local parecia animado, ouvia vozes cantarolando uma canção sobre viagens, ou pelo menos, assim entendia, não tinha dúvidas, iria parar naquele local. Era um bar simples, do jeito que eu gostava, rumei até o balcão e fui atendido por um barman simpático, pedi um suco e coloquei os 50 mil berries sobre a mesa, enquanto girava no banco para ver a bagunça no local, a energia era boa, me vi sorrindo sem conhecer qualquer um ali ou sequer ter um motivo.

Peguei o copo e dei um gole, estava saboroso, estalei a língua sentindo o gosto da fruta, nesse momento, um rapaz de vestes sujas se aproximava no momento em que o barman explicava sobre a Rainha que morava no castelo que havia visto anteriormente. O rapaz continuava explicando que os dias atuais eram melhores que antigamente, como um bom historiador, não poderia perder uma boa historia. [Historia/Sociologia]

Nunca fui em uma ilha que tem Rei ou Rainha, antigamente era muito ruim?

Questionava com verdadeira curiosidade, até aquele momento conhecia sua ilha natal e Stevelty, nenhuma delas tinha um dono, um Rei era um ser divino, bem, pelo menos era o que os livros indicavam, nunca havia conhecido um, queria saber como era uma Rainha, será que ela brilhava? Teria asas como os anjos? Enfim, ficaria escutando um pouco sobre o passado de Lvneel, caso o homem me contasse.

A verdade era que estava em um local completamente novo, ansioso por aventuras, terminando de beber todo o conteúdo do copo, virava para a dupla novamente.

Eu pretendo seguir para a Grand Line, mas ainda não tenho um navio, sabe um lugar onde fazem barcos na ilha?

Perguntava de forma inocente, meu plano era comprar um barco, encontrar um navegador e seguir para o Farol.[Ambição]

Vou criar um bando pirata … uns 5 membros está bom, vou navegar por todos os mares até encontrar o One Piece! KAKAKA

Ria satisfeito, não importava se iriam me julgar ou qualquer coisa parecida, eu de fato iria fazer o que havia dito, esperava começar meu grupo nessa ilha, tendo como passo principal, meu navio, nem que seja um provisório.

scutava com atenção o relato sobre o passado de Lvneel, sempre dando um gole ou outro no suco, que de fato, estava bem saboroso. Havia regras absurdas sobre multas por não usar a cor correta, açoite em praça publica, caramba, era uma realidade bem diferente daquela que estava acostumado. Para a sorte deles e da ilha, a nova Rainha parecia ser melhor, afinal, o poço já tinha sido cavado muito fundo; Contudo, o que realmente me surpreendia, era em como eles aceitavam ser tratados daquela forma por anos e nunca terem se revelado, era uma conduta passiva demais, procurei não julgar de imediato, mas eu não conseguiria aceitar tais ações em minha mente.

De repente, dois homens entraram na taverna, notei de imediato que eram pessoa non grata, ninguem queria a presença deles ali a julgar pelos olhares tortos, usavam armaduras e capaz azuladas, era notável que estavam confiantes e pelo modo de agir, não era a primeira vez que faziam aquilo. Pelo olhar do taverneiro, notei que aqueles deviam ser algum tipo de guarda, fora eles, nenhuma outra pessoa parecia ostentar armas ou saber luta, as roupas sujas, a bebida barata, era um bar de trabalhadores. [Impulsivo]

Vocês trabalharam para a Rainha?

Questionei me virando para eles, não pensei em nenhum momento se a pergunta iria ofende-los ou não, foi a mais pura curiosidade de um jovem arqueólogo e historiador. Emendava outra pergunta logo em seguida. [Destemido]

Porque jogaram fora a bebida e pediram uma nova?

Apontava para a mesa e para as pessoas molhadas, não tinha sido legal a forma como agiram, se fosse comigo, iria ficar zangado, mas ninguem parecia fazer nada a respeito, qual o problema dessa gente?

Se eles se levantassem ou me chamassem para a mesa, iria agir normalmente, escutando o que tinham a dizer, queria conhecer mais desse pessoal de armadura, soldados deviam ter uma vida agitada, protegendo o reino de invasores, como lia nas historias quando criança, seria legal conhecer um deles de verdade.

liquido gelado pingava pelos meus cabelos caindo sobre meu colo, por sorte, estava sem meu quepe (ele estava no balcão), não queria que ele ficasse cheirando a cerveja, a segunda coisa que pensei foi no desperdício que aquilo resultava, não me parecia uma ação que um guarda deveria ter, esse pessoal não deveria proteger o povo? mas o que sei sobre o mundo, livros eram uma excelente fonte, mas é no campo de batalha que se conhece a guerra. Saltei do banco e dei dois passos rumo aos guardas, que agora estavam de costas para mim rindo num tom alto, quando parei de repente.


Virei meus olhos escuros e fitei bem o rosto do taverneiro, havia notado que era um homem quieto e evitava confusão, se fosse começar uma briga aqui dentro, provavelmente quebraríamos alguma mesa ou cadeira. Busquei aprovação, se ele assentisse positivamente, mostraria um sorriso levemente escondido no rosto, enquanto avançava com passos curtos até os guardas, esperando que eles ficassem o mais próximo possível da porta, iria tentar chuta-los para fora do bar. Não fazia isso pelo fato de estar molhado, eles não deviam tratar aquele pessoal daquela forma.


Tendo sucesso nesse movimento, iria parar sobre portinhola enquanto estralava os dedos. Eu iria mostrar o quão forte era.

Doravante, se o taverneiro balançasse a cabeça negativamente, daria mais alguns passos para trás e me sentaria novamente, onde daria uma risada um pouco mais espalhafatosa.

Pelo visto, eles não gostam da sua cerveja KAKAKAKA

Não sei se iriam rir ou me julgar, pouco importa, era apenas cerveja e nada mais, ninguém ali tinha sido ferido, eram apenas homens idiotas agindo como idiotas, se eles tivessem atacado alguém mais fraco dentro do local, bem ... nesse caso iriamos de fato ficar nervoso.

Eu não ligo pra isso, mas fiquei curioso, eles fazem isso com frequência? Por vocês não fazem nada a respeito?

Tentava secar o cabelo passando a mão nele varias vezes, espalhando o liquido para longe, não importando de cair nos outros, quase como um cachorro molhado fazia. Depois pegava a caneca vazia colocando sobre o balcão.

Então, onde eu posso achar uma loja de barcos mesmo?

Com a barriga cheia, novas amizades feitos, era hora de ir atrás do meu barco, seria nele que iria partir para a Grand Line. Depois dele, era hora de procurar por um navegador, mas uma coisa de cada vez.

ceitei de bom grado o quarto do taverneiro, viajar era cansativo, além disso, não havia muito o que fazer naquela hora, as docas ainda estavam fechadas, ninguém estaria acordado naquele momento. Por ora, descansar seria a melhor coisa a se fazer. Uma vez no quarto, iria tirar a roupa e tomar um bom banho, tirando toda a cerveja de mim, depois disso, pendurava a roupa no armário e me deitava, fechando os olhos com as mãos atrás da cabeça.

Perdido nos mares mais profundos de todos, em minha mente, não conseguia segurar a excitação das coisas que queria fazer, maquinava os passos para não esquecer. Primeiro, iria até as docas procurar por um barco, não precisava ser grande, mas resistente para subir a reverse e conseguir chegar até a primeira ilha da Grand Line, depois disso iria ver se trocava ou não.

Segundo, um navegador, alguém que desejasse me seguir até a última ilha do Novo Mundo, onde o One Piece estava, o tesouro deixado pelo Rei dos Piratas e que eu iria achar, sem sombras de dúvidas. Em algum momento entre esses pensamentos, adormeci, acordei com um forte balanço, o quarto estava em chamas, gritos por todos os lados, a fumaça entrava por baixo da porta, tentei me levantar, mas algo me prendia, escondido no canto do quarto, alguém me olhava, olhos profundos, me senti tomado por um medo, um medo daquela figura sem face.

Assim que acordasse desse pesadelo, a primeira coisa que faria seria lavar o rosto, depois de me vestir, era hora de descer pelo bar, ainda pensando naquele pesadelo, ele refletia algo que havia lido no Poneglyph em Stevelty, seria isso um presságio? Espero que não, verdadeiramente. Quando encontrasse o velho, abriria um largo sorriso.

Obrigado pelo quarto … você não me disse seu nome

De fato, não lembrava o nome do sujeito. Quando ele se apresentasse, mostraria um sorriso enquanto caminhava para fora do local.

Eu sou Kay, a gente se vê, vou arrumar um barco para mim KAKAKAKA

Assim, iria me dirigir até as docas, observar bem as lojas até ver algo diferente, que me chamasse atenção, somente então, me aproximaria.

dia prometia, depois de bater um prato e me despedir de Tav, o sujeito que tinha virado meu amigo, sabia que meu rumo seriam as docas. Um passo de cada vez, sentia o vento em meu rosto, o cheiro salgado do mar inundava minhas narinas, depois de sair de uma ilha chuvosa como Stevelty, era bom sentir a brisa novamente.


Estava usando meu quepe sobre a cabeça, a capa presa nos ombros, vestia um macacão que cobria todo meu corpo, próximo ao pescoço, existia uma gola de pelo de animais, nos pés um par de botas de couro, se por acaso sentisse calor, abriria a parte de cima do macacão e amarraria as mangas na cintura, ficando com o peito nu.

Rapidamente cheguei nas docas no fim do porto, meus olhos logo se arregalaram, não conseguia conter a empolgação e admiração pelas construções, ainda que estejam na metade, as lojas começavam a abrir, não demoraria para ter pessoas percorrendo e fazendo suas atividades.

Caminhava sem pressa, parando em frente a cada coisa nova, analisava algo que sequer entendia, vendo esqueletos de madeira, imaginando qual deles seria o meu, as vezes me pegava rindo e imaginando como seria a bandeira que ostentaria nas velas negras que sem dúvidas eu teria.

Dentre as lojas, duas estavam abertas, mas uma delas logo me fisgou. Mudei minha direção para entrar na Geppetto Workers.

Oláaaaaa?

Gritava com as mãos ao lado da boca logo que entrasse no local, era um armazém velho e levemente sujo, mas o nome parecia engraçado, teria algum Geppetto ali?

Bom dia, meu nome é Kay, eu quero um barco para navegar pela Grand Line kakaka

Diria, caso alguém viesse me atender ou apenas questionasse o que estava fazendo ali. Continuaria mostrando o que queria.

Não quero um barco velho, tem que ser algo novo, afinal, ele vai carregar o futuro Rei dos Piratas nele!

Demonstraria minha ambição para quem quer que fosse, nesse momento, já estava caminhando pelo armazém sem importar se estava sendo invasivo ou não, era apenas uma criança em um playground louco para ganhar um novo brinquedo.

interior do armazém não refletia o seu exterior, era um local bem organizado, havia diversas madeiras separadas por prateleiras que subiam até o teto, produtos que deveriam servir para construir barcos ou coisas do tipo, meu conhecimento com madeira era mínimo, pra não dizer nulo.

Meu chamado foi respondido rapidamente, por trás do balcão, um senhor surgiu, seus cabelos eram longos e brancos, indicando uma idade avançada, como havia previsto, seu nome era Geppetto, como no letreiro. Demonstrei meu interesse em comprar algo, mas não esperava a reação do sujeito.

Navegar? Carpintaria? Primeiros Socorros? Eu preciso disso tudo para ser o Rei dos Piratas?

Questionava com surpresa, para mim, bastava navegar até a última ilha. Eu não tinha uma tripulação, a verdade era que tinha pensado somente em um navegador, afinal, alguém ia precisar guiar o barco, mas o restante eu não tinha pensado direito.

Geppeto não demonstrou interesse em construir o navio, o que me deixou levemente intrigado, esse sujeito parecia conhecer muito do mar, ele podia me ajudar, afinal, são 60 anos no mercado de barcos.

Vovô, eu não quero uma bacia, se você de fato conseguir construir um barco capaz de me levar até os confins do mundo, eu irei provar que sou capaz

Nesse momento, um longo e feliz sorriso brotou em meu rosto, meus olhos brilhavam como duas esferas de fogo, não conseguia esconder as chamas que queimavam em meu peito.

Eu, sem dúvidas, vou conquistar os mares e irei achar o One Piece, posso não saber navegar, saber sobre madeiras ou curar doenças, nem tenho uma tripulação … tenho apenas isso de dinheiro (5 milhões)

Dizia tais palavras com verdadeira confiança, sem perceber, o vento começava a sair da minha manopla, fazendo com que a minha capa ficasse se movendo, dando um aspecto de herói ou algo parecido, daria alguns passos pelo local, era hora de mostrar meu valor, todo mundo tinha um problema, eu iria ajudar esse velho.

Porque não fazemos um acordo, eu te ajudo em algo … alguém lhe deve dinheiro? Posso ajudar em algo na oficina? Eu sou forte, tem alguma pessoa que merece uma surra? Posso ser esse cara … em troca, você me ajuda com o barco e em achar um navegador, que tal?

stava do lado de fora do armazém, pensando naquilo que Geppetto tinha dito, talvez ele estivesse certo, eu ainda estava cru, um sonho sem um plano é somente um sonho. Quando por fim caminhei mais um pouco, olhava para o horizonte, vislumbrando aquele magnífico oceano, um sorriso aparecia em meu rosto e uma face amigável surgia.

Eu vou mostrar para ele que eu sou mais do que eu aspirante hehe

Não era tão difícil, eu precisava de um navegador e mais dinheiro, estava decidido, ia pegar uma escuna, veloz e resistente, ela seria meu transporte pela Grand Line. A verdade era que não tinha muita ideia do que fazer, onde iria conseguir dinheiro? Trabalhar ia demorar muito, não tinha esse tempo a ser perdido, havia a opção de roubar, agora que eu já era um procurado, talvez fosse tempo de abraçar esse título.

Obviamente, não ia roubar como um bandido, ia roubar de bandidos, afinal, eles não iriam reclamar com a Marinha ou com os guardas, era exatamente isso que iria me bancar. Com um plano inicial, resolvia caminhar para o centro da cidade, onde teria mais movimento e poderia encontrar algum rumo.

Não conhecia nada de Lvneel, teria um Quartel da Marinha? Não havia visto nenhum soldado que não seja da guarda real, se me vissem, será que reconheceriam? Por sorte, era um valor baixo, ainda era apenas um zé ninguém, como eles, eu também estava atrás de um peixe grande, uma taverna nos confins da cidade poderia ser um começo, havia muito a se fazer, e tudo dependeria do futuro, o que ele traria de diferente para mim?