A morena aprovou o seu resultado, e Gar abriu um imenso sorriso triunfante. Estava empolgado e orgulhoso de si mesmo, confiante frente à nova habilidade que havia adquirido, mesmo que entendesse a necessidade de refiná-la ao longo do tempo. A moça o havia ensinado a costurar, mas o caminho que ele percorreria até se tornar exímio ainda seria longo. Isso, no entanto, não removeu o sentimento vencedor de seu peito: ele não ligava para trabalho duro quando o assunto era descobrir coisas novas.
Por sorte, ele teria a oportunidade de saciar a sua curiosidade mais uma vez naquele ambiente, já que a ferreira havia aceitado ensiná-lo novamente. Eufórico por assumir o papel de aprendiz uma vez mais, ele se posicionou ao lado da moça, a fim de acompanhar o seu trabalho mais de perto, atento ao que ela fazia e explicava. Ele
aprenderia a forjar naquele momento, portanto precisava se concentrar.
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Diligente ele ouvia os ensinamentos de sua professora, acompanhando o passo a passo de cada um dos estágios do processo a ser aprendido. Manteve-se atento ao que ela dizia inicialmente, entendendo a importância de escolher um bom molde para o projeto a ser construído, refletindo de forma igualmente prudente sobre o tipo de metal e o seu preparo adequado. Gar parecia, de fato, uma criança descobrindo um mundo novo, seu interesse completamente voltado para o desenvolvimento da atividade posta.
Ele sentia o calor da fornalha beijar a sua pele insistentemente, mas isso não o incomodou. Em vez disso, ele se sentia acolhido pelo fogo, pela brasa, pelo ardor, de forma que não fora difícil para ele se habituar ao momento de forma tranquila, contrariando os sinais físicos denunciados em sua constituição felina.
Gar se cansava mais rápido quando sentia calor, e isso era uma realidade inerente a qualquer indivíduo de seu povo. Ainda assim, ele era igualmente capaz de resistir as mazelas da temperatura exacerbada quando a sua sede de aprender era posta a prova. Em verdade, sua bisbilhotice muitas vezes o colocava em saias justas difíceis de se livrar, mas ela também era responsável por lhe tornar perseverante em situações como aquela. Ele precisava investigar e descobrir. Não saber nunca lhe era uma opção.
Por isso ele se manteve ao lado da ferreira com afinco, observando a metamorfose do aço em um líquido incandescente. Seus olhos verticais brilhavam de admiração, atentos a cada movimento realizado pela morena. Ela era dedicada e comprometida, Gar ponderou enquanto a assistia macetar o aço para dar-lhe forma, surpreso frente à sua entrega à tarefa. Era um esforço louvável, o qual ele precisaria reproduzir.
Quando finalmente chegou a sua vez, após um longo período servindo de mero expectador para a sua professora, ele resolveu que tentaria repetir cada um dos gestos aprendidos com a observação profunda de seus olhos aguçados. Concentrou-se em cada passo, tomando o cuidado para não cometer erros bobos, mas vez ou outra tinha o seu processo interrompido pela instrutora, que lhe alertava quanto a desvios capazes de prejudicar o seu projeto final.
Gar sabia exatamente o que ele estava tentando forjar. Não era o seu chicote, já que ele havia entendido bem cedo as limitações de suas próprias capacidades; ele ainda não era capaz de dar forma à sua arma preferida com a eficiência que desejava. Em vez dele, resolveu que tentaria algo mais simples, mais palpável para a sua realidade: uma faca singela, cuja função não poderia ir além da artesanal.
Ele seguia as instruções de sua mestra ao derreter pouquíssimo metal para a criação, despejando-o cuidadosamente no recipiente que lhe daria forma. Forçou o martelo contra o aço e refrigerou o material moldado, esforçando-se para ignorar o desgaste de seu corpo frente ao calor do ambiente; Gar detinha, afinal, um belíssimo
histórico de atleta, mas nem mesmo ele seria capaz de livrá-lo do cansaço para sempre.
Por graça do Destino, ele finalmente
finalizou o serviço. Pegou a faca em suas mãos, admirando o fruto do seu esforço, e o entregou para sua instrutora em busca de aprovação. Deixou-se cair no chão, visivelmente fatigado pela experiência, mas concomitantemente contente por não ter desistido.
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–
Então eu ainda preciso aprender Física, Mecânica e Mecatrônica? – Perguntaria quando finalmente se sentisse disposto para falar, tão logo se recuperasse um pouco. Ele ponderaria sobre o mar de possibilidades que se abriria para ele ao adquirir todos esses novos conhecimentos, mesmo sabendo que o que realmente o motivaria, no fim do dia, seria a mera sede de conhecimento. Gar precisava desenredar mistérios simplesmente pelo prazer de fazê-lo. Era quem ele era, afinal.
–
Bom, espero encontrar alguns livros sobre isso, talvez em alguma biblioteca por aqui. Mas agora eu acho que preciso ir. Passei muito tempo aqui, né. – Diria, lembrando-se dos outros compromissos que ainda tinha. Levantar-se-ia com um pouco de dificuldade, forçando seu corpo a voltar a trabalhar. –
Meu supervisor deve estar possesso de raiva, sabe? Ele só me mandou aqui para pegar uma arma e... Puts! A arma! Você teria alguma coisa aí para mim? Essa faquinha que eu forjei não vai ser muito útil. Acho que até posso deixá-la aqui... 「 C O N S I D E R A Ç Õ E S 」
✧ tentativa de aprender forja.
「 H I S T Ó R I C O 」
✧ post: 11.
✧ aparência atual aqui.
✧ capital: ฿ 1.950.000.
✧ ganhos:
- treino de ambidestria » 01; ✓
- treino de ambidestria » 02; ✓
- treino de ambidestria » 03; ✓
- ฿ 1.700.000 » missão 01; ✓
- aprendizagem » costura; ✓
✧ perdas:
- n/a.
✧ ferimentos:
- n/a.
「 O B J E T I V O S 」
✧ realizar até 3 missões;
✧ treinar qualidade ambidestria;
✧ adquirir proficiência “costura”; ✗
✧ adquirir proficiência “forja”;
✧ obter informações sobre mika.