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Kenshin
Desenvolvedor
Virando a casaca Ter Jul 27, 2021 9:19 am
Relembrando a primeira mensagem :
Virando a casaca
Aqui ocorrerá a aventura do(a) Civil Ren. A qual não possui narrador definido.
Hoyu
Narrador
Re: Virando a casaca Sáb Set 04, 2021 10:47 am
VIRANDO A CASACA
A cada instante, aquela missão que deveria ser apenas uma cobrança tradicional ia se tornando mais e mais complicada. Quando Paolo finalmente desistiu de resistir a tortura, revelou sobre a akuma no mi, que Ren não sabia o que era, e levou ao descobrimento da sereia presa em seu porão. Se o que Vicenzo dizia era verdade, e a sereia houvesse sido roubada da rota de tráfico de escravos de Cesare Costa, então fazia sentido que Paolo não quisesse oferecer a fruta até aquele momento, afinal se descessem até o porão, tortura seria a menor de suas preocupações. Quando Maurizio tirou a estranha fruta do cofre, a mink pode enfim ver o que era a tal akuma no mi, mas os outros pareceram surpresos ao perceberem que ela não sabia o que era uma akuma no mi. - Vixe, como que eu vou explicar isso... - Entretanto, dessa vez, Maurizio foi tomando a palavras.
- Essa aqui, minha querida, é uma fruta do diabo. Uma fruta mágica que confere poderes sobrenaturais para aquele que a consome, mas impede a pessoa de nadar pelo resto da vida. Já ouvi falar muito sobre elas, podem até permitir a pessoa se tornar elementos da natureza ou titãs indestrutíveis. Essas belezinhas valem centenas de milhões no mercado negro. - Maurizio olhava para a fruta com padrões espirais com desejo, e era observado de perto por Chiara, mas logo guardou, provavelmente para não se deixar ser vencido pela tentação. - De qualquer forma, isso paga a dívida, mas nossos problemas agora são outros. - Ele comentou, olhando para a sereia, que havia se escondido no fundo da banheira ao perceber a presença de Vicenzo, que ela parecia conhecer.
- Quando era só um serviço de cobrança estava tudo bem, precisaria apenas observar, mas agora as coisas estão mais complicadas. Vou precisar reportar sobre a sereia para meu chefe, e ele vai querer saber o que diabos aconteceu. Paolo sem dúvidas vai ser morto por isso, mas precisa ser interrogado antes. - Do bolso de seu paletó, Vicenzo tira um den den mushi sem um ds braços. - Vou contactar Cesare Costa imediatamente para resolver essa situação, enquanto isso, peço que tentem arrancar qualquer informação útil daquele sujeito. - Maurizio e Chiara assentiram, subindo para o primeiro andar novamente, enquanto Vicenzo ficava no porão. Ren percebia que era observada o tempo todo com um olhar de súplica, como se conseguisse identificar algo de diferente nela, e depositasse nela suas únicas esperanças de escapar, mas querendo se juntar à família, aquelas esperanças eram impossíveis.
Chegando novamente em frente à Paolo, que estava pálido, por aparentemente ter tido tempo de pensar e perceber o destino que o aguardava, ele parecia ter recuperado o fôlego dos gritos, já tendo a capacidade de responder perguntas novamente. - É o seguinte, seu vira-casaca. Você já ta fodido, e sabe que se quisermos, podemos arrancar tudo de você. Não tem mais o que esconder, então cabe a você decidir: vai ser com dor ou sem dor? - Como se desistisse, Paolo abaixou a cabeça, derrotado. - Ótimo. Você fez isso sozinho? - Paolo hesitou um pouco antes de responder, mas por fim a respostas lhe escapou entre os dentes. - A ideia não foi minha... Foi de um homem do Barzini... - A resposta era algo que pareciam não estar preparados para ouvir, e Ren sabia que os outros não faziam ideia da situação com Barzini, pois aparentemente Nista havia preferido manter isso em segredo. Chiara olhou para a mink, pois sabia que ela conhecia aquele nome, como se pedisse ajuda naquilo. Do jeito que as coisas estavam prosseguindo, apenas Ren conseguiria realizar aquele interrogatório de forma apropriada.
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Terry
Capodecina
Re: Virando a casaca Sáb Set 04, 2021 3:08 pm
Legenda
Narração.
"Pensamentos".
