Atreus acordava após uma longa noite de sono e um sonho bastante intenso, seu grito poderia ser escutado pelas pessoas que passavam pelo lado de fora da casa, o que talvez já estivessem acostumadas com isso. - Lá vai o aquele louco outra vez! Era uma das frases que Atreus escutava vindo da janela, que em algumas das suas frestas saía raios fracos de luz.

O rapaz em súbita raiva ao acordar, se levantava de forma barulhenta e resmungona, batendo em seu pequeno móvel como se fosse um tambor. O musculoso rapaz se preparava para mais um dia de luta, uma caçada propriamente dito, sem muito oque se fazer em sua própria residência, Atreus arrumava seus cabelos e vestia sua armadura e seus equipamentos.

Ao sair da residência Atreus podia ver que o sol estava no alto, a rua bastante movimentada, no qual as pessoas do reino estavam caminhando a seus afazeres. A caminhada do caçador se via de forma tranquila, onde ele podia ver algumas pessoas mais de idade o encarando, talvez aqueles mais incomodados com os barulhos que o guerreiro costumava fazer. Carroças seguiam por todas as direções carregadas de mantimentos, e algumas com civis, obviamente pessoas de castas mais abastadas da ilha.

Se aproximando ao centro da cidade o rapaz conseguia ver o gigantesco prédio da marinha, com toda a sua pomposidade, em seu portão uma dupla de guardas truculentos segurando lanças faziam a segurança do local. Enquanto saindo de seu portão Atreus conseguia ver um pelotão de mais ou menos cinco homens seguindo oque parecia ser um oficial de patente maior.

Por ser minimamente conhecido, Atreus passava pelos guardas tranquilamente, caminhando pelo pátio de treinamento, no qual estava bastante lotado naquela manhã. Assim que adentrava na recepção, uma das mulheres sentadas atrás do balcão deseja boas vindas, aquele lugar estava de fato bastante movimentado. O jovem guerreiro podia escutar algo sobre piratas nos mares das ilhas, talvez explicando o esquadrão que tinha saído agora a pouco.

Ao lado da recepção estava o quadro de procurados, com três cartazes em destaque, sendo um deles mais acima dado como prioridade para ser capturado. Em prioridade estava um homem coberto por tatuagens Becke Solomatine "O Pesadelo Trovejante" Com uma recompensa de 13.000.000 Berrys. Logo abaixo vinha o cartaz de uma bela mulher Deda Hornraven "Véu do Outono" com uma recompensa de 12.580.000 Berrys conhecida por ser uma famosa ladra das montanhas, e por último mas não menos importante Menris Dunhall "O Pavoroso." 11.795.000 Berrys Revolucionário responsável por sequestrar sem sucesso a filha de um parlamentar. Assim Atreus poderia escolher seus novos alvos, e traçar os planejamentos para sua nova epopéia.

Becke Solomatine

Deda Hornraven

Menris Dunhall

Histórico:

Atreus se encontrava em uma certa encruzilhada, saber qual inimigo seria digno de se tornar sua caça, enquanto o caçador fazia isso, o mesmo murmurava olhando para cada um dos cartazes individualmente. – Maluco! Escutava um dos marinheiros que passava ao escutar a conversa que o homem estava tendo consigo mesmo.

Logo mais finalmente ele encontrava o oponente digno para sua epopeia, talvez seguindo por um caminho mais seguro ou poderia ser dito como o mais “nobre”, talvez uma vingança pelo sequestro da filha de alguém importante, Menris era o alvo que o rapaz tinha marcado. Arrancando seu cartaz do mural, Atreus seguia até a recepção do quartel, enquanto observava a foto do homem.

Logo a sua frente uma jovem marinheira de cabelos rosas e sorriso simpático, escutava a pergunta feita pelo caçador, a garota se curvava para poder ver de quem que Atreus estava falando. –Corajoso! A garota dava um sorriso abafado voltando a se recostar em sua cadeira.

