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Um RPG narrativo baseado no universo de One Piece, obra criada por Eiichiro Oda.
 
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 [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade

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MensagemAssunto: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptySex Mar 01, 2024 10:47 pm

Resgate Artístico: A Jornada de Koko pela Liberdade

Participantes: Koko
Localização: Ilhas Conomi - East Blue
Modalidade: Auto Narrada
Invasão Livre: Desligada.

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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyDom Mar 03, 2024 10:14 pm



O sol brilhava forte no céu azul, refletindo nas águas cristalinas do East Blue. Um pequeno navio navegava em direção às Ilhas Conomi, levando um passageiro um tanto quanto especial: Koko, um jovem revolucionário que irradia vivacidade e otimismo. Ele estava de pé na proa do navio, observando o horizonte acompanhado de sua fiel companheira: a águia-real Ventania Alada.

A dupla podia ver a silhueta das três Ilhas se aproximando, desencadeando uma mistura de ansiedade e determinação. Koko tinha ouvido falar que as Ilhas eram governadas por um regente cruel e corrupto, que explorava e oprimia o povo, o que o fez se lembrar de sua difícil infância, despertando nele um sentimento de que aquele seria o lugar certo para ele, que ali ele poderia fazer a diferença, que ali ele poderia realizar seu sonho de justiça.

O jovem revolucionário se levantou e se aproximou do mastro, onde Ventania estava empoleirada. Ele acariciou as penas de sua águia, que piou em resposta. Ele tinha encontrado Ventania Alada ainda criança, em sua vila natal. Ela estava ferida e faminta, e ele a acolheu e cuidou dela. Desde então, ambos se tornaram inseparáveis e Ventania se tornou sua melhor amiga.

— Pronta para uma nova aventura, Ventania? Vamos lá, minha amiga, voar pelos horizontes da liberdade e da imaginação. — Tagarelou Koko, com Ventania Alada respondendo com uma série de pios alegres e um bater de asas animado.  

Com um objetivo claro em mente, Koko pegou Ventania Alada no colo e pulou do navio um pouco antes deles atracarem, caindo em uma pequena área de vegetação. Prontamente Koko se levantou, tateando suas vestes a fim de remover a poeira que havia impregnado em sua roupa. O revolucionário sabia que as Ilhas Conomi eram vigiadas por guardas a serviço do criminoso que dominava o arquipélago e ele não queria ser visto ou capturado por eles, pois isso arruinaria seus planos, logo, também olhou em volta, procurando um lugar para se esconder.

Foi quando ele avistou uma plantação de laranjas, que ficava próxima da praia. Ele pensou que aquele seria um bom lugar para se camuflar, pois as laranjas eram abundantes e coloridas e poderiam disfarçar com sua aparência peculiar. Ele correu até a plantação e se escondeu entre as árvores e ali permaneceu por um tempo, observando o movimento na ilha.

Havia muitas pessoas indo e vindo, carregando cestas de frutas, legumes, grãos e peixes. Koko percebeu que aquelas pessoas eram os habitantes das ilhas, que viviam da agricultura e da pesca. Ele também viu que havia alguns piratas e tritões que andavam com armas e roupas extravagantes e que tratavam os habitantes com desprezo e violência.

Nesse instante, Koko trancou a mandíbula e cerrou os punhos como uma mistura de pena e raiva pelos habitantes, e de ódio e desprezo pelos criminosos. Ele queria ajudar os habitantes, mas ele sabia que não podia fazer isso sozinho, mas precisaria de um verdadeiro exercito que tivesse disposto a enfrentar a tirania ali existente.

Para tanto, o artista decidiu que precisaria sair da plantação o mais rápido possível e se misturar aos habitantes para dar inicio ao seu plano. Ele esperou pacientemente até que não houvesse nenhum capanga por perto e então finalmente saiu do esconderijo. Ele caminhou pela ilha, fingindo ser um viajante comum tentando se enturmar.

Koko se aproximou de uma barraca de frutas, onde uma senhora simpática vendia laranjas, maçãs, bananas e outras delícias.

— Que frutas lindas e apetitosas você tem aqui. Posso experimentar uma? — Perguntou sorridentemente.
— Claro, meu jovem. Fique à vontade. São todas fresquinhas e docinhas. — Assentiu a senhora, com uma voz gentil.
— Obrigado. — Respondeu Koko, enquanto pegava uma laranja com uma cara de surpresa e satisfação.

Assim seguiu o nosso protagonista, gozando de uma adaptabilidade cultural, cumprimentando as pessoas, elogiando suas mercadorias, fazendo perguntas inocentes, contando piadas e histórias.

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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyDom Mar 03, 2024 10:38 pm



Durante sua estadia pelo lugarejo, Koko observou que as pessoas andavam tristes e com medo, que as casas e comércios estavam em péssimo estado e que havia um clima de tensão e opressão no ar. — Você também consegue notar, não é mesmo? — Sussurrou Koko, tendo como resposta um pio de sua águia. — São cenas fortes, mas não podemos agir impulsivamente. — Koko decidiu que precisava de um plano e de uma estratégia, e que antes de tudo, precisava de mais informações e de aliados.  

Koko estava passando por uma rua estreita e pouco movimentada quando viu uma placa que dizia: "Gino, o escultor. Esculturas em madeira de todos os tipos e tamanhos. Encomendas e orçamentos sem compromisso. Entre e confira." O jovem, amante da arte, obviamente teve sua atenção captada por aquela placa e resolveu entrar na oficina, entusiasmado. Mas não sem antes liberar sua águia para a exploração do local.

— Pode ir, minha amiga. Vá explorar os céus desta ilha, faça-me sentir orgulhoso. — Com um suave gesto, Ventania alçou voo, com suas asas cortando o ar enquanto Koko observava, confiante na perspicácia de Ventania Alada.  

Bem que diz que um artista reconhece o outro! Não demorou muito tempo e o jovem revolucionário se surpreendeu com o que viu. A oficina era pequena, mas estava cheia de esculturas de madeira incríveis, que chamavam a atenção pela beleza e pela originalidade. Havia esculturas de animais, de pessoas, de plantas, de objetos, de cenas, de símbolos, de tudo o que se podia imaginar. Havia esculturas grandes e pequenas, simples e complexas, realistas e abstratas, coloridas e monocromáticas. Havia esculturas que pareciam ter vida própria, que expressavam sentimentos e emoções, que contavam histórias e mistérios.

Koko olhava cada escultura com admiração e interesse e quase que instintivamente pensou que aquela seria uma habilidade útil e fascinante para se aprender. — Olá, seja bem-vindo. Eu sou Gino, o escultor. — Koko se virou e viu um velho artesão que se aproximava dele. Um homem de cabelos grisalhos, barba rala, olhos  azuis e um sorriso sincero. Ele usava um avental sujo de serragem e segurava uma faca de entalhe na mão.

— Olá, eu sou Koko, kikikiki! — Apresentou-se Koko, com sua risada única. — Eu estava passando pela rua e vi a sua placa. Fiquei curioso e resolvi entrar. As suas esculturas são incríveis. Você é um verdadeiro mestre na arte de esculpir. — Declarou.