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A explicação que recebi de Maurizio sobre as tais frutas do diabo foi fascinante. Não imaginei que existissem frutas capazes de dar poderes sobrenaturais a pessoas comuns, e o fato de que aparentemente elas eram super valiosas me fez levantar as orelhas de gata em alerta. Meu interesse nas frutas até então era apenas no valor que elas tinham no mercado, afinal, já era confiante o suficiente em minhas habilidades, não precisava comer uma fruta dessas. "Será que algum dia vou encontrar mais frutas dessas?" Ponderei.
De qualquer forma, minha maior preocupação no momento era cuidar da situação inesperada com a sereia, afinal, Maurizio confirmou que a fruta seria suficiente para pagar a dívida de Ricci. Vicenzo foi fazer uma ligação com den den mushi após revelar que Paolo provavelmente seria morto por isso. Qualquer que fosse a treta, parecia algo bem sério.
Notei alguns olhares suplicantes da sereia capturada. Ela parecia torcer para que eu a libertasse, e se aquilo não fosse me causar problemas, eu provavelmente o faria nem que apenas para que ela passasse a me dever um favor. Mas pelo visto tudo que dizia respeito a ela era muito sensitivo, então não parecia muito inteligente eu me envolver. Eu poderia não ter muita idade, mas minha experiência no mundo do crime já me fez entender o quão o mundo é injusto.
Eu já fui escrava, e me orgulho bastante de que consegui escapar, mas não sou ingênua o bastante para me colocar em perigo em prol de alguém que não conheço. Caso tenha a oportunidade, iria até próximo da sereia e falaria, em um tom sarcástico.
Chiara continuava a interrogar Paolo para conseguir mais informações. Após judiar mais um pouco dele, consegui escutar algo bastante inusitado. Pelo visto o Barzini estava envolvido nessa tramóia, o que me fez dar um longo suspiro assim que a ficha caiu. Meu humor havia instantaneamente piorado com aquilo, e minhas feições eram de pura frustração. A minha colega também parecia querer minha ajuda no interrogatório, e depois daquela eu estava mais do que disposta a aceitar.
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Hoyu
Narrador
Re: Virando a casaca Ter Set 07, 2021 10:22 pm
VIRANDO A CASACA
De frente para a sereia, Ren aproveitava a oportunidade para falar com ela, querendo transformar sua raiva em força, como um estímulo para tentar fugir. A própria não parecia ver dessa forma, afinal se ela realmente quisesse a ajudar, a ajudaria, e via apenas uma mink vendida que havia se unido ao sistema, sendo observada com olhos rancorosos enquanto se afastava. Vicenzo ficava para trás para resolver a situação, enquanto o trio voltava para o andar de cima continuar de onde haviam parado com Paolo, que já começava a chorar. O envolvimento de Barzini com aquilo tudo só deixava a situação pior, ainda mais que com isso a própria felina precisaria agir de forma mais direta em toda aquela operação, já que os outros não conheciam ao certo a situação com o nêmeses da mink. Já de cabeça quente com o envolvimento do seu ex-noivo, Ren ameaçou uma última vez Paolo, que se manteve calado, pensando se seria ruim falar, mas ao receber a ameaça da tortura recomeçar, rapidamente desistiu de resistir, afinal já estava morto de qualquer forma, era melhor evitar sofrer mais ainda.
- Ele... Veio até Cesare semana passada. Não ele ele, mas um dos homens dele. Veio tentar se aproximar das famílias daqui e exigindo uma tal mink que estava aqui na ilha, mas o chefe se reuniu com os outros, principalmente Salvatore, e nenhum deles estava inclinado a aceitar a proposta. - Ren sabia que a tal mink era ela, mas Paolo parecia não reconhecer, provavelmente por não terem repassado coisas assim a subordinados como ele. Talvez, se estivesse com as costas expostas, ele a tivesse reconhecido. - Com a recusa, o homem do don veio até mim... Não sei o motivo disso, mas ele parecia saber mais sobre mim do que eu podia imaginar... Ele sabia que tinha me apaixonado pela sereia que havia sido trazida como escrava premium para ser revendida por Cesare...
As lagrimas de Paolo jorravam com mais força, finalmente deixando tudo sair. - Ele disse que podia ajudar, que havia uma forma... Ele me deu a akuma no mi, e disse que era só eu dar um jeito de roubar ela e comer a fruta. Com isso eu poderia fugir, e se fosse até Barzini, receberia a proteção dele. Tudo que eu precisava fazer em troca dessa oportunidade... Era lhe repassar algumas informações que apenas alguém de dentro poderia saber... - Paolo fica calado por alguns instantes, digerindo todas as informações que revelava. - Eu era confiável no serviço, e como todos me conheciam, ninguém questionou quando paguei uma folga para todos... Com o dinheiro que peguei emprestado de Angelo... E quando perceberam o que havia acontecido, ninguém teve coragem de me delatar... Pois seriam punidos juntos... - Paolo finalmente desabava, com o rosto vermelho e inchado.
- Eu... Eu só precisava aguentar mais hoje... Hoje a noite... POR QUE LOGO AGORA? - Desesperado com seu sonho indo por agua abaixo, mesmo com os membros presos na cadeira, ele fez força e deu um salto com a cadeira, caindo com tudo de lado e fazendo os pedaços de madeira da cadeira se quebrarem, vendo-se livre do que o prendia. Com os braços livres, enfiou a mão deixo da mesa da sala, de onde tirou uma pistola escondida. Seus olhos estavam diferentes, mesmo vermelhos e inchados, era como se antes ele ainda tivesse esperanças de sair vivo, mas ao ser forçado a cuspir tudo, havia entendido o destino que lhe aguardava, e decidiu jogar tudo pelos ares. Com a arma em mãos, apontou para o trio por um instante, enquanto Maurizio sacava também sua própria arma. Entretanto, o alvo do homem não foi nenhum dos três, mas sim um bujão de cozinha que estava do outro lado. Com a bala, ele repentinamente explodiu, jogando labaredas de fogo pela casa, que começava a se incendiar com todos dentro. Paolo exibia uma expressão louca, um estado que só alguém desesperado atingiria. - Merda. Temos que sair daqui.
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Capodecina
Re: Virando a casaca Qua Set 08, 2021 12:14 am
Legenda
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Minha primeira prioridade era minha própria segurança. Tentaria desviar de qualquer labareda ou escombro que possa acabar me atingindo com rápidos rolamentos para o lado oposto, desviando partes do corpo ou até saltando. Enrolaria meu rabo em volta da minha cintura para evitar que ele acabasse ficando preso em algum lugar. Se por acaso perceber que era alvo de mais tiros vindos de Paolo, tentaria ao máximo evitar os projéteis pulando rapidamente para me esconder atrás de alguma superfície sólida, como indo pra trás de uma parede, móveis ou até virando uma mesa para servir como barreira ou até escombros. Cado nada disso estivesse disponível, correria em zigue zague e faria o máximo para esquivar dos tiros com rolamentos. Também andaria com a cabeça abaixada.
A segunda coisa mais importante era assegurar que a akuma no mi estivesse segura e inteira para que possa servir como pagamentos para os chefes. Rapidamente olharia para os lados, bem nervosa, tentando localizar Maurizio.
A terceira coisa mais importante era garantir a segurança dos meus colegas de trabalho. Tentaria localizar Chiara e Vicenzo no recinto, caso perceba que eles estão bem, apenas gritaria:
Por fim, caso tenha a oportunidade para tal, correria para bem perto de Paolo Ricci e, com um rápido e brutal golpe usando as garras dos meus dedos das mãos, perfuraria a parte inferior do seu torso. E com uma expressão de pura seriedade e raiva silenciosa no rosto, deferiria uma poderosa carga de electro com o objetivo de fritá-lo por dentro e fazê-lo morrer sofrendo. Olharia nos olhos dele saboreando cada segundo que aquele lixo sofria.
Por fim, fugiria da casa correndo até chegar no fim da rua.
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Hoyu
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Re: Virando a casaca Sáb Set 11, 2021 11:44 am
VIRANDO A CASACA
Toda a situação ia se tornando cada vez mais desesperadora, com o fogo consumindo cada vez mais a casa, enquanto Paolo sorria loucamente, como se já tivesse aceitado que ia morrer, e estivesse feliz que levaria seus algozes junto. Ou talvez fizesse isso para ir com sua amada para o outro mundo, não dava para saber o que se passava na mente de uma pessoa que já havia se rendido ao desespero. O que sabiam, entretanto, é que logo a casa seria totalmente consumida pelas chamas, e não poderiam ficar ali onde estavam só esperando. O problema não era só o fogo que se alastrava, fazendo alguns pedaços da estrutura de madeira da casa caírem, mas também o próprio Paolo que, com a arma em mãos, atirava a esmo na direção dos três, como para impedir que se movessem e perecessem ali com ele.
Com o fogo se alastrando, Ren podia sentir sua pelagem aumentando sua temperatura corporal e, com os tiros disparados por Paolo, logo saltou para trás da mesa da cozinha, virando-a para servir de barricada, enquanto Maurizio e Chiara iam logo atrás para se proteger. Felizmente, com isso, a mink podia confirmar que os dois estavam bem. - Mas que filho da puta. Precisamos fazer alguma coisa, e não podemos abandonar Vicenzo e a sereia la embaixo, senão pode causar um conflito sério com Cesare. - Chiara levantou a cabeça acima da mesa para bisbilhotar onde Paolo estava, mas abaixou novamente logo antes de um tiro acertar a borda da mesa. - Eu concordo com Ren, nossa prioridade é levar a fruta em segurança.
Dito isso, o homem tirou a akuma no mi do seu paletó, entregando-o para Chiara. - Vai na frente e leva isso, Chiara. Eu vou dar cobertura pra e tentar acabar com esse babaca. - Chiara assentiu, guardou a fruta e se preparou para correr assim que recebesse o sinal, e Maurizio se virou para Ren. - Como é a menor entre nós, é a melhor escolha pra ir ajudar Vicenzo. Se for possível, tira a sereia de lá também, mas se não der, deixa ela para trás. Com Vicenzo como testemunha, tenho certeza que não teremos nenhum problema, mas se ele morrer aqui... A situação vai ficar bem feia pro nosso lado. - Respirando fundo, de costas pra mesa de madeira, Maurizio se concentrou em sua arma de fogo. - Quando eu contar até três. - Ren conhecia o caminho até a escadaria do porão, e pela forma como o fogo estava se alastrando, parecia que ainda teria tempo de ir ajudar o homem de Cesare antes de ser tarde demais, mas teria que ser rápida. - Um, dois, três! - Maurizio se levantou de repente, disparando na direção de Paolo, que foi forçado a se proteger, dando a chance para as duas dispararem para seus objetivos.
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Re: Virando a casaca Sáb Set 11, 2021 12:31 pm
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O caos estava instaurado naquele ambiente, mas apesar disso, agora ao menos tínhamos um pequeno plano de ação. Chiara levaria a fruta de volta para o chefe, Maurizio nos daria cobertura e eu estava encarregada de salvar a vida de Vicenzo e, caso possível, também a da sereia. O calor insuportável do ambiente começava a me incomodar bastante, pois apesar de não ter uma pelagem muito extensa como outros minks, ainda era bastante suscetível aos efeitos do calor extremo. Minha respiração ficava mais pesada, enquanto eu passaria o antebraço direito na minha testa para enxugar possíveis gotas de suor. "Não vou aguentar muito tempo aqui, tenho que agir rápido!" Concluía, franzindo minhas sobrancelhas. Faria mais um sorrisinho sarcástico antes de responder o meu colega.
Assim que a contagem de Maurizio chegasse no três, imediatamente deixaria a cobertura da mesa e começaria a fazer meu caminho em direção ao porão. Além disso, usaria minhas habilidades a meu favor. Andaria em passos leves, evitando fazer qualquer tipo de barulho, e se possível, me esgueiraria por trás de coisas que pudessem melhor me fazer passar despercebido. Tentaria evitar com que Ricci detectasse minha presença, aproveitando a distração que Maurizio havia feito, andando da forma mais furtiva possível mas ao mesmo tempo tentando chegar logo.
Caso eu note que tem mais disparos vindos na minha direção, faria o possível para novamente, ou me esconder rapidamente atrás de estruturas que pudessem servir de escudo ou proteção, ou tentar esquivar com passos para os lados ou saltos e rolamentos, mas evitaria esse tipo de coisa para conservar a minha energia, afinal, estava sendo bastante afetada pelo calor.
Se por acaso consiga chegar lá no porão, imediatamente olharia para todos os lugares a procura de Vicenzo.
