Durante todo o discurso do passarinho sequestrador, Douglas Whitefang estaria distante, quieto, com um olhar aéreo, como se calculasse.

Não se lembrava direito onde estava antes do flash. Porém, sabia que havia uma probabilidade de pelo menos 90% de que estava prestes a tomar uma surra. E era justamente isso que ele calculava: Foi resgatado de uma surra, ou agora estaria sendo obrigado a tomar uma nova?

Se sentia perdido como um besouro rola-bosta em um mictório. Mas, por fora, mantinha a postura séria de guerreiro imponente que aprendeu no castelo. Embora sua única vontade fosse de sair correndo.

- Certo, Vossa Majestade. - Por pura etiqueta, menearia para o nobre, se curvando, então indo em direção à porta do novo ambiente. Por dentro, ainda estaria calculando preguiçosamente. - Droga, será que eu vou ser espancado? - Coçava a nuca. Começando a se assustar.

Entrando no ambiente novo, observaria bem seus oponentes. Buscaria encontrar suas personalidades, algo em suas aparências... Qualquer coisa que pudesse usar para manipulá-los e não tomar uma surra.

Também estaria atrás dos detalhes do cenário. O local era fechado ou aberto? De onde vinha a luz? Haviam locais para se esconder? - Droga, eu realmente não queria apanhar...

Por enquanto, faria o que ainda era capaz. Que seria se aliar ainda mais profundamente à sua dupla.

- Eu sou bom em enxergar no escuro, dou umas cambalhotas, me escondo bem e tenho uma boa memória e uma noção incrível pra ritmo. - Sussuraria para o aliado, de forma que os inimigos não ouvissem. - Além disso, fui muito bem educado, mas não tenho nenhum escrúpulo... Por isso, eu sei mandar um papo furado como ninguém. Às vezes percebem e me espancam. Mas muitas vezes eu consigo fazer uma bagunça danada e fugir. - Aquela era a sua apresentação. Nada de muito impressionante, sim, mas seria bom que o aliado soubesse de antemão. - Se me disser o que sabe fazer, eu consigo fazer um plano incrível para nós dois vencermos. - Mentiria. E, assim que o oponente lhe dissesse, independentemente do que ouvisse, responderia: - Ah, certo! Isso é muito bom! Já sei o que iremos fazer! - Continuaria o engodo. Apenas manteria a postura confiante, embora ainda não tivesse ideia nenhuma do que fzer.

Douglas era fraco e sabia disso. Contudo, ele não era apenas fraco. Ele também era um covarde. Um desonrado, fracassado, o maior desgosto de sua família, um completo vagabundo e, além disso, ele era sujo como um penico do satan a prova de fogo. Ele, assim como você lendo, também não sabia muito bem como tantos defeitos poderiam gerar alguma qualidade....

...Mas ele estava disposto a fazer o que fosse para não tomar uma surra e tirar o máximo de dinheiro dos adversários.

- EI, EI EI... - Usaria uma voz grave e imponente que não tinha, que muito provavelmente soaria ridícula. - Preparem-se, pois estão prestes a enfrentar os lendários Dragões Metálicos!! - Aquele nome brega serviria para talvez intimidar os oponentes. Sacaria o florete. - Dragões Metálicos... Hehe...

Como um passe de mágica, um grande clarão tomava toda a minha visão, e logo aparecia em um lugar totalmente diferente, sendo subjugado apenas por meu instinto de sobrevivência. - "Mas que droga… Mesmo se eu quisesse, meu corpo não conseguiria agir. Droga! Me curvar pra algo assim..." - Várias coisas passavam pela minha cabeça, mas era de fato a primeira vez que me sentia intimidado por algo ou alguém, era inexplicável.

O "Pássaro" terminava sua grande demonstração de superioridade e a grande explicação da sua tumba. - "Grande merda, só me bote logo para bater em alguém." - Pensava e quase que simultaneamente, talvez uma coincidência, uma porta se abria bem a minha frente, me levando pro campo de batalha. - "Vão ser dois oponentes, pra cada fase, andar, o que quer que seja essa porcaria. Ainda terei algum doido que também foi chamado pra lutar… Na dúvida, eu posso usar ele de isca." - Começava a planejar as coisas na minha cabeça, até que era interrompido pelas falas de meu aliado. - "Então é você..." - Pensava o olhando de cima a baixo rapidamente. - Olha aqui jovem.- Dizia um pouco exaltado e tentando demonstrar um certo ar de superioridade, mas então me tocava que o mesmo havia sussurrado, e reduzia meu tom de voz. - Hunf… Precisamos que isso funcione, mas saiba que se me atrapalhar, não terei nenhuma relutância em lhe descartar. - Seria sério e direto, não estava ali naquele lugar pra brincar, e esperava que o mesmo também não. - Tenho bons ouvidos, sei me esconder e sou bem ágil. Agora, independentemente do que você for fazer, saiba que irei agir assim que vacilar. - E então concluía minhas falas, levando ambas as minhas mãos ao meu coldre e sacando as minhas pistolas.