— Obrigado, você é muito gentil. Eu faço essas esculturas por hobby ou por encomenda. É o que eu mais gosto de fazer na vida. Você tem interesse em esculturas? — Perguntou Gino, com uma voz simpática.

— Sim, eu tenho. Eu acho que esculturas são uma forma muito bonita e interessante de se expressar. Eu gostaria muito de aprender a esculpir. — Disse Koko, com uma voz sincera.

— Sério? Você quer aprender a esculpir? Isso é incrível. — Disse Gino. — Eu posso te ensinar, se você quiser. Eu gosto de ensinar e de compartilhar meu conhecimento. Você quer entrar na minha oficina e ver como eu trabalho? — Completou, com uma voz convidativa.

— Claro, eu adoraria. Obrigado pelo convite. — Ascendeu Koko, com uma voz animada.

Foi quando um sino mensageiro tocou, anunciando que a dupla teria companhia.

— Olha, velhote. Eu vim buscar o que você me deve. — Disse uma voz ameaçadora.
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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyDom Mar 03, 2024 10:58 pm



— Desculpe-me, jovem, eu preciso resolver um assunto pendente. — Disse Gino, deixando o seu potencial aprendiz em segundo plano. — O que eu te devo? Eu não te devo nada! — Ele então voltou suas atenções para o desafeto que acabara de entrar em sua loja.

Koko olhou para os dois por um breve momento e se deu conta de que se tratava de um tritão polvo, que usava uma bandana vermelha e um casaco de pele. O tritão carregava ainda um sorriso malicioso e um olhar cruel, além de segurar uma espada em uma de suas mãos.

— Ah, não? E o que é isso? — Disse o tritão, apontando para uma escultura que estava em cima da mesa. Koko talvez tivesse deixado passar despercebida essa escultura em questão, mas agora, prestando atenção sobre ela, viu o que parecia ser um tritão tubarão-tigre, muito provavelmente uma caricatura de algum figurão daquela ilha. Ele tinha um rosto deformado, um corpo gordo e uma expressão idiota.

"Kikikiki! Tenho que admitir que esse escultor tem um humor peculiar." — Pensou Koko.

— Isso é uma ofensa ao nosso chefe, seu velho insolente! Você está zombando dele e isso é imperdoável! — Prosseguiu o tritão. Sua raiva era tanta, que ele parecia ignorar por completo a presença do turista.

— Isso é uma obra de arte, seu ignorante! Eu fiz isso por diversão e não por desrespeito! — Rebateu Gino, com uma voz indignada.

— Obra de arte? Isso é uma porcaria e você vai pagar por ela. — Disse o tritão, avançando em cima de Gino, pronto para atacá-lo com sua espada.

Koko, que estava assistindo a cena, sentiu um frio na barriga pela primeira vez desde que pisara naquela ilha. Ele queria ajudar o escultor que havia o recebido tão bem, mas como um covarde que era, teve medo do tritão. Ele até pensou em pegar uma escultura e jogar sobre o tritão, mas ele chegou a conclusão de que seria muito arriscado. Talvez gritar por socorro? Seria muito inútil.

Paralisado e sem saber o que fazer, Koko apenas observou, com uma expressão de horror, enquanto o tritão se aproximava de Gino, levantando sua espada para golpeá-lo. "Ande, Koko! Mexa-se..." — O revolucionário travava uma batalha consigo mesmo a fim de reunir coragem e lutar em defesa daquele velho.

— Pode me bater! Não seria a primeira vez mesmo. — Disse Gino, determinado e preparado para levar o iminente golpe que vinha em sua direção.

— E-e-i-i, vo-vo-cê! N-n-ão se-s-e-ja louco de atacar esse velho! — As palavras enfim haviam saído da boca de Koko. "Ops! Que merda você acabou de fazer, seu idiota?! Coloque-se no seu lugar, você vai acabar morrendo!" — Parando para pensar melhor, Koko logo soube que teria sido ridículo e desesperado de sua parte.

Qual seria o resultado de suas ações?
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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyTer Mar 05, 2024 11:14 pm



O tritão, que até então havia deixado a presença de Koko passar despercebida, agora tinha sua atenção voltada ao revolucionário. — Quem é você, seu verme? — Disse, furioso. Todavia, a ação de Koko havia logrado êxito e o tritão foi obrigado a interromper seu ataque contra Gino. Em contrapartida, se Koko não encontrasse uma maneira de se sobressair ante aquela situação, seria a pele dele que estaria em risco.

Decidido que precisava fazer uma cena, um espetáculo, algo que distraísse o tritão e o demovesse de qualquer ideia que ele pudesse ter contra aquele homem e sua loja, Koko continuou, ainda que a tremedeira em seu corpo denunciasse o seu medo.

— Você é um covarde que ataca um velho indefeso, que não tem nada a ver com a sua briga. Você é um covarde que usa uma espada para resolver seus problemas, ao invés de usar suas mãos ou seus tentáculos. — Disse Koko, denotando nervosismo. Nesse instante, o próprio Gino já não botava fé no artista. "Não seja estúpido, Koko, ainda que ele usasse suas mãos ou tentáculos, ele seria infinitamente melhor do que você." — Pensou Koko.

— Como você ousa falar assim de mim? Você não sabe com quem está mexendo! Você vai se arrepender de ter nascido! — Disse o tritão, furioso e prestes a investir contra Koko.

— Ah, é? E o que você vai fazer? Me matar com a sua espada? Que graça tem isso? Isso é muito fácil e muito chato. Por que você não me enfrenta de igual para igual, sem armas, sem truques, sem ajuda? Por que você não me mostra que você é um tritão de verdade, e não um tritão de mentira? — Koko insistia em seu personagem.

O domador parecia tocar e apelar para algum sentimento de orgulho e vaidade do tritão, e, ainda que sua tese não tivesse amparo em nenhum conhecimento cientifico, parecia depositar todas as suas fichas nessa estratégia.

— Você está me desafiando para um duelo? Você está louco? Você não tem chance contra mim! Eu sou um tritão polvo, um dos mais fortes e inteligentes dos tritões. Eu posso te esmagar com os meus tentáculos, te sufocar com o meu veneno, te cegar com a minha tinta. Você é apenas um humano fraco e patético, que não sabe nada sobre os tritões. — Vociferou o tritão.

— Então prove. Prove que você é mais forte e mais inteligente do que eu. Prove que você sabe mais sobre os tritões do que eu. Prove que você é um tritão polvo, e não um tritão palhaço. — Nessa altura do campeonato, Koko começava a suar frio e com o pouco de saliva que armazenava em sua boca, ele tentava molhar a sua garganta que estava mais seca do que o deserto do saara.

— Como eu vou provar isso? — Perguntou o tritão, confuso.

— É simples. Eu vou te fazer algumas perguntas sobre os tritões, e você vai me responder. Se você acertar, você pode me atacar. Se você errar, você tem que me deixar em paz. E se você não quiser responder, você tem que admitir que você é um covarde. Topa? — Apresentou Koko.

— Isso é ridículo. Isso é uma armadilha. Isso é uma perda de tempo. — Contestou o tritão, hesitante.

— Então você não topa? Então você é um covarde? Então você tem medo de mim? — Insistiu Koko, provocando-o.

— Não, eu não sou um covarde. Eu não tenho medo de você. Eu topo o seu desafio. Eu vou responder as suas perguntas, e depois eu vou te matar. — Disse o tritão, aceitando.

— Ótimo. Então vamos começar. Primeira pergunta: quantas espécies de tritões existem no mundo? — Perguntou Koko, inventando uma pergunta difícil que ele mesmo não saberia responder.

— O quê? Como eu vou saber disso? Isso é impossível de saber! — Rebateu o tritão, irritado.

— Ah, então você não sabe? Então você errou. Então você tem que me deixar em paz. — Disse Koko, agora triunfante.

— Não, não, espera. Isso não vale. Essa pergunta é muito difícil. Faça outra pergunta. Faça uma pergunta mais fácil. — Contestou o tritão, implorando.

— Tudo bem, eu vou fazer uma pergunta mais fácil. Segunda pergunta: qual é o nome do tritão que governa o Reino dos Mares? — Perguntou uma segunda vez, imaginando que um tritão não teria esse tipo de conhecimento - nem ele mesmo teria.

— O quê? Isso é irrelevante! — Disse o tritão, indignado.

— Ah, então você não sabe? Então você errou de novo. Então você tem que me deixar em paz de novo. — Disse Koko, esboçando um sorrindo. Seu plano, ainda que arriscado e sem o menor fundamento, estava dando resultados.

— Quer saber?! Sem mais perguntas. — Disse o tritão, segurando firmemente com sua destra no pomo de sua espada e dando um passo a frente de Koko.

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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyQua Mar 06, 2024 10:40 pm



Com o tritão avançando em sua direção, Koko se encolheu, colocou ambos os braços à frente do corpo e fechou os olhos, preparando-se para o pior. "Eu sabia que seria uma péssima ideia. Era mais fácil ter ficado calado, seu burro!" — Crente de que seu plano havia sido um completo fracasso, o artista se preparou para a morte iminente, quando a fala do tritão o trouxe de volta para a terra.  

— Não, eu não vou te atacar. — Iniciou o tritão. — Eu não quero mais saber de você, nem desse velho, nem dessas esculturas. Vocês são uns loucos, uns palhaços, uns idiotas. Eu não vou perder o meu tempo com vocês. Eu vou voltar para o meu chefe e contar tudo o que aconteceu. Ele vai acabar com vocês. Vocês vão se arrepender de terem me ridicularizado. — Disse o tritão, desistindo do seu ataque.

O tritão guardou a sua espada e saiu da oficina, batendo a porta com força. Ele parecia emburrado, frustrado e envergonhado. Ele tinha sido enganado, humilhado e derrotado por um humano covarde e patético como Koko, que não sabia nada sobre os tritões.

Koko e Gino ficaram aliviados, eles tinham escapado do tritão e salvo as suas vidas. Koko havia usado a sua criatividade e a sua astúcia para distrair e dissuadir o tritão, sem ter sido necessário usar a violência ou a fuga.

— Kikikiki! — Gargalhou Koko. — Eu não acredito que essa ideia estúpida deu certo. Mas estou aliviado, de qualquer forma. — Uma lagrima exagerada saia de seus olhos.

— Hahahaha! — Acompanhou Gino. — Você é engraçado! Eu amei esse show. — Disse o escultor.

Eles continuaram a rir e não pararam mais. Eles riram do tritão, da sua cara, da sua voz, das suas palavras. Eles riram do plano patético, das perguntas sem pés e cabeça. Eles riram da situação e da enorme sorte que tiveram. Eles riram muito e se divertiram muito.

— Você é incrível, Koko. Você salvou a minha vida e os meus trabalhos. Você foi muito criativo e inteligente. — Agradeceu Gino, elogiando-o. — Você ganhou o meu respeito e consequentemente o direito de aprender com um mestre como eu a arte de esculpir. — Prosseguiu, indo até a porta da loja e mudando a placa de aberto para fechado. — A partir de agora, você tem a minha total atenção, jovem! — Mostrou o escultor.

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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyQua Mar 06, 2024 11:00 pm



Koko estava animado com a ideia de aprender a esculpir. Ele sempre admirou as obras de arte que via nas ilhas que visitava, e achava que seria uma ótima forma de expressar sua criatividade e sua visão de mundo. Mais satisfeito ainda ficara por ter a oportunidade de aprender com Gino, um mestre na arte de esculpir madeira, com uma oficina cheia de esculturas incríveis, desde animais e plantas até pessoas e cenas.

Koko e Ventania Alada passaram uma semana inteira na oficina de Gino aprendendo os fundamentos da escultura. Como um prodígio que era, Koko aprendeu nesse tempo a escolher a madeira adequada, a usar as ferramentas corretas, a fazer cortes precisos, a dar forma e detalhes às suas obras, a finalizar e polir suas esculturas. Ele também aprendeu a observar e a imaginar, a expressar e a comunicar, a criar e a inovar.

No primeiro dia, Koko tentou esculpir uma maçã, mas acabou fazendo um buraco na madeira. Gino viu o resultado de suas ações e logo tratou de fazer as correções necessárias, enquanto Ventania Alada piava em deboche.

— Não se preocupe, Koko. Isso acontece com todo iniciante. Você precisa aprender a controlar a força e a direção do corte, para não danificar a madeira. Veja, você tem que cortar sempre no sentido das fibras da madeira, e nunca contra elas. Assim, você evita que a madeira se rache ou se quebre. E você tem que cortar sempre com cuidado e delicadeza, para não tirar mais madeira do que o necessário. Assim, você evita que a madeira fique com buracos ou falhas. Entendeu? — Orientou.

— Acho que sim. Mas como eu sei qual é o sentido das fibras da madeira? — Perguntou Koko, confuso.

— Você pode ver pelas linhas que a madeira tem na superfície. Elas mostram a direção das fibras. Você também pode sentir pela resistência que a madeira oferece ao corte. Se você sentir que a madeira está dura e difícil de cortar, é porque você está cortando contra as fibras. Se você sentir que a madeira está macia e fácil de cortar, é porque você está cortando no sentido das fibras. Experimente e você vai perceber a diferença. — Explicou Gino, pacientemente, mostrando um pedaço de madeira.

Koko pegou o pedaço de madeira e tentou cortar em diferentes direções. Ele percebeu que Gino tinha razão e que ele podia ver e sentir o sentido das fibras da madeira. Ele agradeceu a Gino pela dica e seguiu com o exercício da maçã pelo resto do dia, até que logrou êxito.

No segundo dia, Koko tentou esculpir um pássaro, mas acabou fazendo um monstro, sendo motivo de risadas por parte de Gino e Ventania, essa última que pareceu reprovar fortemente o resultado.