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Hoyu
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Re: Virando a casaca Sáb Set 11, 2021 3:37 pm
VIRANDO A CASACA
Com a casa em chamas, aos poucos a residência ia sendo consumido pelas chamas, que se espalhavam rapidamente pela estrutura de madeira, fazendo com que um ou outro pedaço de madeira mais frágil caísse, em chamas. Se ficassem muito tempo ali, ficariam presos, e morreriam incinerados pelo fogo, ou até mesmo antes, sufocados pela fumaça que cobria o lugar, deixando-o com um forte e incomodo cheiro. Nesse contexto, o trio enviado por Angelo Nista tentava se proteger dos tiros de Paolo Ricci, o homem que haviam ido cobrar. Após uma série de reviravoltas no serviço, precisavam agora se separar para saltar o enviado de Cesare Costa, que estava no porão junto de uma sereia, e levar uma preciosíssima akuma no mi para seu chefe. Com o sinal de Maurizio, ele rapidamente se levantou e começou a tirar, fazendo Paolo precisar se esconder para não ser atingido, dando a oportunidade perfeita para Ren e chiara dispararem em uma corrida, ambas para lados diferentes da cobertura onde estavam se protegendo dos tiros.
Chiara correu sem olhar para trás na direção da porta, carregando a fruta do diabo consigo, com o objetivo de a levar em segurança para o don, enquanto Ren seguia casa adentro, em direção ao porão. Apesar de alguns destroços flamejantes no meio do caminho, a mink foi capaz de seguir sem muitos problemas, usando sua capacidade de furtividade para não chamar atenção de Ricci, que se via mais ocupado em lidar com os tiros de Maurizio para notar a felina furtiva. Chegando na escadaria, Ren pode ver que as chamas já haviam chegado lá, e Vicenzo estava caído no chão, após algumas vigas de madeira caírem sobre ele, que provavelmente era o motivo de não ter saído dali ainda. Felizmente os destroços sobre o enviado de Cesare não estavam em chamas, era como se fossem pedaços que se desprenderam após outros pontos de madeira serem carbonizados, e Vicenzo levantava a cabeça com dificuldade para ver a chegada da mink. - Agh... Me ajuda aqui...
Pela voz do homem, ele parecia estar sentindo dor, mas não era possível ver nenhum ferimento aparente nele. Provavelmente havia quebrado alguma costela quando a madeira pesada caiu sobre seu corpo. Cerca de 2 metros em frente a ele, a sereia parecia ainda mais assustada que antes, encolhendo-se dentro da banheira e fazendo um pouquinho da água em seu interior transbordar. Com pressa, Ren seguiu até o loiro, ajudando-o a tirar cada pedaço dos destroços de madeira que o cobriam, libertando-o, mas a cada instante que passava, o calor que a mink sentia aumentava, em acordo com as chamas, que cada vez mais cobriam a casa, tornando-a em um forno. Tateando o chão, Vicenzo ergueu uma chave de metal. - Eu achei a chave da corrente enquanto vocês falavam com Paolo lá em cima. Afinal, o que diabos aconteceu? - Mesmo ainda transparecendo a dor que sentia em sua voz, agora sem estar soterrado, Vicenzo parecia ter se recomposto.
Seguindo até a sereia, ele soltou a parte da corrente que a prendia no chão, erguendo-a e a colocando em seu ombro. Apesar de antes parecer arisca, pelo prospecto de voltar para o mercado de escravos, agora ela se agarrava a Vicenzo com força, pois sabia que suas opções eram ir com o loiro ou ficar ali para morrer. O enviado de Cesare foi subindo a escada logo atrás de Ren, mas assim que a felina chegou no primeiro andar, pode ouvir atrás de si o som de madeira cedendo, e ao olhar para trás pode ver a perna direita de Vicenzo afundada em um degrau, que havia se tornado frágil com as chamas. Fazendo força, ele tirou a perna do buraco, mas ela estava toda ferida, e com a ajuda de Ren, conseguiu chegar ao pronto andar. O problema era que ele agora mancava, dificultando o avanço do grupo. Mais à frente puderam ver Maurizio ainda trocando disparos com Paolo, mas Maurizio estava com uma mancha de sangue na roupa, como se tivesse sido atingido. Cada vez mais as chamas iam consumindo a casa de Paolo, e agora o último obstáculo era Paolo, que lutava até o fim.
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Re: Virando a casaca Sáb Set 11, 2021 5:05 pm
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Naquela altura, o calor estava beirando o insuportável. As chamas transformavam aquele lugar em um forno infernal, uma armadilha que poderia nos matar muito facilmente se não fizéssemos nosso melhor. Como se não bastasse a inerente letalidade de se estar em uma casa em chamas, minhas forças diminuíam com muita rapidez graças a minha fraqueza contra o calor. Paolo ainda lutava como um maluco contra Maurizio, e Vicenzo estava com a perna machucada. Era seguro dizer que ninguém ali estava em plenas capacidades de lutar. "Tenho que acabar com isso rápido…" Pensei, tentando economizar na minha respiração para evitar ficar muito sem ar.
Eu precisava dar um jeito de derrubar Paolo, liberar o caminho para que o restante do pessoal passe, e ainda escape da casa com vida. Com certeza não seria uma tarefa fácil, mas não era como se eu tivesse alguma outra escolha além de tentar. Eu sabia que teria que acabar com aquele maldito de forma rápida, e com isso, um plano começou a surgir em minha mente. Assim como fiz na ida ao porão para buscar Vicenzo e a sereia, eu tentaria usar a minha furtividade para pegar Ricci pelas costas com um golpe usando tudo que restava das minhas forças. Fiz um sorrisinho, um misto de bravata e confiança. "Tá na hora de testar aquela técnica que eu inventei recentemente." Chegou a hora de despachar aquele palhaço de uma vez por todas.
Faria um aceno com a cabeça indicando para Vicenzo e a sereia irem diretamente para a saída. Após isso, novamente começaria a me esgueirar pela casa flamejante, evitando fazer qualquer tipo de barulho com meu movimento para que o meu inimigo não me percebesse. Também tentaria ao máximo evitar escombros e coisas que possam dificultar meu progresso, mantendo minha cauda enrolada na cintura. Meu objetivo era chegar o mais próximo possível de Paolo sem que ele note minhas presença.
Ao chegar em uma distância propícia para usar um ataque corpo a corpo, eu me concentraria por alguns pequenos instantes, flexionando os joelhos, fechando os olhos e me preparando para fazer uma liberação drástica de electro.
Imediatamente avançaria contra Ricci como uma pantera faminta, erguendo minhas garras energizadas ao alto e desferindo dois arranhões consecutivos contra ele usando meu poder total, ambos na diagonal, buscando infligir um ferimento em forma de "x" bem no torso dele. Em seguida, investiria novamente, mas dessa vez perfurando os lados da parte inferior do torso de Paolo com minhas garras, buscando fincá-las bem fundo, e logo em seguida, abriria bem a minha boca para morder o pescoço dele com tudo, tentando arrancar um bom pedaço. Caso não fosse o suficiente para matá-lo, continuaria mordendo seu ombro e pescoço, como uma leoa matando uma gazela. A dor e a selvageria que eu estava aplicando naquela luta me davam um prazer quase indescritível, bem maior do que quando torturei ele, afinal, meu ódio tinha aumentado muito desde então.
Se ele acabar me percebendo, faria o possível para me esquivar de seus tiros. Me escondendo atrás de mesas, esquinas, móveis caídos e partindo para a ofensiva quando os tiros parassem. Também tentaria rolar para os lados na tentativa de esquivar, correr em ziguezague se tiver espaço, e dar rápidos saltos e passos para os lados na tentativa de evitar os projéteis.
Caso consiga matá-lo, imediatamente desativaria minha técnica para evitar gastar energia. Olharia para os lados, procurando saber se todos os meus companheiros já haviam saído do local, caso a resposta fosse sim, eu correria a toda velocidade para fora da casa, se preciso, pularia de alguma janela mesmo que fechada. Se por acaso ainda tivesse alguém, tentaria ajudá-los a sair de lá antes, afinal, não queria que tivessem muitas máculas na execução da minha primeira missão.
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Hoyu
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Re: Virando a casaca Sáb Set 11, 2021 5:40 pm
VIRANDO A CASACA
Apenas uma coisa separava Ren e seu grupo da saída daquele inferno que a casa em chamas havia se tornado: Paolo Ricci. Aquele homem, que até pouco tempo atrás era visto como um fraco e covarde, agora disparava sua pistola como um louco, lutando até seu último momento de vida, como uma bela canção do cisne que só se encerraria com a sua morte. Tentar descobrir exatamente quais informações ele havia repassado para o enviado de Barzini era importante, mas naquela situação, mantê-lo vivo não era uma opção. Apenas conseguiriam sair vivos daquele lugar sobre o cadáver de Paolo.