- Bom ele faz parte do exercito revolucionário, um homem bastante cuidadoso com seus rastros! A garota falava puxando uma gaveta de arquivos procurando por alguma coisa. – Após o sequestro falho com a filha de um aliado do governo, o mesmo vem se esgueirando pelas ruas. A mulher puxava uma pasta em meio a vários aonde podia ver o símbolo da revolução.

Foleando ela pegava uma folha sobre Menris, onde tinha algumas informações pertinentes para caçadores. – Bom oque posso passar para você, tem suspeitas de que um de seus esconderijos fica na montanha, frequentador de um bar noturno do porto, mas sempre que a marinha chega perto daquele bar o mesmo some como fumaça, diz aqui que possivelmente ele não trabalha sozinho! A mulher termina de fala Fechando a pasta que estava lendo.

- O bar se chama “Amendoim torrado”, pode começar por lá ou pelas montanhas, conseguir informações nos contate! Assim a mulher terminava de falar guardando a pastas que tinha sido pega, deixando livre para onde Atreus poderia iniciar sua caçada, lutar com um inimigo que sabe se esgueirar poderia ser um desafio e tanto para o extravagante caçador.

Histórico:

- Apenas pagamos quando nos entregam o procurado! Falava a garota dando um sorriso abafado, claro que um pensamento ambíguo poderia vir por parte do caçador, a final qualquer forma de ganhar dinheiro era valido. Mas o mais importante, tinha conseguido algumas informações pertinentes.

Assim Atreus saia do prédio da marinha, pensando na estratégia mais apropriada para poder caçar, e como esperado seu extinto de caçador o apontava para não iniciar nas montanhas, a final a área era muito grande para procurar uma pessoa. Assim o homem seguia para o porto da cidade, conforme o mesmo ia se aproximando do local ele podia ver uma concentração de marinheiros bem fora do comum.

- A marinha ta querendo mostrar serviço? Indagava um dos moradores dos arredores, enquanto Atreus passava.

De fato tinha muito mais marinheiros na rua naquele dia do que de costume, tudo isso por causa de um mero pirata? Ou tinha mais alguma coisa acontecendo? Somente o tempo poderia revelar. Assim que chegava ao porto Atreus conseguia ver marinheiros andando pelo local, junto com alguns homens vestidos de terno preto alguma coisa tinha acontecido ali ou estava para acontecer, o clima pesado estava no ar junto de um silencio por parte das pessoas.

As únicas coisas que conseguia escutar naquele porto eram os barulhos das ondas, chocando nas embarcações e de alguns homens trabalhando em silencio como se tivessem feito um voto se silencio. Atreus partia pela procura do estabelecimento no qual seu alvo frequentava, o mesmo adentrava cada vez mais nas vielas do porto, onde antes o sol conseguia iluminar, agora era como uma penumbra.

O cheiro das vielas era como se um esgoto a céu aberto estivesse empesteando todo o local, alguns mendigos sentados em meio as poças de água suja olhavam o rapaz passar, ratos corriam livremente pelo local. Mais a frente o caçador conseguia ver um beco com uma pequena escadaria, em uma das paredes estava uma placa “Amendoin torrado” Uma seta indicava que o caminho para o local estava naquela escadaria.

Ao se aproximar da escadaria ele podia ver um porão do prédio que estava logo a frente, o prédio tinha em torno de cinco andares, varias janelas indicando diversos apartamentos, as vielas eram bastante apertadas, uma luta naquele lugar sem um preparo poderia ser um suicídio. – Ei oque está olhando? Uma voz vinha por de trás de Atreus, assim que se virasse conseguia ver um velho de óculos preto segurando uma sacola de compras em sua mão esquerda, em sua mão direita segurava oque parecia ser um picolé no qual o mesmo dava algumas lambidas enquanto esperava a resposta do rapaz.

