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Ficha - Lyosha Bulgakov
Lyosha
Administrador
Ficha - Lyosha Bulgakov Sáb Jan 22, 2022 10:09 pm
Lyosha Bulgakov
Sobre o Personagem
Nome: Lyosha Bulgakov
Idade: 23 Anos
Gênero: Masculino
Mão Predominante: Ambidestro
Risada: Kyahaha!
Altura: 1,78 M
Peso: 64 Kg
Raça: Humano
Origem: Pyatidrov
Localização: Minion Island
Grupo: Civil
Complementos
- Aparência:
- Lyosha é uma figura esguia, não é alto como um poste, mas certamente é muito magro para a sua altura. Sua pele é clara e levemente acobreada, seus cabelos apresentam um tom alvo levemente acinzentado e avançam até ultrapassar por pouco a altura de seu pescoço. Seus olhos são, sem dúvidas, sua característica marcante, sendo carmesins como uma poça de sangue em meio à neve. É um homem vaidoso, que procura estar sempre bem vestido, preferencialmente com roupas sociais finas que sejam bem ajustadas ao seu corpo. Dá grande valor à higiene, odiando manchas ou sujeiras e estando impecável nesse sentido sempre que possível. Em geral, é um homem bem apessoado que gosta de estar sempre com uma boa aparência e exibe um sorriso amigável em seu semblante.
- Personalidade:
- Lyosha é um homem gentil, que não encontra nenhum prazer em fazer inimigos ou machucar o próximo, isso não significa que não faça nenhuma dessas coisas. O homem prefere fazer amigos por onde quer que passe, mas não hesita em pavimentar seu caminho com adversários, principalmente se esses machucarem alguém importante para ele ou o impedirem de alcançar seus objetivos. Matar também não é um problema, foi treinado para fazer isso e, apesar de não sentir prazer, também não sente nenhum remorso e misericórdia, por sua vez, é um conceito praticamente desconhecido.
É um homem sagaz e bem-educado, sabendo se portar de acordo com o ambiente em que se encontra e sendo cortês na maioria das situações, principalmente quando interage com mulheres. Apesar de suas boas maneiras, faz comentários ácidos, sarcásticos e tem um senso de humor um tanto quanto distorcido. É, em geral, uma pessoa agradável, apesar de não ter um carisma magnético natural ou algo do gênero.
Bulgakov é um homem calmo, isso não significa que possua uma mente brilhante, sendo frio e calculista a todo momento, nem que não caia em provocações sob nenhuma hipótese, muito menos que esteja cinco passos à frente de seus inimigos. Isso apenas significa que, na maioria das vezes, ele tem consciência do peso de suas ações e não age por puro impulso, apesar de ser capaz de tomar decisões irresponsáveis vez ou outra.
Não se importa com leis e costumes, seguindo sua própria bússola moral que pode ser um pouco peculiar, onde busca valorizar suas amizades através de lealdade e despreza aqueles que se aproveitam de pessoas indefesas. Furtos, estelionatos e coerções são delitos insignificantes que Lyosha não se importa nem um pouco de cometer, mas prefere usar violência como um último recurso, já que o ato não lhe causa nenhum deleite, embora não hesite em usá-lo quando necessário. Sempre que é possível, prefere não prejudicar as pessoas que estão ao seu redor, mas sabe que, em certos momentos, isso é necessário e esses momentos podem acontecer com uma frequência muito grande.
É um homem obstinado, que não mede esforços nem meios para atingir seus objetivos, abraçando todos os pecados que suas decisões podem abarcar, independentemente dos métodos que prefere ou não usar. As únicas morais imutáveis e inflexíveis do código de Lyosha versam sobre dois pontos: mulheres e promessas. Ele nunca agride uma mulher e despreza aqueles que o fazem, além disso, sempre cumpre as suas promessas, desde que a pessoa com quem fez a promessa mantenha a sua lealdade.
Se importa muito com a aparência, tanto a sua quanto a dos outros. É vaidoso e procura estar sempre bem apresentável, além disso, muitas vezes julga os outros baseando-se apenas nas aparências ou vestimentas que elas usam. Não se importa com o que a maioria das pessoas pensam, assim sendo, por vezes é uma figura extravagante com comportamentos peculiares que chama atenção por onde quer que passe, mesmo sem querer.
É um homem culto, que sabe apreciar música, quadros, esculturas e peças teatrais, além de apreciar a cultura de civilizações distintas. Além de seu hábito de julgar as pessoas por sua aparência inicialmente, não tem nenhum preconceito digno de nota. É extremamente supersticioso e, apesar de saber da irracionalidade de suas crenças, não consegue ignorar claros sinais de azar.
Vez ou outra pode apresentar comportamentos infantis quando contrariado, mas isso não constitui um padrão.
- História:
- Ato 1 - Boas maneiras
Era a quinta noite seguida em que Lyosha se encontrava naquela taverna. O lugar fedia a mijo e vômito, o sabor das refeições era tenebroso e a origem dos ingredientes era no mínimo duvidosa. O espadachim gostava de música e não era muito exigente, mas era um grande exagero chamar aquele barulho, que mais parecia o grasnar de corvos, de música. A clientela era exatamente o que você esperava de um local como esse.
Nesse momento você se pergunta “por que cargas d’água ele está lá pela quinta noite seguida então?” A resposta é simples: o chá. Contra todas as probabilidades, o estabelecimento deplorável em questão tinha chá de hibisco maravilhoso e, cá entre nós, o chá não era o único interesse de Lyosha.
Alesya, garçonete e filha do dono do local, era uma figura extremamente agradável. Era jovial, bonita, carismática, atenciosa, conseguia manter uma boa conversa e era genuinamente interessante. Era quase perfeita, quase. Toda vez que Alesya caminhava em sua direção com o chá em mãos, sabia exatamente o que tinha de dizer. - Você pode trazer uma colher de chá, por favor? - Não importava quantas vezes ele fizesse esse pedido, ela sempre trazia a colher errada, às vezes a de sopa, ou a de sobremesa, mas nunca a de chá. - É a segunda menor, maior que a de café e menor que a de sobremesa. - Já sabia a pergunta que seria feita, então resolveu adiantar sua resposta. Alesya não era muito inteligente.
Como sempre, ela sorriu, mas o roteiro era um tanto diferente dessa vez. - Por que você se importa tanto com isso? - Sua curiosidade era genuína, Lyosha conseguia notar isso, mas a pergunta feita levava sua memória para lembranças que ele tentava enterrar. - Hábito. - Respondeu, com um sorriso no rosto....
Ele tinha seis verões, ou algo próximo a isso. Como de costume, estava sozinho na mesa de jantar, que fazia com que ele se sentisse menor do que realmente era devido a sua extensão que abarcava quase toda a sala. Ele odiava comer naquela mesa, passava a maior parte de seu dia sozinho, mas comer cercado pelas cadeiras vazias fazia com ele tivesse uma visão mais crua de sua realidade. Uma torta banoffee repousava em sua frente e, ao pegar uma colher, sentiu Svteka se aproximando.
Gostava de Svteka por diversos motivos, para começar, ela era a única pessoa que Lyosha via durante semanas, às vezes meses, além disso, podia perceber quando ela estava se aproximando. Naquele castelo, todos se moviam como fantasmas. A criança podia apenas notar a chegada de alguém quando essa figura já estava logo atrás dele, mas com Svetka era diferente, sempre podia pressentir sua chegada pelo cheiro característico de cigarro que acompanhava a sua presença.
- Essa é a colher errada, jovem mestre, é a colher de sopa. - Svetka não era nem um pouco sutil em suas observações, mas Lyosha gostava disso. - A colher que você tem que usar é a de sobremesa, é um pouco menor que essa. - Ele sempre confundia essas duas colheres, principalmente por não ligar nem um pouco para isso. - Meu pai falou que tudo o que eu preciso fazer é saber manejar uma espada! - Bradou, em tom de desafio. A serviçal riu, mais de pena que de qualquer outra coisa. - Seu pai também disse que lhe ensinaria, jovem mestre. Você deveria julgar um homem por suas ações e não por suas palavras. - Um silêncio incômodo pairou no ambiente, até Lyosha quebrá-lo com uma voz triste e um feição abatida. - Ele deve estar ocupado! - A serviçal riu novamente, mais de pena que de qualquer outra coisa. - Sim, jovem mestre, ele passou os últimos anos muito ocupado, assim como seus irmãos e sua madrasta. - As lágrimas começaram a correr pelo seu pequeno rosto, contra a sua vontade. - Por que eles não gostam de mim? - Perguntou, enquanto sentia uma angústia insuportável tomar conta de seu corpo. - Porque eles acham que você é um mestiço, jovem mestre. - Soluçando, Lyosha indagou. - Por que você cuida de mim então? - Svteka riu, dessa vez com ternura. - Porque você é um Bulgakov, jovem mestre. - Aproximou-se e começou a acariciar os seus cabelos.
Antes de dormir, deixou seus sentimentos escaparem. - Eu gosto de você, Svteka. - E antes de dormir, pode escutar. - Eu também gosto de você, jovem mestre....
Alesya retornava, com a colher certa em mãos. Ele sorriu para ela, ela sorriu para ele.Ato 2 - Boca, peito e virilha
Aquela ilha era fria, tão fria que parecia que as suas extremidades iam congelar a qualquer momento, mas debaixo daquele cobertor de peles estava quente. O corpo nu de Alesya contra o seu estava quente. Não sabia exatamente o que havia o feito parar ali, mas nesse ponto já não importava. Os cabelos de Alesya, banhados de suor, grudaram em seu pescoço e costas, formando padrões irregulares. As costas nuas da mulher eram uma paisagem bastante agradável, que fez com que Lyosha perdesse a noção do tempo. Percebeu, pela proximidade de seus corpos e pela respiração de Alesya, que ela estava acordada. - Suas costas são bonitas. - Simplesmente disse, sem pensar muito, e fez com que as costas de sua mão direita começassem a deslizar pelas costas de sua amante. - Principalmente a sua escápula. - Alesya riu, ainda num meio termo entre estar sonolenta e desperta. - O que é isso? Ninguém nunca me disse isso antes. - Lyosha simplesmente deu um peteleco em sua escápula e disse. - Esse osso aqui. - Alesya riu mais uma vez. - Você é estranho, Lyosha, como sabe dessas coisas? - A pergunta de Alesya trazia algumas memórias desagradáveis à tona. - Simplesmente sei. - Declarou, antes de dormir....
Valery era seu irmão. Valery era mais velho, mais alto, mais forte. Sua mão também pesava mais e com certeza ele era mais cruel. - Boca, peito e virilha. - Recitava, enquanto avançava em direção a Lyosha e desferia violentos golpes nos lugares citados, às vezes chutes, às vezes socos. Ao fim da sequência, Lyosha sempre estava jogado ao chão, sentindo mais dor do que era capaz de descrever. Esse treinamento era horrível, o pior momento da sua vida até então, mas o que lhe incomodava ainda mais que a dor era a incapacidade de parar os golpes mesmo sabendo quando viriam e onde acertariam.
Valery, por outro lado, parecia se divertir bastante. Sempre que Lyosha o olhava, ainda caído no chão, podia ver um sorriso sádico em seu rosto. - É fácil lembrar disso, vira-lata, são os três locais que você sempre deve atingir. - Ele caminhou até seu irmão caído e agarrou seu cabelos, fazendo com a criança o olhasse nos olhos. - Se você acertar a boca com força o suficiente, seu inimigo fica vulnerável e o próximo golpe é garantido. Se você acertar o peito com força o suficiente, seu inimigo morre. Já a virilha, bem, você deve entender isso, com força suficiente seu inimigo simplesmente desaba como um tronco recém cortado. - Valery, assim como muitos de seus irmãos, o odiava. O pior dessa situação não era o ódio em si, mas o fato de não fazer ideia da razão de agirem daquela forma com ele.
- Levanta, a aula prática acabou. - Valery simplesmente deixava sua cabeça cair contra o chão e começava a sair da sala, indo em direção às escadas que o levariam até o necrotério. Lyosha chegava alguns minutos atrasados, como sempre, afinal precisava se recompor, e como sempre, seu irmão ficava bastante irritado com isso. - Eu já disse que odeio quando você se atrasa. Se cometer outro erro hoje, vou colocá-lo na jaula mais uma vez. - Na voz de Valery, as palavras pareciam vazias, mas eram suficientes para despertar um pavor genuíno que Lyosha era incapaz de esconder. A jaula era o pior lugar do mundo que, infelizmente, por mais que tente, ele era incapaz de esquecer.
O corpo sem vida sobre a mesa já não lhe despertava nojo ou horror, a exposição constante a esse tipo de cena havia sobrepujado esses sentimentos, de forma que lhe parecia algo totalmente banal. Sem perder tempo, Valery se aproximava do cadáver e levantava o braço direito do morto, em sequência, segurava a base de sua mão. - Que osso é esse? - Lyosha sentia medo de errar, mas tentava esconder esse sentimento. - Carpo. - Respondia, sem hesitar. Pela expressão desanimada de seu irmão, sabia que havia acertado. - E esse aqui? - Perguntava mais uma vez Valery, agora segurando a ponta de um dos dedos do cadáver. - Falange distal. - O alívio tomava conta de seu corpo quando percebeu que havia acertado mais uma vez. Valery pareceu tomar um tempo para pensar e agarrou o antebraço do objeto de estudo. - Esse osso? - Mais uma vez, Lyosha respondeu sem hesitar. - Rádio. - Valery abriu um sorriso distorcido. Lyosha sabia que havia errado, sabia que iria para a jaula. Começou a chorar....
Começou a escutar passos que subiam pela escada do local, mas Alesya o distraía.Ato 3 - Ponto de equilíbrio
Os passos se aproximavam cada vez mais, eram lentos e pesados. Se tivesse que apostar, Lyosha diria que se tratava de um homem, com uma constituição robusta, provavelmente com dois metros de altura ou pouco mais que isso. Poderia prestar atenção nesses detalhes, deveria inclusive, mas tinha coisas muito mais interessantes diante de seus olhos.
Alesya não percebeu os passos se aproximando, mas nenhum dos dois foi capaz de ignorar a situação quando três batidas fortes ressoaram na porta de madeira do quarto. - Está tudo bem, docinho? Escutei uns barulhos estranhos. - O corpo quente de Alesya parecia ter congelado quase instantaneamente e o medo era nítido em seus olhos. - Você precisa se esconder. - Sussurrou, parecendo um animal encurralado. Sem perder tempo, Lyosha levantou-se e começou a se vestir. - Você está bem? - Repetiu a voz, batendo na porta com mais insistência. - Só um segundo, papai. - Disse Alesya, já em pé, coberta apenas com o cobertor de peles e caminhando lentamente em direção à porta. - Entre no armário, rápido. - Sussurrou mais uma vez para Lyosha, que havia tido tempo apenas de colocar a sua calça. - De jeito nenhum! - Respondeu com indignação. Não suportava lugares escuros e apertados, simplesmente não suportava. - Quem é esse? - Perguntou o homem por trás da porta, com uma raiva palpável em sua voz. - Não tem ninguém aqui papai, já vou abrir. - Não demorou a responder e, logo em seguida, encarou Lyosha e sussurrou. - Você precisa se esconder, ou ele vai matar você. - Sem perder mais tempo, Lyosha deu passos rápidos e leves até a janela e passou pela mesma. O quarto de Alesya ficava no segundo andar.
Pendurado, segurando o peitoril da janela com a ponta dos dedos da mão esquerda, pode escutar a porta destrancar. - Viu, pai? Estou sozinha e está tudo bem. - Havia certa indignação na voz de Alesya, provavelmente pela desconfiança e instintos certeiros de seu pai. Lyosha, nesse ponto, já havia se arrependido. Podia simplesmente ter se escondido sob a cama em vez de estar congelando, pendurado do lado de fora. - Você devia trancar essa janela, vai pegar um resfriado desse jeito. - Foi a última coisa que seu pai disse antes da porta ser trancada novamente. Assim que escutou o som, Lyosha puxou seu corpo e atravessou a janela, caindo de pé dentro do quarto e tremendo pelo frio ao que foi exposto.
Alesya correu e o abraçou, seu corpo era quente e macio. - Você é louco! Achei que você ia morrer. - Lyosha simplesmente riu e a abraçou de volta....
Ele gostava mais de Aleksandr que de Valery. Não que Aleksandr fosse uma pessoa agradável, muito pelo contrário, ele era frio e distante, mas ele não era cruel e parecia não desgostar de Lyoshsa, já era muito melhor que Valery. Aleksandr era, entretanto, exigente, de forma que tudo além da excelência era uma falha catastrófica do seu ponto de vista. - Aguente apenas mais um pouco, Lyosha. - Falava casualmente, enquanto folheava as páginas de um novo livro sem pressa alguma. Era fácil para ele dizer isso, não era ele que estava de ponta cabeça, de braços esticados, sentindo o peso de todo o seu corpo pressionando suas mãos contra o chão frio enquanto tinha que equilibrar suas pernas, jogando um joelho para frente e outro para trás em uma posição nada natural, para assim distribuir o peso e manter o equilíbrio. Estava frio, mas mesmo assim uma poça de suor se formava sob Lyosha. Cada segundo naquela posição parecia durar uma eternidade.
Finalmente, Aleksandr decretou. - Pode cair, seu tempo hoje já foi melhor que ontem. - Lyosha simplesmente desabava, começava a tossir e vomitar, estava exausto. - Eu não entendo a razão por trás disso, irmão. É só sofrimento desnecessário e você nem ao menos parece se deleitar com isso, é completamente inútil. - Aleksandr fechou o livro e encarou Lyosha, coisa que fazia raramente. - Apesar do que qualquer um possa dizer, Lyosha, você é meu irmão, então não quero que seja uma criatura fraca. Não me divirto com seu sofrimento, acho tedioso e patético se for sincero, mas estou lhe ensinando as duas coisas mais importantes da vida, equilíbrio e flexibilidade. - Lyosha ficou confuso, seu irmão era um figura erudita e nem tudo que ele falava era claro. - Como assim? - Diante da pergunta, Aleksandr simplesmente riu. - Você vai ter que descobrir irmão, não posso fazer tudo por você.
Lyosha permaneceu deitado no chão, encharcado no seu próprio suor e cansado demais para se levantar. - Por que você lê tanto, irmão? - Aleksandr riu novamente, dessa vez com certo desdém. - Porque eu acredito que existem vidas melhores que a minha a serem vividas. - Dessa vez, Lyosha riu. - Você é um cara estranho. - Aleksandr se levantou e foi até a figura caída. - Você também. - Estendeu a mão para ajudar Lyosha a se levantar, com um semblante sorridente no rosto....
A sua mão direita se encontrava entre as mãos de Julia, que assoprava o local para aquecê-lo. - Seus dedos poderiam congelar e cair, sabia disso? - A preocupação em sua voz era genuína, Lyosha apenas riu. - Tenho a impressão de que seu pai ia arrancar mais que os meus dedos se me encontrasse aqui. - Julia também riu. - Você é muito bobo. - Lyosha virou-se para ela e retrucou. - Apenas às vezes.Ato 4 - Cadência e harmonia
- É incrível que seu pai ainda consiga escutar tão bem depois de ouvir aquela música horrível o dia todo. - Alesya pareceu ficar levemente ofendida e, no mesmo instante, Lyosha lembrou-se que um dos autoproclamados músicos era seu amigo de infância. - Não é como se você fosse dançar se eles fossem bons. - Dessa vez, foi Lyosha quem ficou um tanto quanto indignado. - Como assim? - Alesya simplesmente riu. - Você se importa demais com o que veste, odeia ficar sujo e não suporta comer se tiver o talher errado em mãos, não é como se dançar fosse uma das suas atividades favoritas. Simplesmente não combina com você. - Lyosha sentou-se na beirada da cama, alegre pelo fato da janela estar fechada e o frio não penetrar mais o quarto. - Você gosta de dançar? - Alesya pareceu surpresa com a pergunta e demorou um pouco para responder. - Não é algo que faço todo dia, mas de vez em quando é divertido. - Lyosha simplesmente se levantou e estendeu a mão para Alesya, que ficou sem reação. - Agora? - A surpresa era nítida em seu rosto. - Por que não?...
Yelizaveta era sua irmã, uma das poucas que não lhe tratava com desdém ou desprezo e, sem dúvidas, sua única amiga. Lyosha amava Yelizaveta, não de uma forma doentia que poderia ser o ponto de origem de uma tragédia grega, mas de uma forma pura e genuína. Yelizaveta era sua pessoa favorita, simples assim, e ele pensava que isso talvez fosse recíproco.
Yelizaveta devia ensiná-lo a usar uma espada, ele era horrível manejando uma lâmina, ela não demorou muito para perceber isso. Nunca deixaram de treinar quando se viam, mas, como esse não parecia ser o interesse principal de nenhum deles, faziam outras atividades e conversavam sobre vários tópicos. Arte, filosofia, moda, culinária e política eram assuntos comuns, que conversavam todos os dias horas a fio, Yelizaveta, aos poucos, expandia o mundo que Lyosha conhecia.
Apesar de ser apenas um projeto de espadachim e treinar pouco com sua irmã, Lyosha sabia reconhecer que os movimentos da mulher, quando estava com a lâmina em mãos, eram hábeis e graciosos. Certo dia, impulsionado por uma curiosidade genuína, perguntou. - Como consegue ser tão boa nisso? - A mulher fez uma longa pausa, como se não soubesse muito bem o que dizer. - Eu não penso muito sobre isso, quase todas as coisas na vida são iguais, você só precisa de cadência e harmonia. É como se tudo fosse uma dança. - Lyosha não conseguiu conter o seu riso. - Peraí, você tá me dizendo que dançar e matar são basicamente a mesma coisa? - Yelizaveta respondeu, com um sorriso no rosto. - Só se você não pensar muito sobre isso.
Depois que tiveram essa conversa, passaram a dançar sempre que se viam. Com o passar do tempo, a habilidade de Lyosha com a espada aumentou vertiginosamente. Parecia que Yelizaveta estava certa, desde que ele não pensasse muito sobre isso....
Os dois caíram na cama, cansados de tanto dançar. Lyosha estava feliz.Ato 5 - O som do silêncio
- Não acredito que preciso levantar daqui em menos de duas horas, que morte horrível. - Disse Alesya, com a cabeça apoiada no peito nu de Lyosha. - Você realmente precisa? - Os dedos de Lyosha deslizavam com ternura pelo cabelo de sua amante. - As mesas não vão se limpar sozinhas, os barris também não se encher por vontade própria e as cadeiras não vão se dispor no salão magicamente. - Era uma lógica irrefutável. - Você gosta dessa vida? - Um silêncio incômodo pairou no ar por instantes. - Poderia ser pior. - A mão de Lyosha parou de correr. - Não foi isso que eu perguntei. - A respiração de Alesya ficou mais pesada e a mulher rolou na cama, colocando o seu corpo sobre o de Lyosha e encarando-o nos olhos. - Você é muito inconveniente, sabia? Eu não fico perguntando sobre a sua vida. - Lyosha deu um sorriso de canto de boca. - Se você perguntasse, responderia sem problema nenhum. - Percebeu a maldade nos olhos de Alesya e se arrependeu do que disse quase instantaneamente. - Ah é? Você poderia começar me dizendo de onde veio então. - Havia preparado uma armadilha para si mesmo, não desejava mentir para ela, mas também não gostava nem um pouco de revisitar seu passado. Algumas perguntas podem ser realmente inconvenientes. - De uma ilha fria e miserável, exatamente como essa. - A tristeza tomou conta do semblante de Alesya, que rolou para o lado mais uma vez, agora ficando deitada ao seu lado. - Eu não gosto, nem do meu trabalho e nem de uma ilha fria e miserável como essa, como você mesmo disse.
O silêncio que se instaurou foi bastante incômodo, Lyosha ficou triste por Alesya, de forma que preferia nem ter perguntado. - Se você pudesse sair daqui comigo, sairia? - Não havia pensado muito sobre as palavras que havia acabado de proferir, simplesmente escaparam de sua boca. Alesya simplesmente riu, em um claro sinal de descrença. - Você é muito bobo. - Lyosha encarava o teto fixamente. - Falo sério. - A mulher segurou sua mão. - Jura? - O homem ponderou o peso de suas palavras por alguns instantes. - Prometo. - Alesya colocou a cabeça em seu peito novamente. - Talvez. - Alesya finalmente dormiu, Lyosha se levantou e saiu do quarto com passos lentos, sem fazer barulho algum, como havia aprendido a fazer no local em que foi criado.
Características
- Qualidades:
Versátil (Racial)
Você pode somar até 9 pontos de defeito, conseguindo dessa forma gastar 9 pontos de qualidade em vez de 7.Ambidestro (1 Pontos)
Você possui uma destreza elevada, sendo capaz de dominar igualmente a coordenação de ambos os lados do corpo.Atraente (1 Pontos)
Você é considerado belo pelos outros, seja pela sua aparência, porte físico ou estilo, você é capaz de despertar interesses românticos ou ser tratado mais favoravelmente por conta disso.Impassível (1 Pontos)
Você é uma pessoa calma que não tem o seu humor alterado por ameaças, provocações ou acontecimentos drásticos, sua razão sempre consegue dominar a sua emoção e você sempre é capaz de tomar as suas decisões com clareza. Isso não significa que você não possa sentir raiva ou outros sentimentos extremos, apenas consegue ter um controle maestral sobre os mesmos.Audição aguçada (2 Pontos)
Você tem capacidades auditivas sobre-humanas, sendo capaz de perceber com clareza sons não notados pelos outros. Prodígio (2 Pontos)
Você é mais inteligente do que a média e tem facilidade em adquirir novos conhecimentos, em termos mecânicos, é capaz de aprender uma proficiência extra a cada nível ímpar, além de ter termos menos rígidos para tal aprendizado.Prontidão (2 Pontos)
Você está sempre pronto para agir ou reagir, alcançando o ápice da sua velocidade ou força em questão de poucos instantes. Mecanicamente, reduz a condição lento em uma categoria, SE a condição aplicada for categoria III ou inferior.
- Defeitos:
Claustrofobia (1 Ponto)
Tem medo de ambientes extremamente pequenos e hermeticamente isolados, como caixões e elevadores.Desorientado (1 Ponto)
Você possui um péssimo senso de direção, se perdendo com frequência e sendo incapaz de seguir as instruções mais simples.Extravagante (1 Ponto)
Você chama atenção por onde quer que passe, seja pela sua aparência ou seus hábitos, você causa uma impressão difícil de esquecer.Sono pesado (1 Ponto)
Quando você dorme, as vezes nem mesmo uma explosão é capaz de acordá-lo.Supersticioso (1 Ponto)
Você acredita em crendices populares, como o fato de pisar em uma rachadura trazer azar e um pé de coelho trazer sorte, você leva essas superstições a sério e molda seu comportamento em cima disso.Cavalheiro (2 Pontos)
Você é incapaz de agredir, lutar ou usar força contra mulheres..Vaidoso (2 Pontos)
Você sente a necessidade de estar sempre limpo e bem arrumado, não suportando ficar sujo ou desgrenhado.
Proficiências
Acrobacia
Você possui um corpo flexível e é capaz de dar saltos elaborados e piruetas, além disso, consegue equilibrar-se em várias superfícies, fazer malabarismo e sabe como amortecer suas quedas.Anatomia
Você conhece o funcionamento e estrutura do corpo dos humanóides, sabendo identificar órgãos, artérias, veias, músculos e todo o resto.Dança
Você conhece diversos estilos de dança e é capaz de executá-los com maestria.Etiqueta
Você sabe como se portar da forma mais apropriada nos ambientes que frequentar. Após uma pequena observação, você sabe comportar-se de forma a não ofender ninguém propositalmente ou causar intrigas de forma involuntária.Furtividade
Você é capaz de permanecer oculto quando desejar, seja por se mover silenciosamente ou por usar o cenário ao seu redor, se misturando a uma multidão para não ser notado.Profissões
Sem Profissão
Atributos
Nível: 1
Experiência: 400
PdV: 2800
STA: 100
Atributos provenientes da raça devem ser colocados em verde [#99cc00], os provenientes de estilos de combate devem ser colocados em laranja [#ff6600], os provenientes de armas devem ser colocados em amarelo [#ffcc00], as bonificações de outros atributos em azul [#34B1EB] e as bonificações de Akumas no Mi em roxo [#cc00cc]
Força: +30
Destreza: 0 +60
Acerto: 110 +80
Reflexo: 270 +60 +80
Constituição: 20
Agilidade: 300
Oportunidade de Ataque: 3
Redução de Dano: 0
Resistência: 0
Penetração: 0
Estilos de Combate
- Espadachim:
- Espadachins são especialistas em combates de curta distância, as formas de se manejar uma espada variam muito de acordo com quem a empunha, utilizam katanas, montantes, rapieiras, sabres e similares.
Técnicas
Nenhuma por Enquanto
Menções no Jornal
Nenhuma por enquanto
Photoplayer
- Photoplayer:
Berries: 250.000 ฿S
0/10 U
Trata-se dos itens carregados pelo que não estão equipados em seu corpo
Itens
- Cabeça:
- - X -
- Pescoço:
- - X -
- Tronco:
- - X -
- Braços:
- - X -
- Mãos:
- - X -
- Pernas:
- - X -
- Pés:
- - X -
- Armas:
- - X -
Inventário
0/10 U
Trata-se dos itens carregados pelo que não estão equipados em seu corpo
- Nome:
- Nome: Nome
Descrição: Descrição
Espaço: 0 U
Preço: B$
Embarcações
Nenhuma por Enquanto
Caminho de Jogo
Nenhum por Enquanto
Rokushiki
Não Aprendido
Haki
Haki da Observação
DescriçãoHaki do Armamento
DescriçãoHaki do Rei
DescriçãoLyosha
Administrador
Re: Ficha - Lyosha Bulgakov Sáb Jan 22, 2022 10:11 pm
Projetos
Nenhum por Enquanto
Nome
Animal: Espécie
Altura:
Peso:
Porte:
Raridade:
Aparência: Descrição e/ou imagem linkada
Personalidade: Como ele se comporta
Atributos: Atributos principais (meramente narrativo)
- Comandos:
- Lista de Comando complexos que foram ensinados ao seu mascote
Aventuras
Nenhuma por enquanto
Extras
Nenhum por enquanto
Relações
- Players:
- [url=Link da Ficha do Player]Nome do Personagem[/url] - Relação com o Player
- NPCs:
- [url=Link com a Aparencia se existir]Nome do NPC[/url] - Relação com o NPC
- NPCs Importantes:
- [url=Link com a Aparencia se existir]Nome do NPC[/url] - Relação com o NPC