Ren na Grand Line

Naquele momento, embora eu tivesse uma missão para cumprir, eu não podia deixar de refletir um pouquinho sobre o quão longe eu tinha chegado na minha vida de crime. Há pouco tempo atrás eu ganhava a vida de forma independente com golpes pequenos em Sirarossa, agora, euzinha sou uma associada da família Nista, uma poderosa organização ligada ao Submundo, veterana de vários serviços escusos. Nesse ritmo, eu imaginava que não ia demorar muito mais tempo para minhas habilidades serem reconhecidas pelo pessoal de cima. Pois é, e isso era algo que realmente necessitava, afinal, só assim eu posso conseguir poder e influência o suficiente na organização pra derrubar o otário do Barzini e acabar de vez com essa pedra tão insuportável que insiste em não sair do meu sapato.

No momento, eu e minha irmã Izzy estávamos infiltradas em um grupelho de caçadores de recompensas sob identidades falsas. Nosso objetivo? Dar cabo deles e acabar com a operação de tráfico de escravos que eles tocam por debaixo dos panos. Depois disso, eu precisaria contactar o meu chefe via den den mushi para reportar a missão e receber novas ordens, algo que eu poderia fazer usando algum bar ou taverna. Tudo indica que os "caçadores de recompensa" não desconfiam nem um pouco da gente, o que é algo muuuito bom, já que isso significa que temos o elemento surpresa, o problema é que eu não posso simplesmente atacar a qualquer hora. Se a gente mata todos eles agora, por exemplo, não vamos saber navegar o barco e acabaremos à deriva no mar da Grand Line, o que eu já sabia ser praticamente uma sentença de morte. Meu plano era esperar até o navio chegar na próxima ilha, e na calada da noite, quando eu e Izzy estivermos em nossas formas Sulong, atacar todos eles de uma vez e não deixar nenhumzinho vivo. Faria um sorriso sádico no meu rosto ao imaginar o banho de sangue e a dor que eu iria infligir naqueles pobres coitados, eu mal podia esperar, mas agora, infelizmente, esperar era a única coisa que eu podia fazer, a não ser que algo inesperado acontecesse.

De qualquer forma, eu logo sairia para fazer algumas rondas no barco, andando de forma bem casual, indo se possível do convés até os níveis mais baixos da embarcação. Caso encontre outros tripulantes, faria um sorriso amistoso e acenaria com a mão beem amigavelmente. - Oii, tô só dando uma voltinha pelo barco! - Falaria, em um tom animado, caso algum deles venha interagir comigo. Se por acaso estiver de noite, evitaria ao máximo olhar na direção da lua.

Como esperado, não consegui acesso às partes inferiores do barco. Era lá que eu tinha certeza que eles estavam mantendo a "mercadoria" e nunca que eles iam me deixar entrar sem que eu fizesse parte daquele esqueminha. Apesar disso, fiquei meio frustrada por não conseguir adentrar o local, pois eu tava realmente curiosa pra ver com meus próprios olhinhos o que tinha lá. Além disso, Torres, o chefe, mencionou minha irmã Izzy, também conhecida como Pippa, na conversa. Eu logo faria uma risadinha em resposta ao chiste do celestial sobre os nossos pais e os nossos "nomes". - Sim, né? A criatividade pelo visto não era o forte deles! - Falaria em um tom descontraído e brincalhão, dando um tapinha no ombro do líder. Logo em seguida, porém, minha expressão facial ficaria um pouco mais séria. - Não sei exatamente o que ela tem, falando sério mesmo. - Responderia o comentário sobre minha irmã. - Ela deve estar com saudades de casa. Já faz um bom tempo que a gente deixou nossa ilha natal. - Eu tentava disfarçar com aquela teoria furada, afinal, eu realmente não sabia o real motivo de Izzy estar se comportando daquele jeito. Com certeza não ela não tava saudades de casa, pois já fazem mais ou menos duas décadas que ela não coloca os pés em Zou e nem sequer reclama disso. Fiz rapidamente uma nota mental de perguntar a ela o motivo daquele comportamento quando tivesse a chance, afinal, ela era minha irmã e talvez eu pudesse ajudá-la a resolver algum possível problema que ela possa estar tendo, isso era bastante importante pra mim, já que eu devia muito a Izzy

Apesar de tudo isso, a próxima fala de Torres me fez franzir a testa, intrigada com o que aquele tal "projetinho" poderia significar. Além de ser naturalmente curiosa e bisbilhoteira, eu não era o tipo de pessoa que gostava de lidar com muitas variáveis desconhecidas em meus planos, então logo decidi questionar o chefe sobre do que exatamente ele tava falando. - Projetinho? - Perguntei, cheia de curiosidade. - O que seria isso, exatamente? - Meus olhos brilhariam cheios de antecipação enquanto eu esperava a resposta, embora eu tivesse a impressão de que ele ia tentar me enrolar mais uma vez, como tem feito constantemente desde que me juntei a esse grupelho de caçadores. Enfim, era hora de ver o que ele ia responder para que eu pudesse adaptar meus planos, caso necessário.

