Mais um dia na minha vida, mas o primeiro da minha carreira como marinheira e futura heroína! Acordaria animada e, após um bom banho, vestiria o uniforme me dado após meu ingresso na organização. Me olharia no espelho por algum momento, orgulhosa, ajeitando a gravatinha e deixando tudo na mais perfeita ordem antes de sair do quarto.

Descendo as escadas, rumo à cozinha, diria num alto e bom tom: — BOOOOOOOOOM DIIIIIIIAAAAAAAAAA!!! — Iria até minha mãe e o meu pai e daria um beijo ou um abraço em cada. Caso só um estivesse ali, perguntaria sobre o paradeiro do outro. Caso nenhum estivesse ali, soltaria um triste: — Poxa! — Prepararia o meu café, caso já não tivesse nada pronto, e me alimentaria ávida pelo início do dia.

Caso meu pai estivesse presente, diria entre as mordidas: — Ainda tenho algumas horas antes do início do meu turno… Estava querendo aprender algumas coisinhas com o senhor, acredito que será útil para mim. — Se ele estivesse disposto, complementaria: — Estava pensando em criptografia e investigação. Daria certo? — Se desse certo, terminaria a refeição e o seguiria até seu escritório ou até onde ele indicasse. — Até mais, mamãe! — Animada, com as mãos juntas e dando alguns pulinhos, diria: — Vamos começar por onde?

Caso ele não estivesse presente ou não pudesse ensiná-la aquela manhã, se despediria de quem estivesse presente e caminharia sem pressa rumo à biblioteca da ilha. Lá, procuraria por livros referentes aos conhecimentos que desejava adquirir, e, após encontrá-los, seguiria até uma mesa onde poderia ler à vontade e tentar adquirir ao menos o conhecimento básico de cada.

Se por um acaso visse alguém lendo/estudando o mesmo tema que desejava aprender, se aproximaria desta pessoa e, após um aceno e um sorriso, perguntaria: — Eu também estou querendo aprender sobre esse tema. Você se importaria de estudarmos juntos? — Usaria de todo o seu charme para convencer a pessoa em questão, pois tudo era mais divertido com outro alguém para compartilhar a experiência.

Histórico:

Objetivos:

Minha mãezinha estava com sono e cansada após uma longa noite de trabalho e isso fazia eu me sentir um pouco triste. Tentava me animar com o fato dela adorar seu trabalho e que, após algumas horas de sono, estaria bem como sempre! Lhe dei mais um beijinho de despedida antes que subisse e segui meu pai.

— Início Aprendizado: Criptografia —

Meu pai começou selecionando alguns livros e eu me sentei em uma das duas cadeiras que havia em frente à escrivaninha. Logo ele se sentou na outra e pôs os pesados livros sobre a mesinha, pegando um deles e abrindo-o à minha frente. — Vamos começar com algo simples e divertido. — Dizia, me mostrando um livro de charadas. — Desafios mentais é uma ótima forma de exercitar a mente. Não só para charadas, mas para tudo na vida!

Após alguns exercícios mentais, ele me explicou sobre uma simples cifra conhecida como Cifra de César, onde as letras são dispostas por um número qualquer. Então se, por exemplo, a diferença for de 5 letras, o A seria F e o B seria G. Dessa forma, a frase: EU QUERO CAFÉ poderia ser escrita como JZ VZJWT HFKJ. E, sabendo-se ou deduzindo-se o número '5', seria possível decodificar a mensagem facilmente.

Daí seguimos para cifras mais e mais complexas, com chaves mais e mais extensas, gastando o tempo necessário e me explicando todas as dúvidas que surgiam para que não houvesse dúvidas.

— Fim Aprendizado: Criptografia —

— Shishishi. Essa foi interessante! — Diria, empolgada, mas também me levantaria para esticar braços e pernas por um momento. — Obrigado, papai, aprendi bastante! Mas… — Dava um sorrisinho, juntando as mãos e deixando os olhos bem abertos como um gato pidão. — Será que dá para me ensinar um pouco sobre investigação também?

Caso não fosse possível, aceitaria numa boa e daria um abraço e um beijo em sua bochecha. — Ok, sem problema. Até mais tarde! — Após a despedida, seguiria rumo ao QG, com as mãos atrás das costas e observando tudo ao redor com bastante animação.

Histórico:

Objetivos:

— Vish, é verdade! — Concentrada nos estudos, havia perdido a noção do horário. Dava um beijinho em meu pai e partia. — Até mais tarde! — O caminho foi tranquilo e consegui chegar ao QG com antecedência, seguindo até o arsenal. — Olá! Bom dia! — Dizia para todos os que passavam pelo meu caminho. Eu estava super animada com o meu primeiro dia ali!

No arsenal, peguei uma das espadas simples que lá havia e olhei ao redor em busca de algo que julgava ainda mais importante. Caso houvesse alguém presente, o abordaria com: — Olá, tudo bem? — Esperaria um momento pela resposta. — Hoje é meu primeiro dia e vim buscar uma arma, como me falaram que poderia vir. — Diria, mostrando a espada como que para comprovar o que dizia. — Se fosse possível, eu também gostaria de pegar um escuro. Por acaso teria algum disponível? — Se necessário, argumentaria com: — Não há nada melhor para proteger os mais fracos do que um escudo, não é? — Diria com um largo sorriso, usando todo o meu carisma. Amarraria a bainha na cintura, com a espada pendendo no meu lado esquerdo, e prenderia o escudo (caso me dessem um), no meu braço esquerdo.

Com ou sem escudo, me apressava rumo ao pátio, assumindo minha posição. Em caso de dúvida, me informaria melhor com o sargento lá presente. No momento oportuno, faria sentido, batendo os pezinhos e levando a destra na altura da testa. Faria o juramento e o restante dos procedimentos padrões, da melhor forma que se lembrasse. Caso esquecesse de algo, observaria aqueles ao seu redor em busca de iluminação.

Ao fim do juramento, seguiria rumo ao sargento, esperando a sua vez em uma fila, caso houvesse. — Bom dia, senhor! Venho em busca da minha primeira missão! — Diria, com o sorriso no rosto mais largo do que nunca!

Histórico:

Objetivos:

Recebia a missão com um sorriso no rosto! Podia até não ser a mais interessante de todas, mas com certeza era melhor do que muitas! Imagine ter que lavar a roupa suja de todos aqueles soldados?! Já ouvi falar de novatos que pegaram tal missão. Coitados. De qualquer forma, para tudo se tinha um início e, para mim, este era um ótimo começo!

Marchei sozinha, com a bainha na cintura e um leve beicinho no rosto, sentindo falta de um escudo, mas tudo bem! Fui alocada em uma das praças mais movimentadas da cidade e, ao pensar melhor sobre isso, me animei ainda mais, até mesmo esquecendo do escudo por um momento. Até porque, nada daria errado, não é? Não é?! Após alguns segundos para respirar bem fundo aquele ar fresco e me deslumbrar por um momento com a paisagem, assumi uma postura mais profissional e comecei a fazer minha ronda.

A praça era grande demais, com muitos obstáculos e pessoas, para que eu pudesse verificar tudo de um ponto único, então andar era a minha resposta para este pequeno empecilho. Não que eu achasse ruim, na verdade, pois andar por aquela bela praça, admirando a flora, os adultos felizes e as crianças brincando era algo maravilhoso. Queria estar descalça ali, sentir a grama e a terra com os meus pés, mas ser pega sem o uniforme no meu primeiro dia não seria uma boa, então segurei a vontade de me descalçar ali mesmo.

Durante minha primeira ronda, percorrendo a praça no sentido anti-horário, buscaria ver outros marinheiros por ali. No pior dos casos, poderia pedir por ajuda para alguém mais experiente do que eu. Caso visse algum marinheiro próximo, iria até ele(a) e me apresentaria: — Olá, bom dia! Sou a soldado Celeste, prazer. — Caso o marinheiro estivesse distante, apenas acenaria com um leve sorriso no rosto, seguindo meu caminho.

Sempre que algum civil passasse por mim, acenaria com um largo sorriso e um — Bom dia! — em alto e bom som. Também ajudaria no que fosse possível, como a carregar algo pesado para algum senhorzinho ou ajudar uma velhinha a atravessar a rua, sempre atenta aos arredores para não fazer besteira na minha primeira missão. Caso visse alguma criança triste e sozinha, o que era bem incomum para mim, também me aproximaria, parando a cerca de um metro e me ajoelhando para ficar com o rosto no mesmo nível do dela, indagando: — Olá, posso ajudar?

Histórico:

Objetivos:

Bem, aquilo era… inesperado. Com a balbúrdia e a comoção, obviamente que me aproximei para averiguar melhor a situação. No fim, era apenas um monge falastrão. Monges são bons, não são? Não parecia apresentar perigo para ele e nem para os demais, então não tentei impedi-lo, apenas ouvindo-o fascinada, mas sem entender nada. Foi quando o inesperado aconteceu.

Acho que ninguém esperava por aquilo e os gritos e reclamações daqueles que estavam à minha volta apenas confirmavam a minha suspeita. Tentei manter a calma e o silêncio, pois sabia que uma ação mal pensada por minha parte poderia escalar aquela situação. Esfregava os olhos e tentava abri-los assim que possível, buscando pelo monge.

Caso o monge ainda estivesse por ali, me aproximaria dele e colocaria minha mão sobre o seu ombro. Não apertaria nem nada, seria mais como um apoio. E então diria: — Olá! Será que o senhor poderia me ajudar a chegar no limite do parque? O sal está incomodando meus olhos e posso acabar me esbarrando em algo no caminho. — Não o culparia pelo acontecido e usaria o pedido para levá-lo para fora do parque e para longe daquelas pessoas. Se ele não aceitasse, insistiria com um simples: — Por favor. — Esfregando os olhos que ainda lacrimejavam.

Se ele aceitasse me guiar, agradeceria e o seguiria pacientemente. Quando nós estivéssemos próximos do limite do parque, indagaria: — Como é esse joguinho mesmo que o senhor falou? — Buscava mais informações para tentar entender o comportamento estranho daquele monge. — Eu gosto de charadas, até resolvi umas mais cedo, mas o senhor me passou uma bem complicada. — Daria um sorrisinho, tentando trazer um lado mais calmo e tranquilo do homem. — Saber, eternidade, frígido… Não sei se são caros para fazer, mas seriam livros? — Tentaria deduzir, esperando que uma resposta certa pudesse acalmar o homem, e rezando para que uma resposta errada não o exaltasse ainda mais.

Se, no entanto, ele tivesse desaparecido de alguma forma, já que monges tinham essa habilidade mágica, então focaria em acalmar a situação. Se tivesse alguma fonte ali próxima, guiaria as pessoas em sua direção para que pudessem lavar seus rostos. Com as mãos, tentaria guiar as duas pessoas mais velhas ou mais novas do grupo, aquelas que me parecessem mais vulneráveis. As demais eu buscaria guiar com a voz: — Tem uma fonte aqui próximo, vamos lavar nossos rostos lá. Venham, por aqui. Isso, por aqui. Nessa direção… — E continuaria falando até alcançarmos a fonte. Chegando lá, eu voltaria para ajudar os mais atrasados, se necessário, e só então eu lavaria o meu próprio rosto.

Histórico:

Objetivos:

O monge havia sumido, como os magos monges costumam fazer, e tudo o que restou foi a ardência nos olhos. Triste. Mas fazer o quê? Guiei os civis da forma que pude e não demorou até minha canela reclamar comigo. No fim tudo deu quase certo e eu alisei a perna por um tempo, tentando amenizar o dolorido.

Logo outro soldado veio tomar meu posto. — Se você vir um monge e ele jogar algo para cima, feche os olhos! — Alertei, antes de seguir para o QG. Admito que fiquei bastante curiosa com aquela charada, seria até mesmo uma ótima forma de exercitar o que havia aprendido hoje. Por outro lado, era o meu primeiro dia como marinheira e queria mostrar serviço!

Sendo assim, iria focar na minha próxima missão e, à noite, quem sabe… Contudo, antes de buscar pela próxima tarefa, daria uma passada no refeitório para tirar a barriga da miséria. Até porque, saco vazio não para em pé! Daria um sorrisinho da minha própria piada e iria para a fila, pegando uma bandeja e me servindo do que estivesse disponível.

Após almoçar e descansar por uns quinze minutinhos, pois saco cheio não dobra, aí sim procuraria por algum superior em busca da minha próxima atribuição. Faria sentido assim que o visse e diria: — Boa tarde, senhor! Soldado Ritter se apresentando! — Usaria meu último nome, pois soaria mais profissional, ou pelo menos assim imaginava. — Vim em busca de mais uma missão, senhor! — Diria em alto e bom tom, esperando pelo resposta.

Histórico:

Objetivos:

Novamente eu era surpreendida naquele dia: O refeitório estava num completo caos! Esperava-se que soldados e demais cargos da marinha fizessem tudo de forma ordenada e organizada, mas constatei, da pior maneira, o meu erro. Presa entre pessoas que nunca vi na vida, fui arrastada como em uma correnteza por sabe-se lá onde. Sufocada e lutando por ar, ganhei arroz no rosto. Ótimo!

Terminei num canto, desorientada e com uma bandeja em mãos. Eu nem tentaria entender o incompreensível e apenas procuraria por um cantinho qualquer para me sentar. Nisso, vi um soldado no canto, chorando, e fui até ele. Me sentaria ao seu lado e daria três tapinhas no seu ombro. — Vai ficar tudo bem… — Diria, mesmo sem saber o que não estava bem. O ouviria, caso ele quisesse falar, e devoraria meu almoço como uma neandertal, inspirada por aqueles trogloditas ao meu lado.

Por fim, depositaria minha bandeja no local indicado e iria em busca da minha segunda missão, que era o importante. — Sim, senhor! — Bradei em resposta e segui à sala indicada. Entrando, diferencie o tenente pela sua farda e me aproximei dele. Dado o clima do ambiente, desta vez bateria continência sem estalar os sapatos e falaria num tom mais baixo: — Boa tarde, tenente Skot, senhor! — Esperaria um momento por uma resposta, mas caso ele nada falasse, continuaria: — Fui designada para lhe auxiliar, senhor. Tem algo em específico que deveria ficar de olho? — Esperaria mais uma vez pela resposta.

Com ou sem resposta, pegaria alguns papéis da pilha e procuraria por algum lugar para me sentar. Caso trocasse o olhar com algum dos outros soldados, daria um leve sorriso, um aceno e um: — Olá! — Buscaria pela irregularidade indicada pelo tenente e/ou por qualquer erro que saltasse aos olhos. Em caso de dúvida, mostraria ao soldado mais próximo e diria: — Isso também parece errado para você? — Esperando por um auxílio.

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