Koji
Aquela criatura pequena
minúscula mostrava uma inteligência acima das suas proporções, está bem, sei que tamanho não tem relação com o intelecto, só queria zoar a altura do Koji de novo. Enfim, usando toda sua sagacidade encontrou as chaves que tanto procurava. Entretanto, enquanto esperava um amontoado grande de chaves, encontrou apenas um pequeno molho com cerca de 13 chaves. Algumas delas estavam marcadas, fazendo referência aos quartos vistos por ele naquele corredor de antes, agora as outras – cerca de quatro – acabavam por não ter nenhuma sinalização. Ao buscar pela chave do cômodo, encontrou com facilidade e rapidamente saiu, mantendo o corpo sem vida trancado em seu interior.
Já do lado de fora, o Mink ponderou suas ações. Optando por agir de forma mais direta, indo até o lugar onde era certeza encontrar o seu alvo, já que em algum momento daquele dia, o homem iria ao escritório. Seus passos foram velozes, mas, diferente do esperado, eles não faziam um barulho sequer, mostrando as habilidades furtivas que o pequeno possuía. Talvez fosse sua altura, peso ou a junção de tudo aquilo com alguma técnica adquirida em seu passado sombrio, estava clara a experiência daquela figura esverdeada. Ao chegar próximo à escada, voltou a cogitar todo o seu planejamento, pontuando a dificuldade que teria para se manter escondido naquela região. A escada tinha o formato em espiral e era larga, larga o bastante para que três de Harvey pudessem deitar sem nenhum problema. A iluminação era precária e algo estava perceptível para o Ornitorrinco, aquele problema na iluminação não era por conta de uma degradação dos pontos de luz, parecia ser um problema na própria fiação –
Joe, você ainda vai demorar? – Ele escutou a voz máscula vindo dos andares superiores –
Não, por aqui já acabou. Precisamos subir e ver na caixa central, pelo jeito teve algum curto que queimou a maioria dos fusíveis. – Respondeu outra voz, masculina, um pouco mais fina que a primeira, aparentando ter vindo de alguém relativamente mais jovem.
Harvey escutou o som metálico das ferramentas usadas pelo homem e em seguida um som pesado, como se o rapaz estivesse fechado um caixote. Não demorou para ele escutar o som dos passos pesados daquele homem, indo em direção aos andares superiores daquele prédio. O Ornitorrinco definiu duas opções: subir pelas escadas com cautela ou procurar novamente pela tubulação de ar. Para sua infelicidade, a opção mais segura se tornava inviável, já que a nula existência dos tudo, impedia toda aquela linha de ação que seria tomada. Tomado pelas cautela e extraindo todo o poder da sua Furtividade, subiu pelas próprias escadas, notando que a cada andar novo, mas muito diferente era encontrado: portas e corredores. A única diferença real entre os andares era o luxo, que também não era tão significativo assim, porém, dava para perceber algumas características mais refinadas na arquitetura.
Ao chegar no último andar ele realmente teve uma surpresa, aquele espaço era totalmente diferente dos anteriores. Não existiam quartos, apenas um cômodo de grandes proporções, onde a porta vermelha mostrava toda sua magnitude. No extremo direito do lugar existiam duas mesas de sinuca, alguns metros depois dela – próximo às janelas – um grande sofá que aparentava ser extremamente confortável, cercava uma pequena mesa de centro, com adornos em ouro presos na estrutura de madeira acinzentada. Por último, um grande balcão de madeira vermelha cercava um amontoado de bebidas, parecia ser uma espécie de bar. Harvey percebia que às duas vozes escutadas anteriormente vinham de duas pessoas com trajes iguais, indicando serem de alguma empresa de energia e/ou manutenção. Ambos estavam fuçando a caixa central, presa a um pilar no canto esquerdo da sala, próximo ao escritório do Viking. Falando nele, um brutamontes estava firmado em sua porta, usava um terno comum e uma expressão enfezada em sua face –
Amigo, pode ajudar aqui? Tá difícil de puxar... – Disse o homem mais velho.
O grandão relutou por alguns segundos –
Você vai querer que eu chame o Viking até aqui, ele tenha que subir toda a escadaria resmungando e acabar vendo que é algo que você poderia fazer e poupá-lo desse cansaço? – Continuou o falatório a figura mais velha, vencendo o grandalhão com aquele argumento. Harvey podia notar algo estranho no olhar daquela dupla, já que no momento em que o homem mais velho mostrava onde o armário deveria puxar, o segundo e jovem homem puxava da maleta, uma espécie de fio. Em um movimento rápido ele pulou, passando suas mãos pelo pescoço do segurança, prendendo o fio em sua garganta e colocando seus pés na lombar do homem, puxando-o para trás. No momento da queda, ele usou o terreno onde seus pés tocavam para dar um pequeno impulso, colocando seus pés nos ombros do homem assim que seus corpos tocaram o chão, puxando com selvageria o fio enrolado no pescoço do rapaz. A cena seguinte era capaz de chocar Harvey, se ele não fosse quem ele é: uma espécie de carga elétrica percorriam a extensão do fio, esquentando o mesmo só ponto de cortar com facilidade a garganta do homem, finalizando com o total descolamento da cabeça do pescoço do homem –
Agora precisamos ser rápidos, deixe ele comigo e tente entrar no escritório. – Falou o homem mais velho.
O jovem rapidamente partiu, puxando do bolso um pequeno “item” que usava para tentar arrombar a fechadura, porém, ele estava tendo dificuldade. O velhote puxava o corpo do homem para o canto, colocando sentado atrás de uma das pilastras que seguravam toda aquela estrutura. Antes que pudesse ter uma noção maior do que tudo aquilo se tratava, Harvey escutava alguns sons vindo dos andares inferiores, parecia que alguém estava subindo. O que ele faria? O velho dividia sua atenção entre observar o trabalho do mais novo e vigiar as escadas, o que trazia dificuldade de movimentação para o Ornitorrinco. Não demoraria mais que alguns segundos para quem estivesse subindo alcançar aquele andar.
Liebe
O Bovino se manteve atento às questões tratadas no diálogo entre o trio, mantendo a razão à frente de qualquer sentimento, já que era claro que Liebe não era um herói. As palavras do homem foram ignoradas pela dupla horrenda, diferente de Brienne, que sorria ao ouvir as palavras –
Gosto de pessoas proativas, mesmo que talvez, não seja esse o caso, não é? Ah! Que seja! – Disse de modo um pouco confuso, quiçá faltavam alguns parafusos em sua mente –
Você quer essa tralha suja? Pode ficar! É um presente da Brienne para você. – Naquele momento a postura da menina mudou, a expressão sorridente sumiu, assim como o “cuidado” que tinha em suas palavras –
VAMOS SEUS IMUNDOS, NOJENTOS. – Gritou enquanto dava uma tapa na face do felino humanoide, este estava de pé com dificuldades, mas ainda sim, se esforçava para que não tivesse sua vida ceifada naquele momento –
PEDAÇOS DE MERDA! ANDEM PORRA! – Berrava furiosamente a pequena figura.
Como dito anteriormente, Liebe não é um herói. Talvez em outras circunstâncias ele pudesse agir de maneira diferente, mas naquele momento ele estava imerso em um mar de dejetos humanos, envolvido em um grande intestino fedorento, que piorava com a presença do leproso –
PELO AMOR DE DEUS! QUE FEDOR DE MORTO DO INFERNO, CARALHO! DESGRAÇA! – A garota literalmente gritava ao ponto das veias saltarem pelo seu pescoço e testa. Enquanto o Bovino tirava a primeira vida naquele ambiente, o leproso já estava em sua quarta ou quinta morte, exalando um sadismo singular. O Boi foi responsável pela morte de mais três, tendo um total de onze mortes naquele recinto e oito conseguiram sair com vida, incluindo alguns animais –
VOCÊS ESTÃO ENCONTRANDO UMAS MERDAS ESTRANHAS E FRACAS! OLHA ISSO. – Berrou a menina segurando uma pequena criança azulada, suas guelras sangravam –
Eles não aguentam um apertãozinho. – Resmungou a menina apertando com ainda mais força, fazendo seus dedos rasgarem o pescoço do pequeno homem-peixe, causando a sua morte instantânea.
Aqueles que conseguiram ficar de pé, foram colocados em fila na direção da saída do lugar. O leproso montou em um dos animais que estavam por ali, um Tigre que visivelmente não estava em suas melhores condições, era possível ver suas costelas e os ossos do seu corpo, na verdade, não sei nem como ele tinha forças para caminhar e aguentar aquele pedaço de merda em cima dele –
Pare de brincar! Idiota! Não faça isso com ele. – Falou a menina de maneira totalmente diferente, sua expressão raivosa havia sumido, dando lugar a face serena de antes –
Calma, você lutou bem por aqui. Não vou fazer isso com você, pode descansar. – Disse acariciando o animal e abraçando o seu pescoço, entrelaçando seus dedos no outro lado e forçando o seu pescoço. O som da morte do animal foi simples, como um osso de galinha sendo quebrado, ele foi ao solo em seguida.
–
Vamos, todos andando. Grandão, vá na frente. – Apontou para o início da fila. Se em algum momento existisse uma recusa por parte de Liebe, a garota simplesmente apontaria para o leproso ir na frente e assim ele faria. De qualquer modo, todos começavam a caminhar, saindo da sala e passando pela lateral daquela arena. Um extenso corredor – assim como o anterior – mostrava suas caras, sendo iluminado pelas tochas que queimavam incansavelmente. Diferente de antes em determinada parte daquele corredor, o odor aumentava ligeiramente –
Não limparam isso ainda? Eles vão se ver comigo! – Disse a garota observando uma espécie de cova, porém, na parede. Pelo estado dos corpos eles não morreram há muito tempo, alguns deles estavam com marca de garras em seu corpo, outros tiveram seus rostos transformados em papa, misturados com a massa encefálica de seus crânios –
Precisamos encontrar mais pessoas, já que os Shows estão ficando cada vez maiores. Só ontem foram dez mortos e temos pouca gente hábil. – Bradou a criatura de braços e pernas longas, girando uma espécie de manivela, responsável por abrir uma grande porta de madeira no final do corredor.
Os raios solares invadiram com ferocidade o corredor, obrigando os sobreviventes a levarem suas mãos de forma que cobrisse seus rostos –
Muito tempo sem ver o sol né pessoal? – Riu a garota após sua fala, nitidamente achando toda aquela situação engraçada. Porém, eles não estavam ao ar livre. Na verdade, a luz vinha de uma espécie de duto com grandes proporções, logo abaixo dele, alguns tanques estavam repletos de lixo –
Que nojo! – Bradou a menina mandando que eles continuassem a caminhar. O lugar era extenso, o corredor continuava e parecia não ter fim – [color=#FEC197]Vamos virar aqui.[/b] – Disse a criatura na dianteira – Braços longos —, quebrando para direita e seguindo novamente por outro corredor de comprimento anormal.
No fim das contas, o grupo passou alguns minutos caminhando, até que chegaram a outra porta. Essa era diferente, ao invés de madeira, ela era feita de metal e para abrir foi necessário a força do homem de membros desproporcionais –
Bem vindos a sua nova casa. – Disse a menina com um sorriso largo no rosto. Liebe pode notar uma semelhança com a estrutura anterior, a arena era um pouco maior, assim como as arquibancadas ao redor, tendo a capacidade para suportar o dobro de pessoas. O lugar era bem iluminado, contudo, naquele momento as luzes estavam piscando, mostrando ter talvez alguma falha nos circuitos internos do lugar –
Brienne! Bem-vinda, o que achou de tudo isso? – Falou um homem alto, tatuado e com barba e cabelos amarelados –
Viking! É, ficou legal, só essa que está ruim não é? – Disse a menina –
Estamos com um pequeno problema, mas já está sendo resolvido. - Enfim, vamos acomodar nossos visitantes. – Falou o homem com um sorriso no rosto –
E quem é esse? Um novo membro da sua gangue? – A entonação diferente indicava um certo deboche por parte do homem –
De qualquer maneira, homens! Levem o pessoal até os quartos de luxo. – Ordenou a figura.
Alguns homens surgiam de uma porta metálica nas proximidades, puxando e empurrando as pobres almas que estavam presas naquele mundo sombrio –
Viking, precisamos conversar. Podemos ir a algum lugar privativo? – Questionou a menina com um olhar sério –
Podemos, mas “ela” não vai aparecer não né? Você sabe que temos nossas rusgas. – Respondeu o homem, tendo uma gesticulação afirmativa por parte da menina –
Grandão, teremos uma luta hoje a noite. Se quiser pode voltar aqui, terá dinheiro e tudo mais. Agora pode ir, vocês dois também! – Falou a garota. Rapidamente a dupla seguia por caminhos diferentes, assim como Brienne e Viking. Antes que Liebe estivesse de fato sozinho, um homem grande e careca surgia ao seu lado –
Por aqui, senhor. – Disse a figura apontando em direção a uma escada na lateral da arena, que levaria para o andar superior daquele lugar.
Se por acaso Liebe seguisse por ali, seria levado a um corredor não muito grande, onde existia um número considerável de portas. O som dos gemidos, das rapaz e das cabeceiras das camas se chocando contra a parede, soavam como música nos ou idos do Bovino. A iluminação do lugar tinha tom avermelhado e continuava irregular, pela fresta entre a porta e o chão, uma espécie de fumaça escapava dos quartos. O homem de antes indicava para que Liebe continuasse caminhando pelo corredor, até chegar à área principal do lugar, onde contava com um número considerável de pessoas. O lugar era grande, logo na parte frontal era possível ver um vidro fumê, que impedia a passagem total dos raios solares do lugar. A passagem não estava totalmente livre, já que uma cortina grossa cobria grande parte daquela janela.
Algumas mulheres e homens dançavam no colo de terceiro, os dançarinos usavam trajes semelhantes, em tons vermelhos e que cobriam apenas as genitálias dos mesmos, isso é, de alguns deles. Alguns homens estavam despidos, rodopiando seus membros em movimentos sensuais, esfregando seus corpos em outros homens e mulheres, assim como as damas, que faziam as mesmas coisas –
Oi, aceita uma bebida? A primeira é de graça. – Bradou uma mulher extremamente bela e ruiva, ela estava em pé atrás do balcão denso de maneira, segurando um pequeno copo com uma mão e uma garrafa de uísque na outra
- Histórico:
- Harvey:
Posts: 09
Dinheiro Atual: 3.765.000 B$
Ganhos:
Cacho de Uva - 02/10 Usos - POST 01
4.000.000B$ - Qualidade Abastado - POST 01
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1.200.000 B$ - 2x Adagas - POST 03
500.000 B$ - Compra das Granadas e Binóculos - POST 05
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Ganhos:
Correntes Enferrujadas - 3m de Comprimento - POST 03 (Dele) - 09 (Narrador)
Perdas:
Nada
- Log de Combate:
KojiHP ATUAL: 3.200
Ferimentos:
Nada
Danos:
Nada
LiebeHP ATUAL: 7.320
Ferimentos:
Nada
Danos:
Nada
- Legenda:
Personagens aleatórios: Civis, comerciantes e etc
Dupla Estranha
Viking
Aparências
Viking
Ruiva
Garota - Liebe
Jovem - Joe - Koji
Velho - Koji