O convite de Torres soou como música para os meus ouvidinhos da gata. Pelo visto, agora ele confiava o suficiente em mim e em Izzy para nos colocar "dentro do esquema" e até nos dar uma baita responsabilidade como fazer a entrega da mercadoria. Isso só significava que ele realmente não vai estar esperando quando eu me voltar contra o grupo e trucidá-los um por um com minhas garras. Por mais que eu quisesse ter respondido logo ali que aceitava, ficaria mais crível se esperasse mais um tempinho e desse a resposta em outro momento. Minha irmã também deu sua opinião sobre a conversa, embora tivesse ouvido apenas partes daquele diálogo. Izzy parecia suspeitar que Torres sabia mais sobre nós do que imaginávamos.

Eu não achava isso muito provável, afinal, eu estava segura de que não deixei nenhuma ponta solta sobre minha identidade nos últimos dias. Mas por mais que eu achasse aquilo muito improvável, ainda existia a possibilidade de ele ter descoberto algo de alguma forma e estar nos levando para uma armadilha. Bem, de qualquer forma, no momento não podíamos fazer muita coisa além de especular. Mesmo que se tratasse de uma armadilha, eu estava confiante de que, com minhas habilidades, eu não seria derrotada por nenhum daqueles patetas.

Izzy foi se enturmar com alguns dos outros tripulantes que estavam jogando cartas. Não era o meu passatempo favorito, mas não era como se eu tivesse mais alguma coisa importante pra fazer no navio por enquanto. Meu plano continuava o mesmo por enquanto: atacar os caçadores durante a noite em que chegarmos na próxima ilha e matar todos sem nenhuma exceção. Era uma missão até bem simples, não tinha muito segredo e talvez com isso o tal do projetinho do Torres nem saia do papel. - Oi gente, posso jogar com vocês? - Perguntava, sorrindo amigavelmente para eles. Caso deixem, me juntaria ao grupo e ficaria jogando cartas por enquanto. Caso não, faria uma carinha de desapontada e apenas ficaria observando o oceano pelo convés por mais um tempinho.

Os caçadores logo me avisaram que estavam jogando apostando dinheiro, e que o mínimo era 10 mil berries. Bom, comparado ao que eu tinha guardado, essa quantia não era nada, então decidi participar sem problemas. - Ok, estou dentro. - Responderia, sorrindo bem animada. Durante o jogo, tentaria usar minhas habilidades em lábia e persuasão para sair na frente dos outros jogadores e tentar ganhar no final. Também aceitaria a proposta de ir uma partida de treino antes de começar a apostar pra valer. Caso perca meu dinheiro, sairia do jogo para evitar gastar demais. Não beberia nada para que isso minha sobriedade me ajudasse a ganhar daquele bando de bêbado.

Izzy havia comentado sobre a neve que tinha começado a cair imediatamente após a tempestade que havia acabado de começar. Eu lembrava da minha última viagem que o clima e o mar a Grand Line eram estranhíssimos se comparados ao dos Blues, então já estava um pouco acostumada com esse tipo de coisa. "Neve significa que o clima vai esfriar, será que devo me cobrir mais?" Me perguntei, já que minhas roupas eram bem reveladoras para ajudar nas minhas tentativas de sedução. - Vai se acostumando, Pippa. - Responderia minha irmã dando uma risadinha, com uma expressão descontraída no meu rostinho. Caso o clima ficasse frio demais, perguntaria a alguns dos outros caçadores se eles tinham algum casaco para me emprestar e, se eles me emprestarem um, colocaria na mesma hora.

Depois do jogo, tentaria levar Izzy até algum lugar do barco onde pudéssemos falar a sós, como por exemplo o dormitório se ele estivesse deserto. Uma vez em tal lugar, fecharia toda e qualquer porta que fosse possível antes de começar a falar bem baixinho para que apenas minha irmã pudesse ouvir. - Vamos aceitar a proposta do Torres por enquanto. Não temos motivos pra recusar. - Começaria a falar, sussurrando. - Se for uma armadilha, nós só precisamos cair nela e depois sair. Somos habilidosas o suficiente pra isso. - Por fim, concluiria minha fala. - Mas de qualquer forma, vamos provavelmente atacar eles antes mesmo da entrega acontecer, afinal, meu plano é fazê-lo na noite que chegarmos na ilha. - Após isso, escutaria as respostas de Izzy. Caso não tivesse mais nada pra fazer, ficaria alguns dias descansando no barco e levando a vida falsa como "Peppa" normalmente.

Como eu já esperava, com o estado alcoolizado daqueles homenzinhos, aliado a minhas grandiosas habilidades sociais, não precisei me esforçar muito para sair lucrando em cima deles naquele jogo de cartas. Não era muito, mas era sempre bom ter um dinheirinho extra em caso de emergências. Nunca se sabe quando eu vou precisar comprar uma arma nova, ou pagar algum serviço, subornar alguém e tal. Sem falar que um dia eu pretendia ser alguém do alto escalão do submundo, eu não podia ser uma pobretona se quisesse ter qualquer chance de realizar uma ambição como essa. De fato dinheiro não era a coisa mais importante, mas de fato era algo que ajudava, e muito, disso eu tinha total e completa certeza

Alguns dias se passaram sem nada muito interessante acontecendo desde a minha conversa com Izzy e a partidinha de cartas, até que um certo dia, Torres me chamou para conversar na cabine dele. Na hora eu imaginei que ele fosse perguntar sobre sua proposta, se eu e minha irmã tínhamos chegado a uma decisão ou coisa do tipo. Acabou que eu estava certíssima, era esse mesmo o assunto do qual ele queria tratar. - Tá ótima, tô adorando viajar com vocês! - Responderia, fazendo um sorriso alegre. - Gostaria de ter conhecido o grupo antes, inclusive. Vocês são ótimos. - Complementava a fala, dando uma piscadela.

- Sobre a decisão, eu e Izzy conversamos um pouco e decidimos aceitar. - Falaria, dessa vez mudando para um ar mais sério e determinado. - Queremos provar nosso valor. - Além disso, o chefe também revelou que tinha mais uma proposta, uma que poderia aumentar meus ganhos, mas foi bastante vago e acabou não dando detalhe nenhum. Ergui a sobrancelha ao ouvir aquilo, me perguntar sobre o que diabos ele tava falando. Eu não ia aceitar algo assim sem nem saber do que se tratava, eu tinha que perguntar mais antes de tomar qualquer decisão. - E do que se trata essa proposta, chefe? - Perguntaria, bastante curiosa, no meu rosto uma expressão de antecipação.

"Merda!" Pensei, ao perceber que tinha revelado sem querer a identidade da minha irmã. Tanto esforço pra ganhar o elemento surpresa quando fosse atacar os membros do grupo do Torres só pra jogar tudo no lixo logo antes de colocar meu plano em ação! Eu sabia que esse negócio de fingir ser outra pessoa ia acabar me dando problema em algum momento, tenho que pensar seriamente em fazer algumas aulas de atuação no futuro pra evitar esse tipo de gafe. Também fiz uma nota mental de matar os escravos do barco depois de cuidar da tripulação, para não deixar nenhuma ponta solta.

Mas agora era hora de pensar no presente e não no futuro. Bom, como eu já havia sido descoberta, e o Torres já não parecia estar com um humor muito bom, era hora de iniciar a matança. Eu poderia tentar usar minha lábia e habilidades em persuasão pra escorregar e sair dessa situação tão complicadinha, mas mesmo que conseguisse isso, eles com certeza me colocariam sob vigilância constante, e eu já planejava matar todos eles muito em breve mesmo, não valia a pena o esforço. Era mais fácil massacrar todo mundo e dar a missão como concluída logo agora.

Faria um pequeno suspiro de frustração, e então abriria um sorrisinho malicioso no meu rosto antes de começar a falar. - É, parece que você me pegou, "chefinho". - Pronunciaria a última palavra com um tom cheio de sarcasmo. - Fui enviada aqui para ganhar a confiança de vocês, obter informações e depois matar todos. - Explicaria, erguendo minhas garras, flexionando os joelhos e colocando minha nekote a frente do corpo. - Não é nada pessoal, apenas negócios. - Faria um pequena risadinha logo depois de concluir a fala, para então ficar meus olhos de gata nas presas que se encontram na minha frente. Eu era a caçadora e eles a caça, hora de deixar isso bem claro.

Tinham três pessoas no quarto, dois guardas e o próprio Torres. E provavelmente mais pessoas viriam muito em breve graças ao sino que foi tocado. Como imaginei que o chefe era provavelmente o mais poderoso do grupo, decidi focar primeiramente nos guardas para depois despachá-lo. Também pensava um pouco na segurança de Izzy, mesmo que eu tivesse consciência de que ela sabia se virar, ainda me preocupava um pouco. De qualquer forma, era hora de partir para o ataque. Imediatamente eu ativaria uma de minhas técnicas. - Shunko! - Gritaria, energizando todos os meus músculos e aumentando suas performances com a minha emissão de eletricidade, para então avançar correndo à toda velocidade na direção do guarda mais próximo de mim.

Ao chegar em uma distância corpo a corpo, imediatamente desferiria um arranhão, usando minha nekote, e mirando bem no pescoço do meu inimigo. Para diminuir as chances de uma esquiva vinda dele, eu também rapidamente ativaria meu electro e dispararia uma onda poderosa de eletricidade diretamente na direção do guarda, no intuito de eletrocutá-lo o máximo possível. Mas eu não pararia por aí, continuaria minha ofensiva utilizando minha nekote para desferir mais um golpe, dessa vez um arranhão na horizontal mirando a barriga do adversário, no objetivo de abrir tudo. Assim como foi da outra vez, em caso de esquiva, eu ativaria meu electro e expandiria a resultante rajada de energia na maior distância possível para evitar que o inimigo escape da minha fúria. Ao acertar meus ataques, eu sentiria um prazer incrível no âmago do meu ser, eu amava infligir dor em outras pessoas, e fazia muito tempo que eu não me divertia tanto assim.

Em seguida, já logo prepararia meu terceiro ataque. Rapidamente energizava com minha eletricidade as minhas duas mãos, abertas em posição de garra e, em um só rápido movimento, tentaria estocá-las nos lados do torso do meu inimigo, em seguida já desferindo uma fortíssima corrente de eletricidade e de quebra dando-lhe uma poderosa mordida bem no ombro com toda a força da minha mandíbula. Caso ele esquive do primeiro ataque, faria a mesma coisa que teria feito nos outros e tentaria acertá-lo com uma rajada elétrica de longa distância. Caso consiga matar um dos guardas com menos ataques do que esperava, usaria o restante dos movimentos no que havia sobrado.

Se por acaso percebesse que estava sendo atacada por algum dos presentes, eu imediatamente tentaria esquivar fazendo um rápido rolamento para os lados, encerrando o movimento com um salto para o lado oposto caso necessário. Evitaria ao máximo ficar encurralada contra uma quina do quarto, buscando sempre me posicionar na sala de uma forma que eu sempre tivesse para onde esquivar. Caso percebesse que não daria tempo de esquivar com um rolamento, tentaria apenas usar meus reflexos para retirar meu corpo da trajetória do ataque inimigo com um rápido passo para o lado, ou um salto se ver que o inimigo mira as partes inferiores do corpo e até um agachamento se perceber que o ataque mira a parte superior do meu corpo. Se eu concluir que esquivas não são uma opção, daria o meu melhor para bloquear o, ou os, ataques colocando minha nekote na frente de sua trajetória e acertando o golpe inimigo com um rápido arranhão, buscando aparar ou bloquear o movimento no processo. Repetiria isso com mais ataques inimigos desse tipo. Se não tivesse outra opção e eu visse que seria atacada de qualquer forma, ativaria o meu electro na potência máxima e lançaria um contra ataque de última hora na forma da rajada de energia elétrica mais expansiva que eu conseguisse criar.

"Um a menos" Pensei, ao perceber que já havia conseguido eliminar um dos meus inimigos. Tentaria levantar rapidamente, sem perder muito tempo. Como esperado, Torres era mais forte que os guardas, já conseguiu me acertar em cheio com aquele chute. "Quando conseguir matar o outro insignificante, vou focar todas as minhas atenções no chefinho." Novamente faria um sorriso malicioso, já esperando ansiosamente pela oportunidade de colocar minhas garras nele. Mas por enquanto, era hora de focar no outro guarda e torcer para que Izzy consiga segurar os outros do lado de fora até eu terminar aqui dentro, porque caso ela não consiga, talvez eu vá ter que lutar realmente a sério. Tentaria ao máximo aguentar a dorzinha que sentia dos ataques e continuar lutando.

Eu havia conseguido acertar o guarda sobrevivente, mas a resistência dele era maior do que eu havia esperado, apesar de ferido aquele homem continuava vivinho da silva e disposto a continuar a luta. - Olha só, parece que vocês não são tão fracos quanto o seu amiguinho. - Provocaria os dois, com um tom cheio de desdém. - Vou dar uma nota sete pelo esforço. - Eu realmente não esperava que o guarda fosse sobreviver aos meus ataques, mas aquilo havia acabado sendo algo bom ao meu ver, afinal, minha sede de causar dor e sofrimento em terceiros ainda não estava nem um pouco saciada. Novamente começaria a flexionar os joelhos e erguer minhas mãos, nekote sempre a frente, me preparando para o ataque que viria inevitavelmente. Prestaria o máximo de atenção nos movimentos dos meus inimigos, tentando antecipar por onde eles golpeariam e qual parte do meu corpo especificamente seria o seu alvo. Apesar disso, não ficaria na defensiva, planejando fazer logo o primeiro ataque, afinal, eu não tinha muito tempo para perder aqui nessa caravela.

Mais uma vez dispararia à toda velocidade na direção do guarda machucado, faria o máximo possível para rapidamente tirar meu corpo da linha de trajetória de possíveis golpes de contra ataque vindos dele ou de Torres, com rápidas passadas para os lados, rolamentos e pequenos saltos dependendo do tipo de golpe. Caso eu perceba que estão vindo golpes de inimigos desconhecidos na minha direção, tentaria me desviar com rápidos rolamentos para os lados, buscando esquivar-me por baixo ou pela lateral mas sempre continuando o avanço contra o grandão. Faria isso repetidas vezes se necessário. Caso não haja tempo para esquiva, tentaria bloquear qualquer golpe que o guarda pudesse vir a aplicar colocando meus antebraços cruzados em forma de "x" na direção do ataque inimigo, embora ainda preferisse apenas esquivar.

Ao chegar novamente em uma curta distância do inimigo, imediatamente partiria para o ataque. Diminuiria minha distância para com o guarda o máximo possível e, usando todas as minhas forças, atacaria simultaneamente os dois lados da parte inferior do torso dele com um golpe perfurante usando minhas garras. Caso esse ataque sofra uma esquiva ou bloqueio, não me daria por vencida e mais uma vez tentaria ir para o ataque, dessa vez buscando desferir um arranhão com as garras da minha mão equipada com a nekote na barriga do inimigo, e logo em seguida mais um arranhão semelhante em seu peito com a mão oposta. Depois de tudo isso, ainda tentaria avançar sobre ele exatamente como fiz da outra vez, colocando todo o meu poder nas minhas mandíbulas, desferiria uma poderosa mordida não no ombro mas no pescoço dele, buscando causar o máximo de estrago possível naquele corpo, se possível até mesmo soltando-o e mordendo mais uma vez no mesmo local, ainda com a mesma força e ferocidade. Caso ele não caia no mesmo truque, eu imediatamente iniciaria uma poderosa descarga de electro e tentaria acertá-lo com ela sem dó e nem piedade.

Caso eventualmente perceba que seria atacada em qualquer momento pelo Torres ou algum possível novo inimigo, faria o máximo possível para rapidamente tirar meu corpo da linha de trajetória dos golpes dos oponentes, com rápidas passadas para os lados, rolamentos e até pequenos saltos. Faria isso repetidas vezes se necessário. Novamente, evitaria ao máximo ser encurralada contra alguma parede ou canto da sala. Caso seja necessário para que eu consiga acertar um golpe e/ou eu perceba não haja tempo para uma esquiva, tentaria bloquear qualquer golpe que viesse em minha direção colocando minha nekote a frente para tentar segurar algum ataque e bloqueá-lo ou até apará-lo com um arranhão feito por mim para alterar a trajetória do golpe inimigo, apesar disso, eu ainda preferia apenas esquivar.

Caso algum desses trouxas tentem me agarrar ou se jogar contra mim, eu imediatamente liberaria a maior descarga de electro que eu conseguisse na direção deles, buscando eletrocutá-los com o máximo de potência antes mesmo que eles fossem capazes de encostar sequer um dedo em mim. Se não fosse rápida o suficiente, me esforçaria para morder a parte do corpo deles mais próxima da minha boca ou fincar minhas garras com toda força e liberar a descarga de eletricidade, com o objetivo de fazer com que eles me soltassem. Em seguida, inciaria uma poderosa sequência de arranhões com minhas duas mãos mirando o torso do inimigo, atacaria incessantemente e sem pena até que eles caíssem mortos.