Relampago Kirinha Marítimo

O combate existente em toda aventura não podia ficar também de fora do barco, certo? Os homens não eram os marinheiros mais fortes, na verdade, simplórios soldados que eram normalmente usados como bucha de canhão, afinal, invadir uma embarcação inimiga daquela maneira não era nada muito favorável a eles. O oponente deles era um homem habilidoso e forte o bastante para enfrentar duras batalhas em terra, adicionando a perseguição da marinha, tudo já mostrava qual lado sairá vitorioso daquele combate.

A única coisa que a dupla de marinheiros tinha - e ninguém podia negar - era a coragem, os ataques foram realizados e Klaus mostrou mais uma vez a sua superioridade. O primeiro até que foi rápido, mas Sun foi ainda mais rápido e o segurou, usando como escudo em seguida, fazendo o outro marinheiro cortar as suas costas duas vezes. Ao lançar o corpo do primeiro marinheiro ele forçou estrategicamente um movimento defensivo por parte do segundo oponente, este deitou seu corpo diagonalmente, em um movimento de esquiva para deixar passar no vácuo o corpo do seu aliado. Porém, como uma marionete controlada por Klaus, ele fez um dos movimentos que já estavam sendo previstos pelo pirata. Este último avançou de maneira simples, realizando uma sequência de golpes técnicos e pesados, apagando todo o ímpeto que seu oponente carregava em suas ações.

Klaus então jogou seus oponentes como pedaços de lixo em direção ao mar, poluindo o ambiente. Suas palavras eram direcionadas ao líder e pelo que pude entender do contexto geral, ele pensava ser o homem do Búfalo, entretanto, ele estava errado. Um sargento se encontrava na escuna, sua cara de "poker face" era impagável, já que ele não era nenhum líder e sim mais um dos comandados - Sou apenas mais um assalariado tentando levar o sustento para meu lar, adeus. - Respondeu mantendo sua expressão e tendo todo o resquício de motivação levado embora. Porém, o homem era cruel até mesmo com a galera CLT, os homens em seu navio dispararam seus canhões contra a embarcação, causando a destruição e provavelmente a morte de mais um pai de família.

Flevance estava longe, a presença da marinha havia se extinguindo e apenas a imensidão do mar rodeava a embarcação - Obrigada, mas eu mesmo faço isso. Tom irá me ajudar, quero apenas ficar um pouco mais com ele. - Disse a loira acariciando a testa do seu irmão com cuidado. Klaus por sua vez buscava ir até às provisões, algo importante para a viagem. Um dos homens o guiava, ele era alto e forte, algumas tatuagens tribais eram visíveis em seu tronco - Aqui, isso é tudo que temos. - Disse o homem abrindo uma pequena porta - Teremos que parar daqui a algum tempo para repor, na próxima ilha para reabastecer. - Falou enquanto deixava Klaus ver toda a situação, a comida realmente só daria para mais algum tempo de viagem.

Antes que pudesse falar mais alguma coisa a dupla foi interrompida por um terceiro homem, seus cabelos brancos e curtos chamavam a atenção - Klaus… Astrid está perguntando para onde vamos? Ela pediu para você subir, tem um comunicado a fazer. - Bradou e retornou para o andar superior.

Quando Klaus e o seu companheiro chegassem lá, poderiam ver todo o grupo reunido. Astrid estava sentada na Proa e seu irmão não estava mais com ela, nem o senhor que estava auxiliando a mulher nos cuidados médicos de Joe - Homens, tenho algo a dizer. - Sua voz era calma, mas mesmo assim carregava a imponência de alguém com experiência na capitania - Em Flevance fui sequestrada por um homem, um criminoso sem escrúpulos que assassinava pessoas inocentes apenas pelo prazer que isso o proporcionava. Se não fosse por esse homem eu não estaria aqui, pensei em uma forma de retribuir e ofereci a mim e ao meu navio como uma recompensa. - Pequenos murmúrios se espalhavam pelos homens, que achavam estranho as ações da mulher - Eu entendo o que estão pensando nesse momento e não, eu não estou louca. Não posso voltar para minha família, já que para os marinheiros nós somos uma dupla de criminosos. Percebam, Joe quase teve sua vida tirada apenas por estar perto, imaginam o que pode acontecer com Althea? Carmin? Alisson? Edmundo? Eu não posso deixar esse perigo os alcançar. - Seu olhar foi direcionado aos céus - Eu pensei bastante, seguirei o meu sonho enquanto acompanho o meu capitão. Irei até Elbaf, a ilha dos gigantes encontrar os meus semelhantes. Entenderei se vocês não quiserem nos acompanhar, creio que Klaus não irá se importar de atracar na próxima ilha e deixá-los lá, entretanto, aqueles que quiserem nos acompanhar ouçam atentamente minhas palavras. - Seus olhos brilharam como os de uma criança ganhando um presente almejado, um sorriso largo mostrava toda sua arcada dentária e a felicidade estava estampada em seu rosto - Esse homem nos levará a aventuras jamais vistas! - Seu tom de voz foi mais alto que o comum, a animação percorria não só o corpo dela, mas também os dos homens ao seu redor - Senhores! Swallow a frente, precisamos abastecer. - Falou o homem que anteriormente levou Klaus até a dispensa.

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O homem sinalizava afirmamente com a cabeça ao responder Klaus, por sinal, ele era o responsável pelo abastecimento da embarcação, então, era algo corriqueiro em sua agenda marítima. No Navio uma troca de palavras sinceras ocorreu entre Astrid e Klaus, não apenas isso, mas também um discurso por parte do homem, externando um pouco dos seus objetivos que acabaram sendo em comum, com o da ex-capitã.

As palavras de Sunwizer motivaram alguns dos homens que festejaram em seu nome, já outros, mantiveram-se presos em seus pensamentos e preocupações. Swallow não estava longe e o navegador da tripulação atracou o navio nas proximidades do porto. A ilha em questão era conhecida pelo seu formato similar a um pássaro, aliás, este tipo de animal era algo que deveria existir aos montes nas partes florestais da ilha, que por sinal, dominavam o território daquele punhado de terra. Alguns homens desceram no pequeno porto da cidade, não era muito trabalhado e poucas pessoas estavam ali, parecia que não era muito usado pelos moradores locais. Alguns homens desceram sem se despedir, provavelmente aqueles que carregavam objetivos contrários ao do novo capitão, algo normal em grupos recém formados.

O homem que levou o pirata às provisões desceu acompanhado de um punhado de homens, não mais que cinco. Eles pareciam conhecer o lugar e também o pequeno comerciante que ali existia, um deles retornou ao navio e em alto e bom-tom falou - Precisamos esperar um pouco, as provisões estão a caminho. - Simples e direto em suas palavras, Klaus podia ver o homem robusto e responsável pelos mantimentos acenar positivamente, entrando na densa mata predominante na ilha.

Na embarcação era possível ver os tripulantes que optaram por ficar e seguir Sunwizer, inclusive, Astrid estava dormindo na Proa, apoiada em um amontoado de tecidos que os rapazes colocaram - Já falamos para diminuir nossa parte e comprar um barco maior para ela, mas, ela nunca quis. - Falou um homem se aproximando de Klaus, carregando uma caixa velha recheada com livros, taças e outros materiais do tipo - Prazer, capitão! Sou o Fred, responsável pela limpeza e jogar as tralhas fora. - Sorriu. O homem não passava da casa dos trinta anos, seu corpo era esguio e pouca massa magra era visível. Algo que chamava atenção era sua perna esquerda, do joelho para baixo um pedaço de madeira servia como apoio, o mesmo tinha perdido parte da sua perna em algum momento da sua vida.

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Uma tripulação era feita de bons homens e parecia que Klaus havia encontrado alguns dos melhores. Desde a coragem na batalha no Porto até mesmo o simples cuidado com seus companheiros, aqueles que permaneceram no Navio sem nome, eram pessoas ávidas por aventura e poder. Cada um tinha seus objetivos particulares, alguns pensavam em adquirir uma quantia monetária boa o bastante para que no futuro, pudessem viver em paz em uma ilha do seu gosto. Já outros querem viver a cada minuto como se fosse o último, aproveitando todos os detalhes e características das ilhas que passaram e passarão.

Fred deu um sorriso e assentiu positivamente com a cabeça, entendendo a ordem passada por seu capitão. Este último por sinal, finalmente recebeu a cobrança pelos seus esforços exaustivos em Flevance, uma sequência de embates e fugas, foram responsáveis pelo desgaste físico do pirata. Ele caminhou, andando em meio a "cambaleados" e sentindo que a qualquer momento perderia completamente as forças e cairia nos braços do Deus do Sono. Seu único desejo era encontrar um lugar confortável para dormir, talvez se ele fosse pro interior do navio, encontrasse um lugar melhor, entretanto, não teve forças mentais para isso. Ali mesmo no deck, embaixo de um pequeno bote, ele repousou seu corpo e entrou em um profundo sono.

Algum tempo passou e os homens retornaram com as provisões necessárias para mais uma viagem. Eles trabalharam de maneira sinérgica para que o abastecimento fosse rápido, afinal, sabiam que a qualquer momento uma informação poderia viajar entre os QG da marinha e mais uma rodada de batalhas acontecer, celeridade era um atributo importante para aqueles simplórios homens. Com tudo pronto o barco então continuou, o navegador seguia o curso para Minnion, uma ilha onde predominava o inverno, uma dúvida surgiu em sua mente… para onde ir depois dali?  O homem esperaria seu superior acordar para perguntá-lo.  A viagem até então era tranquilo, os ventos fortes ajudavam a manter a velocidade da embarcação e o mar não criava empecilhos para a Navegação, entretanto, ao longo do horizonte, nuvens acinzentadas mostravam que aquela calmaria estava prestes a acabar.

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Ao dormir feito um bebê, Klaus sonhou com um possível futuro, seria aquele seu destino? Ou apenas um devaneio de um jovem sonhador? Ele teria que descobrir por si mesmo.

Ao acordar percebeu a movimentação dos homens que ainda guardavam os suprimentos no interior do navio, uma figura conhecida caminhava em sua direção ao perceber o seu despertar - Pelo visto preciso te agradecer. - Joe andava com uma certa dificuldade, parecia que o ferimento em seu corpo o incomodava mais que o necessário - Os rapazes me disseram que se não fosse por você, provavelmente todos nós estaríamos mortos agora. - Disse com um sorriso no rosto. Antes mesmo de obter uma resposta, o homem visualizava as preocupações de Sunwizer, ao indagar o navegador sobre o tempo de viagem - Cerca de um dia senhor, enfrentaremos uma tempestade daqui a algumas horas. Não podemos nos dar ao luxo de cortar caminho! - Falou o homem observando o que estava por vir.

A - Aargh! Tempestade? Odeio! - Falou o homem finalmente chegando próximo ao pirata, seu olhar estava direcionado a sua irmã, que ainda dormia - Obrigado, de verdade… ela sempre foi cabeça dura e queria ajudar a todos com sua própria força, mas, carregar essa responsabilidade nos ombros a afastou dos seus sonhos de infância. - As palavras do homem carregava um sentimento de arrependimento, como se ele quisesse que a irmã tivesse tido uma outra vida - Não estou feliz pelo rumo que ela tomou, mas, espero que você cuide dela. - Falou olhando para Klaus - Se não sentirá a fúria de um professor de Física desempregado! - Riu da própria desgraça, entretanto, ele parecia estranhamente feliz.

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Uma conversa tranquila acontecia entre Klaus e Joe em meio a viagem,algumas explicações dadas pelo pirata, tranquilizaram um pouco o coração do professor. No fim das contas, restava-lhe um pouco de dúvida sobre o ocorrido, por alguns momentos cogitou a ideia de Sunwizer realmente ser uma pessoa má, como as informações que chegaram até seus ouvidos, momentos após todo o ocorrido.

Joe ficou feliz ao notar o interesse pelo conhecimento do homem, com um grande sorriso no rosto, iniciou a aula. Suas palavras eram sucintas, ele não dava muitos rodeios em seu ensinamento, passando para Klaus tudo aquilo que fosse necessário e importante em si - Qual dúvida, pode me procurar. - Disse o rapaz indo em direção a sua irmã, repousando seu corpo embaixo da imensa lona que a cobria. Isso também era algo interessante a se notar, diferente dos panos de antes, o corpo de Astrid estava coberto por uma lona impermeável, parecia que ela e os tripulantes restantes, tinham toda uma espécie de aparato para a mulher de proporções elevadas.

Não demorou para que a embarcação chegasse nas proximidades da tempestade, os ventos fortes viajavam pelo barco, as madeixas do pirata flutuavam em sua cabeça. A chuva caiu e o sol que antes dominava o céu, deu lugar a nuvens escuras e espessas - Homens! Se segurem! - Gritou o navegador guiando o timão. As ondas aumentaram, o que fez o barco se mover de maneira selvagem pelas fortes ondas - Senhor! Me ajude por favor. - Disse o homem preso em uma corda - Tome, o senhor irá querer? - Indagou, ofertando uma grande parte da corda que o prendia, para que o capitão pirata permanecesse seguro na embarcação, isso é, se ele precisasse. BOOM!


O som como um tiro de canhão, o rapaz que estava próximo a Klaus voou com o impacto, caindo alguns metros distante. Se ele olhasse para a direção de Astrid, notava a presença de cordas presas nas extremidades do navio, passando por cima do corpo da mulher que ainda dormia, pelo jeito, ela tinha um sono pesado. O som que se assemelhava a uma explosão, nada mais era que o som do navio colidindo com as imensas ondas, o barco balança e tremia por cada onda que ele atravessava - Capitão! Segure a corda! - O navegador gritou apontando para uma corda próximo ao homem, uma das velas estava quase caindo, mas, Klaus prontamente segurou a mesma, mantendo a corda esticada e assegurando a funcionalidade da vela.

Quinze minutos, esse foi o tempo necessário para atravessar toda a tempestade e logo a frente, a tripulação pode ver mais uma ilha, era Minnion. O lugar tinha como seu clima predominante o inverno, com isso o porto estava tomando por uma neve espessa e o frio aumentava cada vez que se aproximavam do lugar - Senhor, a água invadiu os andares inferiores, perdemos algumas provisões e teremos que repor a grande parte, como faremos? - Indagou o mesmo homem que apresentou os suprimentos a Klaus e responsável pelo abastecimento em Swallow.

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O frio típico de Minnion dava as caras de maneira mais rápida que o esperado, por conta da tempestade os corpos dos tripulantes estavam encharcados de água, o que tornava toda a situação ainda mais complicada - Sim, apenas o dinheiro é necessário. - Disse o homem que já estava acostumado a lidar com o reabastecimento, mesmo que em seu interior, achasse que seria interessante o capitão lidar com esses trâmites, afinal, o futuro é uma caixinha de surpresa, certo?

Ele andou enquanto seu corpo tremelicou com o frio, mas, aos poucos, a sensação térmica iria se estabilizar. Antes de sair da embarcação o homem virou na direção de Klaus - Capitão, creio que seja necessário uma ajuda braçal da sua parte, com o debandar de alguns homens, estamos com poucos disponíveis para algumas ações básicas. - Suas palavras e postura só mostravam o quão experiente aquele homem era, acenou para Sunwizer e outros homens antes de desembarcar. O tempo passou e algumas pessoas olhavam do caz para a embarcação de Klaus, alguns achavam ela estranha, já outros tinham uma certa curiosidade em seus olhos.

Não demorou para que o tripulante retornasse em uma grande carroça de carga, em cima de um amontoado de caixotes de tamanhos e pesos variados, todo o mantimento necessário para seguir com a viagem. O "baú" da carroça inclinava com leveza, despejando os itens no chão com cuidado para que nada quebrasse. No interior do navio alguns homens cuidavam da limpeza, já outros faziam pequenos reparos no navio, sobrando apenas Klaus e cerca de dois homens - além do que foi comprar - para estocar todos aqueles itens.

Uma tábua grossa era colocada na entrada do Navio e ligava a embarcação ao porto de madeira, cerca de vinte e sete caixas estavam esperando para serem alojadas no andar inferior do barco. Klaus ajudaria ou apenas sentaria enquanto seus homens fariam o trabalho?

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Ao colocar a mão na passa, Klaus chamou a atenção de alguns tripulantes que continuaram em seu navio. Suas experiências passadas voltaram a tona como sirenes em suas cabeças, alguns deles jamais viram o capitão auxiliando ninguém de maneira tão clara como aquela. Claro, com Astrid era diferente, mas, ainda sim, tinha suas limitações.

Com o estoque em dia e os simplórios reparos feitos, o barco iniciou sua viagem novamente, agora indo na direção da última ilha dos Blues, aquela que dava acesso a Grand Line, provavelmente o objetivo do nosso temível Sunwizer. Ele estava certo de querer zarpar logo, a Marinha tinha ágeis contatos e sua descrição não continuaria a passar em branco, os olhares indicaram aquilo que ele temia e também o que provavelmente iria o agradar, era possível que uma recompensa já tivesse sido posta em sua cabeça. As próximas viagens tinham grandes chances de não serem tão tranquilas assim, marinheiros e caçadores em busca do dinheiro, diversos grupos estariam no rastro de Kira, principalmente pelas mortes causadas por ele em Flevance.

O mar estava calmo, o sol intenso raia no céu e os ventos fortes davam velocidade à embarcação, que continuava sendo guiada pelo experiente navegador - Onde estamos? - Perguntou Astrid ao despertar, seus olhos contavam com remelas do tamanho de melões e seus cabelos? Totalmente bagunçados por conta das adversidades que ocorreram durante esta viagem - Por que estão me olhando com essa cara? Não acredito que dormi demais e perdi toda a diversão? - Falou olhando para alguns homens que direcionavam olhares incrédulos a gigante, afinal, ela dormiu em situações que mais ninguém conseguiria.

Por fim, Klaus recebia um aceno da gigante. Com a calmaria do ambiente, o pirata teve tempo livre para passar o olho nos seus tripulantes: Alguns deles jogavam cartas, outros tentavam pescar alguma coisa em meio a viagem. Um deles tocava uma espécie de cavaquinho e outro fazia crochê no canto, admirando a paisagem azulada proporcionada pela imensidão do mar e do céu. O que Klaus faria para passar o tempo? Jogaria com seus tripulantes? Ajudaria o rapaz na pesca? Iria explorar o interior do barco? Conversaria com Astrid? Ou faria algo do seu gosto pessoal para matar aquele tempo?

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O clima de harmonia reinava na embarcação, a viagem agora em diante seria mais tranquila do que nunca, pelo menos foi isso que o Navegador disse em alto e bom tom. Astrid coçava a cabeça um tanto quanto sem jeito, ela sabia do seu defeito fisiológico - Tenho um sono meio pesado mesmo. GUHAHAHA! - Gargalhou enquanto olhava tomada por vergonha.

Lvneel não estava muito longe, no horizonte a silhueta da ilha já dava as caras. O mar tranquilo agraciou os presentes naquela viagem com belas cenas, animais típicos do mar viajando ao redor do barco, como se guiasse-o em direção à última parada. A brisa forte se esgueirava entre a embarcação, enquanto alguns homens aproveitavam aqueles momentos de calmaria para descansar. Eles sabiam que aquilo não duraria muito, duas pessoas daquele navio logo teriam recompensas pelas suas cabeças, situação atípica para alguns e para outros, apenas algo rotineiro em suas vidas.

Sussurros no barco e conversas paralelas se faziam presentes, alguns almejavam alcançar seus objetivos, talvez encontrar lugares lendários que eles tinham conhecimentos apenas nas histórias. O sentimento libertador de navegar pelos mares para onde bem entendessem, recheava os corações dos tripulantes naquele momento oportunidade - Costurar? Que milagre alguém com interesse nessa arte! - Disse o homem enquanto habilmente criava o que parecia ser um gorro, tendo o símbolo de P na parte frontal do item - Normalmente ferreiros só focam em martelar e martelar, ok, concordo que moldar o aço seja a parte principal. Mas você sabe, existe muito além disso. - Falou o homem de cabelos esverdeados e curto na lateral, quase que completamente raspado. Sua sobrancelha era da mesma cor que seu cabelo, com listras pretas, cerca de três em cada uma delas - Capitão, a costura vai muito além do básico. Para ser um bom costureiro você precisa ter habilidade nas mãos, velocidade, precisão e cadência, são qualidades indispensáveis para isso. E o senhor sabe onde mais essas qualidades podem ser utilizadas? Exato! Em tudo. - Disse orgulhosamente e aquilo era verdade, aquelas habilidades básicas tinham uma variedade quase que infinita de uso - Venha, vou lhe ensinar. - Puxou uma grande agulha, tecidos e linha, entregando a Klaus.

Pode usar o Npc se quiser, desde que permaneça apenas no que se diz respeito ao aprendizado da Proficiência

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