O Próximo Nascer do Sol

Estava claro em Stevelty, próximo do horário do almoço para ser mais exato, o sol daquela manhã/tarde estava no seu pico de castigo para os habitantes daquela ilha, mas nada que os nativos já não tivessem acostumados, porém totalmente estranho para aqueles que vinham de ilhas vizinhas do North Blue. O jovem Gale havia acabado de desembarcar de um navio de passageiros, não só ele, mas vários outros viajantes começavam a ajeitar suas malas para seguir para o que seria o centro da cidade, talvez em busca de hotéis e abrigos, ou apenas para sair daquele porto, pouco se sabe, mas dizem as más línguas que o mesmo não era tão seguro.

Um enorme barulho de locomotiva se aproximava, e gradativamente ficava bem mais alto e irritante, sim, um dos famosos polos turísticos da ilha se aproximava, “O Bondinho”. ~ Venham! Venham! A próxima parada será perto do centro científico! Apenas 100.000 Berries por cabeça! ~ Gritava uma mulher loira  que parecia ser a motoneira daquele bonde. ~ Partiremos em 3 minutos! ~ Novamente ela gritava, antes na janela próximo a entrada do bonde, porém agora a mesma adentrava a ele, enquanto via-se alguns trabalhadores estocarem madeiras para um compartimento do bonde, e por incrível que pareça quase todos aqueles novos turistas que haviam acabado de adentrar a ilha seguiam para a condução, chegando até a perder as vagas por superlotação, caso demorasse a decisão de ir ou não.

Era possível ver um caminho enorme de trilhos, trilhos esses que seguiam para o centro da ilha, dando assim um certo guia para perdidos ali, porém devido ao sol forte não dava-se muito para ver até onde se terminaria esses trilhos, pois aos poucos a vista ia embaçando devido ao tempo quente.

Enquanto a muvuca para entrar no bonde se iniciava um grupo de possíveis nativos se aproximavam. Em torno de seis pessoas se dividiam em dois grupos de três sem que aqueles novatos na ilha percebessem, logo um grupo se juntava ao tumulto para entrar no bonde enquanto o outro apenas ficavam próximos, àqueles juntos iam roubando mediante a ofuscação que tornara para adentrar o Bonde e logo em seguida conseguiam entrar no mesmo, porém o outro grupo que ficou próximo começavam a gritar! ~ O bonde está lotado! Somos guias locais! Por 20.000 Berries levaremos vocês para qualquer lugar da ilha, Melhor! Levaremos vocês a locais que esses burocratas aí nem se atrevem a ir! ~ Dizia um homem com uma cara um tanto que normal, passando longe de ter a fisionomia de um ladrão, porém os dois ao seu lado não poderia se dizer ao mesmo, totalmente o oposto, roupas rasgadas, cabelos bagunçados, e se encostasse um pouco sentiria o cheiro de álcool exalando forte.

O bonde estava preste a fechar suas portas devido a lotação, alguns desistiram de lutar por alguma vaga ali e seguiam para aqueles que se intitulavam guias locais, outros apenas tentavam a sorte de seguir andando para o centro da ilha seguindo as coordenadas dos trilhos, que rapidamente após alguns passos era possível ver alguns hotéis e bares.

Uma dupla de casais começavam a ouvir o que aquele guia dissertava sobre a ilha, e agora não só o jovem gale, mas também mais quatro pessoas se rendiam ao baixo custo e à exorbitante vontade de aventurar por aquela ilha. ~ Eu e minha mulher iremos com vocês, tem como dar um desconto? ~ Dizia o marido um tanto tímido e medroso, talvez não era do seu feitio ter pulso firme ou apenas era ruim em barganhas, mas logo era retrucado pelo guia. ~ Sem descontos! Já está quase de graça! ~ Gritava abertamente o guia com a intenção de que todos ao seu redor ouvissem. ~ Olhe como fez esse casal, viu que a oportunidade está de graça e nem reclamou, apenas pagou! ~ Relatava para o marido mesquinho logo após receber o dinheiro do outro casal, que por sinal não falavam nada, apenas se mantinham na deles utilizando roupas longas e casacos que poderiam encobrir várias coisas.

~ Ok meu amigo! Vamos seguir para as cavernas! Sim, as cavernas!  ~ Novamente gritava para chamar a atenção do resto do público. ~ Sim garoto, vamos depois no centro. ~ Já agora o tom era um pouco mais baixo, apenas para o jovem gale ouvir. Enquanto isso uma pequena carruagem ia se aproximando, carregada por dois cavalos, a mesma tinha um porte para até dez pessoas nela, sendo um pouco desgastada, porém utilizável. Os olhares daqueles três dentro do bondinho se cruzavam com os outros três que seguiam para a carruagem, não sabia ao certo o que se passava, porém para um investigador em si isso era um tanto suspeito. ~ Subam, coloquem suas bagagens aqui e vamos começar a viagem! ~ Dizia o guia enquanto os outros dois capangas começavam a ajeitar a carruagem para iniciar a caminhada.

Alguns minutos se passavam e a caminho das cavernas aquela carruagem era parada, parecia que um grupo de caçadores estavam fazendo uma certa blitz em locais da ilha em busca de criminosos, e nesse mesmo momento era possível ver o suor começar a pingar constantemente do guia, sim ele começava a ficar bastante nervoso. Os dois capangas desciam da frente da carruagem para assim conversar com o grupo de caçadores, porém no mesmo momento o guia começava a procurar por algo para poder se esconder, um tanto que esquisito para quem visse, mas logo era explicado pelo mesmo. ~ Me desculpem, estou devendo um dinheiro a um desses caras, por favor não digam que eu estou aqui escondido, pois assim não terão a grande aventura pelas cavernas que eu irei prover para vocês! ~ Dizia o guia bastante amedrontado, porém ainda sim tentando chantagear seus passageiros.

A conversa não surtia efeito dos capangas para os caçadores, e logo o que parecia ser o líder daquela equipe em si se aproximava da carruagem. ~ Vocês viram esse cara! ~ Bravejava o senhor bastante robusto e forte, com uma barba impecável e um machado em suas costas. A furtividade parecia ser o forte daquele guia, pois mesmo proximo ao caçador ele conseguia não ser achado perante ele, poderia ser pelo simples fato do caçador ser de baixa estatura, mas nada que tirasse o mérito de se esconder do guia. ~ O nome dele é Garebt Rudino, se encontrarem com ele por ai avisem ao grupo de caçadores da ilha… Maldito! ~ Novamente bravejava o caçador, enquanto voltava para seu grupo.

Os passageiros estavam em um mix de emoções, mas nada que não se esperasse de cada um. Aquele marido medroso de mais cedo apenas continuava bem mais medroso, como também sua mulher agora que apenas ao ouvir a voz do caçador havia perdido as forças e quase desmaiado, porém o outro casal se mantinha firme, não davam uma mísera palavra e apenas observavam o que acontecia. Mais a frente, coisa de uns dez minutos de galopada, era possível ver uma enorme cratera próxima a o que seria um início de montanha, a mesma estava coberta por vegetação, porém próxima ela tinha uma enorme placa escrita: Proibida a entrada de pessoas não autorizadas, Ricos de Animais perigosos e Desaparecimento devido ao labirinto.

Tudo voltava ao normal, aquela que parecia ser a blitz que estragaria todo aquele passeio, não passava apenas de algum para apenas atrasar um pouco. O jovem Gale estava bastante animado para o que iria se ver mais para frente, e animado tanto que não titubiava a perguntar coisas indiscretas para o guia em si, o Rudino. ~ Não interessa! Vamos seguir com nosso percurso, se não ficará muito tarde para voltar. ~ Falava de uma maneira um pouco rude, muito diferente de quando pedia ajuda dos passageiros para lhe esconder. Aos poucos a carroça ia se distanciando do grupo de caçadores, Rudino logo parava de se ofuscar dentro daquela carroça e assim tomava seu lugar como guia.

~ Arqueologia? Minha mulher é arqueóloga, e eu sou sociólogo! Que coincidência, não? ~ Dizia aquele marido medroso para o jovem Gale um pouco entusiasmado, enquanto sua mulher apenas acenava com a cabeça afirmando tudo o que seu marido dizia. Enquanto isso o outro casal não demonstrava nenhuma reação se quer, apenas seguia calado e estranhamente observatório demais, porém ao falar sobre o One Piece a mulher daquele casal quieto deixava soltar um pequeno riso irônico, mas logo voltava a sua origem firme e sem reações.

