Relâmpago Kirinha

Enquanto Klaus estava ali observando a mulher no chão, ele notou que seu oponente parecia que não iria esboçar reações, já que permaneceu no interior da estrutura que fora lançado dentro. Falando no homem, suas palavras causavam surpresa nos olhos daquela mulher, na verdade, era notável que a surpresa se estendia aos curiosos que estavam observando toda a situação – E-eu não entendo, sempre tem um motivo. – Disse a velhota incrédula com toda aquela situação – Isso não faz sentido, piratas são necessariamente do mal! – Falou um pouco mais alto, mantendo a expressão confusa em sua face – Eles sempre param aqui após a descida, batem, roubam e matam. Eles lutam para conseguir aquelas coisas que guiam pela Grand Line, não, nenhum pirata é bom. – Continuou desacreditando das ações do Pirata.

No momento em que a senhora ficou de pé, rapidamente sentiu seu corpo sendo erguido pelo rapaz. Antes que pudesse retrucar de alguma forma, ouviu as palavras de Sunwizer sobre as vidas humanas e aquilo encheu seus olhos de lágrimas de forma abrupta. Ela encostou sua cabeça no ombro do rapaz e caiu em lágrimas, uma coisa perceptível o capitão era o peso da mulher, sim, sabemos que ele é forte o bastante para realizar façanhas incríveis, porém, a senhora parecia que não pesava mais que quarenta quilos – T-t-udo bem. – Disse bem meio as lágrimas que escorriam como uma cachoeira dos teus olhos.

Não demorou para que Klaus voltasse a sua embarcação, alguns homens que estavam no porto rapidamente correram em sua direção preocupados, mas não conseguiram falar nada ao ver o estado da pobre mulher – O que aconteceu Klaus? – Indagou Astrid com um olhar apreensivo, buscando entender o motivo daquilo tudo – Argh! – Mordeu seu lábio inferior com raiva – Esses desgraçados! – Bradou com raiva, cerrando seus punhos e tendo as veias do seu corpo sendo preenchidas por um fluxo sanguíneo ainda maior, fazendo-as saltarem por baixo da sua pele – Venha, cuidarei de você. – Falou a loira de maneira carinhosa, algo diferente do visto até então por Sunwizer. A mulher passou para o colo da gigante, ainda desconcertada com tudo aquilo que estava vivendo – Ei. – Disse erguendo um pouco seu tronco, para ser uma visão melhor de Klaus – Vá até o Estaleiro das Maravilhas, procure por Bentley Chunk. – Sua fala foi interrompida pela forte, seguida pela mancha de sangue que ficava em sua mão, após levar a mesma na direção da sua boca – Diga a ele que Catherine Petrova o mandou, ele irá ajudar a arrumar seu navio. – Falou a mulher perdendo a consciência no colo de Astrid. Essa última nem sequer dirigiu mais a palavra ao seu capitão, apenas correu em direção ao navio, para tratar da mulher.

Por fim, o caminho de Klaus estava claro. Ele sabia para onde deveria ir e agora com quem deveria falar para arrumar a sua embarcação, restava apenas descobrir onde adquirir o Log Pose.

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Klaus ficava surpreso com as reações da mulher e ele não estava errado em ter aquela visão, já que normalmente os piratas não ligavam para ninguém que não fossem eles próprios. De qualquer maneira, isso só provava o quão única era a existência de Sunwizer, talvez ele fosse predestinado a alcançar feitos inimagináveis ou essa sua bondade levaria até a sua morte. Enfim, o capitão ordenou a sua tripulação para alimentar a mulher, parecia ter se afeiçoado com a mesma e aquilo era algo bom, já que mostrava ainda mais o seu caráter. Partiu do porto agora carregando algumas informações importantes.

O rapaz partiu rumo à Estalagem das Maravilhas, lugar que já recebeu direcionamento anterior. Não demorou para que ele chegasse nas proximidades do lugar, mas vocês podem se perguntar “como ele sabia que era ali?”, bom, eu explico: primeiramente o nome era nitidamente uma piada, já que o lugar não tinha um pingo sequer de maravilha. O fluxo de pessoas entrando e saindo do estabelecimento era alto, diferente do resto da região, que estava literalmente entregue às traças. Assim como o exterior, o interior não contava com luxo ou nada do tipo, a arquitetura permanecia seguindo a mesma lógica de todo o farol, feita por restos de navios, placas de metais de diferentes cores e formas, porém, ainda sim tinha a sua própria magia.

