adiantado em seus serviços. — Com licença, amigo, saberia me dizer o que são esses navios da marinha chegando à ilha? Algum boato que tenha ganhado força? Quem é o criminoso que está à solta? — Perguntaria.

Com ou sem uma resposta, eu teria como próximo objetivo sair do porto e ir até a clínica anteriormente mencionada pelo marinheiro e para isso precisaria requisitar em minhas memórias o seu endereço, possivelmente eu já tivesse a visitado ou ouvido falar em minha trajetória como gangster. Esse seria o último assunto pendente que eu teria antes de visitar o quartel. — Boa tarde, senhor(a)! Onde fica localizada a clínica Salvatori? — Caso não fosse possível reconhecer seu endereço, procuraria me informar com os moradores locais, pois acreditava mesmo que pela urgência que se dava o estado de Toru ela deveria estar localizada o mais próximo possível do paciente e não o contrário.

Com o endereço obtido, seguiria prontamente para lá. Era possível que ela estivesse cercada pelos soldados de branco e azul da justiça e para isso eu precisaria ser o mais discreto possível. Eu sou um civil, trabalhando para um restaurante, essa é a única realidade que eles deveriam saber. — Com licença, senhores, eu procuro pelo Cabo Hen, ele já deu entrada ao hospital? — Aguardaria pelas instruções que me fossem repassadas. — Obrigado. — Trataria de agradecê-los cordialmente.

Uma vez que me fosse indicado a sua localização ou eu fosse guiado até ele, apresentaria-me: — Como o combinado, aqui estou, mas primeiramente diga-me, por favor, como está Toru? — Forçaria saber sobre o seu estado. — Eu preciso tirá-lo daqui urgentemente, Cabo Hen e acredito já ter provado o meu valor, estando aqui, frente a um marinheiro, com outros trocentos do lado de fora, quando poderia estar agora no conforto de minha casa... Como você pretende seguir com isso? — Acenaria uma vez que eu pudesse determinar uma melhora em seu quadro, com ele respondendo ao tratamento e até mesmo interagindo com os profissionais de enfermagem. — Assim que ele estiver longe daqui, você terá toda minha colaboração. — Esperaria que ele concordasse comigo nesse cenário. Caso Toru continuasse em estado critico, desacordado, entre outros, eu concordaria em prestar meu depoimento para Hen imediatamente. — Então, por onde começamos? O que você gostaria de saber? — Finalizaria.   


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