A Carruagem parava. Uma enorme placa de perigo mostrava o que seria o início de uma das cavernas daquela ilha, e com algumas informações a mais logo o guia tomava a frente do que seria o início das expedições para uma aventura nova. ~ Pronto, Chegamos a caverna que eu costumeiramente chamo de Mormaço Gelado, mais a frente vocês irão entender, e Garoto não faça nada de absurdo a partir de agora ok? Sim, Tem animais diferentes dos normais aí dentro, então deixe para os profissionais cuidar deles! ~ Respirava um pouco aquele guia, e enquanto todos iam descendo da carruagem o mesmo voltava a bradar. ~ Infelizmente não podemos adentrar as cavernas com a carruagem e nem com nossas bagagens, então peço a todos que de a deixem na carruagem, o nosso sub-guia Voner vai ficar aqui como guarda para assim vocês não perderem seus pertences! ~ Em seguida aquelas orientações eram completadas por Voner. ~ Aos que não confiam na gente, apenas fiquem na carruagem, porém irão perder a maior experiência de suas vidas! ~ Dizia um daqueles outros dois capangas mal vestidos e fedendo a álcool.


~ Vamos! Me sigam! ~ Dizia Rudino enquanto dava as costas para o grupo em si e seguia para dentro da caverna. Parecia que todos estavam empolgados com a ideia de conhecer as cavernas daquela ilha, assim até mesmo o casal frígido seguia as orientações do guia e começavam a adentrar a caverna. Sua entrada era ofuscada um pouco por vegetações, assim sendo difícil para quem não fosse nativo achá-la. Após alguns metros de escuridão amena, era avistado o interior daquela caverna,  coberta de pilares naturais e caminhos de águas juntamente com pequenos lagos pela mesma, era possível ver também que existiam alguns caminhos no fundo da mesma, como se fosse o início de um labirinto, porém ao ver o guia adentrar aos poucos, logo percebia a confiança do mesmo para tais ações, e isso gerava um certo conforto para os viajantes como se soubessem que ele estava por dentro de tudo que acontecia.

Três caminhos apareciam, um primeiro repleto de água, porém com profundidade até a canela, outro apenas com bastante vegetação, e o último parecia ser o seguimento de um lago ali, a profundidade era um pouco vasta, visto que existia um bote logo a sua frente, talvez já programado por guias locais para assim fazer as suas excursões. ~ Subam! ~ Dizia Rudino enquanto seguia a frente do bote e seu capanga atrás remando.

A vista daquele lago era um tanto que nebulosa, não se conseguia ver muito o que estava submerso ao mesmo devido a pouca claridade que tinha dentro daquela caverna, e quanto mais se adentrava, mais os feixes de luz do sol iam se apagando, mas se olhasse atentamente era possível ver alguns vultos extremamente rápidos no fundo daquele lago, mas nada que espantasse o guia. Após um longo período de remada, o grupo encostava em um pilar em si onde ainda ao seu redor tinha bastante água, porém agora a mesma tinha a profundidade de apenas afogar seus pés. ~ Pronto! Chegamos a primeira parada da nossa excursão, podem se sentir livres para olhar cada pedaço dessa caverna, porém não sigam para aqueles caminhos ali, ou irão se perder. Vocês terão trinta minutos, ok? Estarei esperando com o Voner aqui. ~ Sentado dentro do bote os dois guias locais davam liberdade para o grupo fazer o que quisesse naquele local.


A área daquela parte da caverna era bastante vasta, com pequenos feixes de luz por conta de alguns buracos mínimos no teto, a mesma era clareada pelo sol, porém não tanto assim, seu teto era bastante alto, fora que ainda sim era coberto por alguma neblina estranha, e aos poucos os viajantes percebiam o quanto quente era ali dentro, mas em contraste as águas locais eram extremamente gélidas. Um local de 2000m² com bastantes pilares naturais, alguns locais com uma vegetação vasta e árvores um tanto que desconhecidas, mas o mais estranho dali era a falta de ser vivo, ou melhor, animais.