Como dito anteriormente o lugar estava movimentado, o interior repleto de pessoas das mais diversas raças, tinha literalmente de tudo naquele prédio. As feições dos clientes no interior mostravam que eram piratas, pelo mesmo em sua grande maioria, já que alguns deles ostentavam seus cartazes com recompensas exorbitantes, beirando os trinta milhões de berries. Sunwizer procurava pelo tal de Bentley, todavia, ele não sabia sua aparência e acabava por falar com um simplório trabalhador da estalagem. Antes que pudesse finalizar sua frase, ele percebeu que alguns metros atrás do homem com qual falava, duas orelhas grandes de coelho ficaram de pé e quase que viraram completamente em sua direção – O senhor Bentley está... – O trabalhador não conseguia nem concluir sua fala, recebia um empurrão com força que o lançava no chão – Perdão querido Von, me exaltei ao escutar um nome que há muito não ouço. – Disse a estranha figura – Meu nome é Bentley, no que posso ajudar? – Indagou olhando Klaus.

Antes que o pirata pudesse falar alguma coisa, o mink continuava seu falatório – Aqui está muito movimentado, me acompanhe. – Começou a caminhar entre as pessoas, empurrando algumas delas para que saíssem da sua frente. Subindo um vão de escadas nada seguras, eles chegavam a um cômodo amplo, contendo cerca de três sofás e uma grande mesa redonda de madeira velha, atrás dela, uma poltrona acabada – Se Petrova te mandou, eu estou disposto a ouvir o quê você precisa. – Disse o coelho sentado na poltrona.

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– Atacada? – Arqueou a sobrancelha direita assim que ouviu aquelas palavras, era notável para Sunwize que existia um vínculo na relação entre eles – Ela foi atacada? – Sua voz estava trêmula, assim como suas pálpebras – Este pirata, onde ele está? – Indagou o mink com um tom raivoso em suas palavras – Droga! Infelizmente ela não quer ajuda. – Falou com tristeza – Mas... isso não vem ao caso, irei tentar falar com ela mais uma vez. – Falou Bentley. O coelho então escutava as palavras de Klaus sobre o seu navio e digeria toda situação que Catherine tinha se envolvido.

A figura permaneceu por algum tempo com uma expressão pensativa em sua face, seus lábios se moviam como se ele estivesse falando algo, mas, sua conversa era mental. O silêncio que durava alguns minutos foi quebrado pelo olhar fixo do coelho na direção de Klaus – Perdão. – Bradou um tanto quanto sério – Normalmente cobro uma taxa alta pelo reparo, contudo, se Catherine que o mandou, quer dizer que ela viu algo em você. – Suas palavras eram diretas e passavam sinceridade – Porém, não posso dizer que sairá de graça. Existe toda uma logística e alguns curtos que não tenho como arcar, então, primeiramente preciso ver o quão estragado está seu navio. – Respirou por breves momentos antes de continuar o falatório – Com relação ao Log, apenas um homem em toda ilha pode lhe proporcionar este item. Pouco se sabe sobre ele, existe um certo mistério em volta das suas ações e principalmente da sua história. Algumas pessoas conseguem por meio de batalhas, outras após uma simples conversa, ninguém sabe ao certo o motivo que faz aquele homem presentear o indivíduo com o Log, você terá que descobrir sozinho. – Falou enquanto caminhava em direção a saída do escritório – Então, onde está seu barco? – Indagou.

Ao abrir a porta virou-se rapidamente para Sun – Esqueci do mais importante, Faust fica no Farol. Acredito que desde o momento que chegou aqui, já viu aquela coisa inigualavelmente alta, é lá onde vai encontrar o seu objetivo. – Disse esperando que o pirata saísse do lugar. Assim que ambos saíram, Bentley chegou a porta com força, dando alguns passos escada abaixo acenando em direção a um grupo que estava no extremo direito do salão – Temos trabalho cambada, venham comigo. – Vociferou com tom audível aos homens que estavam se divertindo – Acredito que seu barco estava no porto, normalmente mando meus homens irem resolver essa questão do orçamento, porém, como quero falar com Petrova, farei isso eu mesmo. – Disse com um sorriso no rosto, puxando uma cenoura de um dos bolsos das suas vestes – Você vai junto ou vai direto para o Farol? Nesse último caso, com quem devo falar ao chegar no navio? – Indagou.

