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Recomeços Ter Jun 14, 2022 9:48 am
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Aqui ocorrerá a aventura Fechada do(a) Civil Yuko Tsukumo. A qual não possui narrador definido.

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Re: Recomeços Qui Jun 23, 2022 11:30 pm

Recomeços | Post - 01.

Andava para fora da embarcação com as mãos em meu bolso, estava visivelmente exausta das horas de trabalho porém o banho após todo esse esforço ajudou a relaxar. Sairia andando do porto em direção ao bar, apesar de já estar tarde não me preocupava com a hora, só buscava andar tranquilamente até o local, evitando qualquer confusão mesmo que ela viesse até mim. - "Será que ele já está lá? Preciso falar com ele, andar com essas armas pra lá e pra cá vai ser ruim, precisamos vendê-las pra ajudar na grana…" -

Passo a passo iria me aproximando mais e mais até que já fosse possível ouvir o som da farra, pelo menos esperava ouvir, já que estava contando com que o mesmo estivesse aberto; mas se não fosse o caso, procuraria me sentar no chão encostada na parede do mesmo, esperando por Frank, caso o mesmo já não estivesse por lá.

Tendo chego ao bar sem muitos problemas, adentraria o mesmo já aproveitando pra analisar toda o ambiente localizando as pessoas, ações das mesmas e possíveis "encrencas". Estaria a princípio procurando por Frank, mas se não o encontrasse, me sentaria onde tivesse espaço para duas pessoas, podendo ser tanto na copa quanto em alguma mesa, e aguardaria o mesmo chegar.

Estava cansada e nada é melhor do que beber uma cerveja para relaxar, por isso pediria uma cerveja para aproveitar enquanto esperava Frank, que por acaso estaria demorando… - "Ele não é de se atrasar, eu demorei mais do que deveria pra sair do barco e chegar aqui, será que ele esqueceu?" - A incerteza de uma situação sempre é frustrante, ainda mais nesses casos quando se conhece a pessoa, mas de fato era estranho a demora dele. Esperava por mais alguns minutos enquanto terminava a cerveja, porém se passasse da primeira hora e o mesmo não tivesse aparecido, iria me levantar da cadeira expressando uma certa preocupação, ao mesmo tempo que deixaria o valor de B$ 50.000 na mesa/balcão e sairia rapidamente do bar. - Merda Frank, aonde você se meteu?! - Diria baixo pra mim mesma, enquanto olhava todo o arredor esperando vê-lo se aproximando, mas se não fosse o caso, partiria andando até nossa "casa" de forma acelerada e continuava procurando nos arredores. Evitaria todo problema no caminho para que chegasse o mais rápido ao local, e ao chegar, chamaria por seu nome bem alto enquanto vasculhava o lugar atrás de Frank ou qualquer outra pista do mesmo.

- Finalmente chegou, achei que precisaria ir em "casa" pra te acordar. - Diria, deixando escapar leves risadas no final da frase. De certa forma estaria aliviada por Frank ter chego ao Bar bem e sem nenhuma preocupação. - Me conta, o que estava fazendo? O que fez hoje? - Quando estou ao lado de Frank é um dos poucos instantes onde sou eu mesma, sem pressão alguma. Procurava saber sobre seu dia antes que começasse a falar sobre minhas horas de trabalho. - Foi cansativo no geral, porém me rendeu muito mais do que esperava… - Diria pegando uma das pistolas que peguei no barco, mostrando para ele de forma discreta, a guardando logo em seguida. - Vamos vendê-la, deve nos dar uma grana boa, e podemos usá-la para começarmos nossos planos. Não aguento mais ficar desse jeito, levar essa vida, precisamos… Precisamos nos ajeitar, e para isso vou precisar de uns preparativos antes. Muitos, na verdade. O que você acha? -

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- "Pensamentos."

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Re: Recomeços Sáb Jun 25, 2022 1:58 pm

Já era noite na ilha de Sirarossa quando Yuko desceu pela rampa do navio e se encaminhou rumo ao conhecido bar dela e do seu irmão. A noite estava levemente fria, com a brisa noturna puxando com delicadeza as vestes da jovem. As ruas bem iluminadas, com a sempre presente fragrância de vinho no ar, dava à cidade um ar alegre e até mesmo festivo, apesar de não haver tantas pessoas assim nas ruas.

Um bêbado, com uma garrafa de vinho em mãos, vinha na direção contrária à moça e lhe dava um largo e charmoso — na sua cabeça — sorriso, começando a cambalear em sua direção. Quando próximo o suficiente, a luz refletiu nas cicatrizes da lutadora e o mesmo se afastou rapidamente, enojado.

Sem imprevistos, ela chegava ao bar e via Frank encostado no balcão, conversando com o dono do lugar. O mink lhe dava um sorriso e gesticulava para que a jovem o esperasse. Yuko sentava-se em uma mesa redonda no canto e aproveitava o momento para observar os arredores.

O bar tinha um teto baixo e era feito principalmente de carvalho, já escurecido devido ao tempo. Uma dúzia de mesas redondas preenchiam o largo salão, com uma única e grande mesa retangular no canto, para festas e afins. A maioria dos clientes eram mafiosos da família Nava, com seus ternos e gravatas e conversas sussurradas. Alguns poucos eram civis comuns da ilha, trabalhadores livrando o seu cansaço do dia com uma garrafa ou duas daquele precioso líquido carmesim.

Frank se aproximou com um largo sorriso no rosto. Em suas mãos havia uma garrafa de vinho, duas taças vazias e uma pequenina taça preenchida com um líquido tão suave e delicado que sequer parecia ser um vinho. Yuko, por já morar naquela ilha a alguns anos, sabia exatamente o que era aquilo: Nava Vitae!

Ele colocava a pequena taça próxima à Yuko e enchia as duas outras com o vinho da garrafa, colocando-a no centro da mesa. — Para comemorar seu primeiro serviço. — Dizia ele, apontando para o Nava Vitae. — Consegui fazer com que o Bob tirasse do seu estoque por um preço camarada! — Ele ria mais um vez, na expectativa de ver a reação da humana ao tomar aquele vinho tão cobiçado. Alguns risos vieram do outro lado do bar, sem motivo aparente.

Ah, hoje eu não fiz muito, para ser sincero. Rodei pela cidade e fiz alguns bicos para os Navas. — Ele via o revólver de relance e levantava o lábio em aprovação, antes de dar o primeiro gole em sua bebida. — De fato, um bom começo. Qual o próximo passo? — Indagou, dando mais um gole.

Passos se aproximaram da dupla e três homens pararam a um passo da mesa. O do meio falou: — Ei, ei, ei! É isso mesmo o que eu vi? — Ele falava, com o bafo de alho e álcool sendo pior do que um tapa na cara da jovem. — Um cão e uma cadela bebendo do melhor vinho dos Nava? — Os dois ao seu redor riam e a menção à família atraía os olhos dos mafiosos. — Assim os Nava vão à sarjeta! — E mais uma vez os outros dois riam.

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Re: Recomeços Seg Jun 27, 2022 2:29 am

Recomeços | Post - 02.

A pouca movimentação, a brisa gélida, a fragrância do vinho… Era uma bela noite para descansar. - Frank… Não precisa gastar com essas coisas, você sabe que não me importo com isso… Mas obrigado mesmo assim. - Dizia em um tom leve enquanto pegava a taça e dava um gole no vinho. - Perfeito. - Falava enquanto abria um grande sorriso no meu rosto. O momento estava ótimo, estar ao lado de Frank é sempre maravilhoso, mas é como dizem… "Tudo que é bom dura pouco."

- "Porra de bêbados…" - A princípio procurei não me estressar quando o grupo inconveniente chegou, e apesar de estragarem o vinho com o odor repugnante de suas bocas, não poderia aceitar as merdas que falavam. Após terminar um gole, levaria a taça até a mês e então apoiava minhas mãos sobre a mesa ao mesmo tempo que levantava e olhava diretamente nos olhos do homem do meio. - Não sei se percebeu, mas está atrapalhando. Eu aconselho a vocês que se retirem, mas se quiserem tenho uma resolução muito especial. Quebro as pernas de cada um e depois os levo na cadeira pra fora, uma gentileza da minha parte não acham? - Tanto meu olhar, quanto minha expressão e minhas falas transmitiriam a seriedade e a frieza que eu buscava passar, aliás não devia ser difícil assustar um bando de criança, porém se essas crianças continuassem pegando no meu pé, me sentaria novamente enquanto segurava a mesa com toda minha força. - Muito bem Frank, vou dar sua chance de resolver antes que eu precise manchar minhas roupas novamente. - Esperava que ele os mandassem embora, principalmente porque não estava no clima pra brigar agora.

Independente da situação, assim que me livrasse dos bêbados, terminaria o vinho na taça para poder ir direto aos negócios. - Bom, esperava que você tivesse alguma ideia de onde ir pra vender essas armas, não queria ficar procurando pra todo lugar… - Eu sabia que Frank já teria se habituado com a ilha, e tinha um bom conhecimento da mesma, porém não é normal se ver um vendilhão de armas, por isso não reclamaria caso o mesmo não tivesse nenhuma informação que seja. - Certo. Então precisaremos procurar… Antes, perguntarei ao Bob, alguma informação ele deve ter, impossível ser dono de bar e não ouvir nada do tipo, ainda mais aqui em Sirarossa. - Diria isso ao mesmo tempo que me levantava e partia em direção ao balcão do bar. - Bob? Tô precisando de uma ajudinha. - Chamaria pelo mesmo, o esperando caso não estivesse ali no momento. - Boa noite, então, tô precisando de um lugar pra vender umas armas. Consegue me ajudar? - Esperava pela resposta dele, e independentemente se fosse uma afirmação ou não, o agradeceria de toda forma pelo tempo e pelo vinho, me dirigindo para a saída enquanto chamaria Frank com a cabeça.

Caso conseguisse alguma localização não importando a fonte, já começaria a caminhada, porém se fosse o caso de não conseguir nada, começaria a caminhar pra qualquer direção, buscando meios lógicos como becos escuros ou locais que chamassem pouca atenção por fora para tentar achar algum local de venda de armas ou novos possíveis informantes nos Pubs da noite.

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- Falas.
- "Pensamentos."

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Re: Recomeços Seg Jun 27, 2022 9:33 pm

Yuko podia ter sido tocada pelo fogo, mas seus olhos eram tão gélidos quanto a mais fria ilha da Grand Line. Sua ameaça surtiu efeito e, por um breve momento, curou o trio do alcoolismo. — É-é-é melhor ouvir ela, cara! — Falou o da esquerda. — Tem razão. P-perdão! — Frank apenas riu, apreciando o seu vinho. O trio se encaminhou à Bob, pagaram e foram embora, percebendo que já haviam passado do saudável. Dois dos mafiosos também saíram, pouco depois. Que coincidência.

Mas voltando ao seu vinho e à sua conversa, Yuko perguntava ao mink sobre um possível comprador. — Comprador é fácil. Há, o quê? Seis? Oito? Lojas de armas pela cidade. A maioria, senão todos, comprariam facilmente. — O mink bebia mais um pouco de vinho, voltando a encher sua taça e enchendo a da jovem, caso ela quisesse. Aproximava-se um pouco mais dela, então, e voltava a falar num tom mais baixo. — Também conheço um cara que conhece um cara… Podemos ir agora e ele pode até mesmo ter um outro trabalho para você. O que acha? — A lanceira parecia ansiosa para vender os dois trabucos em sua posse e o mink riu novamente. Os dois terminaram o vinho e Frank liderou a dupla.

O vinho que Yuko tomou parecia fervilhar em seu estômago, enviando um calor acolhedor por todo o seu corpo, a fazendo se sentir satisfeita e motivada. Realmente era uma bebida única. — Vamos para um canto um pouco… soturno da cidade. — Disse o Mink, quebrando a introspecção da mulher. — Preciso conversar com o segurança, se é que ele pode ser chamado assim. — Ele ria mais uma vez, embora a piada passasse despercebida para Yuko. — Então você vai ter que entrar e se virar sozinha com o vendedor. — Após um momento, ele completava: — Ah… Eu não estou lhe avisando por ser perigoso, apenas por lhe avisar mesmo.

A dupla andou por vielas mais e mais escuras e sujas, até que que um punk de cabelo laranja puxou uma arma para os dois. — OPA! QUER LEVAR BALA, OTÁRIO? — Frank colocava uma mão à frente da sua irmã, talvez já esperando por uma resposta ou ação dela, e respondia: — Calma, Papito. É o Frank! — O mink baixava o capuz, como se os seus quase três metros de altura e sua voz grave já não fossem prova o suficiente. — Minha irmã veio negociar uns trabucos com teu chefe.

O punk baixava a arma, ainda com uma careta de poucos amigos, e comentava: — Vocês não são parecidos! — Dizia o óbvio. — Nem um pouco! — Comentava Frank. O tal Papito começava a gargalhar e finalmente guardava à sua pistola. — Ok, ok. Eu confio em tu, irmão. Pode entrar garota, o chefe está no segundo andar. — O homem se encostava na parede e começava a fumar um cigarro. — Eu vou lhe esperar aqui, boa sorte. — O mink se despedia e se encaminhava até o segurança, começando a bater papo com ele. — Se lembra da nossa aposta?Que merda! Pensei que você tinha esquecido!

Yuko adentrou pela porta guardada pelo punk e subiu as escadas até o andar seguinte. A casa estava completamente destruída e abandonada a décadas, ou era o que parecia. Será que realmente havia alguém ali dentro? Além da voz dos dois homens na entrada, que se tornavam mais e mais distantes, e dos passos de Yuko, não havia mais nenhum som. Nenhuma luz, nenhuma alma viva. Será que estava no lugar certo? Será que Frank havia se enganado?

Mas daí, no segundo andar, Yuko viu dois seguranças, estes bem vestidos e não muito diferentes dos mafiosos da família Nava. Um deles levantou uma cortina roxa que era usada como porta, dando a entender que a jovem deveria entrar ali. Nenhuma palavra foi dita. Se entrasse, se veria num espaçoso quarto, revestido pelo que parecia ser uma centena de panos. Sequer um centímetro da parede era vista! À mostra por sobre esses panos havia de tudo: De armas e granadas até drogas e pequenos animais. Uma bela mulher estava encostada próxima à entrada e, após uma longa baforada do seu charuto, indagava: — Posso ajudar, amorzinho?

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Re: Recomeços Seg Jul 04, 2022 10:12 pm

Recomeços | Post - 03.

- "Essa gente é um porre…" - Tendo lidado com os bêbados, voltava minha atenção para Frank, recuperando um pouco do meu ânimo. - Qualquer lugar vai tá bom pra mim, mas podemos ir sim nesse seu conhecido. - Terminava a taça, já me preparando para partir. - "O vinho é mesmo bom…" -

Seguia todo o caminho até o local com a cabeça baixa, um tanto pensativa, enquanto ouvia o que Frank falava. Estávamos passando dentre várias vielas a caminho do local e enquanto caminhávamos, era pegar de guarda baixa, uma arma estava apontada diretamente na nossa direção. - Fran- - Iria agir instintivamente à situação, quando via a mão de Frank na minha frente, e então percebia que havíamos chegado. Após uma breve conversa entre ambos, conversa essa que não pretendia me intrometer, o "guarda" liberava minha entrada. - Já volto. - Dizia, seguindo em frente. - "Não sei o quanto essa gente é confiável, Frank parece conhecê-los bem mas…" -

Começava a subir as escadas pro segundo andar, mas não deixava de prestar atenção em todo o local, apesar de aparentar ser um ambiente calmo, não sentia que era totalmente pacífico. - "Eles são da Máfia? Bom, é melhor não arrumar problemas, me meter com os Navas vai ser a mesma coisa que assinar meu atestado de óbito…" - Seguia andando para adentrar à sala, sendo praticamente impossível não observar todo o arsenal que continham ali dentro. - "Então ela é o chefe (?)" - Estaria de frente para a mulher a olhando diretamente nos olhos, não tinha a menor intenção de me mostrar recuada ou inferior de alguma forma, ao mesmo tempo que buscava não mostrar hostilidade. De maneira sutil e sem movimentos bruscos, pegaria uma das pistolas e a mostraria para a mulher sem nem mesmo encostar em seu gatilho ou apontá-la, enquanto puxava meu manto e mostrava a segunda para a mesma. - Estou procurando suas melhores lanças, vou encontrar isso aqui? As pistolas serão a entrada. Podemos falar dos preços? - Não sabia o que esperar quanto as ações da mulher e muito menos de seus Guardas, mas já tinha em minha cabeça que ela não seria tão fácil assim. Minha noção quanto o preço dessas armas era muito pequena, porém estaria aberta a discutir qualquer preço antes que chegássemos a alguma conclusão, assim como aguardava as informações quanto a Lança que buscava, e mesmo que não tivessem, levaria o dinheiro das pistolas.

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- "Pensamentos."

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Re: Recomeços Ter Jul 05, 2022 10:42 pm

Mas é claro! — Respondia de imediato, gesticulando para que Yuko a seguisse e levando-a até o fim da sala. — Você pode ter qualquer coisa desta sala, amorzinho, desde que seu bolso seja fundo o suficiente. E se eu não tiver o que deseja, me dê alguns dias que eu consigo! — Informou, bem confiante nas próprias habilidades, e parou diante de quatro lanças dispostas sobre almofadas no chão.

Esticando a mão, a mulher pedia para analisar a pistola e, se lhe fosse entregue, desmontaria a pistola em questão de segundos, apenas para remontar e testá-la, mirando e atirando sem balas. — Está em perfeito estado! Posso ver a outra? — Após repetir o processo, levaria ambas as pistolas até o outro lado da sala, as colocando próximas de alguns revólveres. — Eu gostei de você, docinho, e já que é a sua primeira vez… Eu lhe pago 250 mil berries e lhe dou dez por cento de desconto em qualquer compra.

Em relação às lanças, havia quatro no total: A primeira opção era uma lança relativamente simples, mas bem feita e resistente. Se perguntasse o preço ou se demonstrasse qualquer interesse, a mulher informaria: — Essa daí custa apenas 720 mil, já com o seu descontinho especial! — A segunda opção era uma lança belamente craftada por algum artesão e se destacava das demais. — Essa é uma obra prima, não é? Se quiser ela eu lhe vendo por dois milhões! Mas não diga para ninguém, essa é uma oferta especial unicamente para você! — A terceira e última opção era um par de lanças curtas e bem leves, o que possibilitaria usar uma em cada mão. Também pareciam ter sido feitas por algum mestre. — Também posso fazer essas duas por dois milhões, apenas para você! — Dizia. Qual seria a escolha da lanceira?

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Re: Recomeços Qua Set 14, 2022 1:18 am

Recomeços | Post - 04.

- Qualquer coisa… - Comentava bem baixo para mim mesma, enquanto continuava a ouvir as palavras da mulher. Após ser apresentada às armas, me abaixava e segurava elas em minhas mãos, testando o peso e mobilidade de cada uma. - "Boas armas. Frank sabe com quem andar." - Me levantava, apoiando minhas mãos sobre meus joelhos e voltava a olhar diretamente nos olhos da mulher. - Certo, vou levar as duas menores e essa grande. - Diria apontando para a de melhor qualidade, e consequentemente, mais cara. Assim, levava minha mão ao meu bolso, puxando um bolo de notas presas em um elástico, contava o valor rapidamente, pegando outro caso fosse necessário e então entregaria para a mulher. - Tá aqui sua grana. As armas me agradaram bastante, espero poder contar com vocês novamente caso precise, e espero que não tragam problemas ao Frank. - Diria enquanto pegava as armas, isso caso a mesma já não tivesse me entregado, então botava ambas as lanças menores em seus suportes, uma embaixo da outra na posição horizontal logo acima de minha cintura, estando cada uma com seus cabos direcionados para lados opostos, me possibilitando assim sacar qualquer uma com qualquer mão. Segurava a lança maior em minha mão esquerda, apoiando ela no chão. - Bom, nos daremos bem, pelo menos sei onde arrumar um bom material daqui pra frente. - Assim iria me direcionando a saída, minha expressão não teria mudado a nenhum momento desde o início, permanecendo fechada e vazia.

- Foi um prazer. - Diria, acenando pra ela de costas. Esperava não ter problemas a nenhum momento dali pra frente, porém não me daria o luxo de relaxar mesmo assim. Faria o mesmo caminho de antes, descendo cada degrau com certa tranquilidade, porém um leve sorriso aparecia em meu rosto logo que Frank retomava a minha cabeça, várias lembranças e situações engraçadas tomavam conta rapidamente dos meus pensamentos, me fazendo relembrar o quão bobo ele, mas também me lembrando do quão sortuda sou por ter ele. Já do lado de fora, esperava encontrar o mesmo conversando com aquele guarda de antes, ou pelo menos próximo. - Eae grandão, sentiu minha falta? - Diria ao mesmo, com um sorriso bem expresso em meu rosto. Ignoraria o outro homem caso ainda estivesse ali, e iria diretamente na direção de Frank, abraçando seu braço e esperando que voltássemos a andar. - Pelo visto tem muitos contatos interessantes hein, tem certeza que todos param somente em negócios? - Perguntaria ao mesmo num tom irônico, soltando uma leve risada em seguida. - Sabe, estou bem cansada, tava precisando tirar um cochilo só, tentar né… Bom, poderíamos ir pra "casa", mas não vou te impedir se precisar sair. Tenho muitos planos, então apareça de manhã por lá. - Falava pra ele, já estando quase caindo no seu braço, porém me apoiava com a lança e então retomava a caminhar normalmente. - Se for chegar tarde, vê se não exagera. Bom, pelo menos não queria ser tia tão cedo… - Dizia, dando um soquinho em seu braço e soltando uma risada.

Planejava ir direto pra minha "casa", um barraco que moramos já a alguns anos, com ou sem Frank. Caso fosse o caso, me despediria dele e então continuaria meu caminho. Não conhecia essas áreas mais discretas da ilha, porém não era difícil que já não tivesse passado por algum lugar que se ligasse com outro, e assim por diante… eu conhecia muito bem a ilha pra achar rápido um caminho que me lembrava, e então tomar meu rumo. O dia tinha sido bem longo, e o bico extra tão cansativo quanto o resto, então não iria me preparar muito, se chegasse sem problemas, apenas tirava meu manto, o jogando em cima de algum lugar e logo depois me jogando no sofá. Era sempre muito complicado dormir, porém desde que pudesse fechar meus olhos e esticar meu corpo, serviria para ter um descanso.

- Boa noite. - Diria a Frank se o mesmo tivesse me acompanhado.

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Re: Recomeços Qua Set 14, 2022 4:45 pm

Yuko fazia sua escolha e a transação era finalizada com a mulher de terno contando os berries e abrindo um carismático sorriso ao confirmar o valor. — Frank é um velho amigo, não se preocupe. — Ela se aproximava, bastante, e colocava as mãos na cintura da lanceira. — Eu disse que gostei de você… — Yuko sentia ela mexendo nas lanças nas suas costas, ajeitando-as como uma mulher ajeitaria a gravata do marido. — Volte sempre, querida! Estarei esperando! — Ainda de expressão apática, partia com suas novas armas e quase quatro milhões de berries mais leve.

Ao levantar a cortina e sair, viu novamente os dois guardas, um em cada lado. Permaneciam tão impassíveis como a jovem e sequer a olharam quando ela partiu com as três novas lanças. Daí foi descer as escadas e alcançar as ruas novamente, onde Frank e o punk ainda conversavam. — Parece que tudo deu certo. — O mink deu um suspiro de alívio, embora nada de perigoso tivesse ocorrido lá dentro. — O chefe é mesmo foda. Depenou tu todinha! RIAHAHAHA! — Falava o punk, que a cada momento parecia ter a boca maior do que o cérebro. Frank fazia um pequeno gesto para que Yuko não se importasse com isso e dizia: — Bem, estamos indo nessa. Até. — Os dois acenaram e se afastaram, com Yuko seguindo seu irmão.

Após andarem uns dez minutos, Frank dizia: — E aí, o que achou do chefe? — Esperaria pela resposta antes de continuar. — Ele é bem… excêntrico, às vezes. Pode se zangar com alguma besteira ou tratar um desconhecido como seu melhor amigo… Mas é uma ótima pessoa. Confiável. — Sobre ser tia, o mink apenas ria. — Hoje eu vou para casa também. E não se preocupe, essas humanas esqueléticas desta ilha não me interessam! — Ele gargalhava mais uma vez e a dupla seguia até o barraco em que moravam, tendo uma longa noite de sono.

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Re: Recomeços Dom Set 18, 2022 12:38 am

Recomeços | Post - 05.

Murmúrios… Suor… Inquietação… A noite de hoje não teria sido uma das melhores, apesar de ser rara as vezes que era assombrada por meu passado, esta noite conseguiu né lembrar o quão ruim era não poder fazer nada enquanto via toda a minha vida ruir… Coçava meus olhos e me espreguiçava enquanto me virava pra ficar deitada de lado, buscava por um relógio em cima da mesa, mas o mesmo já nem funcionava mais. Me sentava no sofá, não tinha certeza da hora mas sabia que era cedo, tinha sido uma noite complicada para dormir como todas as outras, e pelo mesmo motivo não era comum que me levantasse tarde, porém ainda não podia afirmar nada. Iria me levantando aos poucos e então me dirigindo ao banheiro para que pudesse esvaziar a bexiga e lavar meu rosto.

Assim que fizesse tudo de necessário no banheiro, iria na direção do quarto procurar por Frank. Teria quase certeza de que estaria dormindo, porém se estivesse acordado, abriria um leve sorriso antes de falar com ele. - Bom dia, vou na rua comprar alguma coisa pro nosso café, vê se tenta arrumar isso aqui, o mínimo que seja. - Caso estivesse de fato dormindo, procurava fazer o mínimo de barulho e então voltava pra "sala". Pegaria meus óculos, os pondo, e olhava na direção do quarto. - Nunca vi alguém gostar tanto de dormir quanto ele… - Voltava então minha visão para a mesa, indo até a mesma e pegando meu manto para vesti-lo, me livrando um pouco da brisa gélida de uma manhã em Sirarossa. Não enrolava muito e logo seguiria para a saída.

Saía às ruas sem muita pressa, observava o céu esperando que se abrisse um belo sol no lugar desse frio monótono, porém não acreditava muito que pudesse ocorrer. Bom, botaria ambas as minhas mãos em meu bolso buscando as manter aquecidas, e então partiria na direção da primeira feira ou mercadinho que conhecesse para comprar algumas frutas como  banana, pera e maçã, uma cartela pequena de ovos e pó de café. Enquanto voltasse, buscaria passar na padaria mais próxima para comprar pães frescos, margarina, queijo e presunto. Como teria levado comigo minha carteira, pagaria por todos os produtos sem estresse algum, e assim iria de volta pra casa logo que realizasse todas as compras. - Frank, acorda. Vou preparar nosso café. - Diria, buscando acordá-lo ou então fazê-lo levantar da cama, isso caso já não estivesse na sala ou no banheiro.

Já tendo chego em casa, deixaria as compras sobre a mesa e as tirava das sacolas. Botava as frutas todas em uma cestinha de palha e deixava a sacola de pães e o resto das coisas da padaria todos na mesa. Levava a caixa de ovos até a pia, pegava uma frigideira e quebrava uns 4 ovos pra fazer ovo mexido. Ao mesmo tempo, iria por água na leiteira a pondo no fogão e esperando ferver, assim pegava uma outra leiteira e botava o coador de café nela, já botando o pó e apenas esperando a água ferver. Era tudo muito simples, o ambiente não era muito agradável, os equipamentos na maioria velhos, porém era assim que vivia com meu irmão a anos, e acho que já nos acostumamos. - Frank! - Estava tudo na mesa. A cesta de frutas, pães, queijo e presunto, margarina, os ovos e o café, não era uma cozinheira nem nada do tipo, mas não se passa tanto tempo vivendo sozinha sem aprender a fazer o básico. Iria me sentar na mesa e começar a preparar meu pão, o cortava no meio e botava o ovo mexido, queijo e presunto, não antes de ter passado manteiga. Botava o café no meu copo e logo viria com um gole. - "Se minha vida fosse só essa pequena parte, seria tão melhor…" - Esperava que ele já estivesse vindo a esse ponto, era muito melhor dividir momentos como esse com ele. - Comprei bastante coisa já que você sempre come mais… Mas me fala, o que esteve fazendo essa semana? Não conseguimos conversar muito, eu mesma não sabia que conhecia aquele pessoal da Máfia. Eles estão ligados com os Navas? … Pergunta idiota a minha, não estariam ligados a esse trabalho sem terem algum ligamento aos Navas. - Abria um leve sorriso em meu rosto, esses momentos que posso me sentir normal e voltar ao mesmo espírito de quando era pequena sempre me alegrará, e talvez eu precise mais disso do que imagino.

