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A bela e o feio

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Shiori
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Shiori
A bela e o feio Ter Jan 10, 2023 7:52 pm
Relembrando a primeira mensagem :



A bela e o feio


Cinos [Agente]

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Re: A bela e o feio Qua Fev 22, 2023 8:42 pm



As respostas que Amélia me deu não me pareceram nenhum pouco úteis para o caso… Ou melhor, pelo menos não para aquilo que eu tanto insistia em achar que poderia ser verdade. Meus primos parecem realmente ser apenas civis sem qualquer envolvimento com o Exército Revolucionário, pelo menos é o que Ame está conseguindo me convencer a acreditar depois de tantas perguntas que não levaram a lugar nenhum. Entretanto, uma fala da caçula me deixou um pouco intrigado, durante a sua visita à Toroa, Sônio mal saiu de casa? Poucas vezes na vida eu vi esse ouriço imperativo passar tanto tempo parado sem fazer nada, exceto nos dias que ele estava doente e precisou obrigatoriamente ficar de repouso.

Nossa, o Sônio ficou em casa dormindo? Que foi ele por acaso tá doente? — perguntei de maneira até que sincera, pois talvez ele realmente estivesse… ou talvez Amélia tenha mentido. De qualquer forma seria interessante saber o que diferente teria acontecido para fazer meu primo dormir tanto. — Toroa deve estar um tédio mesmo, nem o Sônio aguentou.

Agora eu já esperava que Amélia fosse me dar respostas simples, como de fato ter sido apenas falta do que fazer ou ele só queria descansar depois de um longo período de trabalho. A parte mais interessante da nossa conversa veio a seguir, quando começamos a falar sobre o motivo dela estar aqui, foi então que eu descobri que o interesse do contratante era trazer Sophie ao invés dela. Sophie, eu lembro dela, uma garota com cabelos dourados que já na minha época gostava de fazer apresentações de suas músicas autorais. Talentosa e bonita, ou seja, uma pessoa completamente detestável. Pelo que Ame deu a entender, aquelas músicas de cortar os pulsos dela conseguiram fazer sucesso, e bem, particularmente eu até prefiro ouvir esse tipo de melancolia do que as barulheiras do Saulo. A pergunta que eu preciso me fazer é: Sophie é mais importante do que aparenta para este caso?

Acabei percebendo que falar dessa Sophie deixou Amélia um pouco triste, então preferi não me estender muito no assunto. Empatia? Longe disso, mas vai que uma crise de choro atrapalha de alguma forma a apresentação dela e a culpa disso acaba caindo sobre mim, com certeza isso ia ser descontado de alguma forma no meu salário. Talvez por ora eu já tenha o suficiente para dar seguimento às investigações, tenho lugares e nomes interessantes para repassar para Aokuzi.

Entendi. Bem, acho que por enquanto é isso, priminha. Deixarei você ter seu descanso para a apresentação de amanhã. Acho que vou dar uma passadinha no Mozzafiato só para dar uma conferida mesmo, então vou avisar Aokuzi para dar uma vigiada aqui no andar. Deixe a porta trancada e qualquer coisa é só gritar ou discar o 101 ali no Den Den Mushi — diria me forçando a se despedir da maneira que ela quisesse, abraço, beijo, tapinha de mão ou apenas um aceno com a cabeça.

Assim que conseguisse sair do quarto iria verificar se o elevador estaria disponível, pois não estava nem um pouco afim de encarar sei lá quantos andares de escada até chegar no quarto 101, mas se essa fosse a única alternativa faria contra a minha vontade, tentando pular o maior número de degraus possíveis sem me machucar só para acelerar o processo. Chegando no primeiro andar eu iria procurar o meu supervisor para passar algumas informações e também fazer algumas perguntas. Encontrando-o, chamaria-o para um local livre de ouvidos alheios e diria:

Aokuzi, acho que consegui algumas informações interessantes sobre o caso. Não sei exatamente quais indícios vocês têm sobre Amélia estar envolvida com os revolucionários, talvez seja interessante me passar isso para que eu consiga extrair melhores informações dela, pois pelo que eu conversei com ela no quarto, ela não me pareceu nem um pouco suspeita. Só que a desgraçada é ardilosa, ela pode estar mentindo na minha cara e eu só não percebi. Enfim, descobri também que a artista que o contratante queria trazer para se apresentar aqui não era inicialmente a Amélia, mas sim Sophie, uma outra moradora de Toroa. Penso que pode ser interessante eu dar uma passada agora no Mozzafiato, conhecer melhor o espaço, as pessoas que estarão lá amanhã, pegar o nome dos músicos que vão auxiliar Amélia no show e etc. O que acha? — A essa altura eu já não faço ideia de que horas são, muito menos até que horas o restaurante fica aberto. Independente da resposta do superior eu completaria com mais uma pergunta: — E ah, você sabe se por acaso as ilhas Selwer e Vera Cruz possuem indícios de atividade dos revolucionários? — Era uma pergunta totalmente pessoal, que por sinal eu espero muito ter acertado o nome das ilhas, porém eu apenas agradeceria independente do que me fosse dito, até porque nem sei se com a patente de Aokuzi ele saberia responder isso. Talvez eu teria que investigar isso outra hora e de outra forma.

Se depois de descer as escadas eu não encontrasse Aokuzi de forma alguma, então eu iria para o Mozzafiato direto, sem sequer saber se isso seria ou não uma boa ideia. Faria o mesmo se após encontrá-lo a resposta dele a minha ideia fosse positiva, e como eu já conheço a cidade, poderia ir até o restaurante sozinho sem dificuldades. Porém, se ele fosse contra a minha ida agora ao local, então eu continuaria ali no hotel mesmo, quem sabe dormir logo não seria a melhor opção, ou então ele me mandaria de volta ao 33º andar para ficar de guarda na porta da minha prima.

