Ascensão Pirata - Ato 2

Klaus - Bom de Guerra

Combate; a palavra que melhor definia a vida do capitão pirata. Sem um dia de paz, ele já estava novamente envolvido em mais uma rodada de combate. Tomado por uma fúria acima da média, o homem rapidamente era envolvido com a eletricidade típica do seu novo estilo de combate, seguida pela forte vontade de matar que exalava pelo seu corpo. A intimidação poderia funcionar, se claro, aquele grupo de animais fossem simples macacos como encontrado em algumas ilhas dos Blues, mas ali era diferente, aqueles animais exalavam uma selvageria fora do comum. Como previsto pelo capitão, alguns dos animais tinham suas atenções captadas pela aura elétrica que o mesmo estava envolto, partindo em sua direção com uma velocidade assustadora.

Ainda mais rápido foi o avanço do furioso capitão, que agarrou um dos macacos e liberou a energia que envolvia seu corpo, fritando seu cérebro. Entretanto, naquele momento de ação, sentiu algo em suas costas, era o ataque de não um, mas três macacos que acertavam com suas garras naquela região, cortando a carne do homem com facilidade. O homem falava, ria e andava de maneira calma na direção de mais um, sentindo que os animais se afastavam com a eletricidade que envolvia seu corpo, eles sentiam a dor, mas não pareciam intimidados com aquilo. No momento do avanço na direção de mais um animal, ele perceberia a aproximação dos três anteriores, que estavam ainda com mais raiva. Seus ataques eram simples, no entanto, a velocidade e força daquelas criaturas era alta o bastante para superar os reflexos ágeis de Klaus, que conseguia desviar e bloquear alguns dos movimentos.

O capitão continuava sua análise e respondia a altura, mas algo nitidamente atrapalhava suas ações: a vantagem numérica. Os olhos vermelhos estavam espalhados pela escuridão existente ao redor, os ataques continuavam e pouco a pouco as feras iam caindo, mas, o ritmo não diminuiu nem um pouco. Rasteiras, esquivas, socos, chutes, Sunwizer usava todo seu arsenal naquele momento de vida ou morte, sentindo seu corpo ser atingido mesmo que estivesse dando tudo de si. O grito dos animais ecoavam pela floresta de maneira ainda mais intensa, enquanto bloqueava ou esquivava de um ataque, o capitão sentiu que mais um ou dois conseguiu atingir sua carne, rasgando pouco a pouco o seu corpo. O sangue pingava, o que chamava ainda mais a atenção dos animais e parecia despertar uma selvageria existente nos confins do coração daqueles seres. Cerca de sete animais pularam com velocidade na direção do capitão, ele certamente tomaria danos duros, mas lâmina de Astrid passava como se estivesse cortando manteiga, dividindo todas aquelas criaturas no meio - ARGH! - Gritou a mulher sentindo seu corpo ser acertado repetidas vezes pelos ataques dos animais.

A situação estava complicada, o número era muito superior ao da tripulação, seria esse o fim do pirata que está em ascensão? No meio da floresta uma criatura ainda mais horrenda surgia, sendo banhado pela luz do luar. Ele era duas ou três vezes maior que os macacos comuns, sua feição exalava perigo, assim como sua postura, que indicava um ataque a qualquer momento. O grito dos animais novamente voltava a ecoar, ainda mais alto que a vez anterior. Astrid estava ofegante, assim como Petrova que não estava em suas melhores condições e o capitão? Piorou, diversos ferimentos espalhados pelo corpo e o sangue escorria de cada um deles, o cansaço era claro, ele ainda iria resistir?

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A vida de Klaus e o que restou da sua tripulação estava por um fio, pelo visto não era inteligente enfrentar o bando de macacos selvagens de maneira tão descuidada assim, afinal, às vezes os números superam a qualidade. Astrid e Petrova se mostravam fervorosas em batalha, mesmo que a situação não fosse das melhores, suas expressões mostravam que elas lutariam até o fim, independente qual fosse ele. Sunwizer não era besta, senão já teria perecido em uma das diversas batalhas traçadas por ele ao longo da sua vida, tinha consciência que nem todas as batalhas poderiam ser vencidas, ainda mais estando no habitat natural daquelas criaturas.

Como um capitão era sua responsabilidade tomar a decisão final, por mais que quisesse enfrentar, talvez tentar superar seus próprios limites, aquela era uma barreira complicada de passar, já que causaria certamente a morte de alguém importante para ele. Suas palavras foram ouvidas pelo trio com vida, que prontamente mudou de postura, tomando algo um tanto quanto defensivo. A fuga era iniciada e com velocidade o grupo partia para longe da mata, Astrid tomava a dianteira, usando sua espada para abrir caminho em meio aos animais ferozes que continuavam a avançar, sem um fim aparente. Catherine ficava no meio, acompanhada do homem repleto com itens de valor encontrados pelo grupo da vice no comando, a velha disparava repetidas vezes, acertando na região da cabeça daqueles macacos, derrubando por um por como uma locomotiva sem freio, mostrando ainda mais das suas habilidades, principalmente nos momentos decisivos. Sunwizer vinha na retaguarda, mantendo sua atenção alta e dividindo suas ações entre se proteger e contra atacar aquelas feras selvagens que continuavam a avançar, inclusive aquela espécie nova.

Por um momento aquela coisa sumiu das vistas do homem, a escuridão servia como camuflagem perfeita e o alto número de macacos selvagens ajudava-o a permanecer fora das vistas do capitão. Em um momento, ele pode ver um avanço súbito, não em direção a ele, mas vindo da lateral frontal da pequena formação. Algo estranho e problemático passava nos olhos do criminoso procurado: o ataque do animal não era simples, os próprios ossos do braço saltaram para fora como se fossem lâminas, acertando a região da costela de Astrid com ferocidade, arrancando parte da sua carne. Novamente ele partiu para as sombras, deixando que seus subordinados tomassem a frente da situação e continuassem a manter a pressão sobre a tripulação de apenas quatro membros. Klaus continuava tendo que enfrentar os macacos, que mantinham o alto ritmo de ataque, acertando alguns golpes no pirata, enquanto outros da sua espécie pereciam a força do homem.

O líder daquele grupo de inimigos parecia pronto para uma nova investida, já que os macacos abriram espaço na direção de Klaus e um som pesado foi escutado pelo homem. A criatura vinha em sua direção pelo flanco, os ossos de ambos os braços estavam para fora, prontos para ceifar a vida do pirata. Quais ações ele tomaria? Pediria ajuda aos seus companheiros? Enfrentaria de frente aquela coisa grotesca? Ou apenas aceitaria seu fim em Kephar Nicos?

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A fuga em meio a floresta continuava e pouco a pouco ela piorava, sem muito a comentar, o ataque dos macacos selvagens continuava mantendo a mesma intensidade que antes, agora com o aparente líder partindo em direção ao capitão. Entretanto, o pirata agia de maneira inteligente, unindo forças com suas companheiras para finalizar aquele inimigo com rapidez, usando o melhor de três estilos de combate distintos. As garotas captaram as ordens, mudando de postura no momento em que entenderam a finalidade das palavras do seu capitão - Vamos lá! - Gritou Astrid contraindo os músculos do braço, deixando que as veias ficassem ainda mais infladas.

O capitão então começou, com a eletricidade percorrendo seu corpo ele aguardava o choque acontecer. Com todo o orgulho e convicção que o colocou naquele posto, continuou de maneira firme e no momento da colisão, diferente das outras vezes, optou por segurar os braços da criatura. Sim, ele conseguiu, já que em seu corpo carregava uma força singular, daquele digno de alcançar altos patamares no mundo em que vivemos. De qualquer modo, por mais força que fizesse, ainda sim foi arrastado alguns metros para trás, fazendo gastar ainda mais esforço naquela ação. Quando parou, sentiu sua mão esquerda sendo perfurada, um novo osso surgiu do antebraço da criatura, perfurando a palma da mão do pirata. Ele parou? Não! Aproveitou a eletricidade em volta e descarregou de uma única vez em seu antagonista, visando carbonizar o animal, mas não conseguia, era necessária uma quantidade maior de eletricidade.

Independente da falha parcial em suas ações, aquilo deu tempo necessário para a dupla aliada fazer suas ações. Em um movimento ágil, Petrova atirou com precisão, acertando o meio da testa da criatura, enquanto Astrid se movimentou com agilidade, desferindo um corte limpo na horizontal, dividindo aquela fera no meio. O sangue voava no capitão, sujando o homem com o líquido esverdeado do animal, mostrando uma diferença até em seu interior. Os macacos pararam sua movimentação por hora, gritando de maneira incansável como se estivessem sofrendo ou estavam perdidos sem a liderança? De qualquer modo, eles estavam furiosos, acertando seus respectivos peitos com ferocidade, enquanto clamavam por meio a gritos a sua fúria - Precisamos ir agora! - Falou Petrova, partindo em velocidade para longe, sendo acompanhada pelo homem que carregava todos os itens de valor - Vamos Klaus, consegue andar? - Bradou a gigante estendendo a mão se fosse necessário, dando a entender que carregaria seu capitão se assim fosse preciso.

