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I - Juros Simples

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Kenshin
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Kenshin
Desenvolvedor
I - Juros Simples Seg maio 10, 2021 10:00 pm
Relembrando a primeira mensagem :

I - Juros Simples

Aqui ocorrerá a aventura dos(as) Civil Bjarke Hallet Flamesguard e Luc De Marc Thibaut Lavoie. A qual não possui narrador definido.


I - Juros Simples - Página 2 Tenor

Shinra Kishitani
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Shinra Kishitani
Re: I - Juros Simples Qui maio 20, 2021 11:53 pm






4° Delírio

Acho que chamar a cena de caótica seria pouco, já que a minha tensão se acumulou na presença de um cenário que parecia tomar vários tons de uma vez só. Quase que como pincelada sobre pincelada, a recepção a gritos fornecida pela moça de cabelos castanhos me despertava como um alarme desregulado, logo em seguida sendo sobreposto pela apresentação cordial do rapaz que parecia trabalhar no local. Em meio à cena controversa, tudo que me restava era tentar absorver elemento por elemento, enquanto quase que oniricamente ouviria os palpites das diversas vozes enquanto me distrairia com o som da chuva.

Não há lugar melhor para começar do que a recepção, recepção esta que havia consistido em um grito estonteante da moça de cabelos castanhos. “Nossa, mas que megera” esbravejava Shiva conforme eu me tremia com o timbre da exclamação. “Céus, que recepção...Calorosa” eu pensava logo após adentrar no local. O ambiente me parecia vasto para uma funerária, mas não que eu tivesse experiências prévias com as ditas “lojas pra gente morta”. Por algum motivo eu imaginava um lugar apertado, com o tom cadavérico próprio do interior de um caixão. Mas a suposta presença de um segundo andar e de um porão me davam certo ar de conforto, quase como uma esperança de que não estava confinado a apenas uma saleta frequentada por viúvas, órfãos e defuntos.

A moça parecia ter se acalmado com a minha oferta de cigarro, embora tivesse recusado o fumo. Enquanto o rapaz me aparentava sensato ao aceitar a oferta, de forma que eu me prestaria à gentileza de acender seu cigarro. A conversa subsequente deixou claro que a mesma dívida parecia estar sendo cobrada tanto por mim quanto pela moça, o que no mínimo levantaria suspeitas razoáveis sobre a situação em que eu havia me metido. “Ela deve trabalhar em conjunto conosco, não? Se ela está cobrando a dívida de Salvatore, então estamos do mesmo lado” Vishnu me orientava, tentando evitar que Brahma ou Shiva me carregassem em direção a seus planos e teorias excêntricas. Eu me decidia que a partir daquele ponto trabalharia junto com a moça, mesmo que ela não estivesse sido citada pelos homens do carro. A escolha se dava mais pelo desconforto em trabalhar sozinho do que de fato por confiar na moça, já que ao menos ela parecia saber o que estava fazendo. Afinal eu, um suposto cobrador, munido de um canivete, estava tão protegido quanto um soldado armado com palitos de dente.

Outro ponto da conversa que me estremeceu foi a menção da garota de cabelos azuis, momento em que outra disputa se fundou em minha consciência. “Conta pra ele logo, isso te dá alavanca para conseguir o dinheiro” argumentava Shiva. “Não faz isso, você quer mesmo usar de uma tática tão suja para conseguir dinheiro para estranhos?” clamava Brahma. Naquele instante eu me questionava do quão longe estava disposto a ir a fim de cumprir ordens de homens que eu havia conhecido a apenas alguns minutos, e chegava à conclusão de que não iria tão baixo apenas para conseguir o dinheiro por desespero. Não era do meu feitio fazer algo tão desesperado quando havia outras possibilidades a serem exploradas, principalmente com a moça de cabelos avermelhados se mostrando como um recurso útil. “Não, não sei de nenhuma moça de cabelos azuis” escreveria a mentira no caderno e a mostraria para Dante.

Meu plano de ação era simples, e finalmente meus interesses haviam se alinhado com os de Dante. “Sim, sem problemas, vamos falar com Salvatore. Sem dúvidas há uma forma de resolver isso sem mais confusão” rabiscaria rapidamente em meu caderno, expondo a frase para todos presentes no local. Após ouvir a declaração da moça sobre a recepção de sua tarefa, escreveria no caderno a fim de justificar meu lado: "Alguns capangas do Salvatore me deixaram a tarefa e me trouxeram de carro até aqui. Pode ser um erro de comunicação. Mas é melhor resolvermos isso com os superiores”. Pouco a pouco minha confiança ia a ruína, e tudo que eu podia pensar em fazer era manter a compostura na situação. Anotaria uma última vez no caderno antes de me retirar do local: “Eu vou com ela, fica a seu cargo decidir se vai ficar aqui ou ir conosco”. Em seguida me convidaria forçadamente a seguir a moça, quisesse ela ou não, a acompanhando até seu destino. Era quase como se eu fosse um animal assustado com as proporções que meu primeiro dia de liberdade podiam tomar.



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Jean Fraga
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Jean Fraga
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Re: I - Juros Simples Seg maio 24, 2021 4:00 pm


1 - Juros Simples


- Bjarke / Catherine / Luc -

O céu parecia cair enquanto dentro da funerária eles não pareciam avançar muito na conversa, Bjarke podia pagar aquilo e quitar sua dívida, porém o mar de possibilidades e o sumiço de sua amada faziam ele guardar o dinheiro.

Toda aquela situação para Catherine não fazia sentido, quem era esse homem mudo cujo cobrava pela mesma pessoa que ela e no mesmo estabelecimento? Além da informação sobre Dante ser um bom pagador parecer ser mentira.

Agora imagine como estava a cabeça de Luc com tudo isso? Diferente da mulher, ele tinha informações sobre a garota de cabelos azuis, mas mantinha o silencio, usar disso como uma vantagem não parecia certo.

Com a atitude firme de Hallet, ele abria a porta para os agiotas, nada foi resolvido e nenhuma informação foi ganha por parte do homem, ao fundo um raio caia e junto da sua luz, Flamesguard se recordava de algo, dois carros passaram pela frente da sua casa logo quando Fleur se foi, além disso, ele lembrava o motivo de ter dormido do lado de fora.

A garota anteriormente, um pouco nervosa o prometeu que resolveria algumas coisas, porém que logo voltaria, pedindo-o que a esperasse do lado de fora, em seguida, estes dois carros passavam e mesmo esperando por horas, ela não voltou, o jovem, acabava por cair no sono.

Voltando a realidade, podia ver tanto a mulher quanto o mudo, aos poucos se retirarem do local, diferente de Bellerose, De Marc o convidava para ir de encontro com Salvatore também, fechando a funerária, Bjarke seguia com os dois.

O trio parecia não se importar com chuva, visto que mesmo com a forte chuva, eles iam em direção ao Mazzafiato, que não muito tempo depois chegavam.

Em frente a porta e abaixo de um toldo, dois homens ficavam a porta, — Bem vinda de volta Catherine... esse dois estão com você? – apontava para os jovens atrás dela.

Eles entravam no local, das oito mesas, seis estavam cheias, todos presentes ali focavam seus olhares nos dois homens encharcados assim como em Catherine, logo o gerente se aproximava e dizia, — Catherine! Quem são esses dois com vocês e por que todos vocês estão molhados?! Venham! – Ele parecia nervoso com algo.

Chamando os três até os fundos, ele diria, — Usem essas roupas até que a de vocês fiquem secas! Logo ele chegará... Tenho que secar o chão!! – pegando um esfregão, ia para a entrada.

Sobre uma cadeira, dentro da cozinha, o gerente deixou três ternos, dois com costuras e linhas masculinas e um feminino, a duvida que ficava, quem estava chegando? Teria ele informações sobre Fleur? Ou aquele quem teria contratado Luc ? Quem sabe detentor das explicações que faltaram para a Ruiva.


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Samira
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Samira
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Re: I - Juros Simples Qua maio 26, 2021 2:06 am







Ato V.



É claro que de pouco adiantaram as minhas tentativas de esconder ou buscar proteções para a chuva ao lado de fora, a água caía de forma torrencial, e toda a minha roupa acabava se molhando antes que eu sequer me aproximasse de meu destino. - Que merda de dia. - Resmungava em voz alta, dando um soco no ar enquanto mantinha o olhar destemido adiante, buscando o meu destino sem sequer perceber ainda que estava sendo seguida por aqueles paspalhões.

Chegando ao Mozzafiato era rapidamente recebida pelos recepcionistas à porta do local, que pareciam me cumprimentar de maneira agradável, por pior que fosse a minha expressão de ódio e falta de paciência para qualquer situação de sociabilidade naquele momento. Suas últimas palavras, no entanto, acabavam por me chamar atenção a algo que não antes tinha percebido. - Que merda vocês tão fazendo aqui?! - Perguntaria aos dois, o mudo e o agente funerário, enraivecida. A indignação pelo fato de ter sido seguida por aqueles dois stalkers só não era maior porquê pude ver que ambos estavam na mesma situação que eu: completamente encharcados; e isso me deixava um pouco mais satisfeita. "Justiça poética?" - Sim... Infelizmente estão. - Completaria, dizendo aos recepcionistas enquanto entrava.

O ambiente ao lado de dentro era bem diferente e menos conturbado que no caos daquela chuva ao lado de fora. Entrávamos quase como se carregássemos o furacão conosco porta adentro, e todos os olhares se fixavam no nosso grupo. "Que ótimo, vão achar que sou uma pateta que nem esses dois... Lá se vai minha carreira brilhante no show business."
Imediatamente o gerente do local se aproximava, parecendo um tanto quanto nervoso com alguma coisa em sua fala e nos trejeitos que apresentava ao se mover e possivelmente gesticular. Sem dizer qualquer outra coisa e cansada de me explicar, o seguiria para os fundos do estabelecimento, adentrando os limites de uma cozinha.

- Quem está chegando? - A minha curiosidade se sobressairia a qualquer pedido de desculpas, descarregando minha pergunta o mais rápido possível de forma que pudesse receber uma resposta antes que o homem fosse limpar a entrada. "Droga, será...?", olharia um tanto quanto indisposta para os outros dois que estariam comigo, e então me aproximaria da cadeira, na cozinha, tateando as vestimentas ali em busca do conjunto de vestes que combinasse com minha estatura feminina e com certeza mais delicada que a dos outros dois. - Tem pra vocês também. - Diria a eles, indicando os outros dois "uniformes". Enquanto isso, começaria a retirar as minhas vestes, puxando a parte superior de minhas roupas com ambas as mãos e a retirando pela cabeça, peça por peça. Certificaria-me, a princípio com o olhar, de que estaria fora da linha de visão da área pública do Mozzafiato, talvez até me distanciando um tanto da porta.

Após despir-me da parte superior de minhas roupas, mantendo apenas as roupas íntimas, as depositaria por cima de uma outra cadeira próxima ou de algum tipo de arquibancada possível. Dessa maneira, continuaria a me despir, empurrando a saia junto da meia-calça molhadas, separando-as com o resto da roupa, e então utilizaria de minha camisa social molhada ou de alguma toalha que encontrasse pelo lugar em volta para secar a superfície de meu corpo e minhas madeixas, deixando-as ao menos apresentável. - Pelo visto agiota agora tem uniforme. - Soltaria, de forma que apenas os outros dois pudessem ouvir. Após isso, enfim, começaria a vestir o conjunto de terno feminino que tinha sido separado para mim, começando pela calça e então finalizando com as roupas do tronco, abotoando tudo. - Até logo. - Sorriria após me vestir, despedindo-me dos rapazes e deixando a cozinha para que pudesse seguir de volta para o salão principal com as mesas.

Por hora, ficaria por ali, em pé próxima de uma das mesas vazias, observando a entrada do restaurante, curiosa pela chegada que estava para acontecer. Caso alguém parecesse querer se aproximar de minha mesa para ocupá-la, o faria primeiro, sentando-me antes. - Tá ocupada.




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Lyosha
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Re: I - Juros Simples Qua maio 26, 2021 8:48 pm






Até o azar vem em dobro quando se está com sorte

Não era necessário ser um profundo conhecedor da mente humana e seus mistérios para notar que a mulher que havia dissolvido toda a tranquilidade que imperava na funerária não apresentava uma personalidade das mais tranquilas, de forma que Bjarke acreditou que era melhor responder tudo que ela havia dito com um largo sorriso no rosto e um aceno com a cabeça, afinal, não queria correr o risco de fazer com que a propriedade de Dante fosse danificada, o sequestro de sua filha, que em sua mente era cada vez mais evidente, já era mais do que o suficiente. Sua reação só seria diferente quando a mulher mencionasse o fato dele, supostamente, ser um bom pagador, nesse caso, simplesmente inclinaria a cabeça e falaria com um claro tom de pesar. - Bem, desculpe por decepcionar dessa vez. - A outra ocasião em que demonstraria uma reação diferente seria no momento em que ela apalpasse o seu glúteo, nesse momento, abriria um sorriso genuíno que se mesclaria com a surpresa inevitável em seu semblante. - Você sabe que liberdade é uma via de mão dupla, não sabe? - Estaria mentindo se negasse se tratar de uma grata surpresa, mas se divertiria muito mais com essa situação se não estivesse preocupado com Fleur.

O mudo era uma criatura igualmente misteriosa e caricata, mas aparentava ser muito mais polido e razoável, além disso, tinha mostrado certo empenho para ajudar Bjarke a solucionar o problema que o atormentava, fato que por si só fazia com que ele ganhasse alguns pontos no conceito do jovem. Quando a proposta de acompanhá-lo fosse feita, não hesitaria em aceitar, demonstrando um sorriso sincero no rosto. - Muito obrigado por isso, estou em dívida com você, amigo. - Suas palavras carregavam verdade, lhe parecia que, pela primeira vez desde que tudo começou, um sol surgiu em seu horizonte, mas não poderia estar mais enganado.

Não odiava a chuva, na verdade, lhe parecia um fenômeno climático deveras agradável, mas odiava a sensação de estar molhado. Estar molhado era, basicamente, estar sujo de água e estar sujo era algo que Bjarke desprezava com todas as suas forças, afinal, prezava demais pela sua própria aparência. Sujeitar-se aquela chuva torrencial era uma espécie de via crucis pessoal que drenava sua sanidade a conta-gotas, pensava, a todo momento, em quão ridículo ou deplorável deveria estar, mas se mantinha firme, dizendo a si mesmo que tudo isso valeria a pena se pudesse garantir a segurança de Fleur.

Não tinha a mínima noção do quanto demoraram para alcançar seu destino, mas para ele havia parecido uma eternidade. O teto firme que os protegia da chuva não lhe fazia nenhuma diferença, afinal, sua aparência já havia sido corrompida pela chuva. Da forma que fosse, esses detalhes eram agora irrelevantes no cenário geral, estava em um território hostil para todos os efeitos e, em ambientes assim, era essencial prestar atenção nos mínimos detalhes para garantir a sobrevivência. A primeira coisa que não podia deixar de notar é que os homens do local conheciam a mulher, tratando a mesma pelo nome e com relativo carinho, o que basicamente confirmava a sua história, esse mesmo tratamento, no entanto, não se estendia ao mudo, ao menos em nossa chegada. A reação de Catherine ao notar a nossa presença era impagável de forma que era impossível evitar um riso, mesmo tentando abafá-lo. - Mushishishishi... Você devia agradecer que não desejamos lhe causar nenhum mal, sua percepção não parece ser das melhores. - Falaria em um claro tom de brincadeira, tentando amenizar o clima e torcendo para que ela tivesse uma reação favorável.

O resto da situação se desenrolava de forma frenética, mas o importante era que ao final tinha roupas novas para vestir e sabia que uma figura importante iria chegar. O aviso de Catherine colocaria um sorriso involuntário em seu rosto, de forma que, se não estivesse completamente visível ao público, não hesitaria em tirar a parte superior de seu roupa e usar sua camisa molhada para tentar secar seu rosto ou cabelo, sabendo que a tentativa seria infrutífera, olharia ao redor em busca de ajuda. - Tem como vocês arrumarem um pano ou toalha? - Perguntaria para qualquer um dos presentes no local, caso a resposta fosse positiva, usaria o objeto para se secar antes de vestir a roupa nova. - Obrigado, amigo, você me salvou. - Agradeceria de forma sincera. Esperando estar seco, começaria a se despir por completo, desde que não estivesse em público, mantendo apenas sua peça íntima. Não se importava se uma ou dez pessoas lhe vissem nessa condição, seu pudor não era tanto. Vestiria o terno apropriado de forma mais rápida possível, procurando depois alguma superfície com reflexo para ter uma noção de como havia ficado. Ao escutar o comentário de Catherine, deixaria uma risada escapar. - Mushishi... Um agiota endividado, é um pensamento interessante, parece até o começo de uma piada. - Apenas acenaria com a cabeça quando a mulher se despedisse, dando um sorriso amigável, de forma que lhe restava esperar pela figura importante, cuja chegada havia ficado implícita.

Assim que conseguisse identificar essa figura importante e notasse sua chegada, não hesitaria em interceptar seu caminho. Sabia que as consequências por tal ação poderiam ser graves, mas não tinha tempo para perder, de forma que precisava reunir toda sua coragem e sagacidade. - Peço perdão por interromper, mas preciso de sua atenção por alguns instantes. - Mesmo que, aparentemente, fosse ignorado, não sairia da frente dessa figura, impedindo seu progresso. - Eu não tenho muito tempo para negociar, então já me desculpo pela falta de tato e por ser muito direto, mas, basicamente, eu tenho uma dívida de vinte e cinco milhões com vocês que ainda não foi paga e não tenho intenção nenhuma de pagá-la agora. - Esperava chamar a atenção deles com essa declaração e não seria inesperado que lhe agredissem depois de tais palavras, se fosse o caso, receberia de bom grado o primeiro golpe, mas declararia em sequência. - Não vai ser agradável para os clientes se eu começar a gritar e fazer um escândalo, podemos apenas conversar, é tudo que eu quero, acredito que tenha ocorrido um erro. - Contava com o bom senso de seu interlocutor, mas quanto a isso podia apenas esperar pelo melhor.

Tendo oportunidade de se expressar, continuaria, dessa vez com mais calma. - Como eu falei, eu tenho uma dívida de vinte e cinco milhões de berries com vocês, que nunca foi paga, mas que também não foi cobrada até o presente momento, mas não é sobre ela que desejo falar. Meu nome é Bjarke Hallet Flamesguard, mas, para chegar aqui, menti, dizendo ser Dante, o dono da funerária, não sei se o nome lhe é familiar, mas ele também parece ter uma dívida com vocês. - Esperaria uma confirmação ou reação antes de prosseguir. - A questão é que hoje duas pessoas apareceram para cobrar a dívida de Dante em nome de Salvatore Nava, uma delas é uma mulher chamada Catherine, a outra, um mudo, que por razões óbvias não disse seu nome. Você deve concordar que é estranho duas pessoas aparecem para cobrar a mesma dívida, além disso, as pessoas que trabalham aqui parecem conhecer Catherine, mas nenhum deles proferiu o nome do mudo, o que é um tanto quanto suspeito. - Faria uma pequena pausa para recuperar o fôlego e organizar seus pensamentos, continuando logo em sequência. - Neste ponto você deve se perguntar o motivo de eu ter assumido uma dívida que não é minha, simples, Dante é como um pai para mim e sua filha, Fleur, é muito mais que uma irmã, ocorre que, no mesmo dia que essa dívida é cobrada, Fleur desaparece, parece coincidência demais não acha? Não é preciso de muito para ligar os pontos, ainda mais quando ela mesmo mencionou essa dívida na noite anterior. - Havia colocado todas as cartas na mesa, de forma que agora era hora de começar a verdadeira negociação.

Embalado pelas declarações anteriores, continuaria o seu ponto sem hesitar. - Considerando o que eu já disse, existem as seguintes hipóteses. - Levantaria o dedo indicador da mão direita, para enumerar suas falas e organizar seu raciocínio. - Ambos os cobradores são seus funcionários e alguém associado a vocês sequestrou Fleur, se for o caso, solicito que a soltem e o pagamento será feito. - Levantaria o dedo médio da mesma mão, tratando agora de outra hipótese. - Ambos os cobradores são seus funcionários, mas você não entregará Fleus e a matará pelo atraso ou desrespeito, mas acredito que não fará isso, afinal, seria uma atitude tola, onde você não ganharia nada, e homens não alcançam a sua posição sendo tolos. - Levantaria o dedo anelar da mesma mão, versando sobre a terceira hipótese. - Você vai me julgar como um jovem imprudente e desrespeitoso, decidindo assim dar cabo de mim, o que seria uma atitude mais tola que a anterior, afinal, você perderia vinte e cinco milhões de berries, fora isso, minhas ações são feitas por lealdade a Dante, lealdade que foi criada por gratidão e pode ser estendida para a sua pessoa na mesma medida, resguardadas as proporções. - Levantaria o dedo mindinho, trazendo consigo mais uma hipótese. - Isso tudo é uma coincidência e vocês não tem nenhuma relação com o sumiço de Fleur, o que é extremamente improvável. - Por fim, abriria toda a sua mão direita, trazendo o cenário que acreditava ser o mais provável. - Ambos somos vítimas. Para mim fica evidente que Catherine é uma funcionária de vocês, afinal, todos parecem conhecê-la, mas e o mudo? Sem dúvidas ele acredita trabalhar para vocês, se não fosse o caso, seria insano de ter vindo até aqui, mas por qual razão nenhum de vocês o chama pelo nome e o trata de forma amistosa, além disso, qual seria o motivo de enviar dois capangas que não se conhecem quando poderiam ter enviado um só? Não me parece uma atitude racional. Me parece que me tomaram o que é mais precioso, no caso Fleur, mas também fizeram o mesmo com vocês, roubando sua reputação. Não deve ser difícil imaginar que outras pessoas usando o nome de vocês para ganhar vantagens seja um grande problema, nesse processo vocês perdem respeito, credibilidade e, mais importante que tudo, medo. Imaginem que todo cobrador de vocês, ao entrar numa loja, escute que dívida em questão já foi cobrada? - Daria um sorriso, que ao mesmo tempo demonstraria orgulho e audácia, em sequência, estendia sua mão direita para cumprimentar a pessoa com quem falava. - Me parece que temos o mesmo problema, então por qual razão não devemos nos unir para eliminá-lo? - Acreditava piamente que havia demonstrado um bom ponto e nesse momento não lhe restava fazer nada além de torcer pelo melhor, afinal, acreditava que suas palavras teriam o impacto que esperava.



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Shinra Kishitani
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Shinra Kishitani
Re: I - Juros Simples Qui maio 27, 2021 2:04 am






5° Delírio

Em meio à forte chuva, tudo que passava na minha mente eram as consequências de ter escondido a existência da garota. A partir do momento que decidi reter informação, eu havia tomado no mínimo uma posição de mentiroso, e os passos seguintes que eu deveria tomar deviam ser mais cuidadosos. “Isso vai dar merda, você tá fudido” Shiva me avisava, indignada por eu não ter seguido sua sugestão e usado a foto da moça como alavanca para conseguir o dinheiro. “Calma, aproveita a chuva. A gente pensa nisso depois” Brahma me convencia por outro lado. E era verdade, a chuva não me incomodava nem um pouco, na verdade ela até me agradava. Por mais extremo que fosse o clima, eu ao menos podia estar sentindo ele naquele momento, e apenas isso já era bem mais do que qualquer experiência que eu tinha vivido dentro do hospital.

Na porta do estabelecimento já me era possível notar que a moça de cabelos castanhos era conhecida no antro, o que era ao mesmo tempo uma boa e uma má notícia. “Olha, eu sabia que ela podia ajudar a gente a resolver a situação” Brahma comentava com parcimônia, enquanto Shiva ainda insistia que aquilo poderia ser uma situação que traria complicações para o meu lado. “Uma cega, um mudo e um Agente Funerário entram em um restaurante…” já dizia Vishnu em meio a gargalhadas, como se a situação fosse a melhor piada que ele tivesse ouvido na vida, e talvez fosse mesmo. A indignação da moça de cabelos castanhos e as provocações de Dante pareciam de fato uma piada mal executada, e tudo que me restava fazer era sorrir como se eu fosse apenas parte do plano de fundo daquela cena cômica.

Adentramos no restaurante, deixando a chuva pra trás. Lá, o alarde do homem, que parecia gerenciar o restaurante, foi o que finalmente me trouxe um pouco de volta para realidade. Andar na chuva tinha suas consequências, e notar minhas roupas encharcadas era algo que me desesperava aos poucos, já que minha forma primária de comunicação era feita de papel, além do fato de que cigarros não eram muito amigáveis à umidade. “Olha só, fez merda de novo” Shiva me lembrava mais uma vez. Assim que chegasse nos fundos do restaurante, a primeira coisa que faria seria checar a situação dos cigarros e dos fósforos, colocando-os para secar em um local seguro caso estivessem molhados, mas mantendo a caneta, o caderno e a foto comigo. “Eu nem me importo tanto com o caderno, já que fico bem desde que haja papel em algum lugar, mas os cigarros são uma perda que complicaria as coisas para mim” pensaria ao averiguar os bolsos das minhas vestes molhadas.

Minhas atenções se voltariam então para as peças de roupa separadas para o pequeno grupo que me acompanhava. “Céus, saímos do Hospital, mas o Hospital parece não sair de nós” Brahma dizia ao notar que mesmo após sair da minha “prisão”, ainda me via sujeito à prática de não ter privacidade nem nos momentos de trocar de roupa. Um pouco angustiado com a situação, apenas suspiraria e seguiria quase que automaticamente o mesmo ritual ao qual eu era sujeito dentro da instituição hospitalar: Primeiro retire a parte superior das vestes; Em seguida os sapatos; Então as vestimentas inferiores; Por fim roupas íntimas. Vestiria então as roupas que me foram designadas, pulando o passo da roupa íntima caso essa não estivesse incluída nas roupas secas, apenas vestindo as calças secas por cima da pele. “De forma alguma vou continuar usando uma cueca molhada” argumentava comigo mesmo.

Após nos vestirmos, os comentários de Dante e da moça utilizando o termo “agiota” haviam chamado minha atenção. Em momento algum eu tinha visto minhas ações como as de um agiota, mas era isso que eu de fato estava fazendo? “Só percebeu isso agora?” zombava Shiva, e com certa razão. Atropelado pela situação, eu não tinha muito tempo para pensar no assunto, já que todos pareciam se dirigir ao salão principal. Eu seguiria os dois, me sentando na mesa junto com eles, e aguardando que essa dita figura de poder chegasse. Caso meus cigarros estivessem secos, e eu ainda estivesse com eles, ofereceria um para cada pessoa da mesa, acendendo o fumo daqueles que tivessem fogo, e então acenderia meu próprio. De qualquer forma, assim que a conversa iniciasse, eu tomaria a foto da moça em meus colos e escreveria “Dois homens chamados 13 e 15 estão com a garota. Eles alegam trabalhar com um tal de Kenway, que supostamente trabalha com o Senhor Salvatore”. Anotaria também na foto “Desculpa Dante, não queria te alertar antes de poder resolver as coisas”. Deslizaria então a foto por cima da mesa até seu centro, esperando a resposta do grupo.



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Jean Fraga
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Re: I - Juros Simples Sex maio 28, 2021 1:20 pm


1 - Juros Simples


- Bjarke / Catherine / Luc -

Após o gerente se retirar da cozinha, a porta se fechava, os três ali trocavam suas roupas e usando as toalhas que estavam sobre uma pequena mesa, eles ficavam secos e vestidos.

As roupas ficavam estendidas, assim poderiam em breve estar secas, dos cigarros de Luc apenas um bem ao canto não molhou e estragou, junto da caixa de fósforos que se manteve intacta. Eles se dirigiam até o hall, sentando envolta de uma mesa redonda.

Catherine mantinha-se estressada, até o momento não teve muita sorte, Bjarke estava pensativo e já sabia o que iria fazer quando essa pessoa misteriosa chegasse, por fim, Luc com o cigarro restante e a caixa de fósforos, acendia e começava a fumar.

O local estava cheio, haviam tanto homens quanto mulheres entre as mesas, de fundo, uma música italiana tocava, enquanto as pessoas ali conversavam e comiam. O gerente acabava de limpar a entrada e voltando aos fundos com o rodo, passava na mesa dos três e dizia: — Desejam tomar algo? Quem sabe algo para comer... esquentar o corpo após o banho de vocês... Decidam e me falem o que vocês querem – Vendo o broche na roupa do homem, seu nome era Mario, com o rodo sobre a mão, se retirava.

A chuva vista pela janela parecia diminuir aos poucos, ficando mais fina, neste momento, barulhos de desembarque eram audíveis a frente do restaurante, a porta se abria, dois grandes homens entravam, em seguida, um homem velho, com cabelos acinzentados, todos ali conheciam aquele rosto, era o próprio Salvatore.

Hallet ao se levantar e ir em direção ao velho, percebia que entre as pessoas que ali comiam, dez pessoas levantavam e apontavam armas para ele, o som parava e os dois homens de antes faziam uma parede entre ele e Salvatore.

Apesar disso e com coragem, ele começava a falar, após as suas primeiras falas, Salvatore fazia um sinal, as pessoas abaixavam as armas, sentavam normalmente e voltavam ao comum.

Ele passava pelo homem e sentava sobre uma cadeira, ficando de frente para o jovem, o gerente de cabeça baixa logo trazia um copo e uma garrafa de rum, enchia o copo e se retirava.

Flamesguard não era interrompido durante todo seu discurso, ao fim, o homem após acender um charuto dizia, — Sua coragem me fez ouvir seu discurso até o final garoto... – soltava lentamente a fumaça presente em sua boca, — Porém cuidado... Uma criança quando mexe com fogo pode acabar se machucando...

— Pois bem, primeiramente, eu posso ser um mafioso, porém tenho índoles e ideais a seguir, eu nem meus capangas mexem com a família daqueles endividados... Portanto, isso não foi obra nossa, apesar disso, tanto você como o Sr. Dante têm dividas conosco...

Ele olhava ao teto, visualizando o lustre e voltando o olhar a mesa, podia ver o que o De Marc havia escrito, — Kenway... Aquele desgraçado...

— Parece que seu amigo tinha a peça que estava faltando, Kenway... Ele é um mafioso também, vindo de uma família antiga... Tentando fuder meus negócios, não é?

— Provavelmente essa garota deve estar com ele, Bjarke, tenho uma proposta a fazer para você... essa sem direito de escolha...

— Você e seu chefe me devem dinheiro... Kenway é um inimigo em comum, que usou do meu nome, pegou a sua amiga e bem, ainda utilizou do seu amigo...

— Porque eu não te dou um pequeno apoio para encontrar ela, em troca, vocês fazem um pequeno serviço para mim...

Apontava para Catherine, — Ela cuidará de checar se vocês estão seguindo as ordens... – olhando para Luc – Você pode provar sua lealdade a mim... Ainda assim ajudar seu companheiro...


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Samira
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Re: I - Juros Simples Dom maio 30, 2021 12:47 am







Ato VI.



- Três mocaccino, por favor. - A resposta era de imediato à pergunta de Mario. Minha mão destra se erguia em frente ao corpo, levantando três dedos. Esboçaria um sorriso no rosto. - Tudo na conta do Dante aí... Ah, e manda um beijo pra Arabella. - Voltaria então a olhar para os dois que me acompanhavam em minha mesa. - Vocês vão amar o mocaccino daqui. - Caso percebesse algum tipo de expressão vazia ou de falta de compreensão por parte do mudo, tentaria gesticular uma xícara invisível, levando-a até a boca, finalizando com um polegar levantado.

A espera acabava não sendo tão difícil quanto eu tinha imaginado; Dava pra ouvir o som de desembarque de algum veículo ao lado de fora, e logo Salvatore surgia pela porta da frente. Sua presença era com certeza diferente dos demais e agregava uma atmosfera diferente em poucos instantes. Dante se erguia e rapidamente se metia numa confusão, tendo diversas armas apontadas para si. - Ai, ai... Vai ficar sobrando um mocha se ele morrer... - Resmungaria, desabafando com o mudinho, mas a minha principal preocupação era de que homens mortos não pagam contas.

Rapidamente toda a história de Dante era esclarecida em frente a Salvatore, que apenas ouvia a história em silêncio antes de comentar qualquer coisa. Resumidamente o homem não era quem dizia ser, e seu nome era outro. - Mas ele tem uma carinha de Dante, você não acha? - Perguntava ao mudo, baixinho, ainda tentando prestar atenção a cena. A segunda etapa da conversa se dava com uma revelação por parte do último, que mostrava algumas coisas em seu caderno a Salvatore, que acabava por nos dar um nome e um alvo.

Assentiria positivamente com a cabeça ao perceber que Salvatore apontava para mim, me incubindo da missão de acompanhar os dois patetas e garantir que iriam seguir as ordens. - Sim, papà.
Deixaria que as ordens finais fossem dadas e então me voltaria aos meus companheiros de trabalho. - Bom, você tem uma mulher pra salvar... - Diria, olhando para Bjarke. - Você foi feito de trouxa... - Dessa vez diria ao mudo. - E eu quero ganhar dinheiro. - Completaria com um sorriso e um sinal de "V" com dois dedos da mão destra.

Esperaria que os mocaccino fossem servidos e aproveitaria para tomar alguns goles curtos para me esquentar um pouco antes de um novo trabalho. - Vocês tem ideia de onde achar esse cara? - Perguntaria, olhando principalmente para o mudo e esperando ler algo de seu caderno caso ele resolvesse responder. - De qualquer forma, é só a gente ir lá, quebrar alguém da família dele na porrada e fazer algum tipo de proposta irrecusável, não é? - Daria uma leve resumida no que tinha de planejamento por hora, mas é claro que se aquele plano simples fosse dispensado, me esforçaria posteriormente para pensar em algo mais complexo, já que era uma de minhas especialidades sem dúvidas.

- Eu sou Catherine Nero Bellarosa, formada em psicologia na Universidade de Sirarosa e especialista no comportamento humano. Aposto que nos daremos bem para esse trabalho. - Me apresentaria assim que fosse propício ou percebesse que os assuntos tinham acabado. O faria de tal maneira que servisse de incentivo para que os outros dois também o fizessem, assim podendo conhecer um pouco mais dos meus parceiros atuais.

- Ah, antes de irmos lá quebrar alguém... Devo dizer que luto melhor com correntes... Preciso conseguir um par delas se quiserem que eu seja de alguma utilidade. "Dante" paga? - Olharia para Bjarke, definitivamente decidindo usar seu nome falso que combinava mais. - Fufufu.




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Re: I - Juros Simples Dom maio 30, 2021 8:20 pm






6° Delírio

O tabaco nos meus cigarros tinham virado papinha de bebê, e tudo que restava do maço estava atualmente acesso entre meus lábios. Ainda de luto pelo meus cigarros, percebia que a moça parecia tentar pedir três Mocaccinos. Apenas neste momento eu parava pra pensar que não havia comido nada desde o momento que havia acordado, e que na realidade tinha saído do Hospital sem sequer um Berry no bolso. “Não me culpe por não te lembrar. Dinheiro nunca foi um problema no Hospital...Ou quase nunca” dizia Vishnu relutantemente ao perceber a pobre escolha de palavras. Mas em parte ele estava certo, dinheiro certamente não havia sido problema em quase nenhuma parte da minha vida, e agora eu me via refém daquilo que anteriormente me era mais do que abundante. “De qualquer forma, depois preciso passar no banco. Só me resta a débil esperança de que ainda haja algo nos meus fundos emergenciais” pensaria, tentando dar um fim ao assunto que parecia rodear minha mente.

Seja como fosse, meus instantes seguintes foram roubados pela coragem, “ou burrice”, do tal do Dante. “Esse aí vai virar peneira” caçoava Shiva, e eu não poderia fazer muito além de rir do comentário da voz, que inclusive vinha acompanhado de uma piada por parte da moça de cabelos castanhos. Os momentos seguintes, ocupados pelo monólogo do rapaz que se revelava como Bjarke, me deixaram de certa forma entediado, senão sobrecarregado. “Céus, nem Goethe conseguiria conceber uma reviravolta mais ardente que essa” Brahma se admirava ao observar a situação. Uma série de fatos foram jogados um atrás do outro, e em instante minha cabeça parecia dançar a valsa febril das voltas e voltas que a conversa ia tomando. De repente descobri que havia sido enganado pelos homens engravatados, mas como poderia isso ter acontecido? “Sim, sempre confie em engravatados desconhecidos que usam o números como nomes. Nada poderia dar errado, nada mesmo” gargalhava Shiva enquanto parecia se divertir com a situação. A única conclusão que eu podia tirar dali era que eu tinha que consertar a bagunça que fiz, além de ter uma dívida para pagar com o homem que se sentava naquela mesa.

Assim que Salvatore terminasse de explicar a situação, apenas concordaria e voltaria minha atenção para a moça de cabelos castanhos e para o senhor identidade dupla. Caderno e caneta em mãos, começaria relatando as informações que eu tinha sobre Kenway. “Eu devo algum dinheiro para Salvatore, e os homens dele deveriam me buscar no hospital hoje. Na saída, dei de cara com dois homens chamados 13 e 15. Eles estavam em um carro junto com a moça de cabelos azuis, e me disseram que trabalhavam para quem me deu a liberdade. Eles me deixaram na frente da Loja de Caixões, e me pediram para cobrar a dívida para o Sr. Salvatore” relataria no caderno, então deixando que Bjarke e a moça lessem por alguns instantes. Em seguida escreveria e apresentaria mais uma frase “Eles não me falaram nada além disso, suponho que fossem me buscar onde me deixaram ou algo do tipo. Por sorte o lugar deve estar vazio agora” findaria, aliviado que a cota de desgraças do dia deveriam tender a diminuir desse ponto em diante.

Quando terminasse de expor as informações às quais tinha acesso, me apresentaria. "Sou Luc de Marc Thibaut Lavoie. Estive internado pelos últimos anos, mas não é nada demais. Sou aprendiz de Ferreiro, embora me especialize mais na produção artesanal de armas" anotaria no caderno, notando a presença do meu nome deserdado e o riscando, e apenas então apresentando as frases para os dois ali presentes. "Eu preferiria que resolvêssemos isso sem derramar sangue gratuitamente, mas posso me virar muito bem em uma briga desde que eu tenha uma arma de fogo" escreveria mais uma vez, nesta ocasião estando um pouco relutante em compartilhar minhas inseguranças. Afinal, Catherine me parecia ser do tipo que batia nas pessoas frequentemente, e Bjarke estava atrás de algo muito importante pra ele. Por outro lado, eu me sentia apenas como um transeunte perdido naquela situação. De qqualquer maneira, tudo que eu podia era oferecer meu suporte. "Em caso de armamento, é  melhor prevenir do que remediar, não? Caso vocês me consigam os meios e as ferramentas, eu posso fazer as melhores armas que já viram na vida" explicaria nas próximas frases que escreveria no diário, os mostrando em seguida.



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Re: I - Juros Simples Seg maio 31, 2021 6:16 am






Quem dá de boa vontade dá duas vezes

O café não lhe interessava, apesar de muitos se deleitarem com a bebida, para ele não passava de uma água quente maculada por um pó marrom, de forma que simplesmente acenaria com a cabeça e demonstraria um sorriso amigável quando Catherine colocasse as três bebidas na sua conta, mesmo que não tivesse a mínima intenção de consumir algo. Não fazia sentido se importar com esses pequenos detalhes sem saber se estaria vivo ou não nos próximos minutos e ao menos ela tinha sido gentil o suficiente para pedir uma bebida para todos, o que era uma gentileza digna de nota.

Seu mundo parecia orbitar em torno daquela mesa, sabia que precisaria agir, discernindo a coragem da imprudência para traçar um caminho tênue e arriscado que possibilitasse a oportunidade de tentar resgatar uma pessoa que amava e tinha convicção de que teria de fazer isso naquele lugar, sem ter o luxo de hesitar. No momento em que Salvatore abria a porta, seu coração para de bater por um instante e um frio percorria a sua espinha. Sabia quem era o homem, todos nascidos naquela ilha sabiam, mas era a primeira vez o que via pessoalmente e, sabendo do poder e influência da figura em questão, o medo se propagava em sua mente, pensando nos inúmeros métodos que o chefe da família Nava poderia usar para fazê-lo sofrer, caso visse sua atitude como um ataque ou desrespeito, ou até mesmo se simplesmente estivesse de mau humor.

A sequência de eventos que ocorreu após Bjarke decidir se levantar foi frenética, de forma que parecia até mesmo que a realidade havia sido deturpada por um instante. A velocidade e organização com que os homens sacaram suas armas era surreal, de forma que foi um esforço para o jovem manter a compostura e determinação quando suas pernas desejavam tremer, mas, felizmente, Salvatore Nava era um homem razoável que decidiu escutar suas palavras até o final antes de agir. Enquanto a atitude de Salvatore era uma grata surpresa, as revelações de seu companheiro mudo eram uma decepção. O homem poderia ter revelado o sequestro de Fleur mais cedo, assim tirando um grande peso dos ombros e da mente de Bjarke, dando a ele mais tempo para se preparar e agir, mas conseguia compreender as razões que levaram o estranho a tomar tais atitudes e, sendo realista, também havia mentido, tanto para ele quanto para Catherine, de forma que seria hipócrita de sua parte guardar rancor por conta disso. Era inegável que sentia uma raiva tomar conta de seu corpo ao ver a foto de Fleur, mas fazia o possível para dominar seus sentimentos e usar sua razão. Dominando seus sentimentos, encararia o mudo com um sorriso sincero e amistoso no rosto. - Eu consigo entender o que levou você a tomar as suas atitudes, além disso, não faz sentido eu nutrir raiva ou rancor por essa mentira, afinal menti também. - Sem perder seu semblante amistoso, fitaria os olhos do homem com seriedade. - Mas se nós vamos ficar juntos para resolver isso, preciso confiar plenamente em você, então sem segredos ou mentiras de agora em diante, certo? - Estenderia sua mão direita para o homem, com um sorriso acolhedor no rosto, esperando sua reação.

Considerando a questão com o mudo resolvida, independentemente de seu desfecho, encararia novamente Salvatore, com um largo sorriso no rosto, indicando a falta de medo que tentava emular. O homem parecia ter gostado de sua audácia, apesar do aviso para ser cuidadoso, então, com isso em mente, se expressaria sem ressalvas. - Eu vou ter que recusar sua proposta irrecusável. - Tudo na vida era uma negociação, agora não era diferente e, nesse cenário, com certeza ele era o maior prejudicado. - Fleur foi uma vítima colateral de um confronto que não tem nenhuma relação com ela. No momento que eu aceitar sua oferta, a possibilidade de um resgate se torna real, mas isso pressupõe uma derrota total ou parcial desse tal de Kenway, no melhor cenário, você derrota um inimigo irritante, Fleur ganha uma experiência traumática, por fim, eu arrisco minha vida e perco um dia de trabalho quando tenho uma dívida colossal para pagar, me parece que só você sai ganhando no fim disso tudo. - Os fatos estavam claros para ele e não seria precipitado assumir que Salvatore também conseguia vislumbrar tal cenário, afinal, não teria alcançado sua posição sem astúcia. Confiante, Bjarke se sentaria de forma mais confortável e despojada, se inclinando na direção de Salvatore e demonstrando um sorriso repleto de empolgação e confiança, característico de quem está prestes a dar sua cartada final.    

A situação fazia com que a adrenalina percorresse pelo seu corpo, de forma que seria difícil não notar sua empolgação. - Eu tenho uma contraproposta que resolve tudo isso. - Declararia com arrogância, como se falasse com um homem qualquer e não com o grande Salvatore Nava, afinal, para que sua proposta tivesse algum valor era de vital importância que o homem ficasse impressionado. - Me contrate por um dia. - Esperaria a reação do homem e dos outros presentes no Mozzafiato antes de prosseguir. - Um homem que está motivado tanto por amor quanto por dinheiro tem resultados melhores que um que faz algo por obrigação, além disso, esse dinheiro voltará para você, afinal, tenho uma dívida para pagar, que ficará ainda mais distante se eu perder um dia de trabalho e não receber nenhuma compensação em troca. - Esperava a réplica esperançoso, torcendo para que as armas não fossem apontadas para ele novamente.

Quando a situação fosse simplificada com maestria por Catherine, não conseguiria evitar uma singela risada. - Mushishishi... Todos objetivos nobres sem dúvidas. - As informações que o homem enganado por Kenway foi capaz de oferecer não foram muito úteis além de informar a existência de dois homens, denominados de treze e quinze, mas o raciocínio de Catherine o surpreendia, afinal, estava apurado e correto. - Você está certa. Se enfrentarmos Kenway e seus homens agora, a vantagem é incontestavelmente deles, afinal, eles tem um refém. Precisamos igualar essa situação de forma a forçar um encontro, mas para isso precisamos nos apossar de algo que seja precioso para Kenway, algum de vocês tem alguma ideia? - Torcia para que alguém desse algum norte nesse sentido, afinal era um elemento vital para garantir a segurança de Fleur.

Após ver ambos os estranho fazerem uma apresentação formal, julgou que seria apropriado fazer o mesmo. - Meu nome é Bjarke Hallet Flamesguard, eu sou quase um carpinteiro e um homem simples que gosta de tudo aquilo que é belo ou possa me dar prazer. - Cumprimentaria todos com um sorriso vasto e caloroso, antes de complementar sua fala. - Aparentemente seremos um grupo pelas próximas horas e, apesar de ser uma aliança um tanto quanto exótica, ouso dizer que já nos damos bem. - O fato de Luc ser um ferreiro era uma grata surpresa, de forma que não hesitaria em informar seu estilo de luta. - Para ser sincero eu não gosto muito de lutar, mas qualquer coisa que me ajude a socar já serve. - Apesar da oferta de Luc, esse grupo disfuncional ainda precisava de duas coisas essenciais, recursos para fabricação das armas e informações sobre Kenway.

Se estivesse vivo, não seria insanidade presumir que Salvatore havia aceitado sua proposta, mesmo sem ter se pronunciado, de forma que agiria considerando esse cenário. - Então você precisa de recursos para forjar as armas, mas acredito que isso é algo fácil de se resolver, vai sair por conta da casa, certo, chefe? - Trataria o patriarca da família Nava por tal título, afinal desconhecia um mais apropriado para a situação. Exibindo um sorriso ganancioso no rosto, prosseguiria. - Além disso, nenhum homem conhece o outro tão bem quanto conhece o seu inimigo, então lhe pergunto, chefe, qual o ponto mais vulnerável de Kenway? - Esperaria que Salvatore pudesse lhe dar algum norte, afinal de contas, sem uma informação permaneceria de mãos atadas.

Independentemente do resultado de seus atos, saberia que Luc teria que produzir armas para o grupo e estaria disposto a gastar os duzentos e cinquenta mil berries que tinha consigo se preciso. A produção de armas, entretanto, demandava tempo, tempo este que usaria para ler o outro livro que havia adquirido na biblioteca, o que versava sobre carpintaria, afinal, se deixasse sua mente ociosa durante a espera, simplesmente ficaria mais aflito por pensar em tudo que poderia dar errado.



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Re: I - Juros Simples Sáb Jun 05, 2021 4:31 am


1 - Juros Simples


- Bjarke / Catherine / Luc -

Após um breve silencio, o clima tenso se quebrava com Mario se aproximando da ruiva e entregando os três Mocaccino, ele botava sobre a mesa sem falar nada se retirava.

Apenas olhava de novo para a garota concordando com sua opinião sobre Bjarke ter cara de Dante, enquanto isso Luc ligava as peças e entendia pelo o que havia passado, Hallet mantinha sua posição mesmo com as armas apontadas em sua direção e após recusar e dar seu ponto, o velho Salvatore começava a rir enquanto acendia um charuto.

— Sr. Bjarke, permita-me lhe explicar uma coisa que pode não ter ficado clara, eu como o bom homem que sou, estou permitindo que você tenha a chance de salvar sua mulher...

— Veja bem, olhe a sua volta, aqui está apenas alguns daqueles que trabalham para mim, Kenway não é ninguém realmente perigoso para mim, apenas uma pedra no meu sapato, eu poderia acabar com ele, mas estou dando a oportunidade de fazer com suas próprias mãos.

Com um fosforo acendia lentamente o charuto e após dar a primeira puxada, ele continuava, — Você se diz motivado pelo amor, mas a cada instante que perde com essa conversa... bom, você sabe o que podem acabar fazendo com ela certo?

Olhando para Luc, ele dizia, — Sobre o que você nos contou e com tantos detalhes... Que bom começo de relação não é mesmo? Demonstrando sua lealdade...

— Catherine... venha aqui... – tomando um gole de seu Whisky, diria ao ouvido da ruiva, — Você tem permissão para mata-los caso ache pertinente...

Salvatore estende a mão a frente, esperando que caso aceitem a proposta, em seguida, os dois beijem a mesma, provando sua lealdade., — Temos um acordo? Eu te dou suprimentos e informações e você salva a donzela capturada, o que me diz Bjarke? E Luc, não estava cansado de viver naquele hospital? Porque não conhecer coisas novas? Um mundo diferente do seu antigo... – Soltava a fumaça sobre o rosto do jovem.


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Re: I - Juros Simples Sex Jun 11, 2021 9:29 am






São as circunstâncias que determinam a causa

Para Bjarke, geralmente era fácil gostar de uma pessoa, afinal, ele não exigia muito para afeiçoar-se a alguém, apenas bastava que fosse capaz de ver alguma beleza na pessoa em questão. Salvatore, nesse sentido, era uma exceção. A primeira impressão do homem havia sido positiva, parecia uma figura poderosa e imponente, o que de fato era, mas, ao trocar palavras com o velho, Hallet percebia que a soberba e o egoísmo de tal figura maculam qualquer grandiosidade que ele pudesse deter. Para o jovem, o líder da família nava era uma existência feia e desprezível, não sendo tal visão fruto de um julgamento precipitado, mas sim consequências das palavras de Salvatore.

As palavras de Salvatore traziam consigo um raciocínio que Bjarke julgava simplista e coberto de falhas, mas, nessa altura da conversa, já havia feito seu juízo de valor e se resignado com sua posição nessa negociação. Arquearia a ponta esquerda de seu lábio em um sorriso um tanto quanto irônico antes de responder a proposta que havia recebido. - Por favor, não me tome por tolo senhor Salvatore, sei bem que o tempo não corre ao meu favor e estou ciente das condições em que Fleur pode se encontrar nesse exato momento, mas correr atrás dela sem um plano ou recursos seria, sem sombra de dúvidas, a mais desastrosa entre todas as opções. - Daria outro sorriso de canto de boca, dessa vez sincero. - Além do mais, um encontro com uma figura do seu calibre não é um acontecimento ordinário, de forma que me culparia se nem ao menos tentasse extrair o máximo de tal ocasião. - Apesar de tais considerações, Hallert sabia que estava contra a parede e não tinha muitas opções além de aceitar o acordo proposto se quisesse salvar Fleur.

Determinado a não perder mais tempo, estenderia uma de suas mãos em direção a Salvatore, realizando um aperto de mãos mesmo sabendo que não era isso que o influente homem desejava. - Temos um acordo. - Responderia, encarando o líder da família Nava com coragem. Sabia que o esperado era que a mão que agarrou fosse beijada, mas não faria tal gesto de lealdade para um homem que julgou como indigno, ainda mais depois do mesmo ter dado permissão para Catherine eliminar ele e Luc caso julgasse necessário. Se fosse repreendido por esse ato, se desculparia sem hesitar. - Perdão, não estou acostumado com essas formalidades. Também acabei tomando muita chuva no caminho, talvez esteja gripado, não quero de maneira alguma arriscar sua saúde, senhor Salvatore. - Esperava se safar com essas desculpas, só beijando a mão do homem se fosse extremamente crucial e necessário para seu progresso.

Acreditava que havia feito tudo que dependia exclusivamente dele, de forma que encararia Luc com um sorriso no rosto. - Bem, eu acho que nosso papel é esperar por você agora, não tenho intenção nenhuma de lhe apressar, mas lembre que o tempo não corre ao nosso favor. - Não falaria em tom de ordem ou repreensão, mas sim como uma súplica velada, proferindo as palavras da forma mais doce que fosse capaz, após isso, fitaria Catherine. - Quanto a você, bem, eu me contento com você não me matar. - Declararia, em claro tom de ironia.  

A espera pelas informações e pelo trabalho de seu companheiro mudo era inevitável, de forma que se encontrava de mãos atadas nesse sentido. Sabendo que não poderia prosseguir sem o apoio prometido, simplesmente leria o livro de Marcenaria que havia trago consigo para distrair sua mente enquanto aguardava as informações de Salvatore e as armas de Luc.



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Re: I - Juros Simples Seg Jun 14, 2021 1:06 am






7° Delírio

Fazer parte de uma máfia não estava em meus planos quando acordei de manhã, mas para ser justo, tampouco esperava agir como cobrador de dívidas ou me envolver em uma complicada trama de traições e mentiras. “Olha, você já tá no meio disso tudo, então vamos seguir a dança desse Salvatore, e depois decidimos o que fazer” sugeria Vishnu, na tentativa de tornar mais tragável a minha presença na situação em que estava metido. A realidade é que esse tal de Salvatore não parecia confiar nem um pouco em mim, e meus outros dois “companheiros”  me passavam a mesma impressão. Provavelmente a melhor coisa que eu podia fazer era transformar o sentimento em algo recíproco, e tomar cuidado onde estava pisando. “Não esquece que acabaram de te fazer de otário. Melhor começar a ter atitude de gente grande, afinal você sequer tem mais cigarros a oferecer” Shiva me guiava, o que me surpreendia. A voz não era de dar conselhos lúcidos tão frequentemente, então os poucos que me eram fornecidos eram de extremo valor.

Conforme a conversa se desenrolava, Bjarke parecia desenvolver certos atritos com Salvatore, o que na minha opinião era pura tolice. Apesar das suas tendências que beiravam o suicídio, tanto físico quanto social, o rapaz se mostrava como um possível aliado, já que não se entregava completamente à agenda do velho homem de negócios. Já Catherine tinha provado estar metida a fundo com aquele grupo, o que me levava a querê-la o mais perto possível, ainda mais após notar a desconfiança que parecia emergir sobre minha lealdade. “Mantenha pessoas suspeitas bem perto, preferencialmente dentro do alcance de um punhal” Shiva me aconselhava novamente. Tomando tais posicionamentos quanto à forma que me relacionaria com cada um dos dois, poderia finalmente tratar do assunto que tinha delegado a mim mesmo: Forjar armas para o grupo.

Beijaria, com certo desdém, a mão de Salvatore, mas já pensando em como poderia me favorecer daquela ocasião. O nosso suposto benfeitor havia se oferecido para nos fornecer suprimentos, mas os detalhes quanto à esse ponto ainda haviam de ser decididos. “Quanto aos suprimentos, agradeceria se pudesse me fornecer material de forja e um ambiente adequado para o exercício dos meus serviços. Caso não seja possível, eu posso me virar apenas com recursos financeiros suficientes para a obtenção das coisas que preciso” escreveria em meu caderno e apresentaria a Salvatore. Enquanto aguardaria sua resposta, voltaria minha atenção para a elaboração de uma resposta que saciasse o comentário de Bjarke sobre prazos. “Tenho noção da urgência, mas arte não se apressa. Enquanto eu lido com a questão das armas, você e Catherine podiam focar na parte das informações. Afinal não conheço a cidade tão bem, e minha condição física dificulta a interação com pessoas em geral” anotaria no caderno, apresentando desta vez para todos na mesa. Enquanto meus ouvidos se enchiam com as reclamações de Brahma sobre os comentários envolvendo prazos que Bjarke havia feito, imaginava que por fim tinha mente ocupada com algo que não fosse esperar o dia seguinte. A vida fora do hospital era de fato mais agitada do que eu esperava, fosse por bem ou por mal.

Após meus comentários, começaria a tomar o Mocaccino a pequenos goles, prestando atenção nos rumos que a conversa tomaria. “Bem, foi um prazer. Acho que seria ideal nos encontrarmos aqui novamente por volta do horário do jantar. Até lá devo estar com as armas prontas, e vocês com as informações ou com seja lá o que precisarmos para encontrar esse Kenway” rabiscaria no caderno e exporia para Catherine e Bjarke. “Muito obrigado pela segunda chance, Senhor Salvatore” escreveria em outra página, dessa vez apenas mostrando para o velho “empresário”. Após devidas formalidades cumpridas, seguiria as orientações de Salvatore caso os materiais me fossem concedidos, ou pensaria em um plano de compras caso apenas o dinheiro me fosse cedido.



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Re: I - Juros Simples Qui Jun 17, 2021 1:30 am







Ato VII.



Ouvia aquilo que Salvatore comunicava em meu ouvido e mantinha a expressão sem mudanças, apenas assentindo com a cabeça enquanto voltava a me afastar após ter escutado o necessário. Continuava prestando atenção no desenrolar dos acordos que eram feitos com o velhote, e finalmente tudo parecia se dar por resolvido. Minha atenção agora estava voltada para os outros dois, que pareciam querer colocar em prática os seus planos para partir para a ação futuramente.

- Não dê motivos. - Sorriria e acenaria para Bjarke após ouvir seu comentário irônico, não tendo muito tempo para confirmar se teria ele escutado a informação que Salvatore tinha compartilhado em meus ouvidos. Então, após ler o que o mudo tinha para dizer a respeito de seus tempos de trabalho para fazer armas para que nós lutássemos, olharia para ele um tanto quanto confusa. - Jantar? - Olharia novamente para Bjarke, esperando que ele compartilhasse de minha confusão. - Temos um cavaleiro que quer resgatar sua princesa da torre mais alta, será que ela vai esperar até a hora do jantar? - Perguntaria, mas também não fazia questão alguma de mudar qualquer parte do planejamento deles, afinal, eu teria meu próprio modo de operar naquela situação, e com certeza seria bem mais incisivo.

Viraria-me de uma só vez na direção de Salvatore, afastando-me aos passos lentos de meus companheiros de missão e me aproximaria do velhote. Dessa maneira, estenderia a mão destra e esperaria alcançar a sua, curvando o tronco e aproximando meus lábios das costas de sua mão, beijando-a em demonstração de respeito. - Benedizione, papà. - Eu diria, e então voltaria a me erguer, saindo pelas laterais até a saída do restaurante, deixando o local o quanto antes. Tentaria ser a primeira a fazer isso, de maneira que pudesse me posicionar na rua próxima. Como era de minha intenção encontrar alguma pista sobre o tal Kenway e fazer o trabalho tão bem feito que Salvatore poderia se orgulhar, tentaria observar Luc à distância, visto que como os rapazes de antes tinham entrado em contato com ele para que fizesse um serviço, provavelmente poderiam entrar em contato novamente com o rapaz em busca dos resultados de seu serviço. E era aí que eu entraria em ação.

Assim que eu estivesse na rua, tentaria aguardar em algum ponto coberto até que a chuva passasse, e, por fim, manteria-me por entre possíveis pedestres, atenta a saída dos outros dois do restaurante. Mantendo uma distância segura, tentaria seguir Luc esperando que ele não olhasse para trás, afinal eu não era uma das melhores pessoas para me esconder, mas pelo menos teria a vantagem do grupo de pessoas para me cobrir. Faria apenas o que faço de melhor: me enturmar e agir conforme o grupo.




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Histórico
Número de posts: 7
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Perdas: • 150.000
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Relacionamento:
Relacionamento:
• Dante (Bjarke)
• Um mudo
• Mario
• Arabella
• Salvatore



Achiles
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Achiles
Pirata
Re: I - Juros Simples Ter Jun 22, 2021 12:06 pm
I - Juros Simples

O clima ainda continuava tenso pelo motivo que Bjarke não concordava nenhum pouco com o “porco” segundo seus próprios pensamentos que estava a sua frente e suas falas poderiam se dizer até mesmo confrontadoras para o senhor que era rapidamente induzido a acreditar nas falas de Hallet quando palavras um tanto bajuladoras saiam de sua lábia visivelmente treinada para situações como esta. – A arrogância é algo que lhe atinge por trás, garoto. – Uma pequena metáfora que talvez não fizesse tanto sentido nos primeiros pensamentos ou fosse algo para refletir e por assim, parecia que teria fim aquela pequena discussão.

Com Luc, as suas anotações mostravam que o pedido dos suprimentos não era muito relevante diante de seu olho e que seriam facilmente arrumados já que era o prometido do acordo. – Visite Luigi seguindo a rua para o Leste e encontrará sua forja na esquina. Diga que está a serviço de Salvatore e necessita usar de sua forja. Você não terá problemas para encontrar o que procura lá. – Afirmava o homem em um tom mais calmo tomando mais um dos goles de seu copo. – Para encontrar Kenway, você deverá falar com Rafael. – Ele olhava para o relógio de ouro em seu pulso. – Ele deve estar no restaurante Lá Cruise no lado leste da cidade neste horário. – Como encontrariam? Como ele se parecia? Talvez Salvatore queria colocar um desafio a mais nesse quesito ou apenas não deveria ser difícil encontra-lo, algo que até o momento do encontro ficariam em dúvida.

Ao estender a sua mão para que viessem a beijá-la, um ato que para Bjarke não era nada bem visto e nem sequer executado. – Mas o que você pensa que está fazendo?! – Nava fechava a sua mão no momento em que Hallet recuava após não beijá-la e as desculpas eram o que o impedia de partir para uma agressão e o homem respirava fundo pensando um pouco antes de cometer qualquer ato violento e poupando qualquer palavra que provavelmente viria através de xingamentos.

Os próximos a beijar a sua mão eram Luc e Catherine, exatamente nesta ordem, que pareciam estar beijando as costas de um sapo velho com cheiro de hortelã, ou talvez pareceria isso se alguma vez na vida tivessem beijado um sapo. Ao saírem, encontravam-se novamente do lado de fora do restaurante e podiam observar que a chuva teria diminuído drasticamente para alguns pingos de gota que caiam dos canos dos prédios, casas ou de alguns fios pendurados entre uma e outra. Catherine ficava parada na saída esperando um pouco, Bjarke sacava o seu livro do bolso e começava a ler em um banco próximo a entrada enquanto que Luc já se adiantava e começava a ir em direção a forja que não demorava mais do que três minutos até alcança-la e se encontrar na porta do estabelecimento preto com uma grande chaminé em seu centro, provavelmente vindo da fornalha. Em seu interior, as vitrines mostravam vários tipos de equipamentos feitos de metal, inclusive armas e alguns homens trabalhando no fogo ao fundo. Ao adentrar, veria um grande balcão de granito que separava essa área e que ficava um atendente careca com um olhar sério e uma barba grisalha que atingia o seu peito. – Pois não? – Diria ao avistar o cliente.

Controle
Bjarke
Ganhos:
● 1 Cigarro
● 1 Fósforo
● 1 Óculos Escuro
● Livro de Carpintaria
● Livro de Escultura
● Proficiência Escultura
Perdas:
● N/A


Luc
Ganhos: • Caderno e Caneta (Post 2)
• Canivete (Post 2)

Perdas:
• 10 Cigarros (2 no Post 2, 1 no Post 3, 7 no Post 5); 3 Fósforos (1 no Post 2, 1 no Post 3,1 no Post 5).


Cath
Ganhos: • 150.000 no pagamento da Dívida
• Roupas Sociais (Terno);
Perdas:
• 150.000


Ferimentos
N/A


Legenda
Salvatore



Lyosha
Imagem :
I - Juros Simples - Página 2 AO7UjML
Créditos :
35
https://www.allbluerpg.com/t1056-lyosha-bulgakov#10148 https://www.allbluerpg.com/t1725-iii-death-or-paradise#18228
Lyosha
Administrador
Re: I - Juros Simples Qua Jun 23, 2021 4:58 pm






Presságio

Ao colocar os pés para fora do Mozzafiato, seria impossível não relaxar e deixar um sorriso sincero tomar conta de seu rosto, para começar, havia sobrevivido, além disso, também tinha conseguido o apoio parcial de Salvatore para resolver a situação que tanto lhe afligia, por fim, o simples fato de não ter que ficar encharcado para se movimentar novamente lhe causava uma grande alívio, afinal, odiava ficar sujo. Se fosse sincero consigo mesmo, saberia que grande parte da alegria que sentia vinha também de sua vaidade, ficava contente por ter causado uma impressão em um homem tão importante quanto Salvatore Nava, mesmo não sendo uma impressão positiva, o que lhe importava era o fato de que não cairia em esquecimento tão cedo, fora isso, a situação em geral havia sido um tanto quanto cômica.

Sabia da urgência do cenário em que se encontrava, mas agora, dependia da velocidade de Luc para forjar as armas, tendo em mente que seria uma atitude extremamente tola prosseguir nessa busca estando indefeso. Não via outra alternativa além de esperar, mas aproveitaria esse tempo e a mudança de clima para ler o livro que carregava consigo, antes disso, entretanto, acenderia seu único cigarro para comemorar, deixando a fumaça invadir lentamente seus pulmões antes de iniciar sua leitura. Tinha um nome e um endereço agora, essas informações clareavam o seu futuro e lhe davam um pouco de esperança.

Após ter folheado as páginas, quando julgasse ser um momento propício, fitaria Catherine caso ela estivesse por perto. - Então, eu presumo que você conheça esse tal de Rafael e o Lá Cruise certo? - Era uma suposição que lhe parecia óbvia, afinal, a mulher estava envolvida nos negócios de Salvatore. - Ele é um amigo? Um inimigo? Tem algo que preciso saber sobre ele? - Perguntava tanto por curiosidade quanto para puder se preparar e evitar mais gafes nesse submundo do crime. Se Catherine não tivesse nenhuma informação para compartilhar, perguntaria, já com um tom de descrença palpável em sua voz. - Você ao menos sabe onde fica o Lá Cruise, certo? - Prestaria atenção nas respostas e aguardaria o retorno de Luc.

Quando fosse a hora de partir, deixaria que Catherine liderasse o caminho, entretanto, se ninguém soubesse como chegar ao local, faria uma sugestão. - Nós poderíamos usar aqueles barqueiros não? Eles devem conhecer Sirarossa como a palma da mão deles. - Sabia que se tratava de um serviço pago, mas acreditava que tinha consigo o suficiente para pagar uma viagem para o grupo e economizar tempo. Se ninguém do grupo tivesse uma objeção, iria até até o rio mas próximo e, se avistasse um barqueiro, iria até sua direção com um sorriso no rosto. - Boa tarde amigo, você pode nos levar até o Lá Cruise? - Caso a resposta fosse positiva, perguntaria logo em seguida. - Por quanto? - Se tivesse o dinheiro necessário, pagaria sem hesitar, desde que achasse que se tratava de um preço justo.  



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