Na busca por sinais

Mais um dia havia se encerrado, consigo havia parte do dinheiro da cabeça de Luke, depois da caçada, o mudo havia se separado de Yohan e vagou pela ilha com as informações que havia adquirido de alguns marinheiros, havia passado nas mulheres que lavavam roupa, na biblioteca para aprender algumas coisas para o futuro e por fim, havia comprado o que podia saciar seu vício. Agora, estava na casa de Yohan, havia tomado ela como sua enquanto estava na ilha. Escrever em papéis parecia rústico, fora de moda, havia reparado nisso quando pediu as informações após entregar Luke, até mesmo anteriormente, aquele marinheiro próximo do famoso hotel da ilha, havia achado que Draken queria um autógrafo. *Será que devo buscar algum livro sobre comunicação para mudos? Assim como linguagem de sinais? Escrever em papel é um pouco demorado, preciso escrever e a pessoa tem que ler, mas por outro lado, se a pessoa não souber linguagem de sinais, estarei movendo o braço a esmo..*

O jovem Nostrade então fechava seus olhos, relembrando de tudo que havia acontecido naquela ilha, até aquele exato momento. *Finalmente possuo uma arma de fogo comigo, agora apenas preciso de mais munição, apenas uma não vai ser o suficiente.* E então, o jovem dormia e após uma noite de sono, o aspirante a caçador se levantaria da cama daquela casa e com todos os pertences que já estavam consigo, sairia, abrindo e fechando a porta da frente e o primeiro local que pararia? Numa loja de armas, aonde caminharia com passos silenciosos e sem pressa para encontrar tal loja. Quando encontrasse uma loja, Nostrade adentraria o local e de dentro de seu bolso interno do terno, retiraria o bloco de notas e a sua caneta. – Olá, gostaria de adquirir munição para o meu revólver. Retiraria de sua no lado de trás, o revólver de uma maneira que não mostrasse hostilidade, visto que estava numa loja de armas. Retiraria o pente e mostraria a munição, sua última, que usava para aquela arma e em seguida, colocaria no pente mais uma vez e se o(a) vendedor(a) tivesse, pediria o preço. Pagaria o preço correto e então, encheria o pente com a munição e acoplaria de volta no revólver, e esconderia em suas costas, preso na cintura. *Agora, não preciso me preocupar em não ter munição nos meus assassinatos..*

E logo em seguida, o mudo sairia do estabelecimento, caminhando em direção ao quartel general da marinha daquela ilha, mais uma vez. Ao chegar no estabelecimento, o assassino já ia direto para o mural, buscando por cartazes de recompensas, quem seria a sua nova vítima? Analisaria os cartazes, de primeira, pegaria o cartaz com o valor mais alto, mas em seguida, pegava um segundo cartaz, aquele que tivesse o mesmo valor de Luke. Com dois cartazes em mão, iria até aquela atendente do dia passado, colocaria os dois papéis na mesa, virados para ela e mais uma vez, escreveria em seu bloco de notas, sua forma de diálogo. – O que você saberia sobre eles? Após escrever, mostraria para a pessoa por de trás do balcão e aguardaria uma resposta. *Não espero algo detalhado, mas se me falarem pelo menos a última localização do alvo e seus jeitos, pode ser útil para eu traçar alguma ideia para elimina-lo..*

Por não estar com pressa ou ser um procurado, Draken acabava por perder algumas horas caminhando pela ilha, na busca por uma loja de armas, por escolha própria, pois poderia parar alguma pessoa e perguntar por direção, mas decidiu ir na manha, sem pressa e durante o trajeto, com sua audição aguçada, escutava cochichos e quando buscava encontrar com o olhar, podia ver semblantes receosos, mas por qual motivo? Não era pertinente ao mudo. Enfim, chegava na loja aonde de início, assustava o vendedor, mas depois de alguns segundos, o sujeito parecia ter reunido coragem para reler o bilhete e então, vender os projéteis e ainda dar um conselho: - Ei, rapaz… Aqui está sua munição… Se eu fosse você, tomaria cuidado. Há um monstro à solta na ilha. Ele matou um montão de gente lá no porto. Cuidado! Ao escutar aquilo, o jovem Nostrade fitava o vendedor por alguns instantes e assentia com a cabeça, saindo então da loja e indo para o próximo local, o quartel da marinha. *Então tem um assassino rondando pela ilha, bem, eu sou de uma família de assassinos também, coincidência? Ou apenas um pirata matando pessoas alheias?* Era o que pensava durante o caminho.

