All Blue RPG

Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 Capítulo 1 - Dois homens e meio.

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Kenshin
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Kenshin


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MensagemAssunto: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyQua maio 12, 2021 12:16 am

Capítulo 1 - Dois homens e meio.

Aqui ocorrerá a aventura dos(as) Civis Gintoki Shikatsu, Marshow Biggie e Yanka Barnum. A qual não possui narrador definido.

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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyQua maio 12, 2021 9:10 pm


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O Artista

Os últimos vinte e nove dias a bordo da embarcação mercantil "Fruit & Veg" não chegarão nem perto de ser tão emocionante como essa que está para se iniciar, mas com certeza sairei dessa experiência muito mais forte do que entrei. Com o pedido inicial de ser levado para o Novo Mundo negado pelo capitão, que deixou escancarado o absurdo por trás do meu pedido, consegui convencê-lo a me colocar no seu navio com a segurança de que usaria dos meus dotes artísticos para tornar a exaustão do dia a dia dos seus trabalhadores mais leve e descontraído. Deu certo. Raramente eu peguei no pesado durante esse tempo, afinal de contas, não sou homem de serviços braçais e quanto menor o esforço, melhor. Apenas me recordo de ter levantado uma única caixa para impressionar uma mulher, claro. Falando em mulheres e deixando toda a modéstia de lado, posso garantir que não faltaram boas companhias em minha cama.

O destino final era nessa ilha de nome Las Camp onde equivocadamente o capitão se achou intimo o suficiente para me convidar a fazer parte de sua tripulação e ajudar a abastecer o seu navio, do qual declinei com a educação e categoria conferidas a mim. — Vinte e nove dias não foram o suficiente para me conhecer?! Isso não é trabalho para uma pessoa da minha classe. — Como resultado da festa que eu tinha feito a minha última noite com aquela tripulação, estava esgotado. — Finalmente terra firme. — Comemoraria com o sentimento de ter saído vitorioso daquela experiência, espreguiçando-me para que pudesse atrair todas as minhas energias.

Acordado, amigão? — Chamaria a atenção do diabo no corpo de macaco descansando em cima da minha cabeça. Usando dos meus longos cabelos cacheados como se fosse uma rede é Skies e o meu grande companheiro nessa jornada. No momento ele está dormindo, mas até pouco tempo atrás enquanto eu procurava emendar uma carona ele estava muito empolgado e inclusive fora alvo de desaforo de um dos capitães ao indicar que animais não eram bem vindos em sua embarcação. Mas aquilo não era verdade e ele parecia mesmo era estar assustado com o meu pedido, talvez fosse uma forma de contornar uma situação que para ele era impossível.

Bem, enquanto Skies descansa, deixe-me raciocinar mais um pouco do por onde eu deveria começar? Inicialmente com uma caminhada pelo lugarejo, analisaria sua arquitetura e o comércio, bem como o perfil dos moradores, em especial aquelas do sexo feminino que portassem acessórios e jóias. A primeira pessoa que encontrasse com esse perfil, aproximaria-me o suficiente para provocar um esbarrão. — Ah! Desculpe-me mademoiselle. — Diria com minha voz melodiosa olhando em seus olhos e com a mão direita pegaria em seu braço direito com o objetivo de desviar sua atenção. — Acorde-me se eu estiver sonhando, mas estou de frente para a oitava maravilha do mundo? — Mal saberia ela, mas durante o esbarrão eu levaria minha mão livre nos bolsos e aberturas de sua vestimenta a fim de furtá-la com toda minha proficiência nessa arte e então guardá-la(s) no meu bolso esquerdo. — Acho que essa é a minha deixa, mais uma vez, mil desculpas. — Desviaria imediatamente.

Se fosse feliz em meu movimento, entraria no primeiro corredor a minha frente e pararia embaixo de alguma estrutura que pudesse me esconder, para contar os ganhos obtidos. Caso flagrado usaria do meu Discurso no Jutsu para contornar a situação. — Que perigo, a senhora estava prestes de perder um item de valor. Nunca se sabe, mas pessoas más intencionadas estão à espreita a todo instante, redobre a atenção mademoiselle. — Diria entregando o objeto como se eu tivesse acabado de fazer um favor e não me estenderia muito, saindo rapidamente dali em meio à multidão. Mais a frente, insistiria uma segunda vez, utilizando da mesma estratégia.

Com a sorte de ter conseguido algum item de valor, eu agora deveria procurar uma loja de penhores. — Com licença, moça. — Eu manteria o contato com o público feminino, pois com a minha aparência valorizada pela sociedade e voz melodiosa torna-se muito maior a chance de sucesso durante uma abordagem. — Sou recém-chegado ao vilarejo e estou à procura de fazer dinheiro, a senhorita saberia me informar onde fica a loja de penhores mais próxima? — Com uma resposta positiva, realizaria uma meia mesura em sinal de cortesia e seguiria prontamente para a direção apontada.

Chegando até a loja de penhores sem sustos, se fosse o caso, acessaria o ambiente e me dirigiria até o balcão onde despejaria o(s) iten(s) furtado(s). — Olá! — Chamaria a atenção do atendente responsável no horário. — Meu nobre, trouxe comigo algum(s) iten(s) de muito valor, não digo nem monetariamente, mas sentimentalmente, onde está há muitas gerações sobre posse da minha família, o que está sendo muito doloroso pra eu ter que submetê-los a venda, mas acredito que o(a) senhor(a) testemunhe isso diariamente. — Discursaria em um tom fúnebre. — Começo amanhã minha jornada como um marinheiro, uma profissão tão nobre como essa, capaz de assegurar a vida de milhares de pessoas, e tenho como objetivo fazer dinheiro para ajudar as famílias carentes por onde passarmos. — Durante todo o momento tentaria apelar para o lado humano da pessoa a minha frente, afinal imagino que nem todos são indiferentes como eu. — Aceitarei de bom coração o maior valor que puder dar pela(s) jóia(s). — Colocaria a destra com o punho fechado na altura do coração e arquearia a cabeça como se estivesse vivenciando o luto por estar me desfazendo de itens "tão importantes".

Independentemente da quantia levantada ou da falta dela, eu sairia à procura de bares e restaurantes, exemplos de estabelecimentos onde circulam uma rica rede de informações diariamente, sejam ofertas de trabalho, um caça talento procurando por aquela que estampará a próxima linha de verão e etc. Desde que eu saio de minha terra natal, no North Blue, estive cansado de ouvir negativa atrás de negativa e pessoas desacreditando do meu sonho de chegar até o Novo Mundo. Qual foi cara, não existem mais Navegadores que tenham culhões hoje em dia? Estava na hora de mudar essa realidade.  

Assim que mirasse o letreiro de alguma taverna eu prontamente entraria pela porta da frente. Já dentro, era provável que o cheiro fosse agradável o suficiente para despertar Skies. Sem perder mais tempo me aproximaria do balcão para fazer o meu pedido. — Um pedaço de carne e um copo de água, por favor. — Lançaria ao barman. — Também gostaria de uma informação. — Nesse instante retiraria do meu bolso a menor nota de berries já existente, apresentando um pouco de minha personalidade. Acreditando que as pessoas só são movidas por seus próprios interesses, aquela nota deveria tornar a minha abordagem muito mais fácil e direta, sem conversas fiadas. — Procuro um Navegador que me leve ao Novo Mundo, sabe me informar algum ou grupo de pessoas com as ferramentas necessárias para essa missão? Estou disposto a trabalhar para essa pessoa, independente do serviço, e se eu chegar até o meu destino eu me comprometo a enviar uma generosa recompensa para o senhor. — Aguardaria confiantemente por uma resposta que acrescentasse em minha busca e ignoraria por completo as demais. Para o caso do meu pedido ter sido aceito e entregue, pagaria o valor referente ao mesmo, independente da quantia. Naturalmente ofereceria o primeiro pedaço de carne para Skies, bem como a água. — Está satisfeito, amigão? Deixe um pouco para mim. — E eu, como sempre, comeria as beiradas que fossem deixadas. Com a possibilidade de eu estar sem dinheiro no momento, sequer teria oferecido a cortesia pela informação ao atendente, muito menos feito o pedido.

Estaria de olho também nas possíveis garçonetes ou dançarinas que pudessem trabalhar no estabelecimento, tentando uma aproximação naquela que considerasse a mais bonita e então tentaria uma investida. — Olá senhorita. — Levaria minha mão direita na direção de sua mão esquerda buscando o contato físico enquanto manteria contato visual com ela. — Você se parece muito com a minha futura namorada. — Caso ela demonstrasse interesse em minha investida, prosseguiria. — Que horas termina o seu turno? — Aguardaria por uma resposta que pudesse aquecer o meu coração.

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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptySáb maio 15, 2021 4:38 pm


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O Cozinheiro

— Burp... Você acha mesmo que sairia daqui sem pagar a conta, seu merdinha? — Falei em tom autoritário enquanto levantava o homem que era três vezes menor do que eu pela gola da camisa e encarava-o com certa raiva — Burp... Eu odeio caloteiros! — Comentei novamente enquanto o arremessava para frente do balcão e esperaria que ele me pagasse o dinheiro que fora consumido, caso o mesmo não tivessse, ordenaria para ele — Burp... Então vá na cozinhar lavar todos aqueles pratos! — Achei que essa seria a coisa mais justar a ser feita naquela situação, afinal tinham muitos pratos para ele aprender a não ser um caloteiro comigo novamente.

Minha vida estava indo de mal a pior depois da morte de meu pai, afinal além de muitas contas não pagas, ele também havia me deixado com esse maldito bar para cuidar, não que eu não gostasse do estabelecimento, porém os clientes eram os piores possíveis Preciso melhorar a clientela do lugar de alguma forma, talvez se eu começasse a cozinhar... Viajei em meio aos meus pensamentos enquanto encarava com uma face emburrada todos aqueles bêbados nojentos que estavam sentados nas mesas — Eu faço ideia de como meu pai amava tanto esse lugar — Questionei-me enquanto terminava minha observação.

Eu amava cozinhar, porém nunca havia preparado algo para outras pessoas, provavelmente por não as achar dignas de provarem meus alimentos, afinal só haviam arruaceiros vagabundos naquele bar e eles não me dariam a fama tão almejada por mim desde a morte de meu pai. Entornei mais um gole do copo de bebida que estava em frente do meu balcão e levei meus olhos até uma garota que entrava repentinamente do bar, ela era muito bonita e tinha um corpo escultural, mas para ter a coragem de entrar num bar como o meu, provavelmente era algum tipo de garota de programa — Gurp... Você ai de cabelos ruivos, vamos dar uma voltinha ali nos fundos comigo? Quem sabe você possa me ajudar no que preciso — Usei de bastante falta de educação em minhas palavras, afinal já esperava que a resposta dela fosse a mesma de todas garotas Olhe para você, eu não teria coragem de sair com você nem se ameaçassem minha vida Lembrei das palavras ditas pela maioria das garotas em que eu tentava algo, essas palavras foram o motivo de hoje em dia meu sonho ser virar o maior cozinheiro dos mares e conquistar as garotas através de seus paladares.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyDom maio 16, 2021 7:13 pm

Narração

Era um começo de tarde consideravelmente ensolarado em Las Camp e após uma longa viagem até seu destino, tudo que sobrava para Yanka, era a paisagem distante da imensidão azul e o cheiro de maresia. Nas docas, mercadores e cidadãos mais reservados encaravam o artista de longe com um mal olhado. Ele chamava atenção e o seu rosto era novo por ali, o que era o bastante para causar estranhamento, com toda a agitação da “nova era dos piratas”. Seu pequeno companheiro, Skies, seguia com sua soneca como a não tão bela adormecida. Estava tudo perfeito para mais um dia de maldade.

As ruas como sempre estavam agitadas. Os prédios ao redor possuíam uma arquitetura requintada, mas claramente antiga, o que era de se esperar do maior centro comercial do west blue e todo o dinheiro que ele movimenta. O público ali andava muito bem trajado, dando um ar de riqueza, com exceção de algumas pessoas que claramente estavam pegando pesado no trabalho. Quanto mais ele caminhava em busca de uma vítima, menos movimento se via, até que no meio da rua surgiu uma dama que lhe chamou a atenção. Uma bela moça com longas madeixas rubras e encaracoladas, usando um longo vestido armado bege todo ornamentado, um chapelão branco, tão grande que poderia servir como uma sombrinha para três, e jóias brilhavam até mesmo sob a sombra. Yanka sem muita demora se aproximou da dama, que de início ficou surpresa com a abordagem. Após se aproximar da moça, Yanka pode notar como seu vestido não tinha bolsos, mas que ela carregava uma bolsinha em seu braço esquerdo.

A bolsa não possuía zipper ou um botão que fosse atrapalhar o ato, o que tornava o ato ainda mais fácil. - Ora rapaz! - Ela exclamou. - Não é educado para um cavaleiro se aproximar assim de uma dama sem ao menos convidá-la para jantar. Mas fico grata pelos seus cortejos… - Ela disse, mantendo sua compostura e um sorriso bobo pelo elogio, porém, enquanto ela se distraía o artista escorregava sua mão para dentro de sua bolsa. Enquanto buscava por algo de importância, Yanka finalmente pode notar um soldado da marinha, usando um boné e segurando um fuzil, em posição um pouco atrás dos dois. Não parecia ter notado o que acontecia ali, mas ele era suspeito, já que a viseira de seu boné cobria sua vista, mas independente do que ocorresse por ali, o soldado não se mexia, quase como se fosse uma estátua, ou como se estivesse morto. Por um segundo, pareceu que todo aquele esforço não valia a pena, até que sua mão encontrou uma pequena caixa dentro da bolsa. Sem muita demora, ele a pegou e retirou-se logo daquele lugar, deixando a moça confusa, em silêncio.

Após andar mais um pouco para seguir com seu golpe, ele se deparou com uma floricultura, onde uma jovem moça de longas madeixas castanhas presas em um rabo de cavalo estava. Yanka se aproximou e pediu informações sobre uma possível casa de penhores da cidade. A moça se assustou, pois estava muito distraída, lhe respondendo com um grito repentino e acidentalmente molhando suas vestes. - Perdão! Mil desculpas! E-Eu não vi você ai. - Ela colocou no chão o seu regador. - Bem… Acredito que tem uma loja de penhores se você seguir até o final da rua e dobrar a esquina. Ficará bem de frente, não tem erro.

Sem muita demora, o rapaz seguiu as instruções da jovem moça, o deixando logo em frente à loja de penhores que ela havia citado. O local por dentro era mal iluminado, mas prestando um pouco de atenção, Yanka poderia ver itens exóticos que deviam custar fortunas para colecionadores. No balcão, logo a sua frente, estava uma dama, só que essa não era tão bonita, na verdade, ela não era nem um pouco bonita, e sua carranca não deixava as coisas melhores. - Em que posso ajudá-lo? - Ela disse, com uma voz extremamente grossa, como a de quem fuma cigarros desde a infância. Ao receber a oportunidade, Yanka discursou toda uma história emocionante sobre como o item em sua posse era de grande importância e de como ele precisava do dinheiro para iniciar sua jornada. A atendente por sua vez, não parecia nem um pouco comovida. - Tá bom.... Me deixe dar uma olhada… - Ela esticou seu braço direito, envolto de banha e pelancas. Yanka por sua vez entregou a caixa que havia pego. De dentro, a mulher puxou um colar de corrente dourada e um pingente com uma pedra vermelha e chamativa. A mulher levou a sua cadeira até o outro canto da sala e pôs a gema sob o seu instrumento de observação. Após uns minutos observando, a mulher voltou para o balcão, e sem delongas ela disse. - Isso aqui é bijuteria barata. A pedra não vale nada e as correntes só foram folheadas, pelo peso dessa corrente, mal conseguiria extrair uma gota de ouro daqui. - Ela disse, com a corrente na palma de sua mão. - Se arranjar mais quinhentos desse, talvez faça uma boa grana, mas o máximo que posso lhe oferecer são 25.000, e isso por que você me entreteve com essa tua história aí. - Sem muita objeção, Yanka aceitou a oferta e recebeu a grana, que não era lá grande coisa.

Partindo dali, ele caminhou e caminhou mais uma vez até que se deparou com um barzinho que havia por ali, o lugar não era dos melhores e claramente havia confusão rolando ali dentro, mas aquilo não era muito problema.

Lá dentro, estava Marshow, outra figura interessante para nossa história. O homem estava prestes a surrar um cliente caloteiro, que parecia estar muito bêbado para se importar com qualquer coisa, quando dois de seus cliente interromperam. Um deles o segurava , para que Marshow não saltasse no pescoço do bebum, enquanto o outro fazia questão de coletar o dinheiro cobrado, expulsando o homem a chutes. Nesse momento, entra Yanka, para presenciar a cena. Antes que pudesse se questionar, o artista voltou para o balcão, para ser atendido. Por trás dele estava um homem de cabelo grisalho preso em um rabo de cavalo, e óculos escuros, limpando um copo. O homem prontamente o atendeu e lhe pediu para aguardar um pouco o seu pedido sair. Era um local bem simples, por isso não haviam garçonetes, mas naquele momento, uma moça de cabelo ruivo e curto entrou e tomou um lugar.

Como se ela fosse um imã, a moça atraiu Marshow e Yanka, que queriam se dar bem naquele dia, mas vendo ambos se aproximaram dela tão agressivamente, a garota ficou extremamente desconfortável e se retirou tão rápido quanto chegou, deixando os dois, um de frente para o outro
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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyDom maio 16, 2021 11:09 pm


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O Artista

Se fosse para eu chutar o ar que a ilha exalava eu ficaria entre o angelical e o adocicado, as classes que os moradores reclamavam me levavam para o início de uma infância abastada e a paisagem arcaica me enchia os olhos para a minha mais nova realidade. Independente das muitas diferenças encontradas entre a minha terra natal e a minha atual localização, uma coisa se mantinha a mesma: a minha imagem continuava sendo alvo de muita atenção por parte dos transeuntes, o que eu via como um sinal de boa sorte e com o desejo de que as portas se abrissem para mim com a mesma facilidade.

Logo na minha primeira abordagem a resposta que eu obtive era que nem mesmo as noites mal dormidas e os banhos pulados dentro daquele navio seriam suficientes para depreciar a minha imagem. Aquela ainda não seria a oportunidade para um encontro com aquela mulher, mas confesso que fiquei muito satisfeito que sob a tensão da mira de um marinheiro e os segundos intermináveis que antecederam o furto eu havia conseguido levar o item para casa.

O que veio a seguir com o episódio na loja de penhores só serviu para mostrar que a história não é feita apenas pelos grandes personagens, mas até aonde eu posso inserir o ouvinte dentro da história, o que deixou claro a falta de malícia ou tática de bajulação dentro da minha narrativa. Sem falar na pessoa fascinante que a atendente se mostrou. Se ela conseguiu reconhecer mesmo que por uma fração a mentira por trás da minha história, era muito provável que ela fosse acostumada a utilizar dessa mesma tática na hora de dar valor aos itens, pensando mais além, talvez tivesse sido eu a receber o golpe. Assim, com a dúvida no valor de 25.000 ฿S que me consumia e um riso irônico escancarado em meu semblante eu continuei de cabeça erguida com a mesma categoria de sempre.

No bar o suor escorreu pelo lado direito da minha testa, nesse instante eu franziria minhas sobrancelhas e levaria minha destra até o cabo de minha Katana. — V-vo-você viu só o que fez, gordão?! — Lançaria ao obeso com um rabo de cavalo e uma regata preta ridícula, que parecia não conseguir respirar. — Você não tem semancol ou espelho em casa? Se não fosse por essa sua audácia eu teria ganhado na loteria com essa bela ruiva. — Esboçaria sacar a Katana em sinal de raiva, não mais do que um centímetro, mas recuaria, retornando para a sua posição neutra. — Eu vou te poupar da minha lâmina porque eu teria que dar pelo menos cem voltas até conseguir atravessá-lo, e ainda tenho que comer o meu pedido, pois não sou homem de desperdiçar alimentos. — Procuraria o primeiro assento próximo ao balcão para que pudesse me acalmar enquanto esperaria que o meu pedido fosse finalizado.

Analisando o bar que foi me apresentado no diminutivo e onde a primeira cena testemunhada tinha sido uma confusão, em resumo um negócio fadado ao fracasso, mas que não excluía o seu enorme potencial, eu observava a possibilidade da primeira grande oportunidade para mim nesta ilha. — Vocês têm aqui um excelente espaço para o entretenimento, imagino que recebam diariamente pessoas de diferentes grupos. — Elogiaria o negócio que eles tinham em mãos. — Você está em dívida comigo pela companhia que acaba de me fazer perder, então vou te dar a chance de acertar as contas. — Colocaria-me em pé a fim de transmitir maior seriedade. — Traga-me o dono dessa espelunca, eu tenho o plano perfeito para o seu negócio. — Ordenaria ao gordão. — Eu disse espelunca? Me desculpe, não foi a intenção. — Abaixaria o tom caso ele fosse confirmado como o proprietário.  

— Vocês ainda não me conhecem, mas vão conhecer em breve. Meu nome é Yanka Barnum e eu sou um renomado artista do North Blue e preciso de um trabalho para reunir contatos e fazer dinheiro, e o negócio que você administra é perfeito para que eu possa atingir os meus objetivos. — Procuraria por uma passagem como um balcão flexível ou abertura que me levasse para o lado de dentro do bar e me dirigiria até a pia, comumente acessível para a lavagem dos copos, pratos e talheres, e me serviria com um copo de água, bem como a Skies. — Diga-me, gordão, você tem um nome? Qual é o seu talento? Você sabe fazer coquetéis? Comidas? Como você mantém a sua clientela? — Perguntaria de maneira amigável. — Veja bem, você tem os produtos necessários para atrair o público e arrancar o dinheiro deles e eu a imagem e o discurso para elevar ainda mais o nome da sua marca. — Daria ênfase na palavra "sua", deixando claro que a minha posição ali estava longe de ser roubar o seu negócio. — A minha proposta é que você me admita como parte do seu negócio e o pagamento que eu exijo não são nada mais do que barriga cheia para mim e meu companheiro Skies e um dormitório, em compensação eu ficarei responsável por trazer os clientes e os manter entretidos com os shows que só eu posso oferecer, o que me diz? — Esperaria confiante por uma resposta positiva que me colocasse junto à mesa dos grandes. — Comida, bebidas, dançarinas e o alívio da tensão do dia a dia são algumas das muitas vantagens que esse ramo de negócio oferece, somados com a minha boa aparência, o domínio na arte das palavras e a capacidade de realizar truques e enganar toda uma platéia, o negócio só tende a crescer. Enquanto isso você ficaria responsável pela cozinha e a conquistar os clientes pelo paladar, o que me diz? Temos um acordo? — Ofereceria minha mão direita esperando que sacramentássemos o acordo.

[...]

Caso em algum momento eu tivesse feito algum comentário ou agido de maneira que não agradasse o homem a minha frente - o que era de se esperar - e ele ameaçasse me atacar, eu realizaria esquivas rápidas para trás enquanto tentaria convencê-lo a cessar a sua investida. — Calma lá, amigão, não está mais aqui quem falou "gordão" ou ameaçou sacar a espada. — Caso fosse imobilizado, tentaria mover a cabeça para longe do alcance dos seus punhos. — Merda, acho que ferrou. — Lamentaria. — No rosto não. No rosto não. — Prezaria pela minha aparência até o último instante.

A única coisa que eu não poderia permitir é que ele colocasse em dúvida a minha sexualidade, e caso ele fosse louco o suficiente para pisar nesse terreno perigoso, educaria-o de maneira a nunca mais usar tais palavras. — Ah é? Você vai ver o poder da "mulherzinha" aqui. — Não cogitaria nem por um segundo ante o seu tamanho que ele pudesse ser mais rápido do que eu. Com o sabre embainhado, pois não queria causar ali uma carnificina, mas ensinar a ele uma lição procuraria montar em suas costas, onde colocaria a bainha e parte não cortante contra o seu pescoço, com as mãos em ambas as extremidades fazendo pressão para enforcá-lo. — O que você tinha dito mesmo? — Desafiaria-o a repetir suas palavras novamente. Ao mesmo tempo cuidaria para que os clientes não se evadissem do local. — Calma lá gente, essa é apenas uma demonstração de como escalar uma montanha com cuidados. Você faz assim ó. — Diria, apertando um pouco mais forte. — E assim. — Diria com um chute com o calcanhar do pé direito na altura de sua barriga.

Independente se saísse derrotado ou vitorioso de minha ação, levantaria-me tateando a vestimenta do corpo a fim de remover qualquer vestígio de sujeira e voltaria a cumprimentá-lo. — Espero que você tenha aprendido a lição, pois uma próxima vez você provará o fio da minha lâmina. — Finalizaria com a manutenção da minha palavra.

Para o avaliador:
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Última edição por TheRealBlind1 em Seg maio 17, 2021 6:22 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptySeg maio 17, 2021 1:35 am


Capítulo 1 - Dois homens e meio. EfYblwK

O Cozinheiro

Mesmo que minha vontade fosse de esganar aquele homem até ele me pagar o quê devia, dois clientes foram responsáveis por uma saída menos violenta da que eu estava tentando, enquanto um tentava me acalmar e segurava meus braços para que eu não o punisse de uma forma pior — Burp.... Você tem sorte que é um de meus melhores clientes... Mas escute, nunca mais me impeça de fazer qualquer coisa que seja em meu bar — Falei com bastante mau humor e falta de educação. Enquanto isso o outro fazia o favor de pegar a quantia de dinheiro consumida por aquele homem de seu bolso e me alcançar com um sorriso no rosto — Burp... Espero que vocês não achem que irei dar bebidas de graça para vocês por terem feito isso, eu poderia muito bem ter resolvido isso do meu jeito — Finalizei minhas palavras voltando para trás do balcão contando o dinheiro que havia recebido.

Não são todas pessoas que tem sorte a todo momento, pois por um lado tive sorte conseguindo ver aquele maldito bêbado tentando fugir sem pagar, porém tive muita má sorte em minha tentativa de cantada naquela ruiva maravilhosa Como se eu não soubesse que isso fosse acontecer... que como todas as outras apenas teve tempo de sair totalmente espantada do estabelecimento, mas não somente por mim, mas também pelo homem de cabelos negros que a olhou de forma bastante fixa.

De primeira não me importaria com as falas lançadas por aquele homem, porém uma palavra em especifico me deixaria totalmente irritado Gordão? Quem você acha que é para me chamar de gordão? Pensaria enquanto lentamente abriria o balcão e começaria a me aproximar dele com meu martelo já em mãos — Burp... Me dê um bom motivo para que eu não esmague sua cabeça com meu martelo, seu travesti — Ameaçaria aquele homem novamente zombando de sua aparência que mesmo que fosse óbvio que se tratava de um homem, tinha certos detalhes que o traziam uma semelhança um pouco feminina. Soltaria uma breve risada depois que o homem falasse que me pouparia de sua lamina Aposto que meu martelo esmagaria rapidamente a cabeça desse merdinha... Porém meus pensamentos seriam interrompidos depois que escutasse sobre a vontade de se alimentar daquele homem Será que ele seria digno de provar minha comida? Afinal, ele é um dos poucos que pisou em meu bar que foi capaz de me desafiar... Pensaria analisando-o de cima a baixo enquanto ele fosse até seu acento Agora estou com uma pequena duvida, isso é menino ou é menina? Faria uma breve piada em minha cabeça enquanto voltaria para trás do balcão carregando meu martelo.

Começaria cortando os temperos que seriam colocados no alimento daquele garote e também iria o fitar em seus olhos no momento em que ele se sentasse em minha frente, eu não costuma ser uma pessoa muito sociável, principalmente com meus clientes, porém não me negaria em responde-lo — Burp... Recebemos os mais diversos tipos de vagabundos, é como se fosse a marca registrada dessa merda — Diria com bastante sinceridade, afinal mesmo que gostasse muito daquele lugar, odiava as pessoas que por lá transitavam. Acertas as contas? Esse cara só pode estar louco ou querendo morrer, mas vamos ouvir o quê ele tem a dizer Pausaria o corte dos alimentos depois das palavras daquele homem e mostraria certo interesse no que ele tinha para me dizer — Burp... Você está falando com o dono dessa espelunca, garotinha... Seja o mais rápido possível em sua proposta antes que eu esmague sua cabeça com meu martelo — Diria e rapidamente levaria minha mão até o cabo do martelo para mostrar para o homem que não estava brincando.

Mesmo que não tivesse ido com a cara daquele homem, escutaria suas palavras com certo interesse, afinal estava precisando reunir um dinheiro, se não a única lembrança de meu pai começaria a ruir por completo — Burp... Mas de quanto dinheiro estamos falando? Não me importa o que você vai fazer, apenas quanto dinheiro você irá me conseguir... Afinal para mim artistas são todos iguais, burros que não conseguiram nada em suas vidas e inventaram uma profissão para se sentirem superiores... — Falaria aquilo, mostrando meu mau-humor e falta de educação extrema. Continuaria fazendo a comida do homem, mas ainda sim daria a atenção necessária nas palavras dele, eram palavras muito chamativas e que me pareciam de certa forma muito sinceras, então como já estava na merda, quem sabe eu não pudesse dar uma chance para aquele lunático vestido de mulher — Burp... O quê você ganha com isso? Quer dizer, você só quer receber em alimentos para você e para esse mostrinho ai, isso está me parecendo muito estranho — Diria com total sinceridade e falta de respeito ao companheiro daquele homem.

Ao mesmo tempo que terminava o alimento daquele homem, ele também terminava sua propaganda, uma propaganda que eu deveria admitir que me pareceu muito convincente Tão burros, mas tão sonhadores... Acho que irei dar uma chance para esse vagabundo Pensaria segundos antes de dar meu veredito sobre aquela situação — Burp... Tudo bem mulherzinha, temos um acordo, porém não irei apertar sua mão, afinal não sei aonde você a colocou antes de vir para cá, mas considere esse alimento como sinal de aceitação a sua proposta — Finalizaria com essas palavras e praticamente jogaria o prato de comida no balcão para que aquele homem pudesse provar de minha comida Espero que esteja ótima, afinal mesmo que seja um merdinha, um cozinheiro deve servir todos de forma igual Lembraria as palavras de um livro de cozinha lido por mim a alguns dias atrás.

Voltaria a lavar pratos e copos depois de dar o alimento daquele homem, porém uma duvida continuaria a pairar sobre minha cabeça Quais será que são os truques desse merdinha? então esses questionamentos me trariam uma ideia, então esperaria uma próxima leva de clientes entrarem e então me viraria para aquele travesti — Burp... Ei garotinha, mostre para mim e para os novos clientes quais são seus truques, caso eu não goste farei questão de chutar sua bunda para longe daqui e quebrar imediatamente nosso trato — Aquele era um intimado dado por mim para que ele desse seu melhor.

Possivelmente aquele menine se sentiria ofendido com a forma com que o tratei e teria a intenção de tentar algo contra mim para me fazer mudar de ideia, então caso isso acontecesse, usaria de um movimento bem bruto e simples, esperaria com que ele avançasse para cima de mim, obviamente mais rápido do que eu por conta de seu tamanho e quando isso acontecesse iria desferir um soco não muito forte em sua barriga, não para machucar mas para apenas afasta-lo de perto de mim — Pense duas vezes antes de tentar algo contra mim, vagabundinha, não leve a mal quando lhe chamo dessa forma, apenas estou tentando ser amigável — Zombaria outra vez dele, mas em um tom amigável, de certa forma não sentia ranço dele como sentia dos outros clientes que estavam naquele bar

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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyQua maio 19, 2021 10:00 pm

Narração


O clima estava tão denso que dava para cortá-lo com uma faca. Mais uma vez, dois indivíduos são colocados à prova por causa do mal primordial da humanidade: Mulher. Com um ato tão simples, a ruiva conseguiu um feito devastador, colocando homem contra homem, como se ambos fossem bestas agindo a partir de seus instintos. Os ânimos ficaram exaltados e o suspense era de matar. Parecia que tinha uma bomba na sala, prestes a explodir. Os clientes e até o barista que limpava os copos pararam completamente para observar a dupla. A princípio, Yanka estava receoso e não queria muita confusão com o grandalhão mal encarado que tinha acabado de encontrar, mas o artista não poderia simplesmente abaixar a cabeça e admitir seu erro. Ao invés disso, ele decidiu dizer algumas gracinhas, para sair por cima, o que fez o grande e mal encarado homem à sua frente falar  um desaforo.

Em resposta, o clima ficou ainda mais tenso, e a partir daí não deu outra. Num piscar de olhos, Yanka correu até Marshow e puxou sua espada ainda embainhada. Ambos sabiam que o artista atacaria primeiro, por isso Marshow focou apenas no contra-ataque, mas não pensou muito em se defender, o que permitiu que Yanka o montasse com sucesso e o estrangulasse usando sua arma. Yanka estava claramente se sobressaindo, mas para Marshow, aquilo não era tão incômodo. O grande homem por sua vez, aproveitou a proximidade e desferiu um soco na barriga de Yanka, apenas para afastá-lo, o que funcionou bem, até bem demais. O artista tomou um golpe em sua barriga que fora extremamente desconfortável, chegando ao ponto de tirar parcialmente o ar de seus pulmões. Um golpe que fez Yanka largar o grandalhão, levando o conflito ao empate temporário.

Os dois se encararam mais uma vez e o artista estava pronto para dar mais uma tirada, até que…




*Click*


Contra sua nuca foi pressionado um aço gelado. Com as informações obtidas, dava para supor que era uma revólver, apontado para sua cabeça. Marshow pode ver claramente que o seu benfeitor era ninguém mais ninguém menos que seu barista. - Não posso permitir que continuem isso. Estão pondo em risco a integridade do local e a vida do dono. - Ele disse, com o dedo no gatilho. Ele parecia calmo, mas estava preparado para o pior. Só que outro barulho surgiu…



*Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click*
*Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click*
*Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click*
*Click**Click**Click**Click**Click**Click**Click*



Incontáveis sons de incontáveis armas cercavam todo o estabelecimento. O barista que estava calmo começou a suar frio. Da porta e janela, Marshow podia ver que o local estava cercado de marinheiros, todos apontando suas armas para dentro do local. Os clientes que estavam ali se levantaram em desespero e correram pra fora, pois o assunto que eles vieram tratar era claramente com os 3 no encrenqueiros. Aquela cena ficou ali, suspensa no tempo como se alguém tivesse parado o grande relógio universal, até que de fora do bar, se pode ouvir palmas. Lentas, condescendentes e cheias de ironia. Aos poucos o som foi se aproximando… E se aproximando… Até que ele chegou a porta, e uma grande sombra cobriu toda luz que vinha de fora pela entrada do estabelecimento. Ao poucos o suspense era quebrado, e o que formava a grande sombra se agachou com cuidado e se espremeu pela passagem da entrada. - Bravo! Bravo! - Após proferir a frase, o homem se estreitou. Ele quase não cabia dentro do estabelecimento, e seu corpo era tão largo que quase cobria completamente a passagem da porta. O seu bigode handlebar e seu cavanhaque centralizado eram bem característicos, ainda mais por que ambos eram grisalhos, que nem seu penteado bem cuidado. Sua cabeleira era ainda mais destacada, com um sobretudo branco da marinha, que é apenas dado aos figurões do alto cargo, mas com um uniforme padrão de um oficial de patente mais básica. - Eu esperava encontrar uns baderneiros, e não um show tão magnífico. Vocês tem jeito pra coisa, sério. - Ele cruzou os braços, e o barista, nervoso, se colocou a falar. - O QUE QUER AQUI? NÃO TEM NENHUM CRIMINOSO PRA PEGAR ?

Ao ouvir isso, o homem começou a gargalhar de forma escandalosa. Não se sabia ao certo se ele estava forçando ou se realmente estava fascinado pela pergunta, mas antes que pudessem se perguntar, ele parou. - Mas é claro! Eu vim buscá-los aqui! Testemunhas disseram que um trombadinha foi visto furtando mais cedo, e que ele era esse seu amigo ai, sob a mira de sua arma, e aquele seu amigo ali rolha de poço terá que vir sob custódia por agredir uma figura importante. - Naquele momento, se olhassem para fora pela janela, poderiam ver aquele mesmo bêbado caloteiro de mais cedo, todo ensanguentado a arrebentado, encarando Marshow como se o quisesse morto. - A propósito, amigo. A bela senhora da loja de penhores me pediu para entregar isso daqui. - O homem puxou do bolso de sua camisa o colar de correntes que Yanka havia acabado de vender. - Bem, eu tive um dia bem chato hoje, então é o seguinte. Eu não vou tentar prender vocês, mas vocês não vão sair daqui sem lutar, então proponho um jogo: Vou lhes dar uma vantagem de um golpe, cada um. Depois disso não vou me segurar. - Ele sorriu, cruzando o seus braços em suas costas, aguardando o primeiro movimento.
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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyDom maio 23, 2021 1:56 pm


Capítulo 1 - Dois homens e meio. 5tgkqLW

O Artista

— Acho que é aqui que nos despedimos, meu amigo. — Expressaria ao meu mascote com um sorriso no rosto e adicionando um tom dramático em minha voz, com alguma dificuldade em minha respiração. Arf! O que aquele brutamonte carregava embaixo dos dedos? Esquece, isso não foi nada, se aquele fosse mesmo o nosso último momento juntos, precisaria tornar digno de um capítulo final de novela. Em contrapartida, do jeito que o conheço, não me surpreenderia se fosse respondido com excrementos em minha cara. Mas não pense você que ter uma arma apontada contra a minha nuca me amedrontava, pois carrego comigo uma das minhas principais qualidade a capacidade de me manter calmo e frio em situações como essa, bem como me agarrar à vontade de viver para que um dia eu possa reencontrar minha mãe e irmãs. — Pense bem, você não quer deixar o meu filho órfão, não é mesmo?! Não precisamos chegar nesse ponto. — Tentaria convencê-lo a não puxar o gatilho, levantando as mãos para o alto lentamente e em seu campo de visão, em sinal de que não ofereceria nenhum risco para o seu estabelecimento ou a vida daquelas pessoas, iria me retirando a passos lentos enquanto ele me permitisse avançar. Minha audição aguçada estaria focada em seus batimentos cardíacos, quase como uma bússola a fim de me guiar pelo ritmo acelerado ou calmo de suas batidas, assim eu poderia ter a dimensão real do meu problema.

Bem, se eu estou começando esse segundo parágrafo é porque eu ainda não morri, mas estava me preparando para reagir ao pior cenário quando um click se transformou em dezenas dele. Eu nunca pensei que diria isso em sã consciência, mas estava feliz por aquilo. Merda! Pensei comigo ao confirmar que o cenário não mudou para melhor, pelo contrário. Não me levem a mal, eu gosto de plateias e ser o centro das atenções, é verdade, mas aquela estava longe de ser a melhor das recepções. — Hey! Skies, caso eles atirem, vá para trás do grandão, os tiros não chegarão até você. — Sussurraria em particular para o mascote no meu cangote. — Segure firme marujo, eu vou encontrar um jeito de nos tirar dessa. — Buscaria me ocultar em meio aos demais clientes e deixar que a bomba estourasse no colo do dono daquela espelunca.

Eu observava aquele homem andando em nossa direção e minha experiência me dizia que ele era um típico charlatão, aquela pessoa que faz jus ao ditado tirar o pirulito da boca de uma criança. Inicialmente eu pensei que fosse mais uma abordagem rotineira, uma questão de ordem por um alvará não cumprido ou a vigilância sanitária, mas ao ouvir sobre o "trombadinha" e termo horrível digassi di passagi e que não representa nenhuma verdade ao meu estilo, faria-me de desentendido, olhando para os meus algozes e rindo com o canto da boca. "Isso? Definitivamente não é sobre mim." Tentaria transmitir uma imagem de segurança. "Não estou interessado, obrigado." Sim, me passou pela minha cabeça respondê-lo e deixar que eles como adultos se resolvessem, mas aquele homem mostrava ter muita coisa contra a minha pessoa: a prova do crime e testemunhas.

Eu estava certo no fim das contas, aquela mulher sempre esteve dois passos a minha frente. — Para a sua sorte, patrão, eu sou um renomado artista do North Blue e posso tornar o seu dia mais alegre. — Apresentaria-me formalmente, de preferência em um corredor livre, longe de obstáculos, mas mantendo certa distância de suas algemas. — Me de um baralho ou pedaço de pano que eu posso te apresentar ao fantástico mundo do ilusionismo. — Tentaria uma alternativa que não fosse necessariamente o combate.

Caso ele se mostrasse irredutível ante a minha oferta, eu aproveitaria de um eventual avanço do grandalhão para fazer o meu movimento logo após o seu, de maneira sorrateira. Eu me moveria por sua traseira, usando do seu tamanho para ocultar o meu movimento. Quando chegasse o momento do brutamonte efetuar o seu movimento, eu me moveria para a direita, não mais do que cinco passos e com a Petana em minha destra realizaria um corte na horizontal, da direita para a esquerda, visando acertar a linha do seu quadril. Caso o meu ataque fosse bloqueado, eu prontamente sacaria o florete com minha mão livre, em pegada reversa, e na iminência de ser atacado, colocaria a lâmina na vertical em direção ao golpe adversário a fim de segurar a sua investida. Caso eu não tivesse feito valer a vantagem oferecida pelo marinheiro eu buscaria me distanciar do alcance dos seus ataques, especialmente o meu lindo rosto, independente se o atacante usasse os próprios punhos ou armamentos. Quando minha esquiva não se mostrasse eficaz, meu florete seria usado para aparar os ataques de maneira defensiva. Eventuais aberturas que pudessem ser encontradas em sua defesa, eu tentaria emendar estocadas rápidas e cortes laterais com a minha destra.

— Eu me rendo. — Caso todas minhas alternativas fossem esgotadas, eu sinalizaria a minha intenção de colocar um fim ao desafio. — Você venceu, eu admito, não posso contra vossa autoridade. Amanhã mesmo eu estarei indo embora dessa ilha, vocês nunca mais verão a minha cara novamente. — Sugeriria não que eu pensasse em desistir assim tão facilmente, mas com o espaço necessário dado, eu pudesse pensar em alternativas que não fosse mais cruzar o caminho da marinha ou ao menos, me preparar para os próximos confrontos.


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Última edição por TheRealBlind1 em Seg maio 24, 2021 9:28 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptySeg maio 24, 2021 3:14 pm


Capítulo 1 - Dois homens e meio. EfYblwK

O Cozinheiro

Segundos foram necessários para que aquela quente troca de olhares e ofensas virassem uma verdadeira briga, como esperado o travesti era muito mais rápido do que eu, então teve a vantagem de conseguir escalar minhas costas e tentar me enforcar com o cabo de sua espada, porém era notável que aquilo não iria me afetar, pois a força dele era totalmente inferior a minha, a única vantagem real existente para ele era sua velocidade e havia sido usada em vão, pois depois de alguns segundos sentindo o incomodo causado, consegui achar a brecha para desferir um forte soco no estomago daquela garotinha —  Burp... Contemple a força de Marshaw Biggie, garotinha feia! — Observaria o homem sentir a dor causada pelo meu soco O coitado é um burro, deveria aprender a nunca mexer com um Biggie! Pensaria abrindo um sorriso nos lábios.

Esperava que o artista tentasse outra ofensiva depois de conseguir recuperar o ar, porém o mesmo fora impedido por um de meus fiéis escudeiros que trabalhavam no bar —  Burp... Você é muito apressado, magrelo, sempre quer começar um tiroteio antes de fazer os babacas sofrerem — Daria uma breve risada em resposta da ação do barista. Porém nossa diversão com aquele garote fora rapidamente interrompida por estranhos barulhos de armamentos, barulhos tão altos que pareciam ser um exército de homens —  Burp... Mas o que está acontecendo? Quem ousa entrar no meu bar dessa forma? — Questionaria a quem fosse que entrar primeiramente no bar.

Observaria um homem passar pela porta, um homem verdadeiramente respeitável, afinal era muito maior do que eu, porém eu não poderia deixa-lo comandar o que acontecia no bar dos Biggies, afinal aquela era minha casa —  Burp... Não me importo com quem você seja e para quem caralhos você trabalhe, entre no meu bar e tenha respeito por mim, seu gorila da marinha — Ofenderia o mesmo por mais que ele portasse um traje da marinha, afinal era do meu feitio tratar mal aqueles que se opusessem as minhas diversões e regras —  Burp... Deixe isso comigo, magrelo — Diria ao barista que estaria totalmente nervoso com a situação e com bastante calma eu começaria a me mover em direção de meu martelo, mesmo com a pressão colocada pelos soldados armados.

Pelo visto eu e aquele artista estávamos em uma encrenca Puta que pariu, eu nunca dou sorte Reclamaria mentalmente depois de obter a informação de que aquele homem que eu havia surrado era uma pessoa importante para a cidade —  Burp... Não me importo com quem ele seja, só me importo que ele pague a conta depois de beber como um rei —  Comentaria fitando seriamente o homem ensanguentado e me seguraria para não pular em seu pescoço novamente.

—  Burp... Eu sabia que você não passava de um artista vagabundo, carinha —  Diria ao artista zombando de seu roubo falho, porém no fim de minhas palavras, o quê fora dita pelo marinheiro entraria em meus ouvidos de uma forma angelical, afinal o quê mais queria era surrar a cara daquele gorila da marinha Nunca gostei de marinheiros mesmo, ainda mais um que seja maior do que eu Pensaria no momento em que segurasse o cabo de meu martelo.

Não esperaria a ajuda do artista, muito menos dependeria dele para me dar bem naquele combate, então num movimento rápido, puxaria meu martelo e no próximo movimento tentaria acertar a cabeça daquele homem em cheio —  Burp... Seja esmagado por Marshow! —  Aquelas seriam minhas palavras depois da falha ou acerto do golpe. Caso minha tentativa fosse em vão, usaria do martelo e de meus reflexos com esquivas laterais para me defender dos golpes que fossem desferidos por aquele homem movimentando-me de acordo com suas ofensivas.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyQui maio 27, 2021 2:24 pm

Narração

A situação não parecia nada boa. Um golpe do destino fez um revés para o artista virar um grande revés para todos dentro do estabelecimento. Yanka, ao notar na enrascada que estava, tentou desesperadamente fugir dali, o que resultou em nada além de fazer o homenzarrão a sua frente sorrir como um moleque travesso, enquanto Marshow Biggie regozijava sobre sua vitória no breve conflito que ocorreu ali e se irritava com os homens que invadiam seu estabelecimento como se mandassem no lugar. Como esperado por Biggie, seu barista estava mais do que nervoso, mas sua exaltação parecia ser por outro motivo. O homem tremia feito vara verde desde que o armário vestindo um uniforme da marinha entrou no local. Talvez fosse medo de sua autoridade, talvez o seu tamanho tenha lhe intimidado, não dava pra saber ao certo, a única certeza que havia ali era que para Marshow, um nativo, aquela figura era familiar.

Yanka, tentando desarmar a bomba que estava prestes a explodir, negociava com o homem, tentando colocar as habilidades que possuía para uso, mas o homem apenas balançou a cabeça, mantendo o silêncio por um breve momento, criando um suspense de matar. - Não me levantei da cama hoje cedo pra vir aqui assistir você e seus truques baratos, garoto. Só tem uma forma de você garantir minha diversão. - Ele manteve sua postura rígida e seus braços cruzados em suas costas, mantendo o convite que havia feito mais cedo. Enquanto isso, Skies finalmente acordava. O miquinho saltava para fora de seu esconderijo e se deparava com incontaveis armas apontadas para seu dono, e com essa visão desagradavel, ele voltou a se esconder em meio as madeixas de Yanka,

Após ouvir a sugestão desesperada de Yanka e encarar o grupo por um bom tempo, o gigantesco marinheiro teve uma realização. O homem olhou para trás, por cima de seu ombro e moveu sua mão num gesto bem contido, e logo após, todos os soldados que estavam de pé ali ajeitaram sua postura e abraçaram seu fuzil, igual ao soldado que Yanka havia visto mais cedo.

Yanka estava praticamente rezando para sair dali enquanto Marshow parecia estar animado com o que vinha a seguir. O cozinheiro caminhou com calma até seu martelo, e o marinheiro gigante não moveu um músculo. Ele observou todo o processo, enquanto o barista de cabelo encarava ambos, com um olhar confuso. Os homens bem atrás dele também pareciam não reagir ao fato de seu líder claramente estar prestes a ser atacado. Skies, o companheiro de Yanka, não via a hora da confusão começar e se retirou para trás do balcão, desaparecendo completamente da vista de seu dono.

Marshow podia sentir o peso do martelo e estava empolgado para a porrada que daria e até o último momento, onde Biggie finalmente entrou em alcance para seu ataque, o homem não reagiu. Marshow esticou os braços para trás, e juntou toda sua força num golpe de cima para baixo. O homem, dessa vez, fez um movimento simples com a cabeça. Se preparando para o ataque, ele a reclinou, e no momento do impacto…






*POW*




Ele abaixou sua cabeça, levando o martelo de encontro com sua testa. A área atingida num instante ficou vermelha, mas para Biggie, os efeitos eram bem catastróficos. O martelo quicou como se Marshow tivesse acabado de atingir uma liga pesada de ferro. No mesmo instante que seu sangue esfriou, suas mãos começaram a doer, como se seu próprio martelo tivesse as atingido. Um líquido rubro começou a escorrer do meio das madeixas do marinheiro. Era bem pouco, mas bem notável. O artista, notando a tentativa de Marshow, não ficou para trás, e logo em seguida atacou também. A execução de seu ataque surpresa foi perfeita, mas mesmo assim o homem ainda o observava, como se tivesse visto através do plano, mas mesmo assim, apesar de tudo, se mantinha ali parado, com os braços cruzados. O artista logo desferiu um corte em seu quadril, mas era estranho. Ao invés da lâmina se afundar na pele do homem, ela deslizava, como se estivesse cega, mas mesmo assim, deixando um corte bem superficial.

O homem começou a sangrar tanto de sua testa quanto de seu quadril, e de repente, ele finalmente descruzou os braços. Yanka e Marshow esperavam um contra-ataque e recuaram imediatamente, porém o homem ainda sim não se movia. Ao invés disso, ele passou a mão sobre as suas feridas, observando o sangue que havia derramado. - Bom… Mas não o suficiente. - Ele murmurou. Vendo aquilo, Yanka suplicou por sua vida, o que fez o homem gargalhar em alto e bom tom como antes. - Meu rapaz… A prisão da ilha atualmente está lotada por eu ter feito um bom trabalho. Se eu lhes soltar, talvez meu coronel ou quem sabe a minha tenente lhes enviem pra fora da ilha e os deixe em mãos incompetentes. Não posso viver sabendo disso, por isso você devem me matar aqui e agora para garantir sua liberdade, ou serão executados a sangue frio. Tentem o seu melhor, pois sua vida depende disso. - O marinheiro tirou de seu bolso um par de luvas de couro, e as vestiu prontamente, encarando o trio. Antes de qualquer coisa, o barista se virou e descarregou o tambor de seu revólver no gigantesco marinheiro. Os buracos de bala, como esperado, não foram tão profundos, e começaram a sangrar levemente como os outros ferimentos. Ele encarou o atirador por um breve momento com um olhar sério. - Eu disse que tinham apenas UM ataque. - O homem logo após suspirou. - Tudo bem… Acabou a brincadeira, agora é minha vez. - Ele se preparava para avançar no grupo.

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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyQua Jun 02, 2021 8:50 pm


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O Artista

Não era preciso ser nenhum especialista para entender a real diversão que aquele homem procurava, tanto é que nem mesmo o meu invejável currículo foi suficiente para fazê-lo mudar de ideia. Uhmph! Suspirei, irritado, ao testemunhar a ação daquele que deveria ser meu fiel companheiro, nos bons e maus momentos. — Macaco de merda, vou te deixar na primeira floresta que surgir depois daqui... — Ameaçaria para que ele repensasse a sua atitude. — Importante lembrar de nunca mais dar confiança para um macaco ou confiar em herança de família, como essas espadas gastas. — Arfava ao confirmar a baixa eficácia dos meus armamentos.  

Para a minha infelicidade meu apelo não foi atendido pelo marinheiro, o que desencadeou em mim um forte senso de sobrevivência. A seriedade da situação exigia uma resposta imediata. Arquejando as sobrancelhas eu seguraria fortemente no cabo de minhas espadas ao ponto das unhas fincarem na pele e fecharia a mandíbula em sinal de raiva. Além disso, o barista havia descarregado sem sucesso o seu revólver naquele homem, fazendo cócegas e tenho certeza que o deixando ainda mais ereto, como um maníaco que ele se mostrava.

— Está cada um por sua conta, gordão. — Escondido atrás das minhas palavras estava a mensagem para atacarmos grosseiramente. A falta de um movimento sincronizado agia também como uma vantagem, pois na ausência de um padrão dificultaria muito ler os nossos movimentos. Era como você estourar um balão de doces e esperar que as crianças não se digladiassem por aquilo.

O marinheiro se preparava para usar soqueiras, o que dizia muito sobre o seu estilo de combate. Eu já lutei com alguns boxeadores e da região da cintura para cima costuma ser muito difícil de conseguir entrar, o que me resta explorar os membros inferiores e sua retaguarda. Eu estava decidido a não esperar de braços cruzados, mas sim responder prontamente ao seu convite. Avançaria contra o meu oponente com a estratégia de atacá-lo por baixo, onde acreditava estar à maior chance de vitória. Meu movimento consistiria em girar a lâmina da Katana de ponta cabeça, com o fio de corte virado para frente. Quando atingisse uma marca de não mais do que um metro de distância do alvo, esticaria a destra e balançaria para frente, encerrando o ataque na altura do seu tronco, de forma que o fio de corte estivesse virado para cima. — Eu nunca disse que os meus truques eram a principal maneira de levar diversão para as pessoas. — Comentaria confiante após o golpe.  

Independente do resultado do meu movimento inicial, bem ou mal-sucedido, a única certeza que eu tinha era de que aquele homem não se contentaria com tão pouco e voltaria à carga assim que tivesse a chance. Conforme ele avançasse em minha direção, eu bloquearia o ataque dele colocando a lâmina do meu Florete na vertical na direção do seu golpe, segurando firmemente no cabo da espada e pressionando na direção oposta visando sustentar o máximo possível aquela posição. — TSC! — Esperava que a minha lâmina não me deixasse na mão, não quando eu mais precisasse. — Isso não é tudo. — Como um contra-ataque, faria um único movimento com a Katana contra o baço daquele homem, pela lateral das costas, dando um passo à frente com a perna direita buscando colocar ainda mais força ao meu golpe.

— Está divertido para você, chefe? — Perguntaria entre uma pausa e outra. — Eu sou um domador e não gosto de usar de força para domesticar os animais, acredito que bater não é o mesmo que educar. — Diria. — Mas para você eu abrirei uma exceção. — Vociferaria.

Em segundo plano, por cima dos ombros e silhuetas que dificultassem o meu acesso, olharia por um breve momento para a porta a fim de reconhecer uma possível abertura, por mais tortuosa que fosse. — Não terminamos aqui, gordão e seu barman de merda. — Caso encontrasse essa oportunidade, formaria um X à frente do corpo com ambas as lâminas se cruzando, com a lâmina do Florete à frente, e me impulsionaria em direção da saída, já considerando que marinheiros que assistiam aquela cena tentassem me parar. Nesse caso o X serviria para frear essa tentativa, e conforme mais resistência encontrasse, expandiria esse X para as laterais com o objetivo de cortar quem quer que fosse que tentasse me impedir.

Caso lograsse êxito em minha fuga, assobiaria para que Skies viesse ao meu encontro. Meu objetivo era sair dali o mais breve possível e para isso eu me moveria entre a multidão pelo simples motivo de que marinheiros não tentariam contra meros civis.


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MensagemAssunto: Re: Capítulo 1 - Dois homens e meio.   Capítulo 1 - Dois homens e meio. EmptyQui Jun 24, 2021 1:00 am

Narração

Era uma situação desesperadora para o trio. Aquele homem era poderoso e imprevisível, o que fazia os instintos dos três gritarem. O gigante parecia se preparar para mover, mas ao ouvir o papo de Yanka, se colocou completamente ereto novamente, pronto para receber de braços abertos o que Yanka tinha a oferecer. Marshow e o barman por sua vez não moveram um músculo, provavelmente estupefatos pelo o que haviam acabado de testemunhar. O homem de longas madeixas se preparou para desferir mais um golpe contra o homem.

Num movimento explosivo, Yanka praticamente voou para cima do gigantesco marinheiro e assim que estava prestes a atacá-lo, o homem começou a se mover. De forma inesperada, ele ergue seu pé, como se fosse dar um chute, o que fez o jovem espadachim instintivamente se defender contra seu ataque, porém antes dele se conectar, o pugilista deu um pisão com o mesmo pé e saltou sobre Yanka, se apoiando sobre a cabeça do rapaz com seu braço esquerdo. Um salto executado de forma impecável, visto o quão próximo ao teto ele se encontrava. Agora, o rapaz se encontrava de frente para a porta escancarada do estabelecimento, mas antes que ele pudesse correr, o mesmo sentiu um puxão ardente que ia do topo de sua cabeça até o começo de sua nuca. Naquele momento, se olhasse para trás, poderia notar que o gigante tinha seu cabelo entrelaçado em seus dedos.

Sem dar tempo ao seu oponente pensar em uma escapatória, o homem o puxa mais uma vez, o deixando entre ele e a dupla que comandava o bar. Agora virado para trás, Yanka podia ver claramente que o barista apontava sua arma em direção ao gigante, e que ele, por sua vez, se agachava, se escondendo atrás de Yanka. Uma situação que em qualquer outro momento pareceria cômica, mas ao invés disso, ela apenas deixou o barista ainda mais nervoso, que claramente tremia.

No breve momento de hesitação, o gigante grisalho saltou para cima do barista, deixando o seu braço esquerdo, junto de seu escudo humano, para trás, e desferiu um soco bem na face do atirador, que fez um punhado de seus dentes voar, como se fosse uma cena de um gibi de ação. O barista ficou lá, parado, mal se aguentando de pé, atordoado após a porrada, e o seu oponente por sua vez, esticou sua mão direita de volta para o cabelo do rapaz a quem estava segurando. Por fim, ele juntou suas forças e arremessou para cima do barista como quem praticava lançamento de martelo. O impacto o derrubou, deixando os dois jogados, com o barista, ainda estático no chão, sem nem ao menos tentar se levantar. O marinheiro se aproximou dos dois com toda confiança, apoiou seu pé direito sobre as costas de Yanka e jogou seu peso, sem dó nem piedade. A sensação era horrivel e parecia que um de seus ossos estava prestes a se partir, mas antes daquilo poder se tornar verdade, o homem olhou pro lado e viu Marshow, de pé sem nem ao menos tentar ajudar. - Sabe… Eu odeio covardes… Mas odeio muito mais quem não preza por seus companheiros! - Ele removeu seu pé de cima de Yanka, dando alivio para o rapaz, mas o deixando com  dores em todo o seu corpo, e avançou em direção a Biggie.

Ao se aproximar de Biggie, o homem saltou mais uma vez, de forma exemplar, e em sua aterrissagem, desferiu uma cabeçada que quebrou o nariz de Marshow. Em seguida, ele entrelaçou os dedos e esticou os braços para trás, passando-os por cima de seu ombro direito. Sua face gritava que ele daria tudo de si nesse próximo golpe, e assim ele o fez. A porrada o atingiu em cheio no peito. O som pode ser ouvido até do lado de fora do estabelecimento, e o mais impressionante: Biggie voou do meio do bar até a parede, arrebentando mesas e banquinhos de madeira no caminho. Biggie ficou lá, sentado com as costas apoiadas na parede e uma marca em seu peito, deixada pelo coice que havia recebido quase agora.

-Eu esperava bem mais de vocês… Devo dizer. - O homem se endireitou, voltando a postura ereta e relaxada de antes. - Terminamos por aqui. Foi um prazer conhecê-los, e espero poder encontrá-los de novo no outro lado.- Ele se virou para a porta e gesticulou com a mão, o que fez com que os homens do lado de fora apontassem suas armas para dentro novamente.

- ESPERA!!! - Surgiu uma voz estranha, do meio do mar de armas. Após uns breves segundos aguardando, finalmente um jovem soldado de madeixas avermelhadas e vestindo um chapéu fedora preto com uma pena amarela surge. - Por favor, não os mate, comendador! - Ele saltou na frente do grupo que havia acabado de ser derrotado. - Precisamos deles para as lutas! - Ele abriu os braços, ofegante. Parecia ter corrido uma maratona para chegar ali. - E porque eu deveria lhe dar ouvidos? Pequeno Edward.- Ele sorriu sadicamente. - Pois caso não o faça, terei que reportar uma execução não protocolada, feita durante uma operação ilegal de apreensão. Pode ter certeza que alguém não vai ficar muito feliz em ouvir isso. Vai ser o que? A terceira neste mês? - O sorriso do gigante desapareceu, e o mesmo se manteve encarando Edward em silêncio por alguns longos minutos, até que por fim, ele soltou uma gargalhada que quebrou a tensão. - Tudo bem Edward, você venceu! Por ter me deixado de bom humor, vocês tem duas vidas extras. Em contrapartida, terão que participar como um grupo, e eu vou levar o gordão ali comigo. - Sem ser diretamente ordenado, os homens que rondavam o bar o invadiram, arrastando-o para fora. - Vejo vocês depois. - Ele cruzou seus braços e se aproximou da porta, uma vez perto dela, ele se agachou e saiu do estabelecimento. Sem muita demora, os soldados deixaram o local, marchando para longe, enquanto arrastavam Biggie para o QG.

O jovem rapaz de madeixas vermelhas suspirou aliviado, e por fim, finalmente relaxado, se virou para os dois que estavam caídos ali. -Certo… Antes de qualquer coisa, não possuo um nome, mas vocês podem me chamar de Edward. - Ele disse, puxando um dos poucos banquinhos que haviam sobrado. - Vocês devem ter perguntas, então pode mandar.
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