Enquanto converso com Frank, responderia suas perguntas gentilmente, mas nada que fosse muito problemático, e esperaria por suas respostas às minhas questões. - Entendo… Bom, eu tô com alguns objetivos em mente e muitas coisas pra fazer, você sabe que não vamos ficar aqui por muito mais tempo, não temos nada aqui e nem motivos pra permanecer. - Diria olhando pra ele enquanto morida meu pão. - Você já sabe disso mas… Não sei de fato o que eu quero da minha vida, mas eu tenho certeza que não quero mais passar pelo o que passamos, e muito menos que outros passem, mas também não vou me juntar a esse governo medíocre. Terei de seguir um caminho livre, e você sabe como de como serei taxada após aparecer pro mundo… - Dava um gole no café, olhando pra comida agora com minha cara já fechada. - Não vou pedir nem exigir que você faça nada por mim, por isso vou entender se não quiser se expor assim pro mundo. Mas eu não conseguiria ver outros na mesma situação que a minha… - … - Bom, vamos esquecer isso por agora. - Voltaria a por um sorriso em meu rosto, não queria pesar o clima ainda mais, e de longe era minha intuição deixar o Frank desconfortável pelo assunto. - Olha, eu planejo passar nas docas ou nos portos hoje, preciso achar alguém que consiga pelo menos me explicar melhor como conduzir um barco. Tá planejando o que pra hoje? - Falaria, enquanto levantava da mesa dando um gole no copo de café, e então começando a levar as coisas que sujei pra pia, pegando junto o copo de Frank caso o mesmo já tivesse terminado. E então guardaria o resto das coisas na geladeira e no armário, enquanto esperava a resposta de Frank sobre seus planos.

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Re: Recomeços Dom Set 18, 2022 9:41 am

Yuko despertava de forma espalhafatosa, como se tentasse escapar fisicamente do reino dos sonhos que a levava para as trevas toda noite. Finalmente acordada, pôde respirar fundo, livre, ao menos até a próxima noite. Na penumbra que antecede o amanhecer, a sala do barraco onde morava estava cheia de sombras e fantasmas, mas a lanceira parecia ser imune a realidade.

Com um leve grunhido, se levantou, sentindo o corpo suado, o cabelo encharcado, as roupas grudadas na pele. Com um ou outro tropeço, chegou ao banheiro e fez suas necessidades, saindo alguns minutos depois. O sol finalmente começava a sua trajetória matinal, entrando pelas frestas e tingindo o quarto do mink de laranja quando Yuko foi checá-lo. Frank estava esparramado na cama que parecia ter metade do seu tamanho, com um braço caído e tocando o chão e uma perna um palmo para fora, suspensa.

Vestindo seu casaco, partiu, sentindo frio. As banquinhas que haviam próximo do barraco já estavam abertas e montadas, mas o frio e a névoa parecia afligir o humor de todos. Yuko fez suas compras com um par de palavras e voltou para casa. Tudo lhe custou cem mil berries. Frank permanecia tão imóvel quanto antes.

Recomeços Buldogue-frances-dormindo

Após acordar seu irmão, começava o preparo do café da manhã. Ao passo que colocava as últimas comidas sobre a mesa, Frank saía do banheiro, ainda bocejando e coçando a cabeça. — Bom'ia. — Ele dava um beijo na sua cabeça e se sentava, com a cadeira rangendo em protesto. — Oh ho, você se dedicou hoje! — Ele arregalava os olhos com a quantidade de comida à mesa e começava a se servir, enchendo o prato como se não comece a dias, a língua para o lado de fora da boca em antecipação.

Entre uma mordida e outra, ele comentava sobre o dia anterior. — Lembra do Papito? Cabelo laranja, pistola? Houve uma vez, a muitos anos, que fizemos um bico juntos. — Ele não especificava o bico, mas Yuko conseguia ter uma noção. — Éramos cinco no total e tivemos algumas… dificuldades. Papito ficou para trás para os outros fugirem, sequer disse uma palavra. — Frank parava e dava um sorrisinho, relembrando. — Eu sei que não parece, mas ele é competente pra caralho! HAHAHA!

Ele devorava um pão com ovo antes de continuar. — Quando eu percebi o que havia acontecido, tentei voltar com o grupo, mas eram um bando de covardes. Então voltei só e derrubei o prédio em cima dos nossos inimigos! — Ele gargalhou tão alto que o barraco inteiro pareceu sacudir. — Desde então somos amigos. — Ele parava a história mais uma vez, devorando o que havia no seu prato em alguns segundos. — Eu não sei a história entre ele e o chefe, mas parece que Papito falou tão bem de mim, que o cara passou a confiar em mim, mesmo que só tenhamos nos visto umas duas ou três vezes. — Passava uma banana para dentro. — Ele não está ligado com os Navas, não diretamente. Mas parece haver algum tipo de acordo entre eles. Você sabe como esse pessoal é.

Yuko começava a falar sobre o futuro, baixando a cabeça e se perdendo um pouco nos seus pensamentos. Teve o silêncio como resposta e, ao levantar os olhos, viu Frank a encarando, com um suave sorriso no rosto. — Eu sou um mink, pequena, acha que me importo como vão me taxas? — Ele perguntava, colocando uma mão sobre o ombro de Yuko. — E mesmo se eu me importasse, prefiro atravessar o inferno com você ao meu lado do que ir para o céu sozinho. — Dizia, com uma expressão serena e o olhar cheio de determinação. — Quem me prepararia um café tão delicioso? — Brincava, rindo mais uma vez.

Por fim, terminaram a refeição e Yuko levou os pratos para a pia, guardando o que restou de comida, que havia sido quase nada. Frank se espreguiçava, passando a destra na barriga. — Ah… Estava delicioso. — Yuko contava seus planos e Frank respondia: — Já pensou em como conseguir um navio? Não são baratos… — E, após ouvir a resposta: — Hoje eu vou visitar alguns amigos… Não sabemos quando vamos voltar, nem se vamos, então quero partir sem deixar nada pendente. — Sendo assim, não demorava para Frank partir, deixando Yuko livre para seguir com seus próprios objetivos.

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Re: Recomeços Ter Set 20, 2022 6:54 pm

Recomeços | Post - 06.

Ouvir todas aquelas histórias e palavras de Frank era reconfortante, me fazia me sentir mais eu mesma, aquela doce menina de antigamente, mas infelizmente a realidade não era essa…

- Está mesmo pensando em gastar com algo assim? - Risos - Se vamos ser os vilões de qualquer jeito, começar antes ou depois não importa, mas bem, ainda falta um tempinho pra resolvermos isso. Antes preciso garantir que conseguirei nos guiar em segurança. - Falava com o mesmo enquanto terminava de guardar o pouco que tinha sobrado. - Diga a eles que estará em boas mãos, e que um dia te trago de volta. - Terminava assim rindo, e dando dois tapinhas nas costas de Frank.

Depois dessa interação, me deitaria no sofá para descansar um pouco, fechando meus olhos e pondo meu braço direito por cima. Aguardava junto a saída de Frank para que então pudesse me dirigir novamente ao banheiro. Tirava minhas roupas ainda na sala, as deixando sobre o sofá, e iria em direção ao chuveiro. - Preciso de um banho pra começar bem esse dia… - A cada vez que girava a torneira, esperava me deliciar com a quentura da água, porém era coberta uma "montanha de gelo". A água estava tão fria quanto qualquer outro dia, e já estava acostumada com tantos anos vivendo assim, porém nunca me esqueço da sensação da água quente batendo na sua pele e relaxando cada parte do seu corpo… Sairia do banho com certa rapidez, a água acumulada no meu cabelo caía em gotas a cada segundo, molhando ainda mais o chão, e então começava a me secar. - Preciso urgentemente de um secador… -

Saía do banheiro ainda secando meu cabelo, buscando reduzir ao máximo seu excesso de água e iria pondo minhas roupas novamente, passando a mão por meus braços como uma tentativa falha de me aquecer. - Um ótimo dia pra aprender coisas novas… - Falava sarcasticamente enquanto ia saindo de casa, fechando ela logo em seguida. Meu destino agora era único, por toda minha infância sempre fui interessada pelo mar e pelos mistérios que o mundo tem a oferecer, mas as coisas se complicaram demais, ao ponto dos meus sonhos de infância irem sumindo com o tempo. Preciso voltar a um rumo, e para isso preciso conseguir navegar pelos mares, algo que atualmente seria impossível visto que não sei o mínimo do que fazer para conduzir uma embarcação ou qualquer outra coisa.

Caminharia pelas ruas de Sirarossa a procura do porto ou da doca mais próxima, me recordava de já ter visto um dos dois não muito longe de casa e procurava seguir o caminho que estaria em minha cabeça, mas não deixando de perguntar pras pessoas na rua se estivesse enganada. Meu objetivo era muito simples, procurava por embarcações no litoral da ilha, visando localizar seus tripulantes e a princípio seu marinheiro. (Me referindo a quem vá navegar o barco/navio, não a marinheiros da Marinha.) Sabia que era difícil vê-los ou encontrá-los assim em seus barcos, por isso concentrava minhas buscas também em embarcações que visse serem de carregamentos ou então estarem fazendo algum trabalho. Não estava tão esperançosa, porém iria passando pelos locais e abordando os tripulantes, caso hajam, a fim de conseguir pelo menos uma conversa.

- Bom dia… Estou a procura de um Navegador, precisava conversar com algum nem que por alguns minutos. Queria saber se não teria algum conhecido? - Não era difícil ser educada, só era difícil decidir a quem deveria conceder tal atitude… Observaria o perfil da pessoa a quem iria abordar, claro que a não julgaria só pela aparência, mas dobraria minha atenção se fossem homens muito "brutos" ou então que eu percebesse alguma intenção maliciosa vinda dos mesmo. Qualquer ação que pudesse ocorrer contra mim seria revidada da menor maneira possível para que não me trouxesse estresse mas que conseguisse resolver o empecilho.

Buscava rodear no mínimo metade do litoral da ilha nessa brincadeira, parando de procurar só quando percebesse que já estaria ficando tarde demais, onde então começaria a voltar na direção de minha casa, cansada e estressada.

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Re: Recomeços Ter Set 20, 2022 9:30 pm

Bem, essa também é uma opção. — Comentava em relação a surrupiarem um navio, dando de ombros. Mas logo ele partiu e Yuko ficou só. Após um banho frio para limpar o suor e as memórias do pesadelo, ela também partiu, rumo ao porto.

O mar era próximo de sua casa, no subúrbio da ilha, mas o porto era um pouco distante. Caminhou por talvez quase uma hora para chegar lá, com os comércios abrindo e dezenas de mafiosos andando para lá e para cá, cada um com o peito mais estufado do que o anterior.

Já no porto, a lanceira começou sua ronda, indo de navio em navio em busca de um navegador, mas a maioria dos marujos com que falava a ignoravam ou gesticulavam para que ela fosse embora, pois estavam "muito ocupados". Na sexta tentativa, via uma caravela, com um idoso na casa dos sessenta e dois homens parrudos, aparentemente seus filhos. — Bom dia, minha jovem. Em que posso ajudar? — Yuko dizia o que procurava e o velho logo respondia. — Oh, claro. Eu sou navegador há mais de quarenta anos! Hahaha! Na verdade, eu e meus filhos estávamos perto de sair para o mar mais uma vez… Somos pescadores. — Ele explicava. — Do que precisa? Um peixe fresco?

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Re: Recomeços Qua Set 21, 2022 1:21 am

Recomeços | Post - 07.

Já tinha se passado um pouco mais de uma hora até que consegui encontrar a primeira pessoa que se propôs a falar comigo. Enquanto chegava, podia observar todos os tripulantes, era um idoso e dois caras mais jovens e parrudos, provavelmente seus filhos, e após falar com o velho descobria que o mesmo era o navegador da Caravela. - Ah, você conduz o barco? Que ótimo. - Não sei ao certo se seria por que é apenas um velho, ou então se por algum motivo me sentia segura, mas eu abria um leve sorriso ao saber que ele era o Navegador. - Na verdade, eu estava justamente querendo aprender a conduzir uma embarcação. Não gostaria de atrapalhar o trabalho de vocês, mas seria de grande ajuda pra mim que pudesse me ensinar um pouco de seu conhecimento. Afinal quarenta anos é bastante coisa. - Minhas falas soavam calmas e gentis enquanto conversava com o senhor, e ao término da frase, daria uma leve risada. - Mas não se preocupe, se tiverem espaço também, eu posso ir junto e os ajudo a pescar. Não tenho experiência mas eu posso tentar. - Apesar da situação, aprender a conduzir um barco era crucial para prosseguir, por isso iria oferecer o máximo de ajuda possível para que ele pelo menos pudesse me ensinar.

Se obtivesse uma resposta afirmativa, abriria um sorriso em meu rosto, segurando a mão do Senhor e me curvando levemente. - Muito obrigado! - Diria, logo soltaria sua mão e assim me encontrava pronta para começar.

Início do Aprendizado de Condução.

- Bom, espero que possamos todos nos dar bem! Haha! Vou indo primeiro para passar no banheiro, se puder ajudar meus filhos a levar esses caixotes minha querida, já vai ajudar muito. -  Dizia o senhor para Yuko, enquanto começava a caminhar pra dentro da Caravela, neste momento a jovem ia em direção aos filhos do Senhor, os cumprimentando e pegando dois caixotes, um em cada mão, com ambos contendo equipamentos de pesca. - Prazer, o pai de vocês disse que me ajudaria, então espero conseguir ajudá-los um pouco também. - Ela dizia ainda com um leve sorriso em seu rosto. Ambos os garotos olhavam a mesma e então voltavam a olhar para ela, abrindo um longo sorriso logo em seguida. - Pode relaxar! Se o papai concordou nós também concordamos, espero que curta a viagem, me chamo David. - Falava então o irmão da direita, todo alegre, animado e bastante expressivo. Ele tem o corpo um pouco maior que o de seu irmão, porém seu irmão é mais alto, talvez seja um equilíbrio. O mesmo possui um cabelo baixo e loiro, com um disfarce na parte de trás e nos lados, deixando em cima bem curtinho. Ele então começava a apontar pro seu irmão com grande empolgação. - E esse aqui é meu irmão, B- - Iria dizendo ele animado, quando era cortado por seu irmão abaixando seus braços e começando a passar para dentro do barco carregando as duas últimas caixas que estavam ali fora. - Bernard. Se precisar de alguma coisa pode falar comigo, se precisar que tire o David de cima de você, pode me chamar também. - Falava ele parando na frente de Yuko e olhando pra ela, ele era um pouco mais alto que David, porém parecia não ter tantos músculos quanto. Tirando isso, o mesmo tinha um cabelo liso e curto, que parava na altura da sua testa, ficando caído e desajeitado. Em seguida, Bernard continuava a andar em direção barco. - Po, não liga pra ele, esse CHATO sempre é assim SEM GRAÇA. HaHaHaHa. - Dizia David numa clara tentativa de irritar seu irmão, que funcionava, pois ele gritava já lá de dentro do barco, bastante furioso. - E me diga, qual seu nome? - David voltava sua atenção rapidamente para Yuko e a perguntava seu nome. - E-Eu me chamo Y-... Me chamo Kim, muito prazer. - A jovem se enrolava no começo de sua fala, para ela ainda seria difícil conciliar esses seus dois lados, mas tinha decidido ao menos tomar algumas medidas de prevenção, tanto para ela quanto pros outros. - Venha, vamos entrar, daqui a pouco o pai já vai zarpar. - David chamava então "Kim" para subir ao barco, levando ambos duas caixas em seus braços.

- Muito bem Marujos, vocês estão prontos??! - Gritava o velhote saindo da cabine da Caravela fechando seu zíper. - Estamos! Vamos zarpar! - Falava ambos os irmãos juntos. - Hehehe! Então vamos! - Ele concluía dando um leve pulinho e começando a subir as escadas pro leme. - Suba aqui jovem, não vai querer perder sua primeira lição. - Ele chamava então Yuko até o mastro, segurando ele enquanto seus filhos começavam a puxar a âncora. - As velas, não esqueçam de ajustar! - Ele gritava para ambos, sem muita necessidade, mas algo que já estava acostumado a fazer. - Bom, onde estávamos? Ah certo, é que eu me perco com esses jovens… Bem, uma das partes tão importantes quanto conseguir conduzir um barco em alto mar, é primeiramente conseguir sair com ele. Não é nada um bicho de sete cabeças, mas precisa prestar atenção principalmente na direção do vento, acredite ou não, já causei muito estrago arrumando as velas errado, hahaha! - Dizia ele rindo, e começando a manobrar o barco mesmo sem prestar atenção, demonstrando seu vasto conhecimento e tamanha maestria. - Sempre as posicione pro lado em que o vento não vá pegar em cheio, justamente para que não ocorra acidentes a toa, e depois mude elas novamente  a bel prazer. Saía sempre tendo em conta o tamanho da sua embarcação, não vá jogar muito para um lado e acabar em encrenca, e me escute quando digo, é muiiiito chato. - Falava ele com as palavras de quem já havia vivido muito pra contar. Yuko em toda a explicação ficava mais séria, ouvindo atentamente, apesar de ser quem é hoje, seria impossível perder por completo seu "eu" do passado. - Como ainda estamos saindo, vou deixar pra te passar mais ensinamentos no resto da viagem, por enquanto, pode relaxar. - Ia dizendo o mesmo, largando o leme e indo pegar um branquinho pra se sentar, quando via que estava quase indo de encontro com uma pedra. - Desgraça! Malditas pedras, elas sempre me atrapalham… Ah, quase ia me esquecendo, como se chama jovem? Eu me chamo Gregório, mas pode me chamar de vovô, ou como preferir. Percebi que meus filhos gostaram de você, pelo visto não foi tão ruim ter trago você junto. - Enquanto ele falava de seus filhos, Yuko podia observar eles lá de baixo escutando, e ficando um pouco envergonhados ao serem mencionados. E após as falas de Gregório, Yuko se via mais um vez na situação de antes, abaixando a cabeça antes de falar, mas levantando com um sorriso de canto logo em seguida. - Me chamo Kim, Senhor. Fico aliviada em saber que não vou atrapalhar vocês. -

- Ei Kim, desce aqui, tenho que te mostrar algo muito legal! - Gritava David, se apoiando na borda do barco, e apontando para a água. - Sempre que saímos aqui, conseguimos ver essas tartarugas nadando, elas já devem aparecer… Só espera um pouco… Talvez… Ali! Me diga se não são lindas? - Seguia David mostrando a "Kim" as maravilhas do mar, com sua grande empolgação. - São mesmo bem bonitas. - … Se passavam um bom tempo. Ambos os irmãos estavam terminando os preparativos das varas e das iscas, enquanto Gregório tinha entrado na cabine a um bom tempo e não voltou ainda. Yuko estava sentada nas escadas, aproveitando a vista privilegiada do mar que recebia. - É a primeira vez que me vejo no mar novamente, desde quando vim pra cá… Ainda há salvação pra esse mundo, não consigo acreditar que essa paisagem, que a natureza vai ruir por causa das horríveis pessoas do mundo… - Ela se encontrava em um momento mais delicado, quando era jogada pra frente numa freada inesperada do barco. - Seus Idiotas! Vamos passar da área, puxem já essa âncora! - Gregório gritava da porta de sua cabine, coçando os olhos e irritado com os garotos, esses que se ligavam e saíam rapidamente pra voltar a âncora. - Não adianta, eles nunca aprendem… Um velho nem descansar pode mais… Certo, vamos lá! - Ele coçava sua cabeça e começava a andar pro meio do convés. - Chegamos! Preparem suas varas de pesca, e vamos fisgar os bons! - Todos os três se animavam e começavam a preparar sua varas, Yuko então ia descendo os degraus e chegando mais perto de todos. - Kim! Vamos finalmente pescar, quer tentar aprender??? Eu te ensino, não é muito difícil, venha. - David assim que via Yuko a chamava, e então ela ia de encontro com ele. - É simples, você vai segurar assim, e então vai lançar com bastante força e- - … Se passavam no mínimo uma hora e meia desde que estavam ali, David e os outros haviam passado algumas dicas pra Yuko porém era muito complicado pra ela pegar de fato a essência de pescar, sem falar que o mar parecia não estar para peixe hoje, mesmo Gregório havia pescado poucos nesse dia, apenas 5 até então. Com um tempinho yuko desistiu e David voltou ao seu lugar. - Não se preocupe, no começo é sempre complicado mesmo. - Dizia Bernard, e nesse momento tanto David quanto Gregório se impressionavam e começavam a dar risadas. - Na verdade, é uma tremenda má sorte de principiante… Em todo esse tempo ela deveria pelo menos ter pego algum peixe, eu mesmo tô ruim hoje, mas não é por qualquer motivo… Hoje vai c- - E sendo interrompido pela jovem, o velho demonstrava uma grande cara de surpresa pela mesmo. - Vai chover hoje não vai? Não conheço muito sobre a vida marítima, mas eu estudei bastante quando pequena, tenho quase certeza que uma chuva pode estar se aproximando. - Dizia Yuko, com certa tranquilidade em saber um pouco do que dizia, apesar de não poder afirmar nada. - HAHAHAHA! Que jovem interessante! Não são todos que saberiam identificar uma chuva se aproximando, gostei de você garota, já pode substituir os dois aqui! - Dizia ele com bastante surpresa em ver tal conhecimento em uma pessoa tão jovem, David e Bernard também se impressionaram. - Caramba! Se foi um chute, que belíssimo chute! Hahahahaha! - Dizia David, enquanto Bernard começava a analisar os detalhes melhor, tendo a informação de que iria chover. - Certo garotos, levantem a âncora, vamos partir. Por hoje é só, ainda preciso passar meus conhecimentos a Senhorita Kim, depois disso, estou esperando bastante pra ver suas capacidades no futuro. Hehehe. - Falava Gregório, enquanto começava a caminhar pro leme, puxando Yuko junto.

- Certo jovem, acho que essa vai ser a melhor oportunidade para te testar. Os ventos vão começar a aumentar, irei te ajudar com as velas e ir te instruindo, mas agora você vai controlar o barco! Se tombar a gente vai pagar caro! Hahaha! - Gregório parecia feliz, e seus filhos preocupados com Yuko no controle do timão, porém confiavam em seu pai. - A primeira coisa que você deve saber é que o vento será sempre a coisa com quem você tá lutando, mas deverá saber utilizar ele de maneira certa. O vento, sua direção, sua velocidade e intensidade, tudo vai contar na hora que estiver comandando. Sempre que estiver contra o vento, precisará ser esperta e eficiente, nunca vá 100% de cara, você precisa seguir um rumo diagonal, que te torne possível continuar o rumo apesar dos empecilhos, você continuará em zigue-zague. Vai demorar? Sim, porém vai sair de uma enrascada! HAHA! - Yuko manipulava o mastro ainda sem muita habilidade, apesar de seus conhecimentos na área de navegação, nunca tinha pilotado nada ainda. Mas tentava compensar essa falta de habilidade e prática, escutando e absorvendo ao máximo as falas e conhecimentos de Gregório. - Eu espero que não ocorra, mas caso precise navegar à bolina, saiba que deixar a vela numa posição em que ela recebe pouco a força dos ventos e consiga "escorregar" o resto é muito importante, oremos para que não precise pôr em prática, mas se for o caso, já estará pronta. Eu confio que conseguirá! - Ele dava um grande joinha para a jovem, que não se mostrava tão confiante, desde que não sabia o que seria "à bolina". - Senhor, mas o que seria navegar à bolin- - …

- EI EI EI EI! A VELA, MUDEM! PUXEM A  NCORA! VIRA O LEME MENINA! - Já nas margens da ilha, Yuko continuava dirigindo o barco, quando se aproximavam da vaga no porto, e Gregório tirando uma soneca esquecia que era a primeira vez dela, bem… - Ufa! Foi quase hein pai. Hehe. - Falava David aliviado de não terem batido e nem quebrado nada. - Foi mesmo… Já pode soltar o leme filha, você foi muito bem. - Falava Gregório ao ver Yuko um pouco preocupada com a situação. Todos desciam do barco após terem arrumado as coisas, Yuko ajuda a eles nessa parte e todos se paravam bem em frente à descida. - Que viagem boa, precisamos de mais dessas! - - Precisamos de uma boa noite de descanso… - Ambos os irmãos continuavam com suas discussões, e Gregório chegava mais perto de Yuko. - Kim, apesar desses pequenos contratempos, foi uma ótima viagem! Espero ver você novamente por esses mares, algum dia. - Dizia. - Sr. Gregório, muito obrigada mesmo. Não acho que arrumaria outra pessoa tão boa quanto o senhor pra me ensinar, muito obrigada. E queria lhe agradecer de outra forma… - Yuko continuava a agradecer, ao mesmo tempo que puxava de dentro de seu bolso algumas notas, verificava uma certa quantia e entregava ao Senhor. - Não é muito, porém vai servir pra compensar o tempo que gastaram comigo, assim eu espero. - Ela o entregava 650.000 Berries. - Obrigada mesmo. - Ele procurava não demonstrar, mas estava quase se emocionando com a situação. - Kim, não pr- - Ela cortava sua fala, e saía para falar com os garotos. - Muito obrigada a cada um dos dois, me ajudaram bastante hoje. Se precisarem de alguma coisa tentem entrar em contato comigo, irei aparecer. - Falava Yuko enquanto apertava a mão de cada um. - Nada! Sempre que quiser ir pescar também, pode aparecer, nós guardaremos sua vaga! - Falava David retribuindo o aperto de mão, e puxando Yuko para um abraço muito inesperado. A princípio ela não sabia muito o que fazer, mas decidiu não agir agressivamente sem motivos, e acabou ficando um tanto constrangida. - Idiota, não se sai abraçando as mulheres assim… - Bernard dava um tapa na cabeça de David, e se curvava na direção de Yuko. - Desculpe meu irmão. Mas foi mesmo uma boa viagem, fazia tempo que não via meu pai assim novamente, animado… Bem, se quiser, sabe que pode voltar. - Ao citar seu pai, eles viraram para vê-lo, e o mesmo estava virado de costas, como se estivesse apreciando algo, mas escondia e virava rapidamente. - Hehehe, obrigado por tudo Jovem, e espero ter te ensinado o suficiente. Quando puder, apareça, irei te levar pra pescar em um dia normal da próxima! - Ele dizia bem alegre e orgulhoso, cumprimentando Yuko. - Bem pessoal, preciso ir. Provavelmente vai chover hoje, não quero pegar chuva. Foi muito bom conhecer todos, e prometo que retornarei algum dia. Boa tarde. - Ela ia andando e se despedindo de todos, voltando a caminhar pelas ruas de Sirarossa, e voltando a buscar sua casa.

Fim do Aprendizado.

- Droga, estou muito longe, vou precisar me apressar um pouco. Preciso ver se Frank já está em casa, espero que não esteja dormindo, aquele preguiçoso. - Estaria a caminho de casa, de manhã havia demorado bastante para chegar até o porto, e ainda mais pra achar alguém que falasse comigo, por isso apertaria o passo, e começava a ir mais rapidinho a caminho de casa. Com o tempo, finalmente estaria próximo de meu destino, entraria em casa, tirando meu manto e o jogando sobre o sofá. - Frank? Cheguei, já tá aí? Queria saber se você quer sair pra comer, posso gastar o resto que sobrou pra um jantar legal. - Esperaria sua resposta, esperando que o mesmo já estivesse em casa.

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Re: Recomeços Qua Set 21, 2022 9:53 pm

Horas se passavam, o sol movia-se pelo céu, castigando os quatro marujos com seu calor constante, e o vento jogava a brisa do mar contra seus rostos. Mesmo assim, o aprendizado que a lanceira conseguia adquirir era inestimável e seria mais do que útil nas suas viagens futuras. Após uma ótima pesca, finalmente retornavam para o porto de Sirarossa e se despediam. — Até mais, Kim, que suas viagens sejam seguras! — Dizia o velhinho, acenando para a moça e com o bolso mais cheio do que antes.

Yuko refazia o caminho, caminhando pelas ruas da ilha. Já era fim da tarde, com o céu assumindo um tom alaranjado e a temperatura caindo alguns graus. Ao chegar em casa, chamava pelo seu irmão, mas não havia resposta. Ela estava sozinha e não parecia que ele havia retornado e saído novamente, pois tudo estava exatamente como ela havia deixado mais cedo.

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