
How well you walk through the fire

Presenciava uma técnica deselegante, com movimentos bruscos e sem nenhum refino, mas, mesmo assim, não podia negar que os movimentos exagerados do segurança, que girava em torno de seu próprio eixo, eram eficazes. Não havia chegado até aquele ponto para sair de mãos vazias e seria extremamente incômodo carregar um cofre enquanto um peão assassino lhe perseguia, precisava lidar com esse incômodo o mais rápido possível.
Continuaria em movimento, evitando as giradas mortais enquanto buscava criar distância entre si mesmo e esse adversário. Observaria o homem por alguns instantes, para tentar identificar um padrão em seus movimentos. Se notasse que a espada sempre girava em uma altura elevada, acima da linha da cintura, começaria a correr em direção a esse oponente e, quando estivesse próximo a entrar em seu alcance, dobraria os joelhos enquanto jogava o peso do corpo impulsionado para frente e arqueava as costas para trás, esperando dessa forma deslizar pelo chão do lugar enquanto passava por um dos lados do segurança.
Sendo capaz de executar esse movimento, usaria essa janela de oportunidade para desferir cortes gêmeos com suas duas lâminas enquanto deslizava, buscando acertar as pernas de seu alvo na altura do joelho, girando seu troco na hora da execução do golpe, visando assim causar um maior impacto. Após a tentativa de ataque, se levantaria rapidamente e, se o oponente estivesse caído, saltaria ferozmente sobre ele, cravando as duas espadas em seu corpo, visando findar sua vida.
No caso de julgar esse curso de ação como sendo imprudente, Lyosha continuaria se afastando até ser capaz de alcançar um pilar, nesse momento, encostava as suas costas no mesmo e tentaria tornar o pilar invisível, em sequência, abandonaria a sua própria invisibilidade, aparecendo finalmente para todos os presentes, mantendo, entretanto, seu par de armas ainda invisível. – Vocês são lentos demais, mal conseguem me ver. – Declararia em um tom misto de crítica e sarcasmo, enquanto se portava de forma a parecer propositalmente desleixado e inofensivo. – Deviam se esforçar um pouco mais. – Afirmaria, com um sorriso debochado no rosto, esperando atrair ao menos a atenção do homem-peão.
Esperava que o homem começasse a avançar em sua direção, se fosse o caso, permaneceria parado até que ele estivesse próximo e prestes a desferir um golpe, nesse momento, faria uma finta, esboçando um movimento de esquiva em um direção, ficando invisível em seguida e realizando rapidamente o movimento contrário, por exemplo, se demonstrasse que iria esquivar saltando para o canto superior direito, na verdade, deslizaria para o canto inferior esquerdo. Obviamente, faria o movimento mais apropriado para esquivar do ataque em questão, mas, ao movimentar-se, ainda deixaria a pilastra invisível pelo tempo que conseguisse, esperando que seu inimigo a golpeasse e ficasse vulnerável, nesse instante, buscaria contra-atacar.
Aproveitando a abertura, cruzaria os braços enquanto os levantava e tentaria executar um corte diagonal duplo de cima para baixo no tronco do segurança, cravando assim um “x” na carne de seu oponente ao descruzar os braços. Ao fim desse movimento, aproveitaria a posição de suas lâminas e faria com que elas buscassem o corpo do segurança mais uma vez, executando mais um corte diagonal duplo de cima para baixo, buscando dessa vez dilacerar as coxas do mesmo em um movimento de fora para dentro, contrário ao corte anterior.
Quando ficasse visível pela primeira vez, tentaria ficar atento aos atiradores, pronto para se jogar ao chão para tentar se desviar de um tiro se fosse necessário. Tendo conseguido lidar com o segurança-peão, ficaria invisível mais uma vez se tivesse se revelado, e começaria a dirigir-se furtivamente em direção aos guardas que tentavam extinguir o fogo. Usaria as mesmas estratégias de anteriormente para tentar lidar com eles sem ser sobrepujado, buscando atacar de forma selvagem aqueles mais distraídos ou compenetrados na missão de abafar o incêndio.
Esporadicamente, olharia para o homem-peixe que liderava aquele grupo e, se o observasse fazendo aquele movimento estranho novamente, permaneceria parado como uma estátua se fosse possível, já que aquilo parecia já ter funcionado uma vez.