A caminhada até o quartel general não demorava tanto quanto demorou para chegar até a loja de armas, pois o mudo já havia ido até o local, no quartel, Draken encontrava aquele cabo suspeito, Di’Mouse. Não sabia se era o modo de agir daquele cara ou não, mas o marinheiro dava muita pinta de que não era bonzinho, parecia ser um marinheiro corrupto ou então, um carrasco e suas palavras com o rapaz e Yohan, ou ele diminuía aqueles que buscavam ser caçadores ou era todos que estavam abaixo dele? Por enquanto, ignorava o mesmo até que o próprio Cabo sugeria para que Draken preenchesse um formulário, pois o mesmo já havia caçado um procurado. *Parando para pensar, não preenchi isso e nem recebi nada além do dinheiro por Luke.* Mouse então lhe entregava o bendito formulário, o aspirante a caçador então dava uma lida em seu conteúdo para então, preencher com as informações necessárias e após tal preenchimento, entregaria de volta para o Cabo.

Um pouco para a esquerda estava o mural com os típicos cartazes de procurados, o mudo então decidia pegar dois dentre aqueles: Jonah Jameson Junior e Nikita. Com os cartazes em mãos, buscava ir, felizmente ou infelizmente, até o Cabo Di’mouse, mas antes de cutucar o mesmo, escreveria no papel, sua única forma de comunicação, por enquanto. – Teria alguma informação sobre a Nikita e o Jonah Jameson Junior? Paradeiro, estilo de luta, dentre outras informações. Mostraria o que havia escrito e deixaria que o marinheiro lesse primeiro para então, mostrar os dois cartazes, mas não antes de guardar o bloco e a caneta. *Ele havia nos dado o mapa da ilha e a localização de Luke, ele deve ter algo para me informar..* Após obter alguma informação, buscaria usufruir de tal privilégio e sairia do quartel general, em silêncio e discreto, buscaria se passar como um civil, esse era o primeiro passo para caçar o seu alvo.

Jonah e Nikita eram seus alvos, até perguntava por informações para o suspeito Di’Mouse, o mesmo então respondia e esclarecia algumas coisas. Segundo o cabo, o “triplo J”, como chamava o procurado Jonah, era um novato, iniciando com roubos de barcos, depois foi para turistas e agora, atacava pessoas de grande influência. O cabo ainda dizia que o pirata tinha um animal como parceiro, mas não era um caçador como o mudo, era um cachorro. Ele tirava uma onda sobre isso e comparando o rapaz. * Então nesse caso, seria dois contra um, vai ser um problema, vou ter que me livrar do cachorro primeiro ou então, de Jonah..* Sobre Nikita, o caçador novato podia notar que Mouse hesitava um pouco e até ajeitava a gola de sua camisa social antes de falar, ai tinha algo.. - Ela é uma dama da noite. Tem uma casa noturna perto do porto para piratas e criminosos do submundo. É impossível chegar nela sozinho. Tem muitos homens e mulheres trabalhando pra ela. Melhor… cof cof… ignorar por enquanto.

Era muito curioso aquilo, o jeito que o Cabo dizia e agia, seria ele um dentre esses muitos homens trabalhando para ela? Não tinha nenhuma prova física, apenas o modo de agir dele e por isso, acabava por esquecer de Nikita, por enquanto. *Depois vou atrás dela e vejo se desvendo algo a mais sobre Di’Mouse..* Enquanto o cabo agia daquele jeito, o próprio pegava um papel e parecia preencher alguma coisa, um relatório para seu superior? O cabo então entregava para o próprio mudo enquanto trocava de lugar com um soldado, acendendo então um cigarro e adentrando o quartel general da marinha, mas não antes de desejar uma boa caçada para o caçador. Draken não respondia, apenas encarava Di’Mouse, sem falar, pois, era mudo. O jovem Nostrade então decidia ler o que o cabo havia escrito para o rapaz, iria ler o conteúdo do papel antes de sair do quartel general.

O que estaria escrito no papel que Mouse o havia entregado? Pelo que o cabo havia dito anteriormente, triplo J agora estava atacando pessoas de grande influência. Caso no papel não estivesse o último local que o procurado havia sido visto, o caçador então dobraria o papel e colocaria no bolso direito da calça e sairia do quartel general. *Se me lembro bem, o hotel Belucci é um hotel chique e famoso, não é qualquer um que se hospeda lá..* O mudo então caminharia calmamente até o estabelecimento, procuraria não chamar muita atenção para si e durante a caminhada, analisaria as pessoas ao seu redor com o canto dos olhos. Caso o papel falasse sobre o hotel, faria a mesma coisa do caso de não dizer a última localização do criminoso no papel. Se fosse outro local, andaria pelo quartel general, até onde pudesse até que encontrasse um marinheiro útil para então, pegar sua caneta e o bloco de notas, escrevendo então o que queria: – Teria um mapa da ilha? Mostraria o pedido para o marinheiro e se o mesmo tivesse, pegaria com o mesmo e procuraria encontrar a última localização dita no papel, no mapa para então, traçar uma rota alternativa entre o quartel e o local desejado. Então, dobraria o mapa direitinho e colocaria no bolso direito da calça, junto com o papel e partiria para o local. Se não obtivesse o mapa, sairia do quartel general e caminharia pela ilha, mais uma vez, em busca do local.

O que estava escrito no papel eram algumas informações que poderia ajudar na caçada. “De acordo com a disposição do mapa e os locais de ataque, é possível afirmar que o procurado está progredindo rumo ao norte da ilha e dentre os possíveis locais de ataque estão o hotel Bellini, o porto Crepúsculo e a rua comercial SiraNossa. A disposição dos locais leva a crer que são alvos futuros em potencial com exceção do porto devido aos acontecimentos recentes com o monstro peludo assassino.” Com as informações valiosas, o mudo decidia por sair daquele ambiente, pretendia já iniciar a sua caçada contra o triplo J, mas a necessidade de se alimentar batia na porta, já fazia um tempo desde sua última refeição. *Siranossa, né? Lá devo achar um local para me alimentar e assim, alguma pista sobre o triplo J..*

Caminharia então para fora do quartel general da ilha, o próximo passo agora era chegar na rua comercial Siranossa. Durante a caminhada, utilizaria sua audição aguçada para ver se conseguia captar algo de interessante, captando ou não, prosseguiria para a rua comercial e uma vez lá, procuraria um restaurante ou lanchonete para saciar a fome por um tempo. Tinha dinheiro? Tinha, mas não buscaria um local caro. *Um local no meio da rua comercial será melhor do que achar um no início, ou no final..* Caminharia por alguns minutos rua adentro na busca de uma lanchonete ou restaurante barato, caso não achasse algum no meio da rua comercial, mas sim no início, daria meia volta para entrar naquele estabelecimento. Se fosse um local que não tivesse a parte aberta, ao ar livre, procuraria se sentar na mesa próxima da janela, na cadeira próxima da parede, que pudesse deixar o mudo incógnito para o lado de fora. Se tivesse um cardápio e alguém viesse lhe atender, o caçador novato escolheria uma comida barata para o seu bolso e junto com a refeição, um café. Para tudo isso, apontaria para os itens, para agilizar. Se lhe perguntassem do açúcar, com a mão, sinalizaria um dois: Duas colheres de açúcar. Enquanto aguardava, olharia pela janela, observaria o fluxo de pessoas. Caso não tivesse cardápio e fosse apenas placas, apontaria para os itens supracitados e se nesse caso, tivesse que ficar numa fila, após pedir as coisas e pudesse aguardar na mesa, iria para aquela desejada.