Caso partissem, o final da floresta não ficava longe dali, conseguindo alguns mais alguns metros de corrida ver as tochas que iluminavam o simplório vilarejo.

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Após a complicada vitória, a dor acumulada no corpo do homem veio cobrar seu preço, fazendo-o cair de joelhos e expelir uma quantidade significativa de sangue. Entretanto, diferente do esperado por ele, talvez em um devaneio pela perda de sangue, o rapaz para sua infelicidade não conseguia correr tão rápido quanto sua mente imaginava. Aquilo forçou Astrid a literalmente carregá-lo em seus braços, enquanto tentava manter um ritmo um tanto quanto elevado, sem muito sucesso também. De qualquer modo, as luzes clareavam o vilarejo simples - Voltamos, mas pelo outro lado? - Bradou Petrova observando o lugar, vendo uma grande estrutura de três andares, com uma área grande nos fundos, com alguns galpões de madeira visíveis - Aqui é a Guilda dos Aventureiros, precisamos sair rápido! - Pontuou a mulher - Vamos continuar por aqui. - Bradou Astrid apontando para região repleta de árvores - Vamos seguir a vila, para não nos perdemos. - Concluiu a mulher caminhando a margem do lugar.

Não demorou para que avistassem o porto e daquele ponto se tornou ainda mais fácil encontrar o caminho da embarcação. Bons minutos foram gastos, mas, no fim eles avistaram o navio, tendo um único homem no convés, observando tudo ao seu redor - Homens! Ajudem! - Gritou o rapaz. Rapidamente – mesmo que um pouco distante – puderam ouvir o burburinho causado pelo grito do tripulante, algumas tochas foram acesas, que iluminavam o caminho percorrido pelo quarteto, agora na margem do mar. A lua brilhante também auxiliava na iluminação do percurso, que não demorava a ser cumprido. Três homens estavam no navio, o primeiro deles era o navegador, o segundo um aspirante a médico, que outrora havia cuidado dos feridos ainda em Lvneel, por fim, o terceiro parecia ser um combatente, dada sua postura e físico - O que aconteceu? - Indagou um deles preocupado - Cadê o restante? Mark, Joe, Ferg, Leo... onde estão os outros? E os lobos? - Perguntou outro apreensivo, já que na saída cerca quinze pessoas estavam naquela jornada.

Por fim, agora era tempo de recuperação. Com a devida ajuda todos estavam no convés, sentados e recebendo os tratamentos, começando por Klaus, que era auxiliado pelo aspirante, seguindo os comandos de Astrid. O quarto membro sobrevivente daquela massacre deitou nas tábuas frias do convés, deixando as mochilas no centro dele, começando a chorar de maneira descontrolada, descarregando toda tensão que existia em seu corpo.

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Após a tormenta, a calmaria toma conta da jornada de Sunwizer. Em meio a recuperação, era notável o baque sentido pelos membros da sua tripulação, até mesmo Astrid estava sentindo as dores de tudo o que aconteceu momentos atrás. Sua feição era amena, mas ainda sim era possível sentir a aura de arrependimento em sua volta, pelo jeito, ela achava que poderia ter tentado um pouco mais De qualquer forma, não adiantava chorar pelo leite derramado, uma guerreira como a Loira não faria isso, pelo menos não na frente dos seus. O capitão dava algumas palavras sem muito tato emocional, falando de maneira simples e direta, para ele seus homens eram apenas peças em um jogo de xadrez? Ou talvez aquele fosse seu próprio jeito de lidar com a perda dos seus homens? Enfim, estava tudo claro para aqueles que sobreviveram, até mesmo para o rapaz que chorava incansavelmente.

Em meio a tudo isso, o capitão dava algumas ordens, parecia que deveria trocar de embarcação, pelo jeito o homem estava traçando alguns planos para um futuro próximo - Você cuide dele e da Petrova também, acredito que ela esteja ferida e não quer mostrar. - Bradou a vice no comando caminhando pelo convés com certa dificuldade, mostrando que os danos causados pelos macacos foram mais sérios do que o esperado - Temos um problema Klaus, não faço a mínima ideia de onde comprar outro. Na verdade, nossa cara está estampada por aí, você tem alguma ideia de como podemos fazer? - A loira falou sentando próximo ao amontoado de mochilas carregadas pelo jovem rapaz. Pelo andar da carruagem o capitão teria que assumir sua responsabilidade e lidar pessoalmente com aquele problema, já que não contava com muitos recursos humanos no momento - Conseguimos encontrar alguns grupos espalhados pela floresta, a maioria pareciam ser piratas escondidos dos caçadores, outros buscavam alguma espécie de tesouro, falaram sobre um povo recluso na mata e muito ouro. - Comentava a mulher enquanto abria as mochilas mostrando itens valiosos, dinheiros e algo de extremo valor, algo semelhante ao Log adquirido pelo pirata ainda no Farol - Isso parece ser algo diferente, está apontando para um único lugar desde o momento que bati meus olhos nele e não muda, sabe o que é? - Indagou a mulher.

Por fim, ela permaneceu por ali, esperando as palavras do seu capitão e como ele lidaria com aquela situação. Para onde eles iriam? Sairiam de Kephar logo após a chegada dos lobos? Buscaria por mais alguma outra coisa? Onde venderiam o navio? Como comprariam outro? Eles tinham dinheiro para isso? Coisas de suma importância e que necessitava da atenção e direcionamento do homem.

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O luto reinava em meio a tripulação pirata, digo, nos membros que sobraram. Por fim, o capitão falava algumas coisas, traçando alguns objetos e deixando outros pontos para o dia posterior. Os lobos ainda não tinham voltado, claro, a lua brilhava no céu intensamente e eles ainda estavam no pico da sua selvageria, azar daqueles que cruzassem o seu caminho. De qualquer forma, não restava muito para os poucos membros fazerem naquela situação, o capitão resolvia descansar, claro, estava avariado - Ficarei de vigia essa noite! - Falou um dos homens, aquele que era responsável por liderar a navegação. O restante – assim como o capitão – resolveu descansar, alguns continuavam acordados pensando em tudo o que tinha acontecido, outros deitavam ali mesmo no convés, ficando ao relento.

A noite passava com tranquilidade, pelo menos era isso que os membros daquele grupo desfalcado sentiam. O sol dava suas caras e com ele era possível escutar alguns passos no convés do navio - Os lobos retornaram! - Bradou o homem responsável pela segurança daquela noite, seus olhos estavam cansados, afinal, passou a noite toda acordado. De qualquer modo, as feras estavam tão cansadas quanto ele, seus corpos demonstravam visivelmente a exaustão causada pela selvageria. Eles não falavam uma palavra sequer, caminharam em passos lentos para o deck inferior do navio e lá permaneceram descansando - Pode ir, eu assumo. - Mesmo que Klaus não estivesse no convés, do quarto onde estava era possível escutar as palavras da loira, dispensando o navegador para que pudesse regular seu sono.

O céu estava limpo, os ventos fortes passavam pela pequena janela circular existente no quarto. Sunwizer pode ver o homem cansado deitando em uma das camas, aquele cômodo onde estava era uma espécie de dormitório. Seu corpo estava ligeiramente descansado, claro, a dor dos ferimentos ainda existiam em seu corpo, alguns espalhados pela extensão do mesmo e o outro localizado em sua mão esquerda. Quais seriam suas ações? Como lidaria com a falta de membros em sua tripulação?

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Klaus ainda sentia seu corpo sofrendo pela intensa batalha da noite anterior, porém, ainda sim se esforçava para realizar todo asseio matinal e ir de encontro ao restante da sua tripulação. Externava seus próximos passos, nos quais necessitava de um navio com uma potência maior, afinal, navegar pela Grand Line não era algo simples de se fazer - Sinceramente, acredito que não. - Falou o navegador caminhando pelo convés - A estrutura desse navio é boa, mas precisamos de algo mais forte se quisermos enfrentar esses mares. Nosso estoque é pequeno, acredito que nem mesmo navegar para próxima ilha seja algo que conseguiremos fazer, acredito que a comida acabe antes de chegarmos até o final da viagem. - O homem falou olhando para os presentes ao seu redor - Esse é um bom barco para navegarmos nos Blues, pequeno e rápido. Mas aqui é diferente, as rotas são estranhas e não temos uma dimensão certa do quanto tempo ficaremos em alto mar. Um estoque duas ou três vezes maior é algo necessário, velas maiores, assim como uma estrutura mais robusta e resistente, para que possamos passar com tranquilidade pelas adversidades. E também um maior número de canhões, já que só contamos com apenas um. Seremos facilmente destruídos por outro navio maior e mais bem armado. - Finalizou aquele que detinha o maior conhecimento do mundo Naval.