~ O tempo acabou, conseguiram ver as maravilhas dessa caverna? Vamos mais para fundo! ~ Disse o Guia mestre enquanto começava a molhar seus sapatos descendo do bote em que estava, indo em direção ao fundo daquela gruta para assim mostrar mais áreas por ali. Enquanto isso o jovem Gale, parecia estar bastante empolgado com a ideia de conhecer novos ares e tentar novas descobertas, porém poderia se abater um pouco ao apenas movimentar de cabeça tímido da mulher daquele marido medroso, que logo em seguida já se aproximava dos dois, visto que o jovem rapaz estava conversando com sua esposa. ~ Sim, podemos trocar algo, agora converse comigo, ok? Minha esposa não gosta muito de estranhos! ~ Falava aquele marido medroso agora em um tom bastante sério e firme, é, acho que alguém tinha descoberto o espinho na carne daquele homem. Embora aquele outro casal frígido apenas não desmonstravam mais nada, via-se os mesmos pegando algumas amostras, tanto de solo, quanto de vegetação até dos líquidos presentes.

E assim todos começaram a seguir o Guia Rudino. Aos poucos que adentravam mais a caverna, as águas começavam a baixar ao ponto que já estavam em locais onde solo já era coberto de poeira e área, porém o ambiente ainda se mantinha o mesmo, bastante vejetativo e com enormes pilares naturais, mas a claridade decaía. Os passos daqueles dois guias iam diminuindo ao ponto que agora já não lideravam a caminhada, deixando aquele grupo de viajantes seguir em frente aos poucos, os mesmos enrolavam dando falsas descrições sobre o lugar, inventado histórias e lendas sobre para assim tirarem a atenção para o que realmente estava acontecendo.

Uma pequena e única bifurcação aparência, sendo este o único caminho para aquele grupo passar, bifurcação essa que tinha um pequeno espaço para duas pessoas passarem, e pior teriam que se agachar pois não se dava para passar naturalmente. ~ Vamos entrem aqui! ~ Dizia Rudino enquanto ficava de frente a bifurcação esperando seus clientes entrarem primeiro, deixando seu capanga por último. Após alguns segundo era possível ouvir uma pequena zoada de pegadas vindo na direção daquele grupo, que gradativamente ia aumentando assim e se prestassem mais atenção no barulho poderia supor que seria um grupo de no mínimo 5 animais de quatro patas, mas sem muita certeza, porém isso já fazia aquele homem medroso se tremer das unhas do pé a cabeça.

O som ia aumentando dando a se entender que o que vinha ali estava se aproximando, infelizmente devido a luminosidade local não dava-se para ver o que era, porém ao olhar as feições dos guias os mesmos pareciam bastante tranquilos, um até soltava um sorriso de canto de boca sem querer, porém a clima tenso que se surgia ali fazia nem todos perceberem isso. ~ Vamos pessoal! Entrem, vamos fugir deve ser um grupo de Lobos selvagens que moram por dentro dessa caverna! ~ Se antes já não era fácil perceber a tranquilidade daqueles guia perante aquela ameaça, agora depois dessas falas ficava mais difícil ainda, parecia que aqueles dois guias também estava um tanto que medrosos quanto ao que vinha, dando gritos para aqueles viajantes se apressarem a adentrar a bifurcação.

Pós-bifurcação a iluminação estava quase que zerada apenas se vendo um pequeno feixe de luz que parecia estar bastante longe, com quase nenhuma visualização sobre o redor daquela caverna, isso sem saber altura ou largura do local onde estavam, apenas novamente, aquele ponto de luz bem longe. Tais ações eram um tanto suspeitas para quem tivesse um pingo de passividade, porém parecia que aquele grupo não tomava nenhuma ação, apenas ficavam parados, não entravam na bifurcação, mas também pareciam estar um tanto com medo do que vinha em sua direção, enquanto isso os guias insistiam cansativamente para que o grupo entrasse na bifurcação.

O ar começava a esfriar naquele lugar, por incrível que pareça todos os viajantes estavam seguindo diretamente para o que seria o fim de suas jornadas. O jovem Gale parecia ser o único naquele momento que raciocinava normalmente perante o desfecho daquele cenário, passos ouvidos vindo em sua direção, como também o acoxo um tanto truculento dos guias, que antes disseram ter total controle sobre tudo, agora tentavam transparecer o desespero.

Gale tomava a dianteira para as ordens do guia, mas não como primeiro a entrar e sim como um mero incentivador. O casal frígido que ainda não havia realizado nada interessante naquela viagem eram os primeiros a entrar na bifurcação, seguindo logo após a mulher daquele esposo medroso, o esposo medroso e por último seria o arqueólogo novato a seguir os demais. ~ Rápido! Ou os lobos vão nos pegar! ~ Gritava Rudino tentando assim apressar os movimentos dos demais pois as passadas ficavam cada vez mais audíveis, dando a ideia que os mesmos estavam ficando mais próximos.

Um já havia passado, dois já havia passado, porém no terceiro algo acontecia, um grande grito de uma voz feminina ecoava de dentro daquela bifurcação, e não só isso, o jovem destemido que antes estava suspeito, agora simulava o movimento de se abaixar para adentrar a bifurcação para assim pegar o guia desprevenido e agarrar o seu pescoço. ~ Ohhh, parece que temos um herói aqui Voner! ~ Bradava Rudino enquanto com sua mão direita o mesmo girava uma pedra que tinha próximo a entrada da bifurcação, em seguida um estrondo enorme também vinha daquela bifurcação, em conjunto de um grito. ~ AMOR!! ~ Todos perceberam que aquela voz era nada mais nada menos daquele marido medroso, porém, até então ninguém sabia o que havia acontecido dentro daquela bifurcação.


Gale antes mesmo de ameaçar quebrar o pescoço do Guia, logo sentia uma enorme pressão em seu antebraço, era nada mais que a mão esquerda de Rudino pressionando-a com extrema força, força essa que se Gale deixa-se se estender mais um pouco aquela pressão, um enorme machucado iria se forma. ~ Chefe, posso matar ele logo? ~ Dizia Voner ao apontar uma pistola a quase queima roupa da cabeça de Kay, não dando tempo de reação contra tal ato.

~ AHHHHHHHHHHHHH ~ Um grito novamente ecoava da bifurcação, porém agora junto com o barulho saía da mesma aquele marido medroso repleto de lágrimas, porém com um enorme ódio no olhar. ~ O que aconteceu com minha mulher, seus filhos da PUTA! ~ Dizia o mesmo ao sair da bifurcação e ver aquela cena um tanto que perfeita, Rudino quase que pressionado contra a parede ao lado da bifurcação com uma mão em seu pescoço, Kay na frente de Rudino porém com seu antebraço sendo apertado cada vez mais, e Voner com uma pistola apontada para a orelha esquerda de Kay. ~ Seus filhos da puta, a bifurcação foi fechada antes de eu entrar, minha mulher ficou presa lá dentro! Como faço pra resgatá-la, digam! Seus Arrombados! ~ Aquele aspecto de medroso poderia até ser entendido como mentira de quem falasse, sobre aquele marido, após o veem dessa forma, seus olhos brilhavam a ódio, sua respiração estava densa, e para melhorar a vida de todos, o mesmo estendia uma de suas pernas na direção do pescoço de Voner, e em posição de luta novamente bradava. ~ Vou falar mais uma vez! Como faço para resgatar minha mulher! Ou eu vou chutar sua cabeça tão forte e tão rápido, que não vai dar nem tempo dos seus neurônios reagirem e você apertar o gatilho! ~ Gritava o marido irritado.

Enquanto as preliminares de uma possível luta se iniciava, aqueles passos antes ouvidos por todos começavam a ficar mais altos, e agora uma iluminação também vinha do mesmo lugar. Aqueles quatro ali, devido à conversa amigável que estavam fazendo, não percebiam que aquele grupo das passadas já estavam visíveis para todos. ~ Chefe! O que está acontecendo! ~ Gritava um dos quatro homens que haviam chegado naquele local, sim, quatro homens não lobos, aquela mentira descarada daquele guia havia acabado de ser descoberta, porém num momento um tanto que critico. Os quatros que chegavam utilizavam vestes e estilos iguais aos de Voner, se observassem mais atentamente, um deles era aquele capanga que havia ficado na carruagem para guarnecer os suprimentos dos viajantes, e era esse mesmo que carregava uma tocha para clarear mais o local, enquanto os outros três estavam portando armas, um com uma espada, outro com uma pistola e o último com uma soqueira.

Uma luta um tanto injusta estava para ser iniciada, dois contra seis, qual seria o plano do jovem Gale e daquele marido que agora não era mais medroso. A distância do grupo de quatro ladrões era em torno de oito metros dos quatros amigos que dialogavam e trocavam ideias francas, o Gale, o Rudino, o Voner e o Marido Louco.

A situação começava a se complicar mediante aquele cenário, agora com a mão presa pelo punho esquerdo de Rudino, o antebraço de Gale começava aos poucos a ficar marcado, e enquanto os roxões aumentavam, um enorme sorriso macabro surgia do rosto de Runido. ~ Eles chegaram! HAHAHAHAHA! Vocês vão morrer, seus desgraçados! ~ Disse o falso guia que no mesmo momento utilizava as duas mãos para forçar o jovem arqueólogo a cessar sua investida, sim ele forçava os músculos de Kay para liberar o punho do mesmo que estava prendendo seu pescoço. ~ Você se acha mais forte que eu?! Seu merdinha! ~ Um grito arrogante e babaca saia da boca daquele homem, mostrando que sua força era maior que a daquele forasteiro ao forçá-lo a ficar de joelhos para humilhá-lo.

~ Chefe, vamos ma.. Putdf! ~ Voner tentava dialogar com Rudino enquanto ainda mirava sua arma para cabeça de Gale, porém o mesmo havia cometido um erro, erro esse que seria crucial tanto para aqueles bandidos, quanto para o jovem Gale, eles tinham separado um amoroso esposo de sua amada esposa e isso não iria ficar em pune. Já havia sido avisado aquele atirador, mas parecia que o mesmo não dava a atenção e antes mesmo de dar uma ideia para seu parceiro, o esposo angustiado desferiu um chute certeiro em sua orelha esquerda, fazendo assim Voner planar para três metros de distância de Gale e cair desacordado. ~ Maldito! ~ Gritava Rudino logo após também receber um chute em sua barriga, mas defendia com suas mãos, porém ainda sim era jogado para onde Voner estava, sim, ele soltava o jovem Gale para realizar tal ação.

Gale se encontrava com um joelho no chão enquanto ao ver seu antebraço extremamente vermelho, o mesmo tinha bastante dificuldade em realizar movimentos com os punhos, movimentos esses que se fossem forçados poderia trazer um dano bem maior que os que já estavam, porém mediante a tudo isso, a dor parecia ser uma aliada do lutador, pois pouco sentia algo daquela ferida. ~ Garoto cuida daqueles quatro! ~ Dizia o marido destemido em busca da salvação de sua esposa, em seguida realizava um avanço com um chute voador na direção de Rudino.

Com um pensamento um tanto que rápido para um ferido, Gale se levantava e corria na direção dos ladrões remanescentes que se aproximavam daquela luta, porém assim que se levantava para tentar algo o mesmo era atacado por um disparo de pistola na altura do ombro esquerdo, fazendo assim o mesmo recuar novamente para a posição que se encontrava antes. ~ Maldito você errou! ~ Gritou o ladrão que portava uma espada. ~ Ele está longe, seu animal! Dei quatro tiros, porém fiquei com medo de acertar o chefe e o Voner! ~ Sim, aquele ladrão que portava uma pistola havia desferido quatro tiros, porém só tinha acertado um, ruim não? Talvez, porém esse erro fazia aumentar o ego daqueles dois ladrões armados que não esperavam mais por disparos errados, assim um do lado do outro começavam a correr na direção do jovem Gale, que agor além de está com abaixo do seu antebraço direito debilitado, havia recebido um tiro no ombro porém devido a sua vitalidade o mesmo não sentia nenhuma restrição, apenas o dano. ~ Eu vou matar ele primeiro! ~ Gritou o ladrão com uma soqueira. ~ Eu vou fatiar ele, e depois você se ficar na frente! ~ Respondeu o ladrão com uma espada enquanto os dois corriam na direção da bifurcação.

O arqueólogo tinha exatos oito segundos para pensar em algo antes que os dois lutadores chegassem próximo do mesmo, e enquanto isso Rudino estava sendo ocupado pelos chutes e socos bastante potentes do Marido angustiado.

Como dois leões em busca da caça, aqueles dois ladrões seguiam em direção de Gale, sendo o espadachim um pouco mais rápido que o que estava portando uma soqueira, o mesmo foi o primeiro a chegar próximo do jovem arqueólogo. ~ Você fala demais! Eu vou te fatiar todo! ~ Dizia o espadachim ao perceber o braço direito do inimigo vermelho e inchado. Essa era a brecha que o mesmo queria para assim tomar proveito ainda mais da situação, e quando próximo de Kay o mesmo não pensou duas vezes em desferir uma estocada com sua katana na diagonal, de cima para baixo, da esquerda para direita, sim, ele estava focando agora o outro braço do jovem para deixá-lo totalmente imcapacitado de atacar, deixando sua guarda direita totalmente livre na esperança que aquele braço inchado não lhe oferecesse perigo, mas ele estava enganado.

O punho tremia, ainda estava com os nervos e os músculos confusos e machucados devido a pressão que Rudino havia feito, porém aquele garoto havia sido forjado a fogo, ele não sentia dor, mas isso não era lá algo a se vangloriar. Com a investida do espadachim o jovem também não pensou duas vezes em contra-atacar, mesmo com sua mão avariada ele não relutou em fechar o seu punho e desferir um forte soco no seu inimigo, e que soco, aquele espadachim não era daqueles que aguenta tranco, ou apenas Gale havia achado o queixo de vidro do mesmo, pois o soco que acertou o rosto do espadachim fazia o mesmo apagar naquele exato momento, ainda com a espada para cima o mesmo caiu como uma manga ao lado de Gale.

Aquele esforço foi um bem necessário no momento para o jovem peregrino, porém as consequências chegavam, e chegavam rápidas. Antes o jovem ainda conseguia movimentar seu braço como também seu punho, porém agora depois do soco bem dado e encaixado, a pressão feita pelo ataque apenas piorou mais o estado daquele boxeador, deixando assim sem movimentos abaixo do antebraço direito dele.

No mesmo momento que a manga cai ao lado do jovem, o outro possível boxeador também chegava, porém já esse era um tanto que cauteloso, talvez por conhecer um pouco das artimanhas dos boxeadores, ou apenas por não ser tão afoito como o outro ladrão, e ao chegar próximo de Gale o mesmo realizava uma finta posicionando seu punho direito na direção do rosto do jovem, assim fazendo o mesmo realizar sua esquiva girando o tornozelo para inclinar o corpo para trás e em seguida abaixar para assim desferir um soco com a mão esquerda no ladrão, porém aquele movimento já havia sido lido pelo atacante, que ao realizar finta viu o movimentar dos pés de Gale e também de seus ombros ao se abaixar, e então realizou um jab de esquerda leve porém rápido ao ponto de Kay nem ao menos ver o que o atingiu, assim perdendo o equilíbrio e caindo de costas pro chão. Sangue começava a escorrer de seu nariz, o soco que ele havia levado foi um tanto certeiro, agravado pela soqueira que o ladrão usava.

Disparos foram ouvidos, aquele outro ladrão que não tinha uma mira lá boa, atirava novamente quatro vezes na direção do boxeador deitado no chão, porém como de costume o mesmo errava as quatro munições, acertando uma até de raspão no seu proprio aliado, que o fazia recuar saindo da direção do atirador e de Kay, cessando assim o que poderia ser um início de investida de vários socos enquanto o jovem estava no chão. ~ Você tá louco seu merda! Quase me acertou! ~ Gritava indignado aquele ladrão com uma soqueira na mão, enquanto dava alguns dashs para trás na diagonal.

Um outro corpo também caia, ao lado de Kay aquele marido aparece de joelhos com o bíceps esquerdo sangrando com um tiro de raspão, sim, Voner havia acordado de seu belo sonho e agora a luta não estava boa para o marido contra Rudino. ~ Ei garoto, esse seu braço ai não está bom! Acho melhor você não utilizar ele mais, se não pode causar dano irreversível! ~ Disse o Marido enquanto levantava Kay do chão e assim dava as costas para o mesmo, ficando cada um costa a costa com o outro. ~ Meu nome é Dunlop, as coisas vão ficar difíceis agora! AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Minha Esposa seu maldito! Eu quero minha esposa! ~ Parecia que aquele marido tinha por um curto período sua sanidade de volta, mas logo a mesma sumia, poderia ser por ter se lembrado de sua esposa? Talvez, mas agora o mesmo estava lutando não só contra Rudino que era um ótimo lutador, como também por trás tinha Voner que também era um ótimo atirador, enquanto ao lado de Gale tinha um boxeador mediano e um atirador atrás do mesmo que tinha fama de não acertar os alvos. As distâncias eram respectivas, tanto para Rudino quanto para o ladrão boxeador que estavam a três metros de Kay e Dunlop, e os atiradores Voner e o ladrão, estavam a 7 metros dos dois.

Com as armas apontadas e os lutadores em posição de ataque, qualquer movimento feito por aqueles dois viajantes era digno de reação dos ladrões, o que fariam os dois? Atacariam de imediato ou apenas esperariam alguma ação e defenderiam ou contra-atacariam.