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O pirata contava com um grupo com as habilidades necessárias para arrumar sua embarcação, em passos rápidos levou os homens até o porto. No local ele pode perceber que algumas embarcações que estavam ali na sua chegada, já haviam zarpado em direção a novas aventuras, restava apenas o seu próprio Navio e um segundo, navio do homem que ceifou a vida anteriormente. Ao chegar no lugar notou que os olhos aguçados de Bentley percorriam todo o navio e uma cara não muito boa foi expressada por ele, contudo, nenhuma dica ou pontuação foi expelida da sua boca.

Sunwizer rapidamente realizou as devidas apresentações, incluindo informar a Astrid sobre a presença das novas figuras. A mulher assentiu positivamente as suas palavras e continuou a realizar os cuidados de Petrova, que estava desacordada em uma espécie de maca improvisada no convés. Os homens do Mink se espalhavam rapidamente por toda extensão do barco, tanto pelo exterior como pelo interior do navio. Assim como o próprio Bentley, que iniciou rapidamente uma varredura física pelo exterior do barco, observando principalmente o seu casco.

Sem tempo a perder, Klaus partiu em direção ao último objetivo naquela precária Ilha.


Após cerca de quinze a vinte minutos em passos velozes, ele teve um real vislumbre do tamanho daquela estrutura existente na Ilha. Um ponto importante e interessante a citar, era a quase inexistente presença de pessoas ao redor daquela construção. Além disso, uma aura nebulosa parecia abraçar o Farol, um certo ar misterioso era sentido pelo pirata enquanto se aproximava do lugar. Por último, era notável a semelhança na arquitetura do lugar com o restante da ilha, as placas grossas de metal enferrujado, outras com símbolos que davam a entender serem de destroços.

O rangido da porta se abrindo foi capaz de fazer os ouvidos de Klaus doerem, o som ecoava pelo interior aparentemente inóspito do lugar. O homem entrou sem medo do que estava por vir, bradou algumas palavras referente ao seu objetivo, entretanto, após sua voz viajar por cada canto da torre, um silêncio tenebroso tomou conta do lugar. Aliás, o interior do farol parecia uma espécie de mausoléu, era grande e extremamente alto, repleto de escadas que levavam até o topo do lugar, mas, elas não pareciam tão seguras assim. Algumas janelas existiam, porém, os responsáveis pela iluminação do interior do farol eram as brechas existentes entre as placas metálicas e de madeira.

– Klaus Sunwizer. – Uma voz grossa e imponente ecoou pelo lugar, o som era forte o bastante para fazer toda a estrutura vibrar a cada palavra que foi dita – Buscar? Você se acha no direito de vir apenas buscar?   – Indagou a voz. O som dos passos se iniciou, a criatura parecia descer as escadas de maneira calma. A princípio Sun acreditava que ele estivesse no topo, se olhasse era realmente possível ver uma silhueta humana descendo vagarosamente – Aliás, estou curioso. O quê assassino de inocentes quer na Grand Line? – Perguntou e em seguida sumiu de onde estava, aparecendo novamente alguns metros à frente do pirata. Sua aparência era icônica, uma bandana amarela, alguns adornos em suas orelhas e um número incontável de pingentes, colares e anéis  pelo seu corpo. Jogou o papel que estava em sua mão, revelando ser o cartaz de procurado do Pirata – Me diga, por que não devo lhe matar aqui mesmo? – Uma aura assassina emanava daquela pessoa excêntrica, uma força capaz de fazer até mesmo o corajoso Klaus ter dificuldades para respirar. Era claro que a entidade a sua frente não era normal, quiçá parecia ser humano, já que sua força aparentava transcender os céus.