O silêncio reinou por alguns minutos, diferente de antes, quando contava com mais pessoas em sua tripulação - Eu acho que sei quem pode ajudar. - Falou Petrova surgindo do andar inferior, vestindo novas roupas e com o cabelo solto - Matt, ele mora aqui há muito tempo, certamente pode conhecer alguém ou saber onde podemos adquirir um novo barco. - Astrid deu com os ombros, mostrando que naquele momento não tinha muitas ideias, afinal, ela não conhecia Kephar Nicos. Sunwizer seguiria a única ideia que surgiu dentre os poucos membros do seu grupo? Ou naquele meio tempo tinha pensado em algo melhor? - Se quiser posso te levar lá agora mesmo. - Finalizou a mulher.

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Sem muitas ideias ou caminhos a seguir, o capitão decidiu rapidamente ir junto com Petrova em busca de Matt, aquele que seria responsável por ajudar aquela tripulação pirata - Vamos. - Falou de maneira curta e grossa, saltando do convés com velocidade. O caminho até o vilarejo não era tão longe assim, custando apenas quarenta minutos da vida daquela dupla, que mal abriram a boca durante todo o caminho. Por fim, Sunwizer pode ver aquela estrutura já conhecida por ele, a cabana simplória seguida do galpão de tamanho médio, logo ao lado da casa.

Catherine tomou a frente daquela situação, lidando com Matt naquele momento inicial e explicando toda a situação que ela e sua tripulação estava envolvida – Entendo... Realmente, sem um bom barco fica difícil de viajar pelos mares selvagens da grande rota. – Falou o homem levando sua mão até o queixo, enquanto pensava nas possibilidades que poderia ofertar para sua companheira antiga – Olha, consigo pensar em algumas opções que podem ser úteis. – Disse o homem sentando e puxando duas cadeiras para que a dupla pudesse ter um maior conforto – A primeira delas é comprar um novo navio, sendo necessário cerca de setenta e cinco milhões, eu imagino que uma embarcação nesse valor consiga navegar com certa tranquilidade entre as ilhas. No entanto, para viagens mais longas ainda sim existe a necessidade de um preparo ainda maior, já que o barco precisa de uma tripulação considerável para que possa funcionar com eficiência. – Pausou por alguns segundos enquanto recuperava o fôlego – A segunda é vocês pegarem uma carona, mas isso pode ser algo extremamente perigoso. Kephar Nicos tem muitos minerais de valor, assim como alguns animais estranhos por aí, com certas propriedades que interessam algumas pessoas no mundo. Sabendo disso, alguns agentes do Submundo são responsáveis por transportar essas cargas para diferentes localizações, conheço alguns deles pois já realizei alguns trabalhos... o passado. – Falou o homem com um sorriso simplório no rosto.

- Sim, no passado fizemos alguns serviços juntos. - Completou Petrova sorrindo em direção a Matt – O problema é que essas pessoas não são confiáveis, pelo menos nem todas. Estou mandando uma encomenda para a República Hoxter, uma ilha situada na rota um, homens confiáveis irão nesse caminho, percorrendo toda a Grand Line. Sei também que alguns homens irão para os Blues, mas acredito que vocês não queiram voltar para lá. Um conhecido irá para Dragora, uma ilha na segunda rota, não conheço muito sobre ela, apenas que lá existe um material importante, um minério utilizado normalmente em armas, ela tem uma propriedade única que causa uma combustão, é algo interessante e que já trabalhei em outros momentos. Ele deve está chegando ainda hoje de Pyatidrov, a segunda ilha dessa rota que estamos, foi pegar alguns materiais para mim e em seguida irá levar algumas encomendas para Dragora. O último navio sei ao certo seu destino, mas seus homens não são tão confiáveis assim, talvez se vocês pagarem a quantia necessária, consigam ir ao destino que tem em mente. – Finalizou o homem um pouco ofegante, após ter disparado aquela sequência de palavras em um curto espaço de tempo.

Por fim, a dupla continuou ali enquanto resolviam o próximo passado. Sendo passada a localização das embarcações citadas anteriormente, sendo a última citada, iria aportar no próprio porto. As outras ficariam em pontos diferentes na costa de Kephar, uma forma de evitar os olhos curiosos de piratas que passavam por ali. Por fim, era necessário para Klaus decidir o caminho que iria tomar, uma decisão importante e que mudaria todo o futuro da sua vida. Comprar um barco não era uma opção ruim, assim ele mesmo teria o rumo da sua jornada, no entanto, era algo caro e que talvez ele não tivesse como arcar naquele momento. Arriscaria navegar junto com pessoas estranhas? Ainda mais agora que não contava com um número bom de aliados.

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