— Você precisa aprender a planejar e a esboçar a sua obra para não perder a forma e o sentido da escultura. Veja, você tem que ter uma ideia clara do que você quer esculpir e fazer um desenho ou um modelo da sua obra. Assim, você tem uma referência para seguir e não se confunde na hora de cortar. E você tem que fazer primeiro os cortes grandes e gerais, para definir o contorno e o volume da escultura. Depois, você faz os cortes pequenos e específicos, para dar os detalhes e os acabamentos da escultura. Entendeu? — Explicou Gino.

— Mais ou menos. Mas como eu faço um desenho ou um modelo da minha obra? Eu não sei desenhar nem modelar. — Perguntou Koko, inseguro.

— Você não precisa ser um expert em desenho ou em modelagem, você só precisa fazer algo simples e básico, que mostre as principais características da sua obra. Você pode usar um papel e um lápis, ou uma argila e um palito, ou qualquer outro material que você tenha à mão. O importante é que você consiga visualizar a sua obra e ter uma noção das proporções e das perspectivas. — Orientou. — Tente, e você vai ver que não é tão difícil. — Sugeriu Gino, dando um papel e um lápis para Koko.

Koko pegou o papel e o lápis e tentou desenhar um pássaro. Ele não ficou muito satisfeito com o seu desenho, mas ele conseguiu fazer algo que se parecesse com um pássaro. Ele mostrou o seu desenho para Gino, que elogiou o seu esforço.

Koko continuou a esculpir pássaros pelo resto do dia, até que o resultado o agradasse.

No terceiro dia, ele tentou esculpir um rosto, mas acabou fazendo uma careta. — Chega, eu desisto. — Cogitou ante o resultado, mas fora repreendido pelo seu mascote e seu professor.

— Você precisa aprender a observar e a imitar a realidade, para não distorcer ou exagerar a escultura. Veja, você tem que olhar atentamente para o que você quer esculpir e tentar reproduzir fielmente as suas formas e as suas expressões. Assim, você consegue fazer uma escultura realista e harmoniosa, que se pareça com o seu modelo. E você tem que usar as ferramentas adequadas para cada parte da escultura, para conseguir fazer os cortes certos e precisos. Assim, você consegue fazer uma escultura detalhada e refinada, que tenha as características do seu modelo. — Disse.

— Compreendo, mas como eu olho atentamente para o que eu quero esculpir? Eu não tenho um modelo para me basear. — Perguntou.

— Você pode usar qualquer coisa como modelo, desde que seja parecida com o que você quer esculpir. Você pode usar uma foto, uma revista, um livro ou até mesmo um espelho. Você também pode usar a sua memória, a sua imaginação ou a sua inspiração. O importante é que você observe bem os traços e as nuances do seu modelo e tente captar a sua essência e a sua personalidade. — Orientou Gino, dando um espelho para Koko.

Koko pegou o espelho e encarou o seu próprio rosto por alguns segundos. Ele notou que o seu rosto tinha muitos detalhes e variações que ele nunca tinha reparado antes. Ele prestou atenção nas suas formas e nas suas expressões e tentou captar a sua essência e a sua personalidade. Ele agradeceu a Gino pelo conselho e tentou esculpir outro rosto.

No quarto dia, ele conseguiu esculpir uma flor, que ficou parecida com uma rosa. Gino e Ventania pareceram aprovar o resultado.

— Parabéns, Koko. Você está progredindo muito. Você conseguiu fazer uma escultura bonita e delicada, que se parece com uma flor. Você usou bem as suas habilidades de corte, de planejamento, e de observação. Mas você ainda pode melhorar mais. Você precisa aprender a usar a sua criatividade e a sua inovação, para não fazer uma escultura comum e sem graça. Veja, você tem que ter uma ideia original e diferente do que você quer esculpir, e fazer uma escultura que surpreenda e encante as pessoas. Assim, você consegue fazer uma escultura única e especial, que tenha o seu estilo e a sua marca. — Elogiou Gino, para a felicidade do revolucionário.

No quinto dia, Koko conseguiu esculpir um peixe, mas ficou mais próximo de um atum. No sexto dia, ele conseguiu esculpir uma mão, que ficou parecida com a sua. No sétimo dia, ele esculpiu um leão, que ficou imponente e majestoso.

— Muito bem, Koko. Você conseguiu fazer uma escultura expressiva e significativa, que se parece verdadeiramente com um leão. Você usou bem as suas habilidades de expressão, de comunicação e de corte. Estou muito satisfeito com o esforço e a dedicação que você teve nos últimos dias. Você está pronto para dominar a arte da Escultura. — Garantiu Gino, entusiasmado.

— Sério, mestre? Fico muito feliz em ouvir isso. Irei dar o meu melhor, sempre. — Agradeceu pelos ensinamentos.

Koko tinha aprendido com Gino a arte da escultura e tinha se tornado um escultor. A partir deste momento, ele usaria sua escultura como uma ferramenta para a revolução, criando símbolos e mensagens que deverão inspirar as pessoas a se libertarem da opressão. Ele faria de suas habilidades em escultura uma arma, uma bandeira, uma voz.

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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyQui Mar 07, 2024 7:41 pm



Koko estava feliz com o que tinha aprendido sobre escultura, mas ele queria aprender mais sobre outras formas de arte. — Sabe, meu amigo, eu também tenho a curiosidade de conhecer outras formas de arte e de expressar a minha criatividade de outras maneiras. — Koko observou com atenção todas as esculturas possíveis de Gino nesse tempo em que passaram juntos e notou que elas eram feitas de madeira bruta, maciça e sem pintura. Ele percebeu que essa era uma escolha deliberada de Gino, que talvez quisesse transmitir a ideia de força, resistência e naturalidade, e ele valorizava isso.

Mas Koko também pensou que a pintura poderia ser um elemento que acrescentaria mais vida, cor e contraste às esculturas. Ele imaginou como seria se as esculturas fossem pintadas com cores vivdas e contrastantes, que chamassem a atenção e despertassem o interesse das pessoas. Com o seu conhecimento em psicologia, Koko pensou em como a pintura, aliada às esculturas, poderia influenciar nas pessoas, o quanto poderia reforçar a mensagem da resistência e criar um impacto visual e emocional maior.

— É isso... Eu gostaria de aprender a pintar, Gino. Você pode me ensinar ou conhece alguém que possa me ensinar sobre pintura? — Perguntou Koko, com entusiasmo e admiração.

— Na verdade, eu tenho um nome em mente que pode te ajudar. Ele é um pintor muito talentoso e experiente, chama-se Léo, e ele mora na outra ponta da ilha, perto do farol. — Iniciou. — Ele é um dos líderes dos rebeldes e usa a sua pintura como uma forma de protesto e de resistência. Ele pinta murais, cartazes e panfletos que denunciam as injustiças e as crueldades de Shankar, ele também pinta quadros, telas e retratos que celebram a beleza e a diversidade das ilhas e do seu povo. — Fez uma breve pausa, relembrando um passado melhor. — Ele é um mestre da pintura e tenho certeza que ele pode lhe ensinar tudo o que você quiser sobre essa arte. — Finalizou, com admiração.

— Que interessante, Gino. — Disse Koko, entusiasmado. — Eu gostaria muito de conhecer o seu amigo e aprender com ele sobre pintura. Você pode me levar até ele? — Perguntou, aguardando por uma resposta positiva.

— Claro, Koko, eu posso te levar até ele, mas temos que ser cuidadosos. — Refletiu o escultor. — Shankar não gosta dele e está sempre tentando capturá-lo ou matá-lo. Ele é um dos alvos principais do regente por causa da sua pintura e da sua rebelião. Ele vive escondido e só sai à noite, quando é mais seguro. Ele também muda de lugar frequentemente para não ser encontrado. — Explicou, com cautela.

— Entendo, Gino, longe de mim querer causar problemas. — Considerou Koko. — O que você sugere? — Perguntou. — Vamos esperar anoitecer e vamos sair com cuidado. — Propôs Gino. — Por mim, tudo bem! Vou preparar Ventania Alada para a viagem. — Disse Koko, animado com o cenário que se desenhava.


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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptySex Mar 08, 2024 11:02 pm



O sol começava a se pôr, lançando um brilho alaranjado sobre as fachadas das lojas da vila. Gino estava atrás do balcão de sua pequena loja de arte, cercado por cinzéis, blocos de mármore e esculturas inacabadas que contavam histórias de um tempo mais simples. — É hora de fechar, não apenas por hoje, mas por um tempo que não posso prever. — Ele passou a mão sobre o balcão, sentindo a textura áspera da madeira, e suspirou profundamente.

Em seguida, ele caminhou até a porta, virando a placa de "Aberto" para "Fechado por tempo indeterminado". Seu coração batia com uma mistura de ansiedade e excitação. — Esse jovem... — Koko, o jovem revolucionário, havia reacendido uma chama dentro dele, um desejo de liberdade que ele havia suprimido em nome da segurança e da rotina. — Ele me mostrou que há mais na vida do que apenas vender arte. É hora de viver a arte e lutar por ela. — Disse para si mesmo.

Com a loja agora escura e silenciosa, Gino pegou sua bolsa de viagem, já preparada com o essencial. Ele olhou para trás uma última vez, para o espaço que havia sido seu refúgio e prisão e então fechou a porta com firmeza.

— Estou pronto. Vamos trazer a mudança que nossa ilha precisa. — Murmurou.
— Kikikikiki! — Koko, que já estava esperando há algum tempo com Ventania Alada, mostrou um sorriso de aprovação em resposta, uma assinatura marcante de sua personalidade. — Sabia que você tinha o espírito de um verdadeiro revolucionário, Gino. Juntos, vamos pintar um novo amanhecer. — Acenou, empolgado.

E assim, com a loja de Gino fechada e seus corações abertos para a aventura que os aguardava, eles partiram em direção ao farol, guiados pela luz da esperança e pelo vento da mudança. A ilha era conhecida por seus terrenos variados e eles atravessaram praias de areia fina, trilhas sinuosas através de densas florestas e colinas suaves com vistas deslumbrantes do oceano.

— Você vê, Gino, como as cores do céu se misturam em um balé visual? É como se cada tonalidade estivesse tentando nos contar uma história diferente. — Durante a viagem, Koko usou sua perícia em psicologia para observar e aprender com o ambiente ao redor.
— Bem observado. — Respondeu Gino.
— A arte tem esse poder de nos fazer sentir e pensar, de nos mover em direção a algo maior. — Continuou Koko.
— Exatamente. E é por isso que lutamos. Para que nossa arte possa ser livre como Ventania Alada. — Repercutiu Gino.

Quando finalmente chegaram ao farol, a escuridão da noite já havia se estabelecido e apenas a luz intermitente do farol cortava a penumbra, girando no alto como um farol de esperança e orientação. A brisa marinha carregava o sal e o mistério do oceano até eles enquanto contornavam a cerca de arame farpado que protegia o perímetro.

Chegando ao portão de ferro descrito por Gino, eles se depararam com Rex, o cão guardião, cujos latidos ressoavam como um alarme na quietude noturna. Gino se aproximou, colocando a mão sobre os elos frios do portão e olhou diretamente nos olhos vigilantes do cão.

— Espere, acho que tenho algo que pode servir. — Disse Koko, lembrando-se da ração que carregava com ele para alimentar Ventania Alada. Talvez pudesse usar para ganhar o cão pela sua barriga.
— Não é necessário. — Interrompeu Gino. — Amigos da alvorada. — Prosseguiu, com uma voz firme e clara.
— Amigos da alvorada? O que significa isso?! — Koko não entendeu nada em um primeiro momento.

Era a senha, uma frase escolhida por sua simplicidade e pelo simbolismo do amanhecer como um novo começo, uma nova esperança. Rex reconheceu as palavras e, como se entendesse seu significado, cessou os latidos e recuou, permitindo-lhes passagem.


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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyTer Mar 12, 2024 11:06 pm



Com os últimos metros à frente deles, Koko e Gino avançaram com certo frio na barriga, o que era acrescido pelo som ritmado dos próprios passos e o farfalhar suave da brisa noturna. Rex trotava ao lado deles com sua presença robusta e leal, oferecendo um conforto silencioso, enquanto Ventania Alada pousava no ombro direito de Koko.

Rex, sentindo a proximidade de Léo com seu olfato aguçado, começou a latir com uma energia renovada, não mais como um guardião, mas como um anunciante da chegada de aliados. — Sejam bem-vindos, amigos. — Léo os recebeu com os braços abertos e um sorriso de orelha a orelha. — Gino! Quanto tempo, meu amigo! Nunca pensei que te veria novamente por estas bandas. E quem é este que vem contigo? — Perguntou o anfitrião.

Nesse instante, Gino deu um passo à frente, puxando Koko gentilmente pelo ombro para apresentá-lo a Léo. — Este é Koko. — Começou. — Um membro do exército Revolucionário e um artista com uma visão que transcende a tela, alguém cuja paixão pela liberdade é tão vibrante quanto suas obras. — Disse gentilmente, deixando Koko aparentemente sem jeito.

Léo observou o visitante com interesse, seus olhos refletiam um misto de surpresa e respeito. — Um artista e um revolucionário? Uma combinação rara e poderosa. — Disse ele, estendendo a mão para um aperto firme e significativo.

Com essa oportunidade, Koko pôde reconhecê-lo; Léo tinha um porte robusto, com cabelos castanhos escuro desgrenhados pelo vento salgado do mar e olhos que refletiam a paleta de um pintor, cheios de histórias e segredos. Sua barba por fazer lhe dava um ar de aventura, e suas mãos, manchadas de tinta, eram o testemunho de sua dedicação à arte.

— Koko também tem um coração disposto a lutar contra a opressão do atual regente. Ele está aqui para nos ajudar a fortalecer nossa resistência e a preparar nossos espíritos para a batalha que se aproxima. — Acrescentou Gino.

Enquanto conversavam, Ventania Alada bateu suas asas, talvez por um desconforto momentâneo, atraindo a atenção do anfitrião. — Que criatura magnífica! É uma águia-real, não é? Suas penas têm um brilho incrível sob a luz do farol. De onde ela veio? — Léo não pôde deixar de se maravilhar com a águia.

— Minha ligação com Ventania Alada transcende a mera companhia. Encontrei-a quando era apenas um filhote, frágil e faminta, após uma tempestade violenta ter devastado seu ninho. Desde aquele dia, cuidamos um do outro, crescemos juntos e enfrentamos inúmeras adversidades. — Iniciou, emocionado. — Ela não é apenas uma águia-real; ela é minha irmã de batalhas, minha aliada nas lutas que travamos e um símbolo vivo da liberdade que tanto almejamos. — Koko sorriu.

— História linda, estou muito feliz em recebê-los aqui. — Respondeu Léo. — Peço desculpas, nobre Ventania. Não quis te incomodar. É que não é todo dia que temos a honra de uma visita tão ilustre. — Disse o anfitrião, educadamente. — Então?! Que tal entrarmos para uma bebida quente e conhecer o restante da galera, o que me dizem? — Com um clima amigável e um ar de mistério ainda pairando sobre eles, a dupla seguiu Léo para dentro do farol.


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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyTer Mar 12, 2024 11:41 pm



Com um gesto acolhedor, Léo conduziu Koko e Gino para dentro do farol, onde a luz suave das velas delineava o caminho de pedra. — Este farol é mais do que parece. — Contou com um sorriso enigmático. — É o portal para nossa liberdade. — Descendo uma escada estreita e espiralada, o som do mar foi substituído pelo eco de suas próprias vozes.

Finalmente, o trio chegou a uma porta de madeira maciça. Léo retirou uma chave antiga de seu bolso e a inseriu na fechadura, revelando uma passagem subterrânea iluminada por tochas. — Este é o caminho para o nosso QG. — Explicou ele, enquanto adentravam o corredor que se estendia à frente.

A passagem os levou a uma câmara ampla, onde mapas e planos estavam espalhados sobre mesas robustas e outros membros da resistência trabalhavam com afinco. — Sejam bem-vindos ao coração da nossa luta. — Disse o anfitrião, abrindo os braços para o espaço vibrante. — Aqui, cada um de nós é um pincel na mão da mudança, e juntos, vamos repintar a história da nossa ilha. — Garantiu.

Ao adentrar o QG dos rebeldes, Koko não pôde conter um sorriso largo e brilhante, mesmo diante do cenário sério e carregado de tensão. Seus olhos percorreram o espaço, capturando cada detalhe com a curiosidade de um artista e a astúcia de um estrategista. — Então, este é o famoso QG? Impressionante! Vocês têm aqui uma verdadeira colmeia de atividade revolucionária. Mas me digam, como vocês coordenam as operações sem chamar a atenção dos olhares indesejados? — Questionou Koko, com sua expertise como um revolucionário.

Koko, como um membro do Exército Revolucionário, carrega naturalmente consigo uma vasta experiência de uma organização maior e mais estruturada, conhecida por sua extensa rede de recursos, planejamento estratégico meticuloso e operações coordenadas que abrangem uma ampla gama de atividades, desde a disseminação de informações até ações diretas.

— É verdade! Você é um membro do Exército Revolucionário, Koko. Com sua ajuda, poderemos aprender a organizar melhor nossos esforços, otimizar nossos recursos limitados e ampliar nosso alcance. — Léo se lembrou do que Gino disse mais cedo, sobre a carreira de Koko, e se empolgou com o quanto eles poderiam absorver com ele.

— Pois bem, respondendo à sua pergunta, deixe-me explicar: Cada obra de arte que criamos e exibimos publicamente carrega uma mensagem para os membros da resistência. E quanto à estratégia, bem, é um jogo de sombras e luzes; nos movemos nas sombras para trazer luz à nossa causa. Utilizamos uma rede de informantes e aliados, e cada ação é cuidadosamente planejada para evitar detecção. — Respondeu Léo.

— Espero que tenham um bom plano para a próxima peça deste xadrez revolucionário. E claro, não se esqueçam de incluir um papel para Ventania Alada; ela tem um talento especial para surpreender nossos adversários! — Brincou Koko.

Com Koko procurando interagir com os demais, Gino e Léo se afastaram por um momento, os olhares de ambos pareciam compartilhar o mesmo pensamento. Um sorriso de cumplicidade e satisfação surgiu em seus rostos em um reconhecimento silencioso do acerto na decisão de trazer Koko para o movimento.

— Você tinha razão, Gino. Koko é exatamente o tipo de pessoa que precisamos. Sua energia e paixão são contagiantes. — Sussurrou Léo, longe dos ouvidos de Koko. — Eu sabia. Ele tem o poder de inspirar e unir as pessoas, exatamente o que nossa resistência precisa para prosperar. — Com Koko ao lado deles, sentiam-se mais fortes e mais preparados para enfrentar os desafios que viriam. Era o início de um novo capítulo na história da resistência, e eles estavam prontos para escrevê-lo juntos.


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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyQui Mar 14, 2024 7:50 pm



Na penumbra do QG, Koko foi apresentado a dois membros estratégicos da resistência. O primeiro, um homem de feições severas e olhar penetrante, chamado Marek, manteve uma distância cautelosa. — Então você é o novo recruta? Espero que não esteja aqui apenas para pintar murais de esperança. Precisamos de ações, não de palavras. — Seu ceticismo era palpável e ele observava Koko com uma frieza calculada.

A outra, uma mulher de sorriso caloroso e olhos acolhedores, chamada Elara, estendeu a mão em saudação. Ela, na contramão de seu aliado mais próximo, manteve uma postura aberta e amigável. — Bem-vindo, jovem! Estamos ansiosos para ver como você vai contribuir para nossa causa. — Mostrou.

Após as apresentações, uma breve reunião teve inicio com Léo delineando o cenário sombrio das Ilhas Conomi sob o jugo de Shankar. Mapas e relatórios estavam espalhados sobre a mesa, e a atmosfera era carregada com a urgência da situação. — Shankar e os Piratas da Tempestade têm a ilha em um punho de ferro. A escravidão e os impostos abusivos estão sufocando nosso povo. Precisamos de um plano para libertar as Ilhas Conomi desse regime cruel. — Ele apertou as mãos sobre a mesa.

Koko fez uma breve pausa ante a fala de Léo, absorvendo as informações. — A chave está na união. Precisamos fortalecer nossos laços com a população, pois somente juntos podemos criar uma frente unificada contra Shankar. E com a arte, podemos inspirar e mobilizar o povo a se levantar. — Respondeu Koko, com a confiança de quem já tinha enfrentado tais desafios antes.

Léo então apontou para os locais no mapa onde a resistência poderia potencialmente atacar ou sabotar os esforços dos invasores. — Precisamos desestabilizar a infraestrutura deles, interromper as linhas de suprimento e comunicação. Temos que ser astutos, usar a arte da guerrilha contra eles. — O anfitrião então olhou para Koko, esperando que sua experiência com o Exército Revolucionário pudesse oferecer novas perspectivas e estratégias. — Koko, qual é a sua visão sobre isso? Como podemos usar nossos recursos limitados para causar o máximo impacto? — Perguntou.

A pergunta de Léo fez com que Koko atraísse uma atenção um tanto quanto indesejada, fazendo com que ele ficasse aparentemente sem jeito com tamanha visibilidade. — A eficácia em uma resistência como a nossa não vem do volume de recursos, mas da precisão com que os utilizamos. Devemos identificar e atacar os pontos vulneráveis de Shankar com ações diretas e bem planejadas. Isso inclui sabotagem seletiva de suas linhas de suprimento e comunicação, além de operações psicológicas para minar a moral de seus homens. — Iniciou.

Após um breve descanso para pegar folego, ele continuou. — A arte será nossa arma secreta aqui, servindo como um meio de despertar o espírito revolucionário no povo e como uma forma de comunicação codificada entre nós. Cada ataque, por menor que seja, deve ser estrategicamente planejado para causar o maior transtorno possível, enfraquecendo gradualmente o controle de Shankar e pavimentando o caminho para uma insurreição em larga escala. — Respondeu Koko.

Marek cruzou os braços em resposta. — Palavras bonitas, mas eu prefiro ações. Vamos ver como você se sai em campo amanhã. Se você puder provar seu valor, talvez eu comece a levar suas ideias a sério. — Disse, com um esboço de desdém em seu rosto endurecido pela guerra. Léo rapidamente interveio com uma mão apaziguadora no ombro de Marek. — Tenha paciência, Koko. Nosso companheiro aqui perdeu tudo para Shankar, é compreensível sua hesitação. — Iniciou. — Mas Koko está aqui para ajudar, e ele tem muito a oferecer. — Acrescentou.

Koko acenou com compreensão, dessa vez com um sorriso otimista brincando em seus lábios. — Kikikiki! Eu entendo, Léo. E estou pronto para mostrar que posso fazer mais do que falar. — Garantiu ao seu anfitrião. — Amanhã, Marek, você verá que minha arte e estratégia podem andar de mãos dadas. — Finalizou.


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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptyQui Mar 14, 2024 8:44 pm



Após a reunião, os murmúrios de estratégias e esperanças foram substituídos pelo silêncio da madrugada. A última refeição, servida antes do toque de recolher, consistiu em porções modestas de pão duro e uma sopa rala, onde pedaços de legumes lutavam para emergir na superfície. Era uma refeição que falava mais de necessidade do que de sabor, mas era consumida com gratidão - cada colherada era um lembrete da realidade da luta e da importância da missão que os aguardava.

Após a refeição, um a um dos rebeldes se recolheram às suas camas, com o farol lançando um brilho suave sobre as beliches sempre que completava uma de suas eternas voltas. As camas beliches, dispostas em duas fileiras paralelas, eram feitas de madeira robusta, com colchões finos que mal amorteciam o peso dos corpos cansados. Cada beliche, com sua escada rangente, era um pequeno refúgio para os rebeldes, um lugar para descansar e sonhar com dias melhores.

Koko, deitado em uma cama reservada para ele em um canto mais distante, contemplava o futuro das Ilhas Conomi, imaginando um sistema de educação onde as crianças pudessem aprender sobre a história verdadeira de seu povo, não a versão distorcida pelos Piratas da Tempestade. Ele sonhava com escolas seguras, onde a curiosidade e a criatividade fossem incentivadas, e cada criança pudesse crescer para ser um cidadão informado e engajado na sociedade que estavam lutando para reconstruir

Enquanto isso, Ventania Alada, sua fiel mascote, encontrou repouso em um pequeno nicho acima da porta. Era um espaço justo, mas aconchegante, forrado com retalhos de tecido que os rebeldes haviam coletado. Ali, a pequena águia-real pôde dormir tranquilamente próxima de Koko.

[...]

A escuridão ainda envolvia o QG quando os primeiros sinais do amanhecer começaram a se insinuar no horizonte. Os rebeldes despertaram, um por um, com o som suave do mar ao fundo servindo como um despertador natural. As horas de sono haviam sido poucas, mas a urgência de sua causa os impulsionou para fora das camas.

O café da manhã era uma continuação da simplicidade da noite anterior: algumas fatias de pão e uma panela de mingau aguado, cozido sobre um fogareiro improvisado. Todavia, isso não os impediu de se reunirem em torno da refeição modesta, compartilhando o alimento e a determinação silenciosa de enfrentar mais um dia na luta pela liberdade das Ilhas Conomi.

Para alimentar Ventania Alada, Koko retirou um pequeno saco entre seus pertences, contendo a ração que ele sempre guardava consigo. — Está gostoso?! Preciso de você forte para a labuta de hoje. — Com gestos suaves, ele ofereceu o alimento à sua fiel companheira, que grasnou suavemente em agradecimento, bicando as sementes e grãos com apetite.

Em meio a essa cena, Léo, o líder da expedição, começou a deliberar com o grupo em torno da mesa com uma série de mapas desgastados. — Hoje, nossa missão nos levará ao coração do território inimigo. — Começou, com uma voz firme cortando o silêncio matinal. Voltando-se para Marek, Léo continuou. — Marek, você fará dupla com Koko. — O pedido foi recebido com um franzir de sobrancelhas por parte de Marek, que hesitou, claramente desconfortável com a ideia. — Eu trabalho melhor sozinho. — Murmurou, cruzando os braços.

Koko, por outro lado, sorriu amplamente. — Vamos fazer isso. — Ele disse, batendo nas costas de Marek com entusiasmo. — Deixe de modéstia, meu amigo. Juntos, somos mais fortes. — A reação de Marek suavizou um pouco diante do otimismo de Koko e, embora ainda reservado, ele acenou com a cabeça, aceitando a parceria.

— Vocês dois irão para a vila de pescadores ao norte. — Continuou Léo, entregando-lhes um mapa detalhado da área. — Precisamos saber tudo sobre os movimentos dos Piratas da Tempestade e encontrar aliados entre os locais. — Com o grupo agora plenamente ciente de suas tarefas, eles se prepararam para partir, cada um carregando a esperança de que o dia traria um passo a mais em direção à liberdade.


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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptySáb Mar 16, 2024 7:08 pm



Sob um céu que ameaçava desabar a qualquer momento, Koko e Marek avançaram para a região norte, conforme as instruções de Léo. O vento frio carregava consigo o cheiro de chuva iminente e o horizonte era uma tela de tons de cinza. Marek caminhava com passos firmes e uma postura rígida refletindo a relutância com aquela parceria. — Não precisamos fazer isso juntos. — Disse, mais para si mesmo do que para Koko. — Eu posso lidar com isso sozinho. — Insistiu.

Koko, por sua vez, mantinha um sorriso tranquilo. — Marek, meu amigo. — Ele disse com uma voz calorosa. — Não estamos apenas compartilhando uma missão, estamos construindo um futuro. E nesse futuro, cada um de nós é uma parte importante. — As palavras de Koko, embora simples, carregavam um peso que Marek não podia ignorar.

Talvez essa melhora na relação de ambos tenha contribuído também para a melhora do clima. À medida que o sol começou a se destacar, deixando o cenário de antes em segundo plano, pintando o céu de tons suaves de rosa e laranja, Koko e Marek já estavam a postos, observando a vila de pescadores despertar para mais um dia de trabalho árduo.

— O dia promete uma boa pescaria, não acha, Marek? — Disse Koko, olhando para o horizonte. — Com certeza, mas estamos aqui para pescar informações, não peixes. — Respondeu Marek, com um sorriso discreto. Eles então entraram na vila sem chamar atenção, cumprimentando os moradores com acenos de cabeça e sorrisos amigáveis. Os Piratas da Tempestade, ocupados com suas próprias tarefas, mal notaram os dois novos "pescadores" que se juntavam à comunidade.

Muito rapidamente, Koko avistou um grupo de pescadores lutando para empurrar um barco pesado para o mar. Sem hesitar, ele se aproximou, colocando suas mãos na lateral do barco e empurrou com toda a sua força. Ao seu lado, um morador robusto, com marcas do sol no rosto, notou o esforço sincero de Koko.

— Obrigado pela ajuda, amigo. Não é todo dia que vemos um novo rosto por aqui disposto a suar antes mesmo de pegar um remo. — Exprimiu o morador, com um aceno de aprovação. — O mar não espera por ninguém, e um bom dia de trabalho começa com a maré. Meu nome é Koko e estou aqui para o que precisar. — Koko sorriu enquanto enxugava a testa. Sim, aquele breve esforço havia sido o suficiente para fazê-lo suar.

— Prazer, Koko. Eu sou Luca. Você parece saber o que faz. Já pescou antes? — Apresentou-se o morador. — Já estive em muitos mares e conheci muitas marés. Mas cada vila tem seus segredos, e estou ansioso para aprender os daqui. — Nesse instante, Koko observou uma fileira de baldes desorganizadas e pensou que poderia entregar mais para aquele homem.

Marek viu Koko se misturar entre os pescadores com uma facilidade que só poderia vir de anos navegando por mares turbulentos e portos estrangeiros. — Bem jogado, garoto. — Pensou consigo mesmo. Mas Marek sabia que não podia se dar ao luxo de ficar parado admirando o trabalho de Koko, pois havia outras frentes na vila que precisavam ser desvendadas. Com um aceno de cabeça para si mesmo, Marek se afastou de Koko e os pescadores, seguindo um caminho paralelo à praia.

Com o barco agora navegando pelas ondas, Koko se virou para Luca, que enxugava o suor da testa após o esforço conjunto. — Luca, por que não cuidamos desses baldes? Parece que eles poderiam ser organizados melhor para a próxima vez. — Koko apontou para os baldes espalhados. — É verdade, Koko. Essa é uma daquelas tarefas que sempre deixamos para depois. — Respondeu Luca, olhando em volta.

Juntos, eles começaram a empilhar os baldes, enrolar as cordas de forma ordenada e arrumar as ferramentas deixadas na areia. Era um trabalho simples, mas que falava muito sobre o caráter de Koko aos olhos dos moradores. Ele não estava ali apenas para as tarefas grandes e heroicas; ele estava disposto a sujar as mãos com o trabalho cotidiano da vila.

— Você tem um bom coração, Koko. Não é todo dia que encontramos alguém tão disposto a ajudar. — Agradeceu Luca, com um sorriso grato. — Nós somos todos parte do mesmo mar, Luca. Hoje eu ajudo você, amanhã você me ajuda. — Complementou Koko.

A simplicidade do gesto de Koko não passou despercebida e logo outros moradores se juntaram a eles, formando uma pequena equipe de trabalho. E assim, com cada balde arrumado e cada corda enrolada, Koko tecia sua presença na trama da comunidade.


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MensagemAssunto: Re: [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade   [Auto/Fechada] A Jornada de Koko pela Liberdade EmptySáb Mar 16, 2024 7:25 pm



Sob a sombra acolhedora de um quiosque à beira-mar, Koko e Luca se sentaram com dois cocos gelados em mãos. O suor de um dia exaustivo de trabalho ainda brilhava em suas testas e impregnavam suas roupas. O barulho suave das ondas se misturava às risadas e conversas dos moradores, criando uma melodia relaxante.

— Nada como um coco gelado depois de um dia como este, hein, Luca? Dizem que a água de coco renova as energias. — Disse Koko, dando um gole no coco.

— É verdade, jovem. E depois de um dia como hoje, precisamos de toda a energia que pudermos conseguir. — Luca sorriu.

Houve uma pausa confortável, enquanto ambos apreciavam a brisa marinha. Koko, então, lançou um olhar pensativo para o horizonte antes de voltar sua atenção para Luca.

— Luca, você vive aqui há muito tempo, não é? Deve ter visto muita coisa mudar com a chegada desses Piratas da Tempestade. — Koko começou a introduzir suas dúvidas estratégicas.

— Ah, sim. Eles trouxeram mais do que tempestades para nossa vila. Os horários de trabalho, as rotas de pesca… tudo teve que ser ajustado para evitar conflitos e de acordo com o interesse deles. — Respondeu Luca, com um suspiro.

— E como eles operam? Quero dizer, eles têm horários específicos para patrulhar ou algo assim? — Prosseguiu o revolucionário.

— Eles são previsíveis, até certo ponto. Trocam de turno ao meio-dia e à meia-noite. Mas o que realmente nos preocupa são os informantes… nunca sabemos quem está trabalhando para eles. — Informou o morador.

— Entendo. E como os moradores têm lidado com isso? Há alguma forma de comunicação entre vocês para ficarem um passo à frente dos piratas? — Acenou Koko, com compreensão.

— Temos nossos métodos, mas é arriscado falar sobre isso aqui. O que posso dizer é que nos adaptamos, como o mar faz com as rochas. — Mostrou Luca.

Enquanto Luca compartilhava os detalhes com Koko, um homem de aparência severa, que estava sentado sozinho no outro lado do quiosque, lançou um olhar penetrante em direção a Koko. Seus olhos estreitos e a postura rígida indicavam uma desconfiança que não passou despercebida.

— Veja, é disso que estou falando. Aquele ali é o Armando, um dos poucos que nunca se mistura com o resto de nós. Ele sempre parece estar observando, anotando quem fala com quem. — Notou Luca, desviando o olhar e baixando a voz.  

— Entendi. É sempre bom saber quem são os olhos e ouvidos dos piratas. — Koko assentiu, agradecendo mentalmente por cada informação que Luca compartilhou com ele. Ele sabia que cada detalhe poderia ser a chave para ajudar na missão de desvendar os planos dos Piratas da Tempestade e fortalecer a resistência da comunidade.


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