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Klaus Sunwizer é figura inegavelmente corajosa, afinal, mesmo estando diante de alguém que detém um poder que o pirata nem sequer é capaz de mensurar, ele mantém a tranquilidade em seu rosto. Ao sentar – mesmo com toda a pressão feita pelo anfitrião – ele tirou um sorriso singelo da face de Faust – Bonito? – Indagou ainda de maneira séria – Você acha mesmo que me importo com um nada como você? – Questionou de maneira ainda mais séria. No entanto, não passou cinco segundos após a última frase de Klaus e a expressão facial do homem mudou – Você é engraçado! ZEHAHAHAHAHAHA – Gargalhou da maneira mais sincera que podia, mostrando seus dentes de ouro em meio aos normais – Você realmente não tem medo de mim, isso é um ponto ao seu favor. – Disse limpando as lágrimas acumuladas em seus olhos.

O homem se aproximou, sentando alguns centímetros em frente ao pirata – Você parece ter a convicção para alcançar o que deseja, mas, você parece carregar tudo em seus ombros. – Falou passando serenidade em suas palavras. Toda aquela aura intimidadora e a sede de sangue sumiu tão rápido quanto surgiu, ao que aparentava, dois conhecidos estavam conversando de igual para igual – Acredito que em sua vida você deve ter feito escolhas, escolhas que te afastaram de possíveis aliados, seja para o bem ou para o mal. – Suas palavras ecoavam por todo o Farol – De certa forma... eu te entendo. E por experiência própria, não carregue o peso do mundo em seus ombros, me diga, você tem alguém em quem confie? – Seu falatório continuava em meio a gesticulação de suas mãos – Você não tem ninguém que possa dividir esse fardo? Entenda, sozinho você não irá conquistar nada. Nem tudo se resolve com os punhos, principalmente daqui pra frente. – Bradou o homem.

Antes mesmo que Klaus pudesse responder alguma coisa, Faust continuou sem dar tempo ao pirata – [Color=#562FA9]E não, eu não acredito em tudo que ouço. Por aqui já passaram incontáveis homens e mulheres, alguns em busca de poder, outros de fama, outros de dinheiro e aqueles que só queriam espalhar o caos por onde passasse! Entenda, como você a muitos na Grand Line, pessoas que acreditam apenas em sua própria força, que carregam o peso do mundo em seus ombros e isso acaba os levando para baixo! [/Colo]– Disse fervorosamente – Eu vi o quê você fez hoje, ajudando aquela mulher. Me diga o motivo! Por que um homem que busca ser o homem mais poderoso do mundo, perderia tempo salvando uma zé ninguém? Você que carrega tudo com sua própria força, por que se preocupou com uma criatura tão insignificante? – As palavras do homem eram duras, assim como seu olhar que parecia alcançar a alma do pirata.

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A conversa entre as duas figuras exóticas continuava de maneira clara, desta vez com Klaus despejando uma série de respostas e mostrando toda sua convicção - ZEHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA - Ele gargalhou intensamente - Klaus Sunwizer você é incrível! - Bateu palmas de maneira acelerada, o pirata sequer era capaz de ver as mãos do homem balançando, ele apenas escutava os sons das suas ações - Não tenho dúvidas que você irá alcançar o topo. - O homem ficou de pé, caminhando na direção oposta do pirata - Ou irá morrer tentando, não vejo outros caminhos. - Disse em tom animado.

A - Já volto. - Disse em um tom tranquilo, subindo as escadas vagarosamente. Faust não tinha pressa, o tempo passava enquanto ele escalava aquela torre colossal. Após alguns minutos a única coisa que restava para Klaus era o som dos passos pesados do homem na escada, o vento assobiava pelas brechas na estrutura, trazendo o típico clima sombrio e misterioso que envolvia o lugar. Não que isso cause algum medo ao homem que continuava sentado, já que ele mostrou toda sua coragem frente ao próprio Faust, uma criatura que nitidamente extrapolava todas as definições de poder que Sunwizer tinha até então.

Por um tempo o som dos passos parou, dando lugar ao silêncio agonizante. Após mais um tempo os passos voltaram a ecoar pelo Farol, o homem parecia descer as escadas no mesmo ritmo de antes, era nítido para Klaus que levaria um certo tempo para que ele chegasse até o "térreo". Isso é, se Faust não aparecesse descendo os últimos degraus da escada - Aqui está o que você procura. - Bradou esticando seus braços e mostrando uma pequena garrafa, contendo um objeto em seu interior - Espero ouvir falar de você um dia. - Falou destampando a pequena garrafa e sacudindo o objeto em seu interior, fazendo o mesmo cair em sua outra mão. O objeto era uma objeto esférico, com uma ampulheta dentro dele composto por um material de couro, que podia ser usado como uma espécie de relógio.

Faust entregou o objeto em mãos ao pirata e recuou em passos largos. Voltando a escalar a torre com a mesma calmaria de antes - Adeus Klaus Sunwizer. - Disse o homem. Por último, o pirata então via o objeto em sua mão girando incansavelmente, totalmente sem controle, diferente das bússolas comuns. Entretanto, após alguns segundos na mão do homem ela foi parando, tremelicando algumas vezes até apontar para uma única direção.

Quantidade aleatória (1,7) : 6

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Klaus tinha conseguido oque buscava, pelo visto sua rota havia sido definida e só restava-lhe partir em direção à Grand Line. Após se despedir da figura exótica do Farol, o homem caminhou em passos largos em direção ao porto, torcendo para que sua embarcação já tivesse tido os devidos reparos. No caminho ele pode perceber a passagem do tempo, o sol estava mais fraco e as nuvens tomavam conta do céu, não iria demorar mais que duas horas para a noite banhar aquela parte da terra.

Sem qualquer tipo de dificuldade, o homem retornou ao ponto inicial daquela ilha, tendo uma visão agradável do navio. O casco estava reformado, as imperfeições dos tiros após a saída de Flevance, os danos causados pela queda livre antes de chegar nas proximidades do farol, não existiam mais. A vela nova balançava com os ventos fortes, assim como as cordas de tonalidade carmesim, que substituíram as de coloração marrom. Seus homens estavam auxiliando o grupo de Bentley, este último se encontrava parado próximo ao navio, ao que parecia estava analisando todo o trabalho feito até então. Astrid estava alguns metros ao seu lado, sentada conversando com a mulher salva pelo pirata horas atrás, ambas sorriam enquanto trocavam informações.

Ao ouvir as palavras de Klaus, a mulher corpulenta virou-se com um sorriso em seu rosto, a presença de Catherine soava agradável na visão da mesma. Bentley virou-se para o pirata e notou a presença do Log em suas mãos, um sorriso largo criou em seu rosto – Veja que voltou com vida! Isso é ótimo. – Disse o homem na direção do pirata – Está tudo certo, estamos finalizando, não precisa se preocupar. – Respondeu as palavras do capitão, que se ofereceu para auxiliar no que fosse necessário. Ao se aproximar da dupla feminina, Klaus foi recebido por um abraço – Obrigada! Muito obrigada! – Disse Petrova com um sorriso em seu rosto – Ela está bem, apenas conta com alguns problemas... Que posso falar depois. – Disse Astrid com um sorriso amarelo em sua face, algo estava estranho com a saúde da velhinha – Está tudo bem! Ajudaria de novo e de novo. – Falou a velha.

De qualquer modo, antes mesmo que Klaus pudesse andar pelo navio, sua tripulação – incluindo o navegador – se reuniu ao seu redor. Os Lobos estavam todos calmos e espalhados entre os outros seres humanos, agora sim todos estavam na mesma página, como um verdadeiro grupo – E então capitão, vamos navegar pela Grand Line? – Disse um dos homens de maneira animada. Animação essa que contagiava os outros membros que cochichavam entre si, todos estavam felizes e ansiosos pelas novas aventuras que estavam por vir. O pequeno círculo de companheiros trocavam algumas ideias, mas todos se calaram quando Petrova ergueu sua mão – Preciso fazer um pedido. – Disse em um tom tranquilo, sua voz parecia acalmar a todos ao seu redor – Eu agradeço de novo por todos vocês terem cuidado de mim. – Bradou caminhando para o centro do círculo – Eu nunca senti que pertencia a nenhum lugar, em toda minha juventude pulei de grupo em grupo, sobrevivendo da melhor maneira que podia. Mas aqui, fui tomado por um sentimento totalmente diferente. – Ela falou olhando nos olhos de cada um dos membros daquele grupo, parando encarando o capitão – Eu sei que não tenho muito tempo de vida, a querida Astrid teima em me contar, mas eu sinto a vida se esvaindo do meu corpo. Eu gostaria que me permitissem acompanhá-los em sua jornada, até onde esse velho corpo aguentar. – Ela caminhou parando perto de um dos homens da tripulação – Não pensem que serei um fardo que vocês precisarem carregar. – Em um rápido movimento a velha puxou a arma do coldre na cintura do homem, disparando duas vezes para cima – Na minha juventude eu era conhecida por ser boa de mira. – Todo o grupo arregalou os olhos e por alguns momentos se perguntaram o motivo dela atirar para cima, sem sequer olhar

Segundos; esse foi o tempo necessário para que duas aves caíssem do céu, acertando o solo e a outra a cabeça de um dos lobos – Eu serei útil na batalha, claro, não serei responsável por ficar na linha de frente. – Falou a mulher com um sorriso em seu rosto.  Após o devido tempo para as respostas de Klaus, Bentley surgia tocando seu ombro – Está feito, seu barco está novinho em folha e pronto para navegar. Tomei o direito de arrumar também o interior, reorganizando o estoque para vocês terem uma melhor logística de tudo o que está sendo consumido. – Falou observando o navio de Klaus – Já abasteci também, os mantimentos irão durar até a próxima ilha, não terá nenhum problema. – Virou na direção do pirata – Tudo ficou em dois milhões e duzentos e cinquenta mil berries. – Disse com um sorriso no rosto e os olhos brilhando.

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A surpresa na cara de Klaus e dos homens a sua volta foi impagável, Petrova gargalhava intensamente ao ver aquelas expressões incrédulas nos rostos dos homens – OBRIGADA! – Gritou pulando de alegria, mas, rapidamente foi tomado pelas dores no joelho ocasionadas pela sua idade, tendo o apoio de um dos homens ali para se manter de pé – Às vezes esqueço que sou velha. – Riu mais uma vez, entretanto, sem saltar.

Tudo estava pronto para o início da jornada daquele grupo ainda sem um nome, incrível como ninguém perguntou ao capitão sobre isso ainda, certo? Bom, isso acabava agora, já que aquela figura peluda estava pronta para acabar com esse “segredo” – Klaus GRRRRR algo está me incomodando. – Disse o lobo no convés – Pessoal! Ele vai perguntar. – Disse um tripulante animadamente, chamando os seus companheiros. Um novo círculo se formava – dessa vez no convés – Então GRRRRR qual nome GRRR do bando? - Era isso, a bomba havia sido lançada e Klaus que segure essa trolha. O capitão percebia os olhares dos seus homens brilhando, afinal, era algo comum que o grupo pirata tivesse um nome, afinal, isso era uma forma de aumentar a reputação pelos mares, fazendo seu nome vagar por todas as extremidades da terra.

De qualquer modo, em pé atrás do leme o navegador – em posse do Log – gritou para seus homens – Vamos seus vagabundos! Levantem a âncora, soltem o restante das velas. – Sua voz alcançou os ouvidos de alguns deles, que rapidamente partiram em direções diferentes, cada um realizando a sua respectiva função. Enquanto aguardavam a resposta do capitão, o barco começou a navegar pelos mares calmos que rodeavam o Farol, os ventos fortes realizavam seu trabalho com maestria, proporcionando uma velocidade considerável ao navio. Não demorou para que a rota tomada pelo grupo fosse ficando para trás, aquela espécie de cachoeira aos poucos ia perdendo todos os detalhes em sua estrutura, dando lugar a uma imensa silhueta sem cor.

A aventura na Grand Line teve seu início, o destino? Apenas o Log tinha essa informação. O grupo de piratas sem nome teria que ver com seus próprios olhos onde aquele pequeno objeto os levariam e quais problemas isso traria. O capitão não teria uma viagem tão tranquila assim, ao que parecia ele teria que afirmar alguns pontos daquele grupo, o nome do bando e também o do navio, já que eram algumas coisas típicas de piratas! A animação pelo desconhecido tomava conta de alguns dos tripulantes, que cantavam músicas sobre grandes aventuras. Em meio aquela pequena festa, Petrova erguia seu corpo com todo seu ímpeto, se colocando rapidamente de pé – Eu vou fazer uma comidinha! – Disse a vovó – Você! Me leve até a cozinha. – Apontou para um dos membros do grupo.

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