Se o estabelecimento tivesse um local ao ar livre, prosseguiria com os mesmos casos de pedido. Se precisasse ir lá dentro pedir primeiro, iria, se tivesse um garçom, apenas procuraria a mesa e faria o pedido. Uma coisa era certa: Não ficaria de costas para a rua. Procuraria se sentar de costas para a parede do estabelecimento, seu braço esquerdo ficaria apoiado na perna esquerda enquanto que a mão direita estaria sob a mesa, com o indicador batendo de leve nela, apenas analisando as pessoas que passavam pela rua e aguardando o pedido.

Após saciar a sua fome, o mudo pagaria pela comida e bebida para então, se estivesse dentro do estabelecimento, sair do local e uma vez do lado de fora, retiraria do bolso interno do lado direito do terno, o seu maço de cigarro e a caixa de fósforo. Com a mão direita retiraria um cigarro e o colocaria na boca, o segurando com ela e guardando de volta no lugar para então, retirar da caixa um fósforo e em seguiria, causaria atrito na lateral da caixa para que a cabeça do palito pegasse fogo e então, levaria até a ponta do cigarro, fazendo uma casinha com a mão esquerda se necessário. Uma vez aceso, guardaria a caixa de fósforo no lugar e o palito, bem, se a cabeça estivesse apagada, apenas jogaria em um lixo, se estivesse acesa, jogaria no chão, numa área não inflamável e pisaria no fósforo até que apagasse. Faria as mesmas coisas caso estivesse sentado no lado de fora do estabelecimento. Tragaria então, saciando o vício por enquanto, com a mão esquerda seguraria o cigarro enquanto o afastava da boca e soltava a fumaça para cima, colocando então mais uma vez o cigarro na boca. Se não tivesse pistas frescas sobre o triplo J, o mudo andaria pela rua comercial em buscas de pontos que pudessem ser alvos futuros do criminoso. Se tivesse pistas frescas, ponderaria sobre a veracidade delas, caminhando silenciosamente e cauteloso, usando a audição como uma forma de alarme, para não ser pego de supetão.

Andava por aí, havia pagado vinte mil pela comida de manhã, com o vício saciado e o cigarro na boca, o mudo andava por SiraNossa, buscando o próximo alvo de triplo J e seu animal, encontrava locais em potenciais, mas não via o nome dos locais, por ter andado por várias horas, a noite chegava e ficava com fome, o jovem Nostrade então dava mais uma tragada em seu cigarro, expelindo depois a fumaça para cima, enquanto caminhava até um local aonde pudesse satisfazer o seu estômago. Ao encontrar um estabelecimento, se o bar/restaurante tivesse um local ao ar livre, prosseguiria com os mesmos casos de pedido: Um café e uma comida simples. Se precisasse ir lá dentro pedir primeiro, iria, se tivesse um garçom, apenas procuraria a mesa e faria o pedido. Uma coisa era certa: Não ficaria de costas para a rua. Procuraria se sentar de costas para a parede do estabelecimento, seu braço esquerdo ficaria apoiado na perna esquerda enquanto que a mão direita estaria sob a mesa, com o indicador batendo de leve nela, apenas analisando as pessoas que passavam pela rua e aguardando o pedido. Se fosse um local que não tivesse a parte descoberta, ao ar livre, procuraria se sentar na mesa próxima da janela, na cadeira próxima da parede, que pudesse deixar o mudo incógnito para o lado de fora. Se tivesse um cardápio e alguém viesse lhe atender, o caçador novato escolheria uma comida barata para o seu bolso e junto com a refeição, um café. Para tudo isso, apontaria para os itens, para agilizar. Se lhe perguntassem do açúcar, com a mão, sinalizaria um dois: Duas colheres de açúcar. Enquanto aguardava, olharia pela janela, observaria o fluxo de pessoas. Caso não tivesse cardápio e fosse apenas placas, apontaria para os itens supracitados e se nesse caso, tivesse que ficar numa fila, após pedir as coisas e pudesse aguardar na mesa, iria para aquela desejada.

Caso o estabelecimento não permitisse a entrada de pessoas com cigarros ou charutos, o novato jogaria o seu cigarro no chão e o apagaria pisando com a sola de seu sapato e então, entraria no local e seguiria passo-a-passo dos casos supracitados.

Se nada acontecesse durante sua estadia no estabelecimento, o mudo pagaria a refeição e sairia do local, ficando assim do lado de fora, parado, encostando suas costas na parede e observando o local com sua visão e procurando por algo com sua audição aguçada. Caso avistasse triplo J e seu parceiro canino enquanto estivesse se alimentando, já sabendo do preço daquela refeição previamente, isto é, se ainda não tivesse pago, se levantaria e ia até o caixa ou ao garçom que havia lhe atendido e pagaria exatamente a quantia necessária a ser paga pelo que havia consumido e então, sairia do local, com passos silenciosos e furtivamente para a direção que havia avistado triplo J e o cachorro ir. Não engajaria numa luta naquele momento, analisaria a situação e o que o criminoso portava, seria uma luta desvantajosa e desconhecer a arma do pirata seria ruim e por isso, não agiria até conhecer o método de luta do criminoso.

O estabelecimento que havia encontrado aceitava que o mudo fumasse e ainda conseguia ficar numa mesa boa, enquanto a comida não era produzida e entregue para o caçador, Draken tragava mais um pouco, seu cigarro ainda tinha força para continuar mais um pouco. A refeição demorava um pouco para chegar, mas quando vinha, o aventureiro se deliciava com a mesma e quando era finalizada e estava para sair em busca do triplo J, o mudo observava algo interessante, um homem passeava com seu cachorro, o animal um pouco a frente do dono, era algo comum, mas o cão se destacava pelo modo peculiar que agia. O animal não farejava e nem demarcava território, estava simplesmente trotando na frente do dono, seria ele o criminoso? Tudo levava a crer que era, mas precisava segui-los para tirar uma melhor conclusão, só que, antes de sair do estabelecimento, duas vozes femininas eram escutadas pelo mudo, elas comentavam sobre uma exposição de artes que aconteceria em um hotel, pela roupa que elas vestiam, pareciam trabalhar no local do evento. *Triplo J pode tentar alguma coisa nessa exposição, lá deve ter diversos tipos de pessoas e de diferentes classes social, além das artes..*

Retiraria do bolso o bloco de notas e escreveria: – Com licença, essa exposição de artes, seria no Hotel Belucci? E então, daria meia volta e iria na direção das duas mulheres aonde ao se aproximar e chamar a atenção delas, isto é, se elas não notassem a aproximação do caçador, Draken bateria com o indicador direito na mesa. De qualquer forma, próximo delas, mostraria a sua pergunta para elas. Se fosse uma resposta positiva, faria um questionamento. – E a entrada? É de graça ou tem que pagar? E então, mostraria o papel para elas. Independente da resposta para aquela pergunta, o mudo sairia do estabelecimento, guardando o bloco de notas e a caneta de volta no lugar e já ao ar livre, jogaria o cigarro no chão e pisaria nele. *Vou ver essa exposição, não conseguirei rastrear o cão e o dono agora, mas o evento deve ser um bom local para uma ação do triplo J..* Se o hotel que estivesse sediando o evento não fosse o famoso Belucci, perguntaria para as duas: – Que hotel é então e aonde fica?

Após seguir as instruções delas para chegar naquele hotel ou, ao chegar no famoso hotel, Nostrade começaria a analisar as pessoas ao seu redor e até faria uma ronda no lado de fora do hotel que estava fazendo o evento, como um segurança. *É um cara com um cachorro, ele não tem como passar despercebido, ainda mais que ele é um procurado, só que não posso menospreza-lo por isso, sempre vai surgir uma brecha para ele executar o que ele quiser..* Sabia como triplo J era, não seria fácil mata-lo, mesmo se o criminoso não tivesse senso de perigo, o seu parceiro animal não permitiria que o caçador se aproximasse dele despercebido e seria naquele momento, que uma luta se iniciaria contra Triplo J e o animal.