Após esse breve diálogo, começaria a reparar no ambiente, buscava o máximo de informação sobre ele possível, porém minha atenção seria redirecionada ao garoto que estava ao meu lado, quando o mesmo começasse a agir de forma ridícula. - "Mas que droga esse idiota tá fazendo?" - Olhava pra ele com um misto de dúvida, raiva e decepção. - Meu Deus… -

Note:

Douglas ouvia sobre as habilidades do companheiro e logo depois era ameaçado. Clássico na vida de um ladrão. - Certo. Eu tenho um plano. Se eu gritar, venha até mim. - Mentiria em um sussurro.

Da apresentação dos seus dois oponentes, Douglas pôde ver que eles pareciam ser alvos fáceis para a sua lábia. Assim que Morgan falou da força de dragão, o ladrão gargalhou. - Ele falou que tem a força de um dragão a sério... HUFF... - Caçoaria do oponente, visando desestabilizar sua mente e irritá-lo com sua lábia desde então. - Ei, Alvida! Eu irei lutar pela sua honra, bela dama. Não irei deixá-lo chamá-la de velha. - O plano era agradá-la e irritá-lo ainda mais.

Seu plano de defesa contra Morgan seria simples: guardaria o florete na cintura e manteria a distância que já tinha em relação a ele, se movendo para longe sempre que este se mexesse, e, além disso, usaria o máximo de suas habilidades acrobáticas para subir em uma das árvores, a que estivesse mais próxima e fácil, o mais alto possível, buscando tornar impossível para o oponente alcançá-lo.

Queria chamar toda a atenção do marinheiro e da velha para si, de forma a ser a isca que o seu aliado tanto queria.

Se seguraria bem à árvore em que estava. Caso Morgan saltasse para atingi-lo diretamente, buscaria saltar e agarrar a madeira com as duas mãos, girando na árvore, segurando-se nela com as duas mãos e os pés, de forma a deixá-la entre ele e o oponente e, ao mesmo tempo, lançar-se um pouco para baixo, de forma a usá-la como escudo enquanto descia deslizando, evitando, assim, o golpe.

Na hipótese de Morgan tentar atingir diretamente a árvore, Douglas, apesar de saber que as árvores eram distantes entre si, havia subido o máximo que podia nelas por saber que os galhos costumam se projetar mais para os lados. Assim, ao ver que o marinheiro iria tentar derrubá-la, saltaria de um dos galhos desta para o outro galho da mais próxima, visando tentar segurar ali para fugir do inimigo, mantendo a vantagem vertical.

Se o oponente tentasse desestabilizá-lo, apenas batendo na árvore para que esta tremesse, Douglas verificaria a necessidade de saltar para o lado, conforme o parágrafo anterior, ou de lutar contra aquilo e se equilibrar. Talvez as folhas caindo até lhe fossem vantajosas.

Se caísse da árvore, visaria se projetar para frente e fazer um rolamento para amortecer a queda, objetivamento tanto transformar a distância vertical da queda em horizontal quanto subir na próxima planta o mais rápido possível.

Estaria também sempre atento a Alvida, e a levaria em conta no momento de se deslocar para a árvore seguinte mais próxima.

A distância das árvores, em verdade, poderia até mesmo ser vantajosa para Douglas, uma vez que Morgan teria de correr de uma até a outra, enquanto o pirata poderia usar um atalho com os galhos mais altos.

Manteria-se distante a todo o tempo.

Quanto aos seus ataques, evitaria-os ao máximo. Se por acaso uma folha caísse nos olhos de Morgan, o fazendo ficar cego momentaneamente, ou se visse alguma distração causada por seu aliado, usaria sua noção exata do tempo para calcular se teria como alcançar o oponente a tempo de sacar o florete e desferir três estocadas no mesmo, se aproveitando do momentum. Apenas em caso positivo o atacaria.