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Re: A bela e o feio Dom Fev 26, 2023 10:38 pm

Ah, ele ficou jogado no sofá, só no tédio, com a mamãe enchendo ele de comida. — Os dois se despediram com apenas um aceno, Amélia ainda cabisbaixa por ter assumido que sua rival havia sido escolhida antes dela. Pouco após a porta se fechar, Cinos ouviu o som da sua prima trancando-a. Não havia mais ninguém no corredor, então ela deveria ficar segura até a manhã.

O elevador também não estava presente, obrigando o mink a usar suas pernas para o trabalho desnecessário. Não poderiam ter colocado sua prima no quarto 102?! Sem opções, ele começou a looonga descida.

Com leves câimbras, o mink conseguiu alcançar o primeiro andar e se rastejar até o quarto indicado pelo seu superior. Lá havia uma cama, duas cadeiras, uma mesinha de cabeceira e uma estreita porta que parecia levar ao banheiro, apenas. O lugar seria apertado para uma pessoa, para três era quase insuportável! A ausência de janelas apenas tornava o ambiente abafado e piorava ainda mais a situação do trio. — Opa! — Seu superior, sentado na cama, lhe saudou de forma casual. O outro estava sentado numa cadeira estreita no canto do quarto. — Como foi lá?

Cinos relatou a conversa dos dois e o agente pensou a respeito por um momento antes de responder, olhando para um diminuto relógio que havia em cima de uma mesinha no canto. — Já é quase meia noite, não acho que será vantajoso ir até o restaurante. De qualquer forma, os músicos contratados já foram verificados e parecem limpos. São moradores locais e conhecidos por seus trabalhos. Eu vou repassar o nome dessas ilhas para o governo e pedir por mais informações, devem nos responder no início de amanhã. — Ele coçou o queixo, ponderando mais um pouco. — Se era outra pessoa que vinha no lugar da sua prima, então acho improvável terem trocado em cima da hora por outra artista igualmente revolucionária ou terem a sorte de terem uma revolucionária esperando por essa oportunidade… Bem, agradeço por ter nos avisado sobre isso, mas talvez dessa vez o governo tenha apenas exagerado, acontece. — O agente soltou um suspiro quase que de alívio. Se tudo se confirmasse, seria apenas uma simples missão de escolta e nada mais.

Nos minutos seguintes, o agente repassou ao mink o plano para o decorrer da noite. O trio se revezaria em três posições: Um dormiria na cama, um dormiria na cadeira e outro ficaria sentado no canto da cama, vigiando o den den mushi para o caso de alguma emergência. A cada uma hora, eles trocariam, com o dorminhoco indo para a cadeira, o da cadeira indo vigiar o caramujo e o vigia indo dormir. O superior começaria dormindo, claro, e Cinos começaria como vigia. As seis horas, eles poderiam sair do quarto e fazer uma refeição no refeitório do hotel, já pago pelo governo.

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Re: A bela e o feio Qua Mar 01, 2023 5:32 pm



Nossa!! Já era meia noite e eu nem percebi o tempo passar, mas puta que pariu, só pra descer essas escadas eu devo ter demorado uma hora. Minhas pernas não se cansam fácil, mas o cansaço acumulado do dia já estava começando a bater e até mesmo elas estavam pedindo por um tempinho sincero de descanso. Até que fiquei aliviado em saber que a minha ideia de ir até o restaurante agora não seria necessária, Aokuzi e o restante da equipe já haviam cuidado de boa parte do que eu pretendia fazer.

Com a informação de que minha prima não era a pessoa escolhida inicialmente para estar aqui, Aokuzi também cogitou a ideia de que toda essa história dela estar envolvida com o Exército Revolucionário seja um engano, mas mesmo assim não podemos descartar a possibilidade de Amélia poder estar sendo testada por um superior para saber se tem as qualidades para se tornar uma rebelde. Enfim, o melhor é continuar atento investigando isso, quem sabe informações mais reveladoras surjam para mim, ainda tem o Aokuzi que vai repassar as ilhas dos meus primos para as CPs, mas sinceramente eu já estou pouco esperançoso de que eles estejam envolvidos nisso… Pelo menos o desgraçado do Sônio parece ser muito bom fingindo ser apenas um civil.

Acontece que não demorou muito para a minha preocupação passar a ser outra: o meu sono. Se eu cheguei a achar que iria ter uma noite tranquila dormindo em uma caminha confortável, eu achei muito errado, para começar que nesse muquifo do quarto 102 só tinha uma cama para três pessoas e ela parecia não ser a mais aconchegante de todas, provavelmente os filhos da puta dos Nista deixam os quartos mais vagabundos pros agentes do governo já que nós não pagamos pela hospedagem… Espero que pelo menos com a comida isso seja diferente.

Já sabia que não seria uma madrugada fácil quando Aokuzi começou a explicar como iríamos trabalhar pelo resto das horas até o sol nascer. Enquanto um ficava de tocaia no Den Den Mushi, outro dormia na cama e o outro iria tentar cochilar na cadeira, fazendo um revezando disso de uma em uma hora. Passei a primeira hora vigiando o molusco na esperança de que ele passasse o restante da noite dormindo, pois a última coisa que eu queria era essa porra tocando agora com minha prima do outro lado precisando de alguma coisa que nos fizesse subir um milhão de degraus. Ao menos tentaria manter as pernas relaxadas e mais descansadas que meus olhos, estes que eu travaria uma árdua batalha provavelmente pelas próximas seis horas para conseguir mantê-los abertos nos momentos que me fosse obrigatório.

Se eu tivesse sorte conseguiria pelo menos as quase duas horas completas na cama e alguns cochilos aqui e ali sentado na cadeira. Seguindo a ordem de revezamento, quando o relógio estivesse marcando seis horas eu estaria na cadeira, então levantaria dela me alongando da melhor maneira que o espaço do quarto permitia e em seguida iria ao banheiro fazer as necessidades matinais antes de partir para o refeitório e comer o que me fosse permitido. Lá eu descobriria que o governo havia pago as nossas refeições, então pelo menos eu poderia comer melhor do que dormir. Para o café da manhã eu tomaria boas quantidades do café mais forte que eles tivessem e encheria o prato com — se ali houvesse — ovos, queijos, bacon e pães. O que eu iria comer na realidade não importava muito, já seria bom se fosse algo para me dar energia suficiente para seguir as próximas horas da manhã junto com a cafeína.

É né, acho que agora é a hora, vamos lá — diria sozinho ou para minha dupla de parceiros caso estivessem por perto me chamando para continuarmos a missão. Se eles não aparecessem, então eu mesmo iria até eles para esperar as próximas instruções de trabalho. — E aí, qual é o protocolo que devemos seguir a partir de agora com a escolta? E por favor me digam que o elevador já foi consertado, a nossa artista não tem a menor condição de descer todas essas escadas antes de um dia de trabalho. — Na realidade eu tô pouco me fodendo, eu é que não quero ter que subir e descer isso só pra ir buscar ela... Mas convenhamos que meu argumento foi bem convincente, né?

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Re: A bela e o feio Ter Mar 07, 2023 6:14 pm

A noite foi longa, monótona e cansativa, mas sem incidentes. O molusco dormiu até melhor do que os agentes, imóvel em sua casinha. Pouco depois do raiar do dia, Cinos se levantou e começou a se esticar, dando dois passos no pequeno quarto antes de precisar se virar para andar mais um pouco. Seu superior, que estava na frente do den den mushi, também se levantou e começou a imitá-lo, dando um tapa na perna do seu irmão para acordá-lo.

Uns dez minutos depois, o trio saiu rumo ao salão onde o desjejum era servido, com Aokuzi levando o den den mushi consigo para o caso de alguma emergência. O local estava praticamente vazio, com apenas dois hóspedes em uma mesa no canto e uma dúzia de funcionários que dispunham uma enorme variedade de comida em diversas bancadas espalhadas pelo salão. Apesar dos quartos variarem bastante do primeiro ao último andar, a comida servida era a mesma para todos. E estava deliciosa!

Cinos se serviu com tudo o que queria e um pouco mais e os dois irmãos fizeram o mesmo. Também sentaram em uma mesa de canto, onde podiam observar os arredores com mais facilidade, mas distantes da dupla de hóspedes que estavam por ali. Comeram devagar, pois ainda tinham tempo, e terminaram quando o lugar começou a ficar mais movimentado.

Aokuzi olhou a hora em um grande e antigo relógio que havia na parede do lugar, enquanto limpava a boca com um guardanapo bordado. — Quase sete horas, ainda é cedo… Ontem combinamos de sair com a sua prima às oito horas e, como ela ainda não ligou, imagino que esteja dormindo. Acho que é melhor subirmos uns dez, quinze minutos antes, não é? — Indagou a Cinos. Embora ele, Aokuzi, fosse o líder do trio, o mink era quem melhor conhecia sua prima.

Caso decidisse que o agente estava correto, o trio se levantaria e seguiria até uma sala de espera, onde havia poltronas, jogo de sinuca, pebolim e outros, tudo ricamente adornado, como esperado do melhor hotel da ilha. Um pouco antes das oito, o trio de agentes subiria com um dupla de funcionário pelo elevador. Um deles seria responsável por operar o elevador na descida, enquanto que o outro ficaria para arrumar o quarto da mink.

As oito em ponto, o agente bateu três vezes com o nó do dedo na porta do quarto 3300, esperando por uma resposta que não veio. Mais três batidas e mais uma espera de alguns minutos. O grupo se olhou, com os agentes se tornando mais inquietos. Será que algo havia acontecido? Fechando a mão em punho, o agente deu três fortes pancadas desta vez, bradando: — Senhorita Amélia! — Uma voz, muito baixa para ser compreendida; um leve ranger da cama; passos; e a porta finalmente se abriu. Amélia estava com um kimono branco e simples, seus cabelos bagunçados e uma expressão de puro sono.

A bela e o feio - Página 2 910-9108852_fugg-anime-sleep-was-a-mistake

Oi. — Disse, meio perdida, balançando levemente para trás e para frente. Aokuzi, pego de surpresa, olhou para Cinos, em busca de auxílio.

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Re: A bela e o feio Qua Mar 08, 2023 8:34 pm



Pelo menos eu não me fodi sozinho nessa noite de merda e alivia um pouco o meu stress saber que Akazuki e Aokuzi dormiram tão mal quanto eu hoje. Aposto que até o final da missão eles vão odiar a minha prima tanto quanto eu, apesar de que, ela parece bem menos irritante agora do que nas memórias que tenho dela, talvez isso seja um sinal do amadurecimento dela. Enfim, pelo menos o café da manhã neste hotel faz jus ao preço absurdo que deve ser a diária aqui, então como o lugar estava ainda meio vazio eu pude comer igual um porco faminto, sem me importar com os bons modos e o olhar de desaprovação de ricaços que poderiam aparecer por ali.

Puta que pariu essa comida tá boa demais e é só o café da manhã, imagina o almoço daqui — comentei com a boca cheia de um pão recheado.

Estando agora com a barriga maior que o normal, desabotoei o terno e a calça, relaxei na cadeira e soltei um belo arroto ao mesmo tempo que dava tapinhas na pança cheia. A essa altura o salão não parecia estar mais tão vazio quanto quando comecei a comer, mas continuaria despreocupado quanto a opinião alheia. Procuraria na mesa se haviam palitinhos de madeira, se houvesse, usaria eles para limpar os dentes enquanto ouvia as instruções de Aokuzi sobre a missão de hoje. Ele parecia um pouco preocupado com o horário.

Relaxa Aokuzi, tenho certeza que a Amélia vai estar aqui até antes da hora. Ela era daquelas que ia cedo pra escola só pra pegar lugar na primeira fileira — falei com uma cara de desgosto, como se isso fosse motivo de desaprovação.

Antes de dar prosseguimento a nossa missão, nós três fomos até uma área de lazer do hotel que era simplesmente do caralho, mas eu tava tão cheio de comida que nem toquei na sinuca ou no pebolim, preferindo ficar estirado em uma poltrona que com certeza era a coisa mais aconchegante que eu coloquei o corpo nas últimas horas. Cada segundo sentado nela valeria muito a pena. Quando chegasse o momento de subirmos, provavelmente meu estômago já estaria um pouco mais aliviado do montante de comida que mandei pra dentro dele, então eu poderia arrumar novamente as vestes e acompanhar meus parceiros até o elevador que GRAÇAS A DEUS estava funcionando.

Rapaz, o maluco do Aokuzi era bastante pontual, pois se o relógio que eu dei uma espiadinha estava marcando a hora certa era praticamente oito em ponto quando ele bateu na porta do 3300 para chamar Amélia como havia combinado. Ela não apareceu para atender. O superior bateu mais uma vez na porta dela esperando que ela viesse abrir para eles, mas mais uma vez não houve resposta. Nos entreolhamos começando a demonstrar um pouco de preocupação.

Ela deve estar no banheiro… Nervosismo pré-show deve dar aquela dor de barriga, sacomé — disse tentando ser positivo com a situação, mas a verdade é que na minha cabeça eu já estava pensando o pior. Meu rosto esboçava meu característico sorriso tosco, que ficava ainda mais feio quando feito de maneira forçada.

Aokuzi parecia já estar perdendo a paciência e bateu na porta de novo, dessa vez com um pouco mais de força e também gritando o nome dela. Ouvi sons vindo do outro lado, seria ela? Sim, era ela, mas não foi tão aliviante assim vê-la abrir essa porta. Amélia estava completamente desarrumada, ainda trajando suas roupas de dormir e com uma cara de sono que provavelmente levaria uns bons minutos para sumir completamente. Eu deveria respirar fundo para manter a calma nesse momento, mas provavelmente o fato de ser a minha prima ali me fez mais uma vez não agir tão profissionalmente.

Puta que pariu! “Oi”? Oi o quê?! Amélia, sua apresentação é daqui a pouco caralho! — berrei me aproximando dela para sacudi-la agarrando seus ombros. — Pera, na verdade eu não sei. Que horas é a apresentação dela? — Parei de sacudi-la e olhei para Aokuzi quase que deixando completamente de lado a emoção anterior. Se a resposta do agente indicasse um horário próximo eu voltaria a olhar para Amélia e diria: — Viu?! — Mas se fosse um horário mais distante a resposta seria: — Ah… Mas não importa! — O fato é que a minha fala final continuaria dando um sermão na garota. — Já era pra você estar pronta! Nós marcamos com você às oito! O que caralhos você pensa que está fazendo? Quer fuder a gente? Quer irritar os caras que te trouxeram pra cá? Esses filhos da… — Parei imediatamente de falar ao perceber que não estava no lugar mais apropriado possível para começar a xingar famílias mafiosas, mesmo que eu não tenha certeza se foi ou não um desses que contratou Amélia, o fato é que ao menos a apresentação dela será na área de uma dessas famílias, portanto era melhor não fazê-los perder dinheiro. — Enfim, não importa o motivo do atraso também, foda-se, só vai se arrumar logo pra gente não perder tempo.

Feito isso, voltaria a olhar para Aokuzi e singelamente faria um joinha pra ele indicando que estava tudo sobre controle… Ou pelo menos é o que eu espero.

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Re: A bela e o feio Qua Mar 08, 2023 10:01 pm


A bela e o Feio - 10

Chata pra Caralho

O sorriso amarelo e tosco estampava-se na face do ouriço. Cino estava aflito pela demora de sua prima em atender aquela maldita porta, mas ao invés de uma genuína expressão de ansiedade, o ouriço sorria cada vez mais aquele maldito sorriso melancôlico. Sorrisos assim combinam com oficiais da lei, isso é um clichê acertivo, mas pela maneira que ele sorri eu julgo que o mesmo tem quase vida própria… não… me expressei mal. Não é que o sorriso tenha vida própria, talvez a vida desse ouriço tenha sido tão desprezível que, como forma de defesa (ou sequela emocional) tudo o que ele consegue fazer agora é estampar esse sorriso triste e desprovido de beleza em sua pobre face malparida.

As fortes batidas ecoavam pelo corredor, Aokuzi estava aflito ao pensar o pior, mas logo a porta se abriu uma idol em seu pior momento de beleza. Ela estava toda desarrumada, com os cabelos bagunçados, olheiras, e um péssimo mau hálito.

Assim que viu aquela imagem, Cino começou a balançar a sua prima e lhe deu um belo sermão aos berros, entretanto, a garota apenas empinou o queixo e se virou de costas indo em direção à bandeja em cima de uma mesa de canto, ao lado de sua cama, onde o seu desjejum estava servido. Ela pegou a bandeja e falou sem sequer dirigir a visão aos agentes.

-Ponha-se em seu lugar, primo! Eu não me lembro de te pedir a opinião sobre os meus compromissos. O seu trabalho não é cuidar da minha agenda, é me escoltar e garantir minha segurança. Então restrinja a sua atenção à isso.

Aokuzi estava vermelho de vergonha, olhou para o ouriço feio e falou timidamente - O show vai ser só ao anoitecer… Ninguém tinha te avisado?

- Onde já se viu! - A popstar reclamava em sua cama enquanto comia um petit gateau - Um agentezinho de quinta me dando bronca… Ta achando que é meu produtor musical, é? SE ENXERGA CINO!!

-Oficial, se contenha. - Disse o superior, totalmente constrangido.

Logo depois a jovem terminou de comer, ela se levantou da cama e foi para o banheiro onde ficou por quase 30 minutos inteiros se maquiando, isso sem contar o tempo que demorou no banho e escolhendo as roupas que iria usar naquele dia tão importante.

Eu pensei em nem comentar, mas talvez você tenha ficado curioso, sendo assim vou falar qual é o look que ela escolheu. Uma minissaia vermelha quadriculada com um cropped preto super estiloso, com rendas estampadas que contornavam alguns espinhos metálicos. No pescoço ela colocou uma gravata preta com um zipper branco desenhado, e por fim, um par de coturnos negros, bem luxuosos e co muitos espinhos.

Quando ela terminou de se arrumar já era quase o horário de almoço. Eram 11:44 am, o cheiro do almoço do restaurante estava exalando de uma maneira formidavelmente acolhedora, mas, infelizmente para o ouriço eles estavam de saída.

-Vamos, hoje o dia vai ser corrido então não podemos ficar de corpo mole - Amélia falou sorridente, dando tapas estridentes para chamar a atenção da dupla - Vou encontrar o meu produtor e o Sr Falconi no Restaurant Piolla, Depois vamos fazer um último ensaio, e aí vamos para o show.

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Re: A bela e o feio Qui Mar 09, 2023 12:15 am



A gente bateu na porra da porta mais de uma vez, não custava nada pelo menos dar sinal de vida. Temos uma missão a cumprir com você, mas também não somos otários obrigados a esperar sua boa vontade, priminha — respondi a respeito da primeira frase dela logo que abriu a porta.

Talvez alguém até tenha me avisado o horário do show dela, mas como muitas coisas a respeito dessa missão foram apagadas da minha memória no instante em que eu soube que teria que trabalhar pra minha prima logo na primeira vez. Ontem ela estava estranhamente um pouco mais simpática, talvez fosse uma leve saudade pelo tempo que não me via, mas hoje sem dúvidas ela está mais parecida com a pirralha que eu convivi em Toroa. Eu poderia ficar calado como um agente comportado, mas como Amélia continuou abrindo a matraca, não pude me conter e retruquei:

Eu sei bem qual é o meu trabalho aqui, Amélia, mas é aquilo né, você por algum motivo veio pra cá sem o seu pai, então te conhecendo bem a probabilidade de você não conseguir dar conta de tudo sozinha é bem alta. Sem a sua mamãe pra te acordar você não conseguia chegar cedo na escola, é? — provoquei dando alguns passos pra frente para mostrar a língua pra ela sem que os outros agentes vissem. Aokuzi me deu ume leve reprimida, parecia não muito confortável com a maneira como eu e Ame estávamos nos tratando. — Ok, senhor, foi apenas uma exaltação familiar. Enfim, espero que gostem de esperar, pois isso vai demorar um pouco. E eu já olhei esse quarto todo, não achei nenhuma passagem secreta ou algo do tipo, mas se quiserem dar uma segunda olhada fiquem à vontade. — E ao dizer isso, me jogaria na confortável cama de Amélia já me preparando para tirar um belo cochilo durante as horas que a ouriço-rosa passaria se arrumando. Passado esse tempo, se por alguma razão não fosse possível para mim dormir, tentaria ao menos ficar com os olhos fechados para manter o corpo relaxado. — Ao menos deu para descansar um pouco da noite anterior… Foi foda. Será que dá tempo da gente passar no salão pra bater um rango de almoço?

Eu não estava realmente com fome, havia comido o suficiente no café da manhã para me sustentar por mais algumas horas, porém o aroma de comida sendo preparada já estava sendo captado pelas minhas narinas antes mesmo de chegarmos no andar da cozinha. Tentei decifrar o que os chefs estariam cozinhando apenas pelo cheiro, mas não sei se tenho conhecimento culinário suficiente para isso, geralmente eu só como o que tiver na frente e foda-se. Só que olha, com certeza é carne, acho que tô sentindo um cheirinho de carne, foda é que deve tá uma delícia e infelizmente não vamos passar nem perto pra eu tentar pegar um pedacinho. Espero ter essa chance mais tarde.

Restaurant Pi o que? Onde fica isso? — indaguei em voz alta saindo do transe referente a comida e voltando a prestar atenção em Amélia. — Nós não vamos pro Mozzafiato? Tenho certeza que Aokuzi disse que seu show seria lá, porque não marca logo o encontro nele? — completei começando a suar um pouco de nervoso.

Toda essa minha preocupação era simples. Hotel Bellucci, legal, território dos Nista, seguro. Mozzafiato, ótimo, território dos Nava, seguro também. Agora esse Restaurante Piolho onde fica essa porra? Não lembro de já ter visto esse lugar antes, por isso me assusta pensar que talvez essa merda possa ser propriedade dos Costas, e aí amigo, se for o caso a situação vai ser a seguinte: FUDEU!

Seja lá para onde estamos indo, agora era a hora de ativar meu modo mais paranoico possível. Qualquer pessoa ao meu redor é suspeita e nenhum lugar é completamente seguro, portanto faria o possível para reparar nas pessoas ao meu redor até conseguir ter certeza de que o restaurante que vamos não pertence aos Costa. E como de costume, estarei sempre pronto para correr.

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Re: A bela e o feio Seg Mar 13, 2023 9:23 pm


A bela e o Feio - 11

Robson Nicolás

A resposta do ouriço feio foi bem atrevida, mas a sua prima mereceu ouvir tudo aquilo. Mas ela nem se deu ao trabalho de lhe responder mais ainda, ela apenas o olhou com uma cara de puro deboche e cuspiu a língua para fora, feito uma garotinha mimada.

O tempo se passou lentamente, Cino até conseguiu aproveitar aquele momento para relaxar um pouco na cama super fofa e espaçosa de sua prima. É claro que ela não gostou de ver a folga do primo, olhou para o mesmo fuzilando-o com o olhar, mas apenas se concentrou em terminar de se maquiar. Aokuzi passou todo o tempo sentado ao lado da porta, como um bom profissional faz, e, mesmo quando sua barriga estava roncando ele não demonstrou desconforto.


-Restaurant Piolla - Amélia respondeu em seu tom “superior” - é um restaurante muito chique que fica perto do Porto Crepúsculo. Ouvi dizer que lá a gente pode até comer olhando o mar, não é incrível? - falou com os olhos brilhando - O meu agente quer que todos os grandes nomes de Sirarossa vão para o Show. Ele disse que isso vai ser ótimo para o meu marketing, e por isso eu e ele vamos convidar pessoalmente o Señor Costa e a sua “famiglia”. Vamos de uma vez!

O trio desceu o elevador e foram até o saguão principal, onde encontraram Akakuzi se deleitando com um pedacinho de pizza de pepperoni. O jovem estava sentado em uma poltrona super confortável, e, assim que viu os demais ele botou todo o pedaço de pizza na boca e engoliu de uma vez só. Logo depois ele se levantou fingindo já estar pronto, e assim o grupo partiu para a costa.

No caminho, muitas pessoas ficaram em êxtase por ter encontrado a diva pop em pessoa. Seus fãs borbulhavam pela boca, gritavam, e até choravam. Era um puta escarcel, mas quando eles vinham pedir um autografo, Amélia apenas os ignorava na cara dura, ou os dispensava da maneira mais cruel e fria.

Teve um momento que uma garotinha de aproximadamente cinco anos veio toda contente pedindo apenas um abraço. “Você é tão incrível!” dizia ela “quando eu crescer quero ser maravilhosa como você!”. Mas ao invés de abraçar a garotinha, Rose pegou a mesma pelo colarinho, a ergueu, e entregou a mesma nas mãos de seus pais “Tomem conta dessa pirralha, ela está atrapalhando o meu caminho”... A garotinha começou a chorar, etão Rose a olhou com firmeza e falou “Pessoas chatas choram, se quer ser como eu tome vergonha, pare de chorar, e conquiste o mundo”.

Acredite se quiser, mas ela parou pra ficar olhando uma vitrine de roupas por mais de quinze minutos.

Conforme se aproximavam do porto, um monte de sujeitos estranhos começou a aparecer. Cino viu um homem careca cheio de cicatrizes, viu um homem gordo com um sorriso falceta, e viu um grupo de fumantes vestindo ternos que pareciam mafiosos. Odos olharam para o grupo com caras de poucos amigos, mas ninguém chegou a se intrometer no caminho dos agentes.

Por fim chegaram ao porto. O mesmo era majestoso, enorme de tal forma que era capaz de ancorar centenas de navios ao mesmo tempo, fomentando o comércio de tal forma que era possível ver um monte de marujos e mercadores carregando caixotes para lá e para cá. Seguiram mais um bocado até que chegaram em um restaurante realmente belo, com um caes privado onde havia muitas mesas e cadeiras acomodadas de maneira padronizada.

-Até que enfim você chegou! - um homem de voz rouca falou emburrado. Ele era muito gordo, mas tinha umas pernas super finas. Era careca, seu nariz era gordo, e seu bigode era excessivamente protuberante - Estou te esperando a mais de meia hora!! - bradou irritado.

-Me perdoe, Nick-san… Os fãs atrapalharam a nossa viagem, sabe como é que é né?

Ele olhou para a mink sem acreditar em uma palavra sequer, olhou para os demais e analisou-os de cima a baixo.

-E esses aí? são os agentes que eu contratei?

-Oh, claro!! - ela falou ao se lembrar dos funcionários - esses são Cino, Aokuzi e Akazuki… Pessoal, esse é Robson Nicolás, meu produtor musical.

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Robson Nicolás, Produtor musical

Depois de todos se apresentarem, Amélia e Robson foram para a Reunião com o Señor Costa no Restaurant Piolla.

São aproximadamente 12:45h, faltam apenas algumas horas para o Show, e o nosso heróis ainda tem muito o que investigar…

-Pois é pessoal, parece que temos 30m livres para investigar sobre a ameaça oculta - Aokuzi falou - Quais serão os próximos passos?

Historico:



Gal-Sal
Imagem :
Alternativo
Créditos :
17
Localização :
Sirarossa
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Gal-Sal
CP 3
Re: A bela e o feio Ter Mar 14, 2023 4:49 pm


É realmente impressionante a dedicação de Aokuzi com seu trabalho, o cara praticamente prefere sofrer do que priorizar a sua saúde, talvez ele nem seja realmente um humano, já ouvi histórias de pessoas que são metade robô, acho que ele pode ser um desses porque não é possível. Bem, eu pelo menos consegui aproveitar um pouco a cama vazia do quarto e descansei um pouco mais até Amélia chegar tirando meu sossego com todo esse papo sobre o restaurante onde ela marcou a reunião com o seu agente. Ela falou bastante coisa, mas já adiantado, ao final da sua fala, precisei me conter muito para não entregar minha verdadeira reação, contendo meu sentimento atual em uma expressão com olhos arregalados e um sorriso fechado extenso, forçando ao máximo pra que não começar automaticamente a gritar ou chorar de desespero. O resultado disso era bastante suor escorrendo pelo meu rosto e um ranho escorrendo por uma de minhas narinas.

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“Costa Famiglia”, é? Que legalPUTA QUE PARIU QUEM É ESSE SEU AGENTE MUSICAL? Gritei em meus pensamentos enquanto minha boca dizia outra coisa.

Por que caralhos você não continuou com seu pai de agente, sua idiota, ele você nem precisava pagar! Fudeu, fudeu, fudeu, fudeu. Não vai dar, vou ter que abandonar a missão. Não tem como eu ir pra esse show se até os Costa foram convidados para o Mozzafiato. Ahhh, claro, aquele cotoco dos Costa é um baba ovo do chefão dos Nava, é óbvio que ele seria convidado pra aparecer nesse showzinho, puta que pariu eu devia ter pensado nisso antes, fiquei tão acomodado com a ideia de ser em território Nava que esqueci desse detalhe. Será que os Nista seriam minha salvação então? Estou no hotel da família, e se eu tentar forçar uma amizade com algum figurão deles?

Peraí… Eu sou um funcionário do Governo Mundial agora, talvez eles me ajudem se a coisa ficar feia. Ou não, afinal eu sou só um agente fudido que acabou de ingressar na organização, eles não vão enviar homens por minha causa. Tudo que eu tenho é a dupla Red e Blue comigo, eles sim tem chances de agir em minha defesa se a chapa esquentar pro meu lado, mas são dois contra uma família né, eles não dariam conta. Sim, dois, pois obviamente eu vou tentar meter o pé na primeira oportunidade, foi a única coisa que me manteve vivo até hoje. Só que tem um detalhe importante né, todas essas vezes eu corri primeiro, algumas delas antes até deles sequer notarem minha presença, porque se eles me reconhecerem com certeza podem atirar primeiro e cobrar depois. Se ao menos eu conseguisse dificultar isso…

JÁ SEI!

Amelinha! Prima, sabe o que eu lembrei? Acho que você vai gostar. — Ela tem que gostar. — Todas aquelas vezes que você insistiu em me maquiar e me vestir com as suas roupas, acho que hoje pode ser um bom dia pra você ganhar esse presente. O que acha? É o pagamento atrasado de todas aquelas apostas que você ganhou.

Eu com certeza vou ficar ridículo se ela fizer isso, mas é melhor do que ser surpreendido com a pistola de um Costa nas minhas costas. Se Amélia me maquiar e vestir como ela gostava de fazer com seus irmãos, eu com certeza vou parecer outra pessoa e isso pode ser o fator diferencial para me dar vantagem sobre os mafiosos. O único problema é se ela vai aceitar, não sei se ela tem tempo pra isso, não que eu ache que ela se importe tanto assim com a pontualidade desse encontro, até porque se importasse já estaria completamente desesperada com o seu complexo de perfeccionismo. Para quem já atrasou meia hora ou mais, mais meia horinha de atraso não vai mudar nada… Espero.

Então, topa? Vai ser meu presente depois de tanto tempo sem te ver — Se ela aceitasse, ótimo, mas se recusasse eu não tentaria insistir, pois com certeza não conseguiria mudar a cabeça dela. Talvez Aokuzi possa ser contra a ideia, seja pelo tempo necessário ou pelo fato de que eu ficarei ridículo, mas com ele eu não precisaria me preocupar em convencer, pois se Amélia tivesse topado, ela com certeza conseguiria convencer o agente com bastante facilidade. — Relaxa, patrão, pense pelo lado positivo da missão, é quase como um disfarce, então posso passar despercebido como um agente protegendo nossa artista pop aqui — diria para ele com meu sorriso tosco.

Se essa loucura tivesse funcionado, então chamarei esse movimento de “Okama Cinos”, pois se ela fez um trabalho parecido com aqueles que eu me lembro, minha aparência acabaria ficando mais ou menos assim:

Imagens fortes:

Ela poderia fazer uma maquiagem diferente e me vestir de outra forma também, se fosse o caso aí dependendo de como eu ficar eu invento outro nome pra essa merda. Existe ainda a opção mais triste onde meu papo com Amélia não cola e eu sou obrigado a sair dali com a minha cara feia padrão mesmo, mas mesmo nessa situação eu tentaria ainda dar um jeito de aliviar pro meu lado, olhando rapidamente na direção das malas e pertences da minha prima se não haveriam peças no vestiário dela que pudessem me ajudar, como por exemplo algum tipo de chapéu ou touca, óculos, cachecol, quem sabe os três ao mesmo tempo.

— Espera só um minuto, vou no banheiro, aquela quantidade toda de comida já bateu, tá ligado? Deixa a chave aí que eu fecho tudo, podem ir descendo — diria para disfarçar a situação, o que me permitiria buscar esses itens sem precisar disfarçar ou ser impedido por Amélia. Se ela não estivesse no quarto quando eu pegasse as coisas dela, tanto faz o que ela diria quando me visse usando isso já lá embaixo. — Esse é o meu novo estilo, ok? Por favor respeitar. — E ignoraria qualquer palavra dela fingindo que não sabia que eram coisas suas.

Definitivamente não é o Cinos (opção 2 e 3):

Se nada, absolutamente nada, desse certo e eu saísse desse hotel exatamente da mesma forma que entrei completamente exposto, aí foda-se, não tem o que fazer a não ser aceitar e chorar quando o primeiro Costa me achar.

E agora vamos retornar a missão.

[...]

Seja lá como esteja minha aparência agora, isso não muda o quão atento e desesperado pelos meus arredores eu estarei enquanto caminho pelas ruas de Sirarossa com minha dupla de parceiros e Amélia. Talvez se eu estiver realmente disfarçado eu mantenha uma certa distância deles apenas para não parecer que somos um grupo, mantendo assim a ideia que eu posso ter dito para Aokuzi de que isso era um disfarce positivo para a nossa missão.

(OFF: a partir daqui entra aquela parte sobre a personalidade dela que te mandei no off, não sei se vai ser editado ou excluído, então vou apenas passar rapidamente.)
No caminho até o tal Piolla, um número maior do que eu imaginava de pessoas parecia conhecer Amélia, mas a relação dela com os fãs pouco me interessava, minha preocupação era realmente com homens — ou mulheres — vestindo roupas clichês de mafiosos, então qualquer pessoa usando um chapéu fedora me chamaria rápida atenção. Novamente Amélia não se mostrou muito preocupada com o tempo, o que a essa altura para mim já era quase que uma tortura atacando a minha ansiedade que já contava os segundos para se ver livre dessa missão. Definitivamente eu não posso continuar nessa ilha por mais tempo.

Se esses caras não são mafiosos eu sou um Den Den Mushi, puta que me pariu, agora fudeu de vez, pensaria enquanto atravessava o porto com meu grupo e me deparava com um número grande de potenciais mafiosos. Calma, talvez não sejam Costa. Ou talvez não me reconheçam. Nesse momento, estando disfarçado ou não, não seria capaz de controlar a tremedeira do meu corpo assustado com o instinto de sobrevivência gritando para sair dali imediatamente, mas eu me forçava a lutar contra isso para manter a pose firme de agente do Governo Mundial. Ou, caso não estivesse parecendo um agente, apenas fingiria estar passeando enquanto apreciava a beleza do mar, mas mantendo meus ouvidos em alerta o tempo todo.

Agora já no tal restaurante, pude ver minha prima indo cumprimentar um homem gordo que eu deduzi ser o agente musical dela, mas não prestei atenção na conversa deles, pois meu olhar estava analisando cada mesa do lugar para saber quem eram as pessoas no recinto. Se eu estava disfarçado ou não, o fato é que Amélia acabaria me apresentando para o produtor dela como Cinos, um dos agentes contratados, isso poderia arruinar todo meu plano, mas independentemente, eu sabia que se haviam Costas ali, anunciar meu nome assim poderia não ser uma boa ideia, portanto rapidamente iria corrigir minha prima para tentar minimizar as chances de dar ruim para mim.

Errado, eu me chamo Binos — diria isso ou “Me chame de Binas, sou uma nova mulher agora” se eu estivesse na versão Okama Cinos.

Amélia era a que tinha mais chances de ficar confusa com isso por me conhecer a mais tempo, mas mesmo para ela, que estava sem me ver há anos, essa forma estranha de agir poderia ser apenas um traço novo da minha personalidade. Fato é que eu não sou tão bom assim atuando, não sei até quando vou conseguir sustentar isso… Droga, eu deveria ter terminado as aulas de atuação. Será que a Amélia se dispõe a me passar umas dicas antes de ir embora? Pode me ajudar bastante no futuro.

Não acho que vamos conseguir alguma coisa investigando esse lugar. Como disse ontem, acho que o ideal é olharmos o Mozzafiato e tentar descobrir mais sobre o empresário que está bancando esse show. Como te disse, esse cara não tinha a intenção de trazer a Amélia, ele queria a tal Sophie que também é de Toroa, e acho que é até mais popular que a minha prima aqui no West Blue. Se esse empresário estiver envolvido com os revolucionários, talvez Sophie tenha mais chances de ser a pessoa envolvida com os rebeldes do que Amélia, mas ainda assim não descarto a possibilidade dela também estar tentando de alguma forma fazer parte disso, principalmente se ela colocou na cabeça dela que precisa superar a rival, o que incluiria encarar uma missão pros revolucionários mesmo sem experiência alguma nisso. Claro, estou dizendo tudo isso apenas com achismos, Amélia é uma ótima manipuladora e os anos que passei longe dela podem ter me deixado despreparado para lidar com ela, então no momento todas as opções continuam disponíveis. Ou ela está conscientemente envolvida, ou ela está sendo usada por alguém, ou ela é completamente inocente e toda essa missão é um grande mal entendido. — Mais uma vez manteria omitido todos os meus pensamentos e informações que sei sobre meus primos, mesmo que minha mente insista em achar que todos eles poderiam facilmente aceitar trabalhar junto com esses comunistas do Exército Revolucionário. Até que essa missão acabe e eu tenha certeza que tudo que Amélia disse para mim ontem era verdade, uma pequena parte de mim continuará suspeitando de todos os quatro. Gente bonita nunca é confiável. — Que tal me liberar para fazer esse trabalho no Mozzafiato? Se tiver na ficha dessa missão o nome do organizador do evento, os patrocinadores e tudo mais, posso cuidar disso para a gente enquanto vocês continuam aqui de olho na nossa estrela e no produtor dela. — Além é claro, de que isso me manteria bem longe do tal Sr. Costa que aparentemente está agora dentro do restaurante batendo um papo com a minha prima. O melhor que eu posso fazer é realmente sair daqui antes que alguém me identifique, pois assim como as baratas, onde há um Costa, nunca há só um Costa.

Se me fosse dada essa side quest de investigar o local do show e os envolvidos na realização dele, sairia dali às pressas assim que tivesse em mãos quaisquer documentos entregues por Aokuzi, inclusive aproveitaria para pedir um Baby Den Den Mushi, pois se nos separássemos seria melhor ter ao menos uma forma de comunicação. — Se algum de vocês tiver um Baby Den Den Mushi sobrando aí vai ser melhor para nos mantermos atualizados — eu diria. Não sei se eu iria sozinho ou Akakuzi seria mandado para me acompanhar, pouco me importaria isso pra falar a verdade. Fato é que eu teria que andar sabe-se lá quantos metros ou quilômetros até o Mozzafiato, então seria novamente um percurso feito no modo paranóico, buscando com os olhos qualquer pessoa suspeita.

Entretanto, se meu superior não visse necessidade na minha saída para iniciar a tal investigação na área dos Nava, então eu permaneceria ali mesmo apenas esperando as ordens e instruções dele do que eu deveríamos fazer. Era quase impossível para mim pensar em fazer qualquer coisa estando possivelmente rodeado por membros da “Costa Famiglia”, tudo que minha mente criava eram situações onde eu teria que usar o cenário para escapar de uma perseguição e quais seriam as melhores rotas de fuga desse restaurante Piolla. Se tivesse ali qualquer outra coisa para fazermos ou nos preocuparmos eu não estaria sendo capaz de perceber por conta do meu medo atual.

Histórico:

Objetivos:

OFF: