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O grupo realizava novamente mais uma interação, alguns deles já conheciam muito bem uma das organizações apoiadores de Kraa e aquilo mexia de forma diferente com os caçadores. Akame assentiu positivamente aos pedidos de As e Sasha, antes de saírem, puderam ver que uma dupla de marinheiros agora fazia segurança na porta do anexo onde seu grupo estava, mas eles sabiam que no interior do lugar, um monstro estava realizando a proteção, afinal, Mamaco ainda estava lá. De qualquer forma, Sasha provavelmente estava um tanto quanto aliviada, já que não precisava mais se preocupar com o material que tanto queria, já que Akame iria mandar que lidassem com isso. Por fim, o grupo partiu em velocidade na direção citada pela Capitã, tendo Akira encabeçado todo o bonde, seguido por Sasha, As e Shiori.

O percurso até o ponto indicado foi relativamente grande, dando tempo necessário para que o tritão gastasse toda aquela energia extra. Lukomorye ficava aos poucos para trás, pelo jeito os arredores não era algo tão perto como seu “nome” indicava. Alguns bons metros após sair lateralmente da cidade, eles puderam encontrar uma espécie de vila, tendo alguns iglus como “casa”. O lugar não era muito grande, dava pra contar nos dedos de dois irmãos a quantidade de casas espalhadas pelo lugar; tudo estava coberto pela imensidão branca da neve e aparentemente não tinha ninguém por ali. Claro, Sasha, Akira e As conseguiam notar que existiam pessoas ali, alguns pelo uso do Haki da Observação e outros por meio dos mecanismos em seu corpo.

Aos poucos algumas pessoas saiam das respectivas casas com um olhar curiosos, seus corpos estavam envoltos de peles de animais, como o búfalo e outras peças de cores diferentes – O que vocês querem? – Falou um homem recém saído de uma das casas, observando o quarteto com um olhar assustado – Espere... ele disse que vocês viriam! Principalmente vocês duas! – Apontou para as Selvagens em meio ao próprio desespero, recuando alguns passos com dificuldade na densa neve que cobria todo o chão – Precisamos sair! Precisamos sair agora mesmo! – Falou o homem em um tom mais alto, sendo obedecido pelo grupo que formava aquela vila, que largaram suas casas sem pensar duas vezes, partindo em direção a cidade o mais rápido que podia.

Nada aconteceu enquanto o grupo vagava, algum dos caçadores iriam pará-los para entender do que se tratava? Apenas os deixaria em paz? Por fim, Akira sentiu uma espécie de sinal, o arrepio do Akira parecia alertá-lo de um perigo próximo. Ao olhar na direção que seu corpo instintivamente sentiu, pode ver uma espécie de tigre branco que se camuflava com a neve, sendo revelado apenas por algumas manchas presas espalhadas pelo seu corpo. Não havia sinais humanos por enquanto, pelo menos não que o Haki ou o mecanismo conseguisse captar.

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A recepção não foi nada amigável e aquilo levantou suspeita sobre o lugar, já que o grupo de caçadores achou completamente estranho a fuga dos moradores locais de maneira acelerada, eles nem sequer levaram suas próprias roupas e itens domésticos. Akira e As logo resolveram ir em direção aos moradores, que tentavam desesperadamente alcançar a Cidade que não estava muito longe dali – Eles falaram para quando um grupo com duas Minks e um tritão chegassem, a gente sair daqui o mais rápido possível! – Falou um homem de aparência comum, sem nada expressivo a ser citado sobre seu corpo – Não posso falar quem são, eles irão me matar se eu contar! – Continuou o homem visivelmente desesperado com toda a situação que estava vivendo. O homem que já estava em um estado fora do normal, ficou ainda pior quando o homem-peixe citou o nome do Kraa, mostrando que ele realmente estava relacionado com aquele vilarejo – Não... o tigre é do outro, não matem a gente também. - Falou uma mulher se aproximando da dupla - Amor, agora não adianta mais, eles são nossa melhor opção... não podemos continuar sendo escravos deles! Precisamos de coragem! – Continuou a mulher voltando sua atenção para a Ciborgue e o Tritão – Eles não estão muito longe daqui, nossa anciã é parente do Kraus, que vocês conhecessem como Kraa. – Disse a mulher puxando uma pequena criança para próximo de si – Não muito longe daqui, eles ficam próximo a Montanha Vyraj, conhecida popularmente como pico do mundo... não sei muito mais do que isso. – Finalizou a mulher.

O homem parecia mais calmo, era como se ele tivesse aceitado o seu próprio destino – É, ela tem razão. Não sabemos exatamente o lugar, mas tem algo por ali, não é muito longe... basta seguir naquela direção, não precisa passar pelo “vale”, fica antes. – Concluiu o homem apontando em direção ao lugar, onde aparentemente um dos rios que cortavam a ilha podia seguir como guia para o caminho. Indo agora para Shiori, ela estava fazendo o papel de segurança, pronta para interceptar qualquer investida direcionada a um dos seus irmãos, notando também a presença de Rango, que veio calado todo caminho e parecia observar e fazer a segurança da sua família. Sasha por outro lado estava mais interessada naquele felino de pêlo branco e manchas pretas, pelo jeito ela queria um novo gatinho para criar, digo, gatão. Ela se aproximou com certa cautela, esperando um possível ataque por parte do animal, que por sinal, se mostrava arisco a aproximação da felina, mesmo que ela estivesse falando “gatês”.