Contudo, a cada vez que esquivasse, visse que o oponente havia sido atingido, ou que estava estressado por algo, atacaria-o diretamente em sua mente, usando de sua lábia, para ver se a irritação poderia atrapalhar seus movimentos. - Como você coça a bunda com essa mão?

Após aquela breve apresentação, ouvia o que minha dupla falava e via suas ações, me dando uma leve impressão que sabia o que ele estaria fazendo. - "Vai servir." - Pensava, enquanto começava a me esgueirar e me esconder na árvore mais próxima. A partir deste momento, meus passos e movimentos seriam feitos visando me manter o máximo furtivo que conseguisse. Iria me afastando dos demais, sempre de árvore em árvore, tentando conseguir a melhor posição para que não me vissem de relance.

Se tivesse a certeza de que ambos os outros não estariam prestando a atenção em mim neste momento, começaria a ir atrás da mulher gorda que havia visto antes. - [i]"Ela vai ser um alvo mais fácil. - E quando pudesse avistar a mesma, miraria ambas as minhas armas na direção de seus joelhos, e assim apertava o gatilho, efetuando os disparos. Procurava realizar os disparos de uma distância segura o suficiente para que ela não me alcançasse rapidamente, junto, visava mudar minha posição rapidamente após os disparos, correndo ainda me escondendo pelas árvores, e tentando causar o mínimo de som ao pisar, onde iria na direção da Direita, em uma trajetória circular.

Se eu percebesse que um dos meus adversários estariam vindo na minha direção, começaria a correr entre as árvores, buscando confundir quem estivesse a me perseguir, usando fintas como fingir ir pra esquerda e então confundi-lo. Se percebesse uma abertura por parte de quem estivesse correndo atrás de mim, me viraria de frente ao mesmo é realizaria dois disparos rápidos tentando acertar os seus joelhos ou pés, e logo em seguida voltaria a correr.

Se conseguisse me manter escondido, me mudando de localidade e atirando, agora buscaria encontrar meu outro oponente, o grandão com Mão de Machado, e se pudesse ter uma visão boa do mesmo, miraria minha arma na direção da parte de trás de um de seus joelhos, e então efetuaria um disparo, voltando a mudar de localidade novamente, como já estava fazendo, porém dessa vez me distanciando pra esquerda.

Se meus oponentes chegassem perto de mim o suficiente para me desferir ataques, usaria o próprio ambiente para me auxiliar, ficando atrás das árvores e tentando usar elas pra receber primeiro o impacto, enquanto ao mesmo tempo pegaria impulso o suficiente pra conseguir saltar, se o ataque viesse pelo esquerda, saltaria pra trás na diagonal direita, e se viesse da direita, iria pra trás numa diagonal esquerda, e caso viesse da frente, saltaria reto pra trás, porém começando a correr para a direita imediatamente, mas evitar que a árvore caia em mim. Em todos os casos, voltaria a correr assim que gerasse esse impulso, voltando a estratégia de enganá-los com a minha movimentação pelas árvores.

Note:

- Droga.. Eu apenas preciso segurá-lo tentando me pegar mais um pouco... - Se desse mais chances para o companheiro atirar na mocréia, poderiam derrotá-la e atacar Morgan juntos. - Ele usa uma arma de fogo contra um alvo gigantesco!! Tem que estar machucando ela... - Enganava-se.

Usaria suas capacidades furtivas e acrobáticas para descer da árvore sem fazer barulho. Mediria o peso do tronco que Morgan derrubou, veria se era capaz de carregá-lo. O que Morgan provavelmente queria era forçá-lo a se aproximar. O que Douglas precisava era chamar a sua atenção de volta, mantendo-se longe e, de preferência, o irritando até o inferno. Arrancaria os maiores galhos da árvore que conseguisse usando sua arma. Cortaria o tronco, usando toda a sua força, em algumas toras um tanto quanto pesadas. Pegaria a parte mais pesada que conseguisse e se dirigiria na direção de Morgan, ainda mantendo a distância segura, arremessando a mesma contra ele com toda a sua potência muscular e capacidade de mira, ainda furtivamente. - Quando você tem dor de dente vai no dentista ou no mecânico? - Logo após se esconderia. Caso Morgan não viesse em sua direção, e continuasse indo até Damian, arremessaria outro pedaço de madeira pesado contra ele, de outro ângulo. - Isso é cárie ou ferrugem?

O plano, além de machucá-lo com os ataques a distância, era usar a sua lábia para irritá-lo ainda mais, o atraindo. - Gorila cagão! - Se ele o seguisse, o plano estaria dando certo.

Você já tentou alguma vez encontrar algo enquanto te irritam? Só procurar já é muito estressante. Para um marinheiro, a mera existência do pirata já deveria ser ofensiva. Irritá-lo enquanto ele procurava outra coisa? Provavelmente o maneta tentaria acabar com ele antes de continuar. - Você tá fugindo de um covarde magricela como eu? O queixo foi tentando fazer a barba? Sua mãe deve ter sofrido pra parir um idiota tão metálico! - Se ele viesse em sua direção ou não, pegaria o pedaço mais pesado da árvore que pudesse e o lançaria nele, ainda de longe. - Madeiraaaaa - Logo após lançar, usaria sua furtividade para sumir de novo da vista do oponente.

Queria apenas provar um ponto: Se fosse atrás de Damian sem derrotar Douglas, se estressaria bem mais.

Contudo, caso, a qualquer momento, Morgan ou Alvida começassem a vir seriamente em sua direção, Douglas usaria a mesma estratégia anterior, aquela que já havia funcionado, de subir em uma árvore usando acrobacia. Se o oponente buscasse derrubar a árvore, Douglas iria para um dos galhos e novamente se aproveitaria do decaimento dela para saltar para longe, de preferência outra árvore. Se o oponente buscasse chacoalhar a árvore de alguma forma, Douglas se equilibraria usando a acrobacia e se segurando bem no tronco. Na hipótese de em algum momento cair do alto, usaria a acrobacia para transformar a distância vertical em horizontal, com uma cambalhota, de maneira a continuar longe do inimigo e poder subir em outra árvore rapidamente.

Agora que Alvida estava próxima, ainda existia a chance de talvez ela derrubar uma árvore, ou que Morgan derrubasse uma árvore para que Douglas caísse próximo a ela ou vice-versa. Transformaria a distância vertical em horizontal, saltando na direção oposta a em que eles estivessem, correndo o máximo para voltar para o alto de outra árvore de novo.

Se, contudo, Morgan resolvesse simplesmente não se virar para Douglas em nenhum momento, continuando indo atrás de Damian, seria a vez do pirata de derrubar uma árvore. Estocaria a madeira com o seu florete o máximo de vezes que precisasse, chutando o tronco ao fim para derrubá-la na direção em que os oponentes estivessem. Queria levantar o máximo de poeira possível, para que o aliado, que conseguia ouvir bem, ter vantagem contra eles sem enxergar.

Manteria sempre a distância, atento aos oponentes quando fosse se esquivar, subindo em uma árvore a qualquer sinal de ameaça.

- "Agora vieram ambos pra cima de mim… O que a droga daquele garoto tá fazendo?" - Me irritava um pouco quando visse a situação que tinha me metido, porém não deixava isso me atrapalhar. Agora que sabia que ambos estavam atrás de mim, dobrava minha atenção, atentava meus ouvidos aos passos e sons de ambos os meus oponentes, buscando conseguir localizá-los por todo o som que faziam, e assim não precisar me virar pra saber onde estão. Se conseguisse os localizar apenas com minha Audição, veria a melhor rota que poderia fazer, pra ir me afastando de ambos, enquanto saia da rota deles, sempre me movimentando rapidamente e furtivamente, com passos leves minimizando ao máximo o som que faria, checaria mesmo o chão, para saber que não pisaria em galhos ou coisas que iriam me prejudicar.

Enquanto tentava me afastar, acredito que conseguiria perceber meu aliado tomando um pouco as rédeas da situação, e atacando os oponentes, lhes tirando a atenção, da forma que seja. Se conseguisse perceber que a atenção de ambos fora tomada pela situação, principalmente a de Morgan, levantava ambas as minhas armas na direção deles, e realizaria rápidos disparos. Dois nas partes de trás dos Joelhos de Morgan, um em cada joelho, e outro no joelho da Alvida. - "Porcaria, eles são duro na queda." - Após ter realizado os disparos, em velocidade máxima, começaria a me afastar ainda usando as árvores pra me esconder e enganar os oponentes, enquanto iria numa trajetória circular, agora para minha direita.

Se percebesse que um deles estaria a se aproximar, iria me movendo conforme seus movimentos, sempre escutando e tentando o localizar o melhor possível, mas se fosse inevitável, disparava de uma só vez, começando a correr pra frente, e entrando no meio de árvores, indo de um lado pro outro, procurando dificultar a movimentação dos oponentes, que eram bem grandes.

Se algum deles fossem direcionar ataques a mim, independentemente de qual dos dois fossem, usaria as árvores ao meu favor, para confundi-los enquanto ficava atrás das mesmas, enquanto efetuaria rolagens diagonais caso o mesmo viesse com ataques na horizontal, procurando ir na direção oposta a da qual o ataque vem, ou diretamente pra trás, no caso de ataques verticais, a principal função seria rolar para enriquecer ainda mais minhas esquivas, buscando não ser acertado de forma alguma. Tentava utilizar da minha velocidade e boa agilidade para realizar os movimentos da forma mais rápida possível, enquanto já me levantaria, voltando a correr utilizando das estratégias anteriores.

Note:

O maior vagabundo da história teve de utilizar o seu sangue frio ao máximo para não cair na gargalhada. Seus lábios tremiam de leve com o esforço de conter o riso, contrastando com o seu olhar frio e cético. Sabia que, apesar de ser muito engraçado o quanto havia conseguido alugar um palácio na mente do marinheiro, se começasse a rir da forma que queria poderia perder a concentração e morrer.   - Como você bate uma com essa mão de machado? - Diria do topo da árvore, como o belo covarde que era. Conseguia perceber que Morgan parecia determinado a derrubar a floresta inteira, o que, na verdade, era trabalhar a favor de Douglas. - O que eu quero dizer é que você parece muito bom em derrubar paus.

Se não tivesse lugar para fugir, arranjaria um lugar para se esconder. E, além disso, cansar e ferir o adversário no meio do caminho.

Usaria do efeito alavanca, algo muito comum e instintivo para acrobatas, para derrubar as árvores na direção em que quisesse, como um salto de vara. Enquanto Morgan ainda estivesse machatando, se penduraria na árvore, usando de sua força e de seu peso para trazê-la em uma direção, movendo toda aquela massa para onde ele queria. O plano de Douglas, a princípio, era fazer o tronco cair no meio da arena, de forma que este obstruísse o caminho, bagunçasse ainda mais o campo, dando mais possibilidades para se esconder. Insultaria o oponente durante todo o tempo, visando esconder o plano com sua lábia - Eu tenho que dizer: o seu cotovelo direito é o maior que eu já vi na vida. - Além disso, estaria puxando a árvore em uma direção enquanto o oponente ainda a estivesse atingindo, de forma a ter vantagem sobre ele, para já estar conduzindo-a antes que este. Ademais, se, por acaso, Morgan tentasse empurrar a árvore antes de quebrá-la o suficiente para ela cair, também estaria trabalhando em favor do pirata, uma vez que teria de lutar contra o peso da árvore, da gravidade, da força e do peso de Douglas e com a desvantagem do efeito alavanca, pelo fato de a força do acrobata estar sendo aplicada em cima, não embaixo. A força do adversário poderia inclusive servir para meramente fazer a árvore ''escorregar'', mas continuar prosseguindo na rota para a qual o peso de Douglas a levaria.

Além disso, teria apenas uma mão para aquele serviço, se não quisesse correr o risco de se machucar seriamente no embate.

Usaria a sua estratégia anterior, equilibrando-se com acrobacia, usando a árvore de escudo para ataques a distância, aproveitando-se do decaimento da árvore para saltar para a mais próxima ou para transformar a distância vertical em horizontal, visando subir na mais próxima. Sempre mantendo a distância do adversário, atento a Alvida e buscando as rotas mais seguras ao observar as árvores restantes.

Além disso, caso percebesse que o inimigo estava do lado ''de dentro'' da arena, na trilha entre as árvores, não hesitaria em derrubá-la em sua direção. Por mais que este se esquivasse, a estratégia de Douglas era adicionar mais uma preocupação para o mesmo, visando cansá-lo mentalmente e fisicamente até atingi-lo com uma árvore ou quem sabe prendê-lo entre alguns troncos. Ele havia medido o peso e elas eram bastante pesadas. Mesmo que não fizesse dano, poderia capturá-lo, repetindo quantas vezes fosse necessário.

Se, em algum momento, o número de árvores para ele subir começasse a escassear ao ponto de ter dificuldades, tentaria se manter em movimento utilizando-se da bagunça no meio da arena, criada por árvores caídas, para ser furtivo. Não pararia, lançando galhos para fazer barulhos em outras direções e talvez induzir o oponente a não encontrá-lo, prestando bastante atenção em onde pisava, usando a acrobacia para se esconder em localizações improváveis.

Um dos seus planos também seria manter a luta entre Alvida e Damien sem interrupções, e, por isso, manteria, a todo o momento, a onda constante de insultos contra Morgan. - Vamos fazer amor e não a guerra. - Buscando, se pudesse, não se aproximar do outro combate.

- "Arrghh! Merda, ela é forte, preciso tomar cuid-" - Pensava, ainda tossindo um pouco do golpe de raspão que teria levado, porém era surpreendido com o grande som da árvore caindo. - Caralho! - Me surpreendia com a questão, porém não deixaria tomar toda a minha atenção, sabia como estava situação, então começava a correr para longe da gorda.

Enquanto corria, podia observar minha grande vantagem em velocidade, então me certificaria de me distanciar mais alguns metros, antes de me virar e então efetuaria três disparos. Dois de meus tiros iriam em ambos os seus joelhos, enquanto o terceiro estaria endereçado ao seu olho, buscando causar o máximo de problemas possíveis. Após disparar, reparava em sua situação, e se conseguisse perceber que ela não estava se mostrando afetada pelos meus disparos, abriria um breve sorriso, enquanto começava a andar de costas, e voltaria a correr fugindo da mesma.

Se percebesse que a mesma se mostrava um pouco afetada com meus disparos, principalmente em seus joelhos, abriria também um sorriso, e agora começaria a andar em sua direção, indo de encontro com ela que viria correndo o máximo possível. - Não ache que vou fugir pra sempre, sua velha gorda. Já estava mesmo cansado de ter você sempre atrás de mim… - Falava em um tom provocativo, apesar de não ter sido tão intencional, teria percebido no começo do combate sua leve irritação com seu parceiro quando a chamou de velha, e esperava que funcionasse.

Se conseguisse perceber que ela iria tentar me dar uma investida direta a partir de seus movimentos, esperava a sua aproximação, até quando conseguisse perceber que estava a alguns poucos passos de mim. Nesse meio tempo, buscaria ao menos estar em frente ou a poucos metros de alguma árvore que pudesse estar atrás de mim, e assim, usaria um movimento de explosão, usando toda a minha Velocidade para junto da força de minhas pernas, me impulsionar pro lado esquerdo, efetuando um rolamento, a fazendo passar reto por mim e na melhor das hipóteses, bater de frente a árvore. Contaria que estivesse irritada com meus insultos para potencializar suas reações e aumentar as chances de minhas ações.

Apesar disso, se percebesse que a mesma viria a me atacar com sua clava, novamente esperava sua aproximação, para então quando visse a rota de seu ataque, se fosse na diagonal esquerda ou reto, inclinaria meu tronco pro meu lado direito, para evitar a rota do ataque enquanto daria um rápido giro em cima do meu próprio pé direito, o deixando de apoio no chão enquanto girava meu corpo no sentido anti-horário para direita. Se o ataque fosse na diagonal direita, efetuaria os mesmos movimentos, mas inverteria os lados, assim me inclinando para esquerda, e fazendo o giro para a esquerda. Após efetuar, usaria o tempo concedido pela esquiva para me distanciar alguns metros pra trás e então ficar a uma distância considerável da mesma, antes que ela pudesse me descarregar uma série de ataques.

Se percebesse que viria um ataque na horizontal, usando novamente de uma explosão de velocidade para me proporcionar maiores chances, e assim flexionaria rapidamente meus joelhos, o quanto possível naqueles poucos segundos, e então usava essa força para me impulsionar pra trás com um longo passo buscando sair da rota de seu ataque, porém não descartaria a opção da mesma encaixar uma estocada em cima desse ataque, e se fosse o caso, usaria da mesma estratégia já citada no parágrafo anterior, de me inclinar, e após efetuar um giro, onde também me distanciaria após ter sido realizada a ação.

Em outras opções de esquivas, servindo tanto para Alvida quanto pro Morgan, buscava utilizar das mesmas ideias, porém agora buscava utilizar as árvores ao meu favor, onde utilizaria elas para amenizar o impacto do ataque e consequentemente me conceder uma melhor chance de efetuar a esquiva.

Se fosse o caso de outra árvore ser derrubada, buscaria observar sua rota e se seria afetado por sua queda, se pudesse vir a me afetar, visava me projetar pra trás o quanto possível, pra sair de seu trajeto.

Note:

- Nessa bagunça, eu posso te atacar de qualquer lado. - Riria, mas sentia pena de Morgan. Era injusto que alguém tão forte estivesse exausto após lutar contra alguém que, de tão magrelo, poderia muito bem ser um dragão itálico.

Logo após dizer aquilo, iria para a parte de trás da árvore em que estivesse, para fora da visão dele, onde usaria sua acrobacia e sua furtividade para saltar longe e se esconder no mar de troncos. Tomaria direções improváveis, atento a não fazer barulhos, para se esconder melhor ainda. Seu plano era fazer o marinheiro levantar a guarda, cansado, esperando de onde viria o ataque.

Enquanto Douglas fugiria.

Com sua memória fotográfica, relembraria-se de como era a floresta antes de toda a confusão, a fim de seguir rumo ao seu companheiro. O próximo passo seria dar uma surra na Alvida, dois contra um, para que pudessem voltar e dar outra em Morgan. ''Deus abençoe a covardia'' pensaria.

Caso fosse encontrado, buscaria saltar, dar cambolhotas, rolamentos, correr... Mantendo-se longe do inimigo, por entre os troncos, para voltar a se esconder e dificultar seus movimentos.

Esperava que o adversário estivesse bastante perdido naquele caos, sem nem saber para que lado ir. Ademais, caso decidisse uma direção, tivesse o trabalho de abrir caminho por entre os troncos, demorando para destruir cada um, sem nem ter certeza se aquele era o lado onde estavam os outos combatentes, ou se Douglas o atacaria neste momento.

Se Douglas conseguisse míseros 5 minutos para se distanciar já estaria feliz.

Usaria a memória para chegar onde a luta começou e, uma vez lá, seguiria barulhos de luta e outros indícios de onde estavam.

Assim que se aproximasse, usaria a furtividade e sua Noção Exata do Tempo para decidir o que faria a seguir. Caso a visse distraída ou Damien prestes a ser atacado, calcularia se chegaria a tempo para aproveitar a distração para atingi-la, ainda furtivamente, com toda a velocidade que conseguisse. Contudo, se visse que o aliado seria atingido, a distrairia com sua lábia. - EI SUA VELHA GORDA. - Diria com firmeza. Se ela virasse para trás, talvez até conseguisse ajudar o parceiro.

Sua estratégia de ataque, se tivesse de chamar a atenção dela ou não, seria exatamente a mesma, apenas mudando o fato de ser pela frente ou pelas costas.

Estocaria rapidamente com o seu florete, um ataque em cada ombro, intentando feri-la ao para ela não conseguir mais levantar a arma pesada. Se atacasse de frente, esperaria que o aliado a distraísse pelas costas com um ataque, ou, caso percebesse que isso não ocorreria, faria uma finta, fingindo um ataque, andando para trás e abusando de sua velocidade para não ser atingido, acertando-a logo em seguida, enquanto ela ainda estivesse se recuperando do momentum pesado do seu movimento.

Caso, a qualquer momento, esta tentasse atacá-lo, estaria preparado.

Se lançasse sua clava nele, observaria a altura em relação a sua cintura. Se fosse muito acima, faria um rolamento para longe, se muito abaixo, saltaria por cima desta usando a acrobacia, e saltaria para o lado se fosse na altura da cintura. Doravante, manteria-se entre Alvida e sua arma, de florete sacado, impedindo-a de se aproximar e a acertando com um golpe diretamente no pescoço, e, caso ainda tivesse como, repetiria o golpe.

Para qualquer outra espécie de ataque, sua ideia seria manter-se longe dela, usando sua acrobacia para se tornar inalcançável, a ofendendo constantemente para que ela não fosse em direção ao seu aliado. Em caso de ataques verticais, pularia para um dos lados. Horizontais ou diagonais, faria um rolamento, indo para o lado oposto do qual o golpe viria, rolando até as costas dela. A atacando ou se afastando logo após.

Não desperdiçaria nenhuma chance de atacá-la. Medindo, a todo tempo, com seu relógio mental, para decidir se desviaria ou se tentaria acertá-la, apenas dando golpes se se sentisse seguro.

Intenções:

- "Olho por olho, dente por…" - Apesar da tamanha dor que era ter tido aquela clava acertado em cheio na parte de frente do meu tronco, sabia que desistir ali não era uma opção, por isso usaria também do efeito surpresa.

Ao me cair, estaria de barriga virada pro chão, quase que em uma posição fetal. Manteria minhas pernas levemente flexionadas, enquanto deixava um leve espaço entre as mesmas, espaço esse que seria o ideal para encaixar uma de minhas mãos, junto com minha arma, discretamente. Esperaria um tempo antes de agir, porém teria certeza que agiria antes da mesma conseguir realizar algum movimento. Usava minha Audição pra medir identificar tanto sua respiração quanto seus movimentos, enquanto tentava olhar ela de relance, para mirar. Ao ter certeza de que a mesma agiria de alguma forma, rapidamente iria mirar a arma que estaria escondida, visando acertar em primeiro lugar seu olho, ou no espaço entre ambos os olhos, e após esse feito, contando que a mesma tivesse sido pega de surpresa, rapidamente me viraria de barriga pra cima enquanto ia me levantando, e então daria outros dois disparos no pulso que estivesse segurando a Clava, tentando o inutilizar. - Lutar com um homem não é diferente de lutar com a cabeça, mas acho que você não entenderia, é uma velha gorda mesmo… - Falaria sem me exaltar, porém com um tom sério.

Após ter realizado minhas ações, ficaria atento às movimentações da minha oponente, iria me distanciando com passos curtos para trás, buscando ficar na trajetória de uma árvore. Se a mesma tentasse novamente arremessar sua Clava, apenas esperaria seu movimento para efetuar um rolamento pro meu lado direito, inclinando meu corpo pra baixo e pegando impulso com um leve pulo para aquela mesma direção, visando sair da trajetória do ataque.

Se pudesse perceber que ela iria tentar me dar uma investida a partir de seus movimentos, e talvez por conta da situação que teria se formado, esperava a sua aproximação até quando conseguisse perceber que estava a alguns poucos passos de mim. Nesse meio tempo, buscaria ao menos estar em frente ou a poucos metros de alguma árvore que pudesse estar atrás de mim, e assim, usaria um movimento de explosão, usando toda a minha Velocidade para junto da força de minhas pernas, me impulsionar pro lado esquerdo, efetuando um rolamento, a fazendo a passar reto por mim e na melhor das hipóteses, bater de frente a árvore. Contaria que estivesse irritada com meus insultos para potencializar suas reações e aumentar as chances de minhas ações.

Apesar disso, se percebesse que a mesma viria a me atacar com ou sem sua clava, novamente esperava sua aproximação, para então quando visse a rota de seu ataque, se fosse na diagonal esquerda ou reto, inclinaria meu tronco pro meu lado direito, para evitar a rota do ataque enquanto daria um rápido giro em cima do meu próprio pé direito, o deixando de apoio no chão enquanto girava meu corpo no sentido anti-horário para direita. Se o ataque fosse na diagonal direita, efetuaria os mesmos movimentos, mas inverteria os lados, assim me inclinando para esquerda, e fazendo o giro para a esquerda. Após efetuar, usaria o tempo concedido pela esquiva para me distanciar alguns metros pra trás e então ficar a uma distância considerável da mesma, antes que ela pudesse me descarregar uma série de ataques.

Se percebesse que viria um ataque na horizontal, usando novamente de uma explosão de velocidade para me proporcionar maiores chances, e assim flexionaria rapidamente meus joelhos, o quanto possível naqueles poucos segundos, e então usava essa força para me impulsionar pra trás com um longo passo buscando sair da rota de seu ataque, porém não descartaria a opção da mesma encaixar uma estocada em cima desse ataque, e se fosse o caso, usaria da mesma estratégia já citada no parágrafo anterior, de me inclinar, e após efetuar um giro, onde também me distanciaria após ter sido realizada a ação.

Caso a mesma tentasse me agarrar, iria inclinar o tronco para frente enquanto me agacharia ligeiramente e então faria um rolamento pro lado esquerdo, buscando sair da sua rota e desviando de seu ataque. Se a mesma tentasse pular em cima de mim, faria o mesmo rolamento, porém agora pulando com o maior impulso possível, pro meu lado esquerdo.

Note: