[Tutorial] - Skyblazer

Assunto: [Tutorial] - Skyblazer Ter Jul 06, 2021 4:07 pm

Nome: Ishkar Braezer
Idade: 20
Raça: Homem-Peixe (Tubarão Charuto)
Gênero: Masculino
Localização: South Blue, Karate Island.
Estilo de Combate Básico: Karatê Tritão
Mão Predominante: Direita
Qualidade: Duro de Matar
Defeito: Diligente

Photoplayer:

Assunto: Re: [Tutorial] - Skyblazer Sex Jul 09, 2021 8:17 am

TUTORIAL APROVADO

Bem vindo ao All Blue RPG, a partir de agora eu serei seu Instrutor, irei lhe ensinar o básico sobre o fórum. O primeiro post é seu e peço desde já que se atente a sua mini ficha para trabalhar bem suas qualidades e defeitos durante a narrativa. Qualquer dúvida que tiver pode mandar MP que irei responder o mais rápido possível. Segue abaixo algumas informações importantes:

● A ficha usada para o tutorial é exclusiva dele e não precisa ser reaproveitada na sua ficha oficial, que pode ser completamente diferente. Mas nada lhe impede de usar o mesmo personagem.

● O fórum parte da premissa de evitar ao máximo God Mode, ou seja, que o jogador, controle NPCs e cenários. Em resumo evite descrever coisas como “O sol estava forte”, “Era uma manhã fria”. Não é um problema você dizer que acordou ou que está em casa, porém evite criar coisas.

● Uma dica importante para todos é que apesar de não se poder narrar cenários, ou controlar NPCs você pode procurar coisas e interagir com elas colocando a possibilidade de encontrar tais coisas. Exemplo: “Iria levantar e ir até a geladeira da casa, procuraria dentro dela uma maçã e se encontrasse uma já metia aquela bela mordida”

● Recomendo que consulte o Guia de Narração, Guia do Novato e Guia de Combate. antes de realizar o primeiro post.

● Por fim, sempre atente-se ao post de seu Instrutor e as dicas que ele der com cuidado, elas podem ajudar muito você a se guiar no fórum.

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Assunto: Re: [Tutorial] - Skyblazer Sáb Jul 10, 2021 7:22 am

Não saberia te dizer quando tudo começou. Quando os sonhos se tornaram pesadelos, quando as expectativas se tornaram obsessão; ou mesmo quando o mundo transformara-se nesse lugar tão frio e, sinceramente, sem muito sentido de existir. O que saberia, de fato, te dizer; é que nenhum ser vivo deveria ter de experimentar uma infância como Homem-Peixe, vivendo entre humanos auto-declaradamente superiores. Esses caras dão à palavra crueldade um inteiro novo significado…

A intolerância eu poderia suportar, entende? Tudo bem. Tenho escama grossa, e palavras não me ferem fácil. O que me quebrou por dentro, de verdade, foi ter de aguentar perder minha vila inteira, a troco de lucro e bel-prazer alheio. Assistir meus entes mais queridos serem destruídos ou aprisionados, um-a-um, naquele dia… Mudou algo em mim. Na minha própria essência. No meu exato propósito de estar aqui...

...Me transformou em um monstro que eu não queria ser.

Agora? Bom, agora o passado não importa muito mais, sinceramente. Afinal de contas, nostalgia é característica para quem tem um coração inteiro; e hoje eu só possuo o arremedo de um. As demais pessoas? Quase igualmente insignificantes. Tudo o que importa é A Revolução. A causa. A missão. Destruir cada pedacinho desse mundo podre e corrupto, sem deixar pedra sobre pedra para a reconstrução. Esmigalhar a essência dessa sociedade, elevando-a ao patamar de esquecimento total. Obliteração das páginas dos livros de história...

Para, depois, morrer em paz.

Por isso, me ergueria de qualquer buraco imundo que habitasse no momento. Sem família ou amigos, nenhuma facilidade havia me sobrado. Nenhum teto sob o qual repousar a cansada alma. Até mesmo do Dojo havia sido expulso, e isso potencializava o amargor que, há tempos, era meu único companheiro. Cogitei dar um fim à tudo, mas nos últimos dias havia escutado um rumor que mudara estes planos: Havia descoberto a existência da causa Revolucionária. Um viés - Um meio - Para dar vazão a um último grito de desespero em direção ao maldito Governo Mundial que sanciona nossa inferioridade. Acredite, eu me agarrarei a este viés com punhos e dentes.

Munido de tal intuito, para concretizar planos, locomoção seria necessária. Portanto, me poria em movimento, tentando encontrar todo e qualquer ponto mais escuso, e com menos visibilidade, da ilha. Imaginava que, dado o ar de operação secreta que os rumores traziam consigo, esse tal de Exército Revolucionário provavelmente evitaria os holofotes do mundo - Talvez uma taverna ou o mais sucateado dos bares possa carregar consigo a informação de como posso fazer para entrar… - Pensei enquanto ajeitava meu surrado e antigo Kimono - ...Só preciso de uma pequena ajuda do destino e dos deuses da retribuição, afinal de contas… Como encontro pessoas que não querem ser encontradas? - Completei, ajeitando meu colar enquanto andava.

Perscrutaria, portanto, os locais que conhecia com esta descrição acima feita. Evitaria zonas urbanas mais bem organizadas, e favoreceria os pontos da ilha mais pobres e marginalizados. Se encontrasse algum bar, ou qualquer oportunidade de conseguir informações que parecesse minimamente promissora, após aproximar-me, desferiria palavras quase que de maneira febril - Hmm… Procuro formas de destruir as merdas que a Marinha e o Governo fazem, alguma idéia de alguém que pense assim? Estou disposto a morrer, e matar, por isso…

E simplesmente tentaria minha sorte até conseguir algo; fosse meu objetivo, ou a encrenca que tal objetivo prometia trazer consigo. De uma forma ou de outra, minha existência até então já era sem razão-de-ser; portanto, se eu morresse assim… Seria pelo menos uma morte mais justa e livre do que a que foi ofertada aos demais sangue-do-meu-sangue.

Assunto: Re: [Tutorial] - Skyblazer Ter Jul 13, 2021 12:10 am

Enquanto os pensamentos e lembranças enchiam-lhe a mente, o tritão ajeitou-se em suas vestimentas e partiu em busca de informação.

Era uma manhã de céu limpo com o clima agradável, alguns homens-peixe optariam caminhar a céu aberto durante a noite, mas em uma ilha como aquela ninguém sai de casa de noite. Ishkar estava a caminhar pelos bosques da ilha quando se deparou com um pequeno vilarejo que não tinha mais do que seis casas.

Não parecia haver nenhum comércio por alí, havia apenas algumas mulheres sentadas em grupo ao redor de uma grande mesa onde cortavam cenouras, cebolas, rabanetes e repolhos. Pareciam estar preparando um banquete. Ao lado das mulheres que cozinhavam a céu aberto, uma dúzia de crianças corriam de lá pra cá em gargalhadas, todas as seis construções de madeira eram residências.

Quando Ishkar se aproximou as crianças curvaram-se respeitosamente para o tritão antes de voltar a correr - Boa tarde tio!- Diziam - Tudo bom? - Algumas até apontavam para o viajante, admirando-o com brilho nos olhos - Ele deve ser um lutador que veio treinar com o grande mestre!! - Todas as crianças o cumprimentaram, mas nenhuma ficou para ouvir uma resposta, afinal estavam muito ocupadas com sua brincadeira de criança.

Foi quando uma das mulheres cessou seu afazer, e, deixando seu ofício de lado, aproximou-se do tritão - Bom dia jovem viajante, você parece estar perdido. Digo isso, pois só assim um forasteiro chega nessa vila kikikikiiiii - Após ouvir as palavras de Ishkar, a mulher levou a mão ao queixo e pensou um pouco antes de responder - Marinha, Governo. Se quer fazer alguma coisa contra eles, veio ao lugar errado. Eles não atuam por essa ilha, nós somos fortes o suficiente para nos protegermos sozinhos kikikikiiiii… Desculpe, mas acho que não posso te ajudar com o seu propósito. Nós estamos preparando o grande banquete anual, quer ficar para comer com a gente?

FEEDBACK:

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Assunto: Re: [Tutorial] - Skyblazer Ter Jul 13, 2021 10:33 am

Talvez estivesse absorto demais em minhas próprias dores e fantasmas para apreciar as regalias de um dia bonito como aquele. Não que não pudesse apreciar a beleza em si, mas minha capacidade de elucubração acerca de todos os pontos positivos do mundo era como um navio que, há muito, já havia zarpado. A diligência que me guiava era como uma flecha que mirava em um único sentido; e, tão rápido quanto uma, via a paisagem passar ao redor de mim como borrões velozes e confusos. Talvez haja quem me descreva como um doente obcecado… Mas eu prefiro a palavra obstinado.

Mesmo assim, eu andei. Andei por entre bosques que me trouxeram, ao menos, uma calma momentânea. Talvez houvesse, durante o percurso, visto animaizinhos de alguma variedade. Estes, neste caso, me fariam lembrar de como são afortunados os que desconheciam sentimentos complexos. Os que viviam vidas simples e pacíficas. Os que desconheciam as crueldades de um mundo corrompido por seus supostos líderes - Hmpf, ignorância é mesmo uma bênção…

Meu pensamento foi interrompido por uma visão que, de imediato, me transportava mais uma vez para o passado. Pequenos seres inocentes brincavam enquanto mulheres faziam seus trabalhos manuais e gastronômicos. Aquilo em muito se comunicava com tudo que havia sido arrancado de mim. Com tudo que os malditos nobres - Em seus delírios escravocratas - haviam me usurpado. Ali, a dor doeu mais forte, mas engoli em seco e me aproximei; engajando em diálogo.

Não - Respondi enquanto, por instinto, tentava não olhar nos olhos de ninguém. Minhas experiências passadas haviam me desacostumado a ser tratado como um igual, ou ainda com respeito. Aquelas palavras doces e acalentadoras eram como coisas alienígenas para mim - Não é comida que me interessa, humana… Mas… - O pouco de civilidade demonstrava ainda viver em meu âmago - ...Eu agradeço sinceramente a oferta - Uma típica saudação pragmática e marcial de curvar-me, se faria ver - E confesso que viajo há tempos sem me alimentar… Posso oferecer um favor, em troca de uma destas cenouras? - Aguardaria, então, resposta. Jamais me apropriando de nada que não me fosse dado de bom grado. Se a mulher pedisse algum trabalho manual de minha capacidade, o realizaria no melhor de minhas capacidades, para pagar o alimento.

Mas esse Mestre que o humano-filhote falou... - Via nesta parte, pelo menos, alguma coisa que poderia contribuir com minha jornada - Esse sim me interessa. O que ele ensina? Aonde ele mora? - Daria uma pequena brecha temporal para que me respondessem; mas já havia tomado minha decisão. Qualquer tipo de treinamento ou conhecimento extra de combate poderia se provar uma vantagem crucial e estratégica na minha estrada de vingança contra o Governo Mundial; e se havia naquela localidade um Mestre disposto a me treinar… Era uma oportunidade que agarraria, indubitavelmente.

Após ouvir a provável resposta dos civis, agradeceria novamente da mesma forma antes feita - curto e grosso. Utilizaria as instruções possivelmente ofertadas para galgar o caminho até a presença deste suposto grande tutor - Não deve ser tão difícil… Olha o tamanho desse lugar… - E, com um certo frio no estômago, tentaria contato se o visse.

Senhor - Meu treinamento ditava que havia de ser feita uma reverência enquanto falava - Busco força. Poder para vingar injustiças. Diga-me, o que posso fazer para que me ensine?

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