As duas moças eram arrogantes em suas ações, não era como se o mudo estivesse espiando a conversa alheia, mas tinha uma boa audição e elas estavam falando alto, não era possível ignorar aquilo. A segunda moça respondia as perguntas dele, Belucci e precisava de um convite, logo, como o triplo J entraria com o cachorro? *Será que ele vai esperar anoitecer? De qualquer jeito, preciso interceptar ele antes dele tentar algo, ou no ato...* O novato então caminhava para o famoso hotel da ilha, sua localização era conhecida pelo mudo, pois já havia ficado na estadia do hotel por menos de 1 dia. Após uma boa caminhada, Nostrade finalmente chegava, pelo que notava parecia que os convidados, nobres, começavam a chegar, carruagens caras, vestidos deslumbrantes e joias, além da presença da marinha por óbvias razões, doze ao todo, será que era o suficiente para tal propósito? *Apenas doze? E se houver um ataque? A marinha parece muito desleixada com esse evento..*

Estava próximo das pessoas do outro lado, escutava algumas admirando a ocasião, outras reclamando da diferença de poder aquisitivo dentre eles, só que, uma fala em específico causava um alvoroço, instigando o público. - A Marinha sempre protege os ricos. Boa parte do efetivo está aqui… e as outras partes da ilha? Enquanto isso existir, o mundo não será justo! E apenas com isso, a confusão estava prestes a eclodir, marinheiros vinham para tentar acalmar o tumulto enquanto que o dono da voz, caminhava para o lado contrário, ao lado de seu animal. * Instigando as pessoas para causar uma confusão, o que ele pretende ganhar com isso, se ele está indo para o lado contrário?* O jovem então girava seus calcanhares e começava a caminhar na mesma direção que o suspeito caminhava. Draken com seus passos silenciosos e furtivos, buscava segui-lo sem ganhar suspeitas, isto é, procuraria se misturar com o ambiente, mas sem perde-lo de vista. Se tivesse pessoas, se misturaria com elas, se tivesse casas, com elas, mas o que buscava como prioridade, era não o perder de vista.

Não sabia como o criminoso lutava, sabia apenas que tinha um cachorro como parceiro, logo, podia presumir que o animal também participasse dos embates, auxiliando seu dono, mas e triplo J? O caçador pretendia não iniciar um combate de início, apenas segui-lo e observa-lo, antes de avançar contra o criminoso. *O problema é esse cão, o faro dele pode acabar denunciando minha localização..* Caso uma batalha fosse ser iniciada por eles, ficaria na defensiva por enquanto, se esquivando para os lados contra o cão e se conseguisse uma brecha, procuraria dar um chute no animal para afasta-lo, caso o pirata usasse arma de fogo ou de arremesso, o mudo procuraria encontrar um local para se proteger e então, sacaria seu revólver de sua cintura, já destravando o cão e pronto para revidar. *Ele pode muito bem usar o animal como retardatário e fugir, se ele fizer isso, apenas preciso matar o animal e ir atrás de Jonah..* E então, empunhando a arma de fogo com a mão direita, colocaria metade de seu corpo para fora e então, dispararia duas vezes. O primeiro projétil seria visando o ombro esquerdo dele enquanto que o segundo, no meio do pé direito e então, voltaria para a cobertura. Contra o cachorro, Draken apenas procuraria joga-lo para longe com seus chutes. Caso o criminoso e seu animal não buscassem uma luta e tentassem fugir, após verificar que era seu alvo realmente, o caçador sacaria seu revólver e o segurando com as duas mãos, dispararia após destravar o cão, dois tiros: Um na panturrilha direita do alvo, o segundo, na nádega esquerda e então, avançaria contra o mesmo, não deixaria eles fugirem.