Histórico:

- Pelo visto a educação foi para a puta que pariu! Falava o velho dando mais uma lambida em seu picolé. Atreus por sua vez não respondia ao velho, apenas dava uma ultima olhada no prédio que o bar se encontrava e dava de ombros, caminhando por onde tinha vindo.

O velho olhava calmamente a movimentação do jovem enquanto se deliciava com seu picolé. – Babaca! Era a ultima coisa que Atreus escutava por parte do velho antes de virar uma das esquinas do local. Não restava muito além de esperar a noite cair para que pudesse ter alguma pista valida de onde procurar seu alvo.

Logo mais o caçador estava de volta ao porto, assim como antes continuava lotado de marinheiros, tolo seria aquele que tentasse causar qualquer tipo de problema ali, talvez fosse o lugar mais seguro da ilha naquele momento. – Tudo isso por conta de um piratinha... Dizia um dos homens que estava trabalhando ali perto, mas seria apenas isso: a marinha se movimentaria toda por causa de um mero pirata? Tudo estava nebuloso, ao menos não era o motivo que os marinheiros aparentavam ter ali.

O tempo passava lentamente, enquanto o jovem andava pelo local, conforme o sol ia subindo a barriga do caçador ia se esvaziando, por sorte logo mais a frente havia um restaurante, ainda iria demorar para a noite cair, muito menos se o rapaz estaria no local. Assim que adentrava podia ver que o lugar estava cheio parte das pessoas vestiam ternos, além de alguns marinheiros, claramente Atreus era a pessoa mais diferente ali, além do odor que provavelmente tinha sido impregnado no rapaz, pois uma das pessoas colocava a mão n nariz quando o rapaz passava.

O caçador comprava um lanche no local, a atendente trazia um sanduiche comum o deixando em cima do balcão, para que Atreus pudesse pegar, mas antes que o rapaz o fizesse uma bela mulher se sentava no banco ao lado do mesmo. – Finalmente uma pessoa impar nesse lugar! A mulher falava virando o rosto para Ateus.

A mulher que tinha uma cicatriz no rosto, trajava um terno simples, seus cabelos levemente acinzentados chamavam bastante atenção, não mais do que a enorme pistola em seu coldre. – Parece ser um homem que possa colaborar, mais do que os almofadinhas que tem pela ilha... A mulher dava uma pausa pegando uma taça de martini que acabava de ser servida a ela.

- Pelo suas vestes, por acaso você não é um dos piratas né? Ela olhava para o rapaz após dar um gole em sua bebida. – Não me leve a mal, não vai se surpreender quantos eu prendi em um restaurante como esse... O papo ficava interessante naquele momento, a mulher não apresentava uma ameaça mas claramente Atreus podia sentir que uma fala errada poderia meter ele em uma situação complicada, a final quem era aquela mulher?

Histórico:

NPCs:

A resposta explosiva de Atreus tirava um sorriso da mulher que terminava de tomar seu martini e inicialmente respondia à pergunta mais inusitada — Martini é refrescante para dias de sol forte, uma cerveja em menos de cinco minutos já estaria quente...

— Na verdade sim..., mas calma garoto, não seja tão precoce assim... Isso é broxante — Ela dava uma leve risada e inclinando-se para mais perto de Aza, ela apoiava-se no balcão com o cotovelo e repousava seu rosto sobre a mão.

E tomando as providencias certas, ele se afastava, afinal, ela podia ser uma esfomeada em busca de um besta que cairia em sua lábia. O espaço criado era suficiente para que ele notasse um selo do governo mundial no coldre que guardava a arma da mulher, ainda que sutil e quase da mesma cor do couro, aquilo diminuía as opções em inúmeras casas.

As vestimentas da mulher eram bem cuidadas, sem sujeiras ou marcas de desgastes, tal preocupação com a beleza ia para seu rosto por exemplo, muito bem cuidado, mas nada superava seus cabelos, estes que eram cheirosos ao ponto de poder incomodar certas pessoas, visualmente ele parecia tão macio quanto seda.

— Na verdade sim... tem dois alvos na verdade, um deles temos um retrato falado e o outro, conseguimos capturar uma imagem... aqui — Jogando tanto o retrato quanto a foto, Atreus podia notar que um deles já era uma de suas caças, o revolucionário.

— Talvez você tenha notado uma certa movimentação estranha da marinha pelo porto e bom, como a noticia já circulou... tem esse pirata que veio de outra ilha, por isso não temos muito conhecimento.

— O importante é, ele vem se aproximando desse revolucionário, nossos informantes dizem sobre uma possível aliança entre os dois — A fala não era finalizada quando ela notava que seu cabelo estava bagunçado, levantando e indo até a porta do banheiro, onde sacando um pente do bolso, começava a arruma-lo.

Passava-se alguns minutos e a moça voltava — Onde foi que eu parei mesmo? Enfim, você sendo caçador talvez você possa ir atrás deles... com certeza você receberá bem apesar de ainda não termos certeza da recompensa do pirata, ele é bem sanguinário então deve te fazer lucrar alguns berries.

— Mas como não sou precoce como você... que tal você se introduzir? Ou demonstrar um mínimo de interesse... quanto a mim, você pode me chamar de J — A moça solicitava outro martini enquanto voltava seu olhar para o garoto, era esquisito, porque parecia que a mulher o comia pelo olhar.

Histórico:

NPCs:

As atitudes da moça não saiam com o resultado planejado, Atreus na verdade se demonstrar ainda mais distante e arisco e era com essa percepção que J fazia do garoto que ela decidia fechar o rosto e agir como qualquer outro agente.

Emburrecida também com a forma como o caçador agia, ela pagava um papel anotando algo e deixando sobre o balcão, tomando em um gole o que faltava do Martini.

— Esse é uma caça oficial então faça a entrega no Quartel General, o pagamento você conversa quando for entregar os procurados, mas a captura dos dois está valendo quinze milhões mais um bônus caso eles sejam entregues vivos, em principal o revolucionário — Ajeitando a gravata e virando de costas ela começava a sair do local.

— A pista esta no papel... — Sem se despedir ela passava pela porta e o tempo parecia voltar ao normal.

Seu foco era grande na moça fazendo com que até aquele momento, ele não teria se ligado com o arredor, mais cheio do que antes o barman corria pelo balcão atendendo as pessoas, as duas garçonetes que tinham que tomar conta de tudo pareciam se confundir nos pedidos de uma mesa e na cozinha, uma gritaria entre os cozinheiros ecoava para o resto do local.

Aza acabava de comer e completava o almoço finalizando a bebida, como uma sobremesa quente, ele pedia um charuto, o homem olhava para ele por alguns segundos tentando identificar a idade do garoto, mas relaxando os ombros e resmungando como se não se importasse ele entregava um que pega debaixo da mesa.

— Isso vai entrar na sua conta viu? E toma aqui — Entregava em sequencia um pequeno maçarico juntamente de um cortador, provavelmente para cortar a ponta do charuto.

Um arrepio subia pela coluna de Atreus, chegando em sua nuca e fazendo-o arrepiar, caso olhasse a volta não notaria nada, mas algo não estava certo naquele ambiente caótico pela hora do almoço.

Numa construção oval, o som ecoava bem pelas paredes e a barulheira era grande, haviam cerca de cinco mesas, nelas pessoas bem vestidas, outras já mais simples, variando entre homens e mulheres de idades variadas.

Uma mesa mais ao canto direito era a única que continha somente uma pessoa, não que isso fosse um fator limitante, mas o solitário ali mantinha sempre o rosto baixo e com a iluminação horrorosa era difícil de ver seu rosto.

Histórico:

NPCs: