— Nãh, eu tô de boa. — O mink dizia a respeito de Yuko lhe conseguir uma arma, já que o corpo dele já era uma arma por si só e ele conseguiria se virar sem problemas. A respeito dos itens médicos, ele parecia hesitar por um momento, talvez sem querer explorar a irmã economicamente, pois suas economias haviam ido de base nos dias anteriores.

Por fim, ele dava um suspiro e começava a contabilizar o que precisava usando os dedos das mãos. — Álcool, bisturi, estetoscópio, agulha, bandagem, sutura, sedativo… — E a lista continuou, com Frank falando baixinho, para si mesmo, tentando lembrar de tudo o que seria necessário. — Ahn… Acredito que uns… quinhentos mil? Daria certo. — Ele parecia levemente constrangido, levando a destra para trás da cabeça e coçando o couro cabeludo.

Apesar do valor ser alto, não havia muito a ser feito, então Yuko lhe deu o valor pedido e ambos se separaram com um aceno. Seguindo até a biblioteca e lembrando brevemente da sua péssima experiência ali na frente, a jovem entrou no estabelecimento armada, mas ninguém pareceu se importar. Armas eram algo comum naquela ilha, embora no geral estivessem ocultas por baixo de ternos e gravatas.

Próximo ao centro da biblioteca, Yuko viu um homem pendurado com a ajuda de cordas e roldanas, enquanto outros três mais embaixo seguravam as cordas que o mantinham no ar. O homem lá no topo parecia estar passando uma massa cinzenta ao redor de uma das pilares, a qual estava com diversas finas rachaduras próximas ao topo, assim como mais algumas na região próxima do teto também. O que poderia ter causado um dano como aquele em uma estrutura, aparentemente, tão resistente?

Sem respostas para a sua pergunta, a lanceira seguiu adiante e não demorou a encontrar um velho bem arrumado numa das alas da biblioteca. Ele usava um monóculo, era calvo e vestia um terno amarronzado. Em suas mãos, um livro intitulado "Sirarossa: Seus 800 anos de história e as ramificações no West Blue e na Grand Line.". — Claro, o que deseja saber, minha jovem? — Sua voz era rouca e alguns charutos visíveis em seu bolso indicavam um possível motivo para tal. Ainda assim, parecia ser gentil e paciente, quem sabe até mesmo fosse um dos professores da ilha.


As duas mulheres, loira e morena, seguiam para o banheiro e tomavam um longo e relaxante banho, sem frescura entre elas e seus corpos nus. — Hm… — Ela pensava por um momento. — É uma boa. Na verdade… — Um momento de silêncio se seguia enquanto Jules fechava os olhos e boca para enxaguar seus cabelos volumosos. — Eu tinha pensado em você encomendar uma lâmina grandona e fazer o cabo. Você é carpinteira, então consegue fazer um cabo, não consegue? Então… Mas se você conseguir fazer tudo só, também dá certo. — Completava, dando de ombros.

Quando Ivana perguntava sobre outro ferreiro, a morena dava de ombros novamente. — Eu conheço Sirarossa tanto quanto você. — Respondia de forma sincera, mas não ríspida. — Podemos procurar próximo do porto, lá deve ter. — As duas terminaram o banho e vestiram roupas limpas, seguindo justas para o porto, com Jules liderando.

Pouco depois de saírem do hotel, Jules fez um — Ah! —, como se tivesse lembrado de algo importante, e se aproximou de Ivana para falar baixinho: — No caminho eu tentei me informar sobre aquele… senhor? Macaco? — Ela de ombros uma terceira vez, continuando com a história. — Enfim, o importante é que ele nos mandou para a região dos Navas, que é uma família de mafiosos da ilha. E, mais importante ainda, a marinha não entra nesta região. Isso explica porque pararam de nos seguir. — Ela olhava de um lado para outro, desconfiada. Embora não tivesse ninguém próximo para ouví-las, ela baixava ainda mais o tom: — Eu me informei e peguei mais ou menos as regiões de cada família e as áreas que os marinheiros não se aventuram, isso por ser útil pra gente. Por outro lado, é melhor evitar ficar andando por essas bandas, a não ser que seja estritamente necessário. — E, após um ou dois minutos, ela continuou, agora com a voz na altura padrão: — Agora, quem era ele e porque nos ajudou, eu não faço a menor ideia.

A caminhada durou mais alguns minutos, com a brisa do mar sendo sentida pelas jovens antes do mar ser visto por elas. Jules parou e apontou na direção oeste. — A doca fica para lá. Prefere ir direto ou vai querer ir no ferreiro primeiro?

Ivana Tsana:

Yuko Tsukumo:

Turnos Narrador:
Van: 8
Sadakiyo: 5
Noskire: 7

A caminhada foi tranquila. O porto não estava lotado, a brisa do mar era suave e a lua iluminava lindamente o cenário. Também não havia marinheiros ao redor, o que era bom para as duas ladras, mas o corpo gigante da loira atraiu alguns olhares dos homens de terno e gravata, o que talvez não fosse o ideal.

De uma forma ou de outra, caminharam pelo litoral até encontrarem uma grande ferraria, situada num armazém alto o suficiente para a grandona conseguir entrar curvando apenas levemente o seu tronco. O responsável era um velhinho tão pequeno que se tornava quase invisível próximo aos sete metros da meia-gigante.

Provavelmente por causa da diferença de altura, o velhinho tentou atendê-la aos gritos: — BOA NOITE! EM QUE POSSO AJUDÁ-LA?! — Ele ouvia seu pedido e a olhava de cima a baixo. — Hm… Vai ser complicado… — Coçando o queixo com a canhota, sussurrava para si mesmo, sendo perfeitamente escutado por Ivana. — ME DÊ UM MOMENTO! — Gritava em resposta e saia correndo pelo depósito, precisando dar uns trinta passos para percorrer um passo da loira.

Após uma espera considerável, o velhinho retornou com uma dúzia de funcionários carregando ferramentas gigantes e um conjunto de materiais composto principalmente de metais. — AQUI ESTÁ! — Gritou. — FERRAMENTAS E MATERIAIS! — Respirou fundo, cansado, antes de gritar mais um pouco: — MAIS ALGUMA COISA?! — Jules, mais embaixo, só fazia rir.

Caso nada mais quisesse, o velhinho calcularia o valor total, informando: — TUDO DÁ UM MILHÃO! REDONDINHO! — Pagando, o velhinho informaria que os funcionários poderiam levar o material para onde a jovem quisesse. Por outro lado, a própria Ivana poderia levar sua compra sem problemas.

Ivana Tsana:

Yuko Tsukumo:

Turnos Narrador:
Van: 8
Sadakiyo: 5
Noskire: 8

- SEISCENTOS MIL? - Berrava, arregalando os olhos e chacoalhando a língua como o chocalho de uma coral. - É, parando pra pensar, sobrariam 400 mil... talvez dê para negociarmos. - Refletia, o que fazia Jules se acalmar. - Faça quatro entregas de materiais de construção para mim. Com o seu tamanho, érm, com todo o respeito... Você deve me poupar o trabalho de cinco funcionários, o que me faria economizar bem mais e adiantar outras questões da oficina... O que me diz?

Caso Ivana concordasse, Jules receberia um mapa com quatro pontos na ilha para que as entregas fossem feitas, além de serem indicadas quatro lonas cobrindo materiais, formando pacotes bem amarrados.

Ivana podia carregar facilmente os quatro pacotes imensos, além de que a região onde deveria fazer a entrega não ser muito longe do próprio estabelecimento, estando em médio a 5 quilômetros cada uma. Desta maneira, demoraria no máximo 1h para fazer tudo.

- E ENTÃO??? O QUE ME DIZ??

Ivana Tsana:

Yuko Tsukumo:

Turnos Narrador:
Van: 8
Sadakiyo: 5
Noskire: 8
Oni: 1

Assim que obtivesse os materiais, a meia-gigante tentaria segurar os pacotes com os dedos pelas amarras como se fossem sacolas de supermercado, em seguida, guardaria o mapa dado dentro de seu decote para que ficasse fácil de tirá-lo durante as viagens, então delegaria algumas orientações para a amiga bem baixinho nas orelhas dela: — É o seguinte, pega tudo de importante que você deixou no hotel e vai direto para as docas, pois não vamos ter dinheiro para pagar as diárias, só sai de lá de fininho e se alguém suspeitar diz que eu volto depois. — Por fim, Ivana começaria finalmente sua missão indo ao ponto mais próximo dali.

Com o acordo feito, a Meia-Gigante saía rumo às suas entregas. — Nós conseguimos! Só cinco entregas e podemos fazer nosso navio! - Dizia Jules, aparentando estar empolgada. —Por um instante eu achei que ia ter que atirar em todo mundo. — Refletia, suspirando.

As duas prosseguiam fazendo as entregas.

Todas as primeiras foram feitas sem qualquer problema.

Já na última, a entrega em si aconteceu sem qualquer problema.

Entretanto, logo após, tiros surgiam contra o cliente.

- Merda! Desculpem! - Berrava o cliente.



O homem puxava duas adagas em formato de chifres do bolso, lançando uma delas contra os inimigos, que estavam vestidos tipicamente como mafiosos.

Enquanto ainda estava no ar, uma das adagas se incendiava sozinha, incinerando o corpo de um dos mafiosos. Neste meio tempo, o homem corria em direção aos outros dois, fazendo cortes flamejantes em ambos, que caíam derrotados.

- Me desculpem incomodar, mas eu preciso entregar esses materiais na ilha de Kano. O quanto antes. Vocês conhecem alguém que poderia dar uma carona para mim antes de a máfia me pegar? Eu posso trabalhar! Sou navegador! - Ele perguntava com um tom preguiçoso.

Ivana Tsana:

Yuko Tsukumo:

Turnos Narrador:
Van: 8
Sadakiyo: 5
Noskire: 8
Oni: 2