Os pelos da fera estavam ouriçados, o animal parecia pronto para atacar, sua feição era um misto de raiva, enquanto da sua boca escorria saliva mesmo com aquele frio intenso – Ele parece com fome. – Falou rango alguns metros atrás de Sasha, tirando das suas vestes algumas rações simples, coisa que um típico domador e conhecedor dos animais como ele usou muito anos atrás. A fera então sem pensar duas vezes ignorou a presença de Sasha e partiu em direção ao alimento, comendo rapidamente e voltando sua atenção a garota, que mostrava seu ímpeto selvagem, mostrando quem mandava ali. O animal se encolheu, mas ele ainda parecia relutante em aceitar tudo aquilo, mas ainda sim entrando em uma postura um tanto quanto confortável, recolhendo suas garras, mas ainda sim se mantendo evasivo. Não demorou para que o animal fugisse dali, correndo em alta velocidade pela neve, como se aquilo não o atrapalhasse.

Por fim, caso fossem até o local indicado veriam uma cadeia de montanhas, inclusive, uma bem grande que se encaixava no “topo do mundo”. Entretanto, diferente da montanha que foram levados por Noema, não existia nenhuma entrada visível, tudo estava bem normal e eles teriam que descobrir uma maneira de encontrar a entrada.

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Montanhas e mais montanhas, pelo jeito a geografia de Pyat não agradava muitos aos membros daquele grupo. Brincadeiras a parte, os caçadores conseguiram informações valiosas, como o nome verdadeiro de Kraa e também o fato que aquele Tigre era de responsabilidade de algum dos homens da figura celestial, além de claro, o ponto central de onde todo o grupo era comandado. O lugar não ficava tão longe assim, eles cortaram o caminho de neve sem muitas dificuldades, tendo visão de um dos rios mais famosos da Ilha. Por fim, a cadeia de montanha mostrou toda sua imponência colossal e foi onde o restante das ações do grupo se decorreram: Akira e Sasha tentaram das suas próprias maneiras encontrar a entrada do lugar, o primeiro deles usando o Haki da Observação como fator principal e a segunda começou da mesma maneira, tentando de alguma forma captar algo de estranho que seu “sexto sentido” pudesse indicar, tomando como ação uma tentativa de literalmente tentar dividir aquela montanha ao meio.

A princípio nada foi sentido, no entanto, após um nível maior de concentração, o homem-peixe conseguiu notar um caminho, que não ficava tão distante dali. Porém, para sua felicidade ou infelicidade, sua irmã tomou a frente das ações com algo bruto, um golpe forte o bastante para passar todo o amontoado de rochas e encontrando algo metálico, que por sua vez, não foi forte o bastante para resistir a força da garota. Volkerball fez uso dos seus novos mecanismos, escalando a montanha com toda facilidade que aqueles equipamentos podiam proporcionar: Sirius lidava com as informações, calculando a melhor rota para que Orion pudesse acertar, o que evitava qualquer tipo de eventualidade que pudesse acontecer. De uma altura considerável, Às ainda conseguia ver seus irmãos, mesmo que suas silhuetas estivessem pequenas. Daquele ponto ela conseguiu ter uma ampla visão do ambiente, enquanto seu olho vasculhava todas as informações sobre a geografia do lugar, detalhando a neve, rochas e finalmente encontrando duas rotas de entrada/saída do lugar: a primeira delas era a mesma encontrada por Akira anteriormente, sendo que a segunda parecia ser ligeiramente mais afastada, quase que no outro extremo da montanha, mas que seus olhos ainda podiam captar com certa facilidade, talvez fosse um dos benefícios do mecanismo em seu olho.

Não demorou para que ela retornasse informando as duas passagens, agora o grupo tinha três opções: Era possível usar uma das duas passagens, sendo a encontrada pelo tritão a mais perto, uma espécie de passagem que – caso vocês fossem por ela – dariam em uma “gruta”, com uma pequena escada arcaica que levava a um grande portão metálico, sem seguranças; a segunda não tinha muita informação; a terceira era a feita por Sasha, aquela entrada parecia dar em uma espécie de corredor e aparentemente nenhum sinal inimigo era visto, nem mesmo se Akira ou a própria felina pudessem sentir. Caso optassem por essa opção, como dito anteriormente cairiam em um corredor feito unicamente de metal, com grandes tubos do mesmo material em ambas as laterais, assim como uma fiação que percorria toda extensão do corredor, sendo esta feita sem muito conhecimento. Luzes vermelhas piscavam pelo lugar, talvez sinal do rombo feito por Sasha? Ou podia ser outra coisa? Era estranho. Por fim, o corredor teria dois acessos, sendo feitos em cada extremidade, ambos davam em lugares visivelmente diferentes: Se fossem para frente encontrariam uma grande área construída a base de metal, diversas mesas, tubos e objetos que entregavam que aquele lugar era um laboratório, cinco portas existiam em diferentes pontos. Se fossem para trás, encontrariam o que parecia ser um refeitório, com pequenas salas construídas com madeira, talvez quartos? Não dava para ver o interior deles, apenas se abrissem a porta.

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