Com isso em mente, Ren via o homem logo em frente, ainda se digladiando de forma mortífera com Maurizio, enquanto ambos disparavam com intenção de matar um ao outro. Infelizmente, Maurizio estava claramente ferido, assim como Vicenzo, e provavelmente só continuavam de pé e lutando graças à adrenalina e desejo de saírem vivos, então a única pessoa ali com total condição de dar um fim a Paolo era Ren, e era isso que pretendia fazer. Entretanto, logo percebeu que não estava em posse da adaga que havia recebido dos homens de Nista, provavelmente tendo caído em meio a toda a correria, e se estivesse no porão, voltar para buscá-la seria suicídio. Naquela batalha, teria que contar apenas com suas armas naturais, mas felizmente para a mink, essa era uma de suas especialidades.
Com sua capacidade de furtividade aumentada por sua habilidade natural de anular seus sons, Ren seguia tão silenciosa quanto um hábil assassino, mas naquela situação não era muito difícil seguir furtiva. Os sons dos tiros eram altos, abafando qualquer barulho, ainda mais com o barulhento crepitar das chamas por todos os lados, com a fumaça impedindo que sentissem cheiro de qualquer outra coisa, enquanto as chamas criavam estranhos jogos de luz e sombra e os destroços criavam espaços perfeitos para se esconder sem chamar atenção. Tudo que precisava se preocupar eram as chamas que dançavam por todos os lados, consumindo tudo que tocavam. Preocupado com o tiroteio que Maurizio proporcionava, a felina conseguiu chegar logo atrás de Paolo, onde disse o nome de sua técnica em voz alta, e somente nesse momento ele conseguiu perceber sua presença.
- AAAAHHH! VOCÊS MORREM AQUI COMIGO! - Apontando sua arma para a mink, ele tentou disparar, mas ela estava preparada, e conseguiu evitar quase completamente da bala ao se abaixar, sentindo apenas ela passando de raspão em seu ombro esquerdo, nada mais sério do que um pequeno corte. Assim, com sua eletricidade conferindo-lhe força, brandiu suas garras na direção do suicida, realizando dois profundos fortes em forma de X em seu torso, que o fizeram gritar de dor. Tentando reagir, ele começou a disparar para todos os lados, mas em seu desespero, atingia apenas o teto, e acelerava ainda mais o processo de desabamento da casa. Por fim, para encerrar aquilo tudo, Ren enfiou suas garras fundo nas costelas do homem, e o mordeu no pescoço, fazendo um rio de sangue jorrar, fluindo como a vida de Paolo lhe escapava por entre os dedos.
Seu corpo perdia a força e, olhando para o lado, pode apenas ver Vicenzo mancando, carregando a sereia em seus braços. - Q-querida... - Então ele tombou, imóvel. Não dava para saber se estava morto ainda, mas não estava lutando, e com certeza morreria logo, seja pela perda de sangue, seja pelas chamas que logo desapareceriam, levando consigo o corpo do homem que as gerou. Olhando para o lado, Ren pode ver Maurizio saindo em direção à porta também, andando com dificuldade, logo atrás do enviado de Cesare que carregava a sereia. Indo em direção à porta também, pode ouvir um alto estrondo vindo de trás, como se fosse o porão desabando completamente, e teve a certeza que aquele lugar estava para cair, matando tudo que ainda estivesse lá dentro. Correndo para a porta, vários destroços flamejantes caíram, como uma reação em cadeia, bloqueando a porta após os outros passarem.
Pensando rápido, Ren respirou fundo e pulou pela janela perto da porta, quebrando o vidro em vários pedaços e aterrissando do lado de fora logo que ouviu o resto da casa desabando, implodindo após ser devorada pelo fogo impiedoso. Assim que abriu os olhos do lado de fora, pode enfim ver não apenas Maurizio, Vicenzo e a sereia, mas também viu Chiara e outros homens de terno, que pareciam ter acabado de chegar, preocupados. Alguns homens iam ajudar Vicenzo, outros falavam com Maurizio, que havia se sentado no chão, mas Chiara ia direto até a mink. - Ren, você tá bem? Se machucou? - A garota de olhos vermelhos parecia preocupada, estendendo a mão para ajudá-la a levantar. - Vamos, nossos homens vão resolver tudo por aqui, preciso levar vocês dois para tratarem seus ferimentos. O chefe ficou sabendo por cima o que houve, e quer falar com a gente. - A mão estendida de Chiara era não apenas uma ajuda para a dolorida e desidratada mink, mas um anúncio. Um anúncio que aquele serviço havia finalmente se encerrado.
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