Todos

Uma tripulação é formada por laços que superam a própria vida, algumas acabam sendo formadas por um desejo em comum de várias existências distintas... enquanto outras são formadas por bons amigos em busca de aventuras. Os Cabras da Peste foram formado há anos atrás, mas que nunca ficaram verdadeiramente separados. Seus corações nutriram e criaram seus próprios desejos para que pudessem seguir naqueles longos anos longe uns dos outros, segurando o luto pela morte do seu capitão, que provou ser uma bela duma mentira. Eles estavam juntos em várias situações complicadas e desde o seu reencontro foram responsáveis por espalhadas o caos por onde passavam, mas, eles sempre continuaram juntos.

Os Cabras da Peste são muito mais que um grupo, na verdade, são uma família... e a família nunca abandona um dos seus. O capitão partiu para cima da figura moradora do Farol sem pensar duas vezes, enquanto os outros membros – por mais receosos que pudessem estar – sabiam em seu coração que não deixariam o seu líder enfrentar aquele inimigo sozinho. No momento do avanço do Bode, a criatura que estava sentada no chão sorriu, liberando em seguida toda sua força, fazendo a espinha de cada um dos membros tremerem. Aquilo era medo? Provavelmente. Claro, alguns tinham a determinação necessária para se manterem firmes, mesmo enfrentando um claro inimigo de força inigualável. O homem-peixe seguiu seu capitão sem pensar duas vezes, como um verdadeiro imediato avançou com toda sua selvageria desenfreada, no entanto, aquele era um oponente que nem mesmo sua resistência massiva conseguia sobrepujar. O primeiro soco acertou o capitão em um movimento indefensável, só restou a ele ver sua visão sendo tomada pela escuridão.

. . .

Não se sabe quando tempo passou, mas pelas dores que estavam espalhadas pelo seu corpo, Subaé pode entender que não tinha passado tanto tempo assim. O selvagem acordou em meio ao lixo, não muito longe do farol, mas algo notável era a solidão na qual se encontrava. Os membros da sua tripulação não estavam por perto, ele estava jogado em meio ao lixo e pode notar que seu corpo estava coberto pelo seu próprio sangue. Ao respirar ele sentiu sua caixa torácica parecendo que estava prestes a explodir, assim como seus membros quando tentasse movimentá-los. Sua cabeça estava meio zonza e sua visão não estava nas melhores condições, mas, uma voz familiar surgia como uma luz em meio aquela escuridão – PAI! PAI! – Era o pequeno Zuba que estava nitidamente abalado - Finalmente te encontrei! Eu e o Monoliso estamos procurando vocês por horas, mas não encontramos ninguém ainda. – Falou o garoto tentando ajudar da melhor forma que conseguia.

O capitão por mais uma vez apagou, mas ainda sim pode sentir seu corpo sendo carregado, mas não dava para saber por quem ou para onde estava indo. Não demorou para que acordasse e agora ele se encontrava em um ambiente conhecido, era o interior do Lamento e Monoliso estava lá também, mas Subaé não conseguia ouvir o que ele estava falando com Zuba. Por fim, perdeu a consciência